156 resultados para néctar
Resumo:
As espécies de Vochysia são neotropicais e apresentam flores que podem ser visitadas por abelhas, beija-flores e borboletas. Este estudo teve como objetivo a análise das interações entre as flores de Vochysia lucida e seus visitantes florais, em uma área de restinga no Estado da Bahia, Brasil. V. lucida é uma espécie arbórea e apresenta inflorescências do tipo racemo, com cerca de 100 a 170 flores. As flores são zigomorfas, amarelas e foram consideradas melitófilas. O néctar floral é produzido e estocado em esporão, localizado no cálice. O pico de floração de V. lucida ocorreu em novembro e dezembro. Durante o estudo as flores abriam às 6:00 h, quando o estigma já estava receptivo. Na abertura da flor a antera já não estava mais presente e os grãos de pólen estavam depositados na parede do estilete, ocorrendo apresentação secundária de pólen. As pétalas caíam no final da tarde, por volta das 17:00 h. Os beija-flores embora freqüentes nas flores de V. lucida foram considerados visitantes oportunistas. Entre os visitantes florais registrados, as abelhas de grande porte foram consideradas os polinizadores mais eficientes, especialmente Xylocopa frontalis, por ter morfologia e comportamento adequados para contatar as estruturas reprodutivas da flor, durante as coletas de néctar, e por sua elevada freqüência de visita.
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Este estudo descreve e analisa o comportamento dos visitantes florais de L. lurida em fragmentos de mata de tabuleiro. Esta espécie monóica floresceu de outubro a janeiro. As flores abriram-se entre 5h30 e 10h00 e a antese floral não ultrapassou um dia. Durante amostragens padronizadas foram coletadas 172 abelhas visitantes florais, pertencentes a 10 gêneros e 18 espécies. As maiores freqüências foram de Epicharis flava (42,3%), Xylocopa frontalis (16,3%) e Eufriesea surinamensis (11,6%), com atividade principalmente de 7h00 às 11h00. Abelhas Centridini, Euglossina e Xylocopini buscam néctar nas flores e foram considerados polinizadores efetivos. Megachile coleta pólen e também é potencial polinizador. Oxaea flavescens atuou como pilhador de néctar, perfurando o capuz da flor. Experimentos de polinização indicaram ausência de autopolinização espontânea e baixa taxa de frutificação (0,48%) sob condições naturais. Como observado para outras espécies zigomórficas de Lecythidaceae, a complexa morfologia floral restringe os visitantes a abelhas de grande porte ou abelhas robustas que conseguem entrar pelo capuz floral. Entretanto, Centridini foi principal grupo de polinizadores de L.lurida, o que difere dos polinizadores indicados em outros trabalhos sobre Lecythis e outros gêneros de Lecythidaceae na região amazônica.
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O Agreste é uma região de transição entre floresta tropical úmida e caatinga no nordeste brasileiro. Nessa região, grande parte da vegetação nativa foi desmatada para a implantação de pastagens. Não é sabido se áreas degradadas mantém uma apifauna e flora melitófila diversificada, ou quais são associações entre abelhas e plantas que ocorrem nessas áreas. A cobertura vegetal atual é composta por pastos, vegetação ruderal e restos da vegetação nativa. Abelhas e plantas por elas visitadas foram coletadas mensalmente entre agosto de 2001 e julho de 2002, durante dois dias consecutivos entre 5h30 e 17h30. Foram coletados 1.004 indivíduos de abelhas pertencentes a 79 espécies. Apidae foi a família mais abundante e com maior riqueza de espécies (732 indivíduos e 43 espécies), seguida por Halictidae (194 indivíduos e 20 spp.), Megachilidae (47 indivíduos e 13 spp.), Colletidae (16 indivíduos e 2 spp.) e Andrenidae (15 indivíduos e 1 sp.). Foram registradas apenas três espécies de abelhas eussocais e cinco de Euglossini, dois grupos altamente diversificados nas florestas neotropicais. A ausência de abelhas sem ferrão nativas dos gêneros Plebeia, Frieseomelitta, Partamona, Scaptotrigona e Trigonisca, assim como de outras espécies de Euglossini, deve estar relacionada à falta de sítios de nidificação e à escassez de fontes de pólen e néctar nessa área degradada. Foram registradas 87 espécies de plantas melitófilas, a maioria ervas e arbustos. Árvores nativas isoladas, assim como plantas ornamentais e frutíferas cultivadas contribuem para manter parte da diversidade da comunidade de abelhas nativas.
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Este trabalho teve como objetivos estudar a biologia floral e identificar os principais polinizadores do maracujá-amarelo em áreas de cultivo com diferentes proximidades a fragmentos florestais no norte do estado do Rio de Janeiro. A floração do maracujá-amarelo teve duração de nove meses, no período de setembro a maio. As flores iniciavam a antese às 12:00 h e abriam-se ao longo do dia até às 16:30 h. O processo de curvatura dos estiletes ocorreu ao longo da antese e 72,4% das flores curvaram seus estiletes. A produção de néctar deu-se continuamente, atingindo 18μl/flor/hora e a concentração de solutos totais variou entre 38 e 42%. Xylocopa frontalis e Xylocopa ordinaria foram os principais polinizadores do maracujá-amarelo pela freqüência de visitas, comportamento intrafloral e porte corporal. Estas espécies de abelhas, além de Apis mellifera, estiveram presentes em todas as áreas de cultivo. A maior riqueza de visitantes polinizadores do maracujá-amarelo foi observada em áreas de cultivo próximas a fragmentos florestais, fato relacionado à presença de certos grupos de abelhas nativas, como Centridini e Euglossina (Apidae) que dependem de áreas florestais para nidificação e alimentação. A proximidade a fragmentos florestais também é importante para o fornecimento de recursos alimentares e de nidificação ao longo do ano para a manutenção de populações de Xylocopa.
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Foram identificados os pólens coletados por operárias de Scaptotrigona depilis (Moure, 1942), na Região de Dourados-Ms, durante o período de setembro de 2006 a agosto de 2007. Ao todo foram coletados 42 tipos polínicos, sendo mais representativa em número de espécies, as famílias Myrtaceae (Eucalyptus spp.) e Mimosaceae. Os picos de valores de amplitude de nicho trófico (H') em Setembro (2,32), Novembro (2,29) e Outubro (2,02) mostraram que essa abelha pode ser generalista, dependendo da disponibilidade e características das fontes florais. Os valores de equitatividade (J'), também indicam maior uniformidade de uso das fontes florais durante esses meses de máxima amplitude de nicho. Os fatores ambientais (temperatura, umidade relativa e pluviosidade) não mostraram relação direta com a equitatividade e amplitude do nicho trófico. Estas variáveis parecem estar mais relacionadas com os ciclos diários ou sazonais de produção de pólen e néctar.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade produtiva das cultivares de nêspera (Eriobotrya japonica Lindl.) Mizuho, Centenária, Mizumo, Mizauto e Néctar de Cristal, em Jundiaí, SP. As mudas, formadas com porta-enxertos de 'Mizumo', foram plantadas em campo em blocos ao acaso. Do terceiro ao sexto ano de plantio, quantificaram-se o número e a massa de matéria fresca dos frutos, a produção total por planta e as médias dos quatro anos de produção. Determinaram-se o comprimento, a largura, a relação sólidos solúveis totais (SST) e a acidez total titulável (ATT). As cultivares Mizuho, Mizumo, Mizauto e Néctar de Cristal apresentaram as maiores produções de frutos, acima de 14 kg por planta em média. 'Centenária' e 'Mizumo' apresentaram os maiores resultados de massa de matéria fresca dos frutos, acima de 30 g por fruto, e a melhor razão SST/ATT.
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O objetivo deste trabalho foi determinar os recursos forrageados por Polistes versicolor em área de reflorestamento com eucalipto e identificar as presas forrageadas. No período de janeiro a dezembro de 2007, foram realizadas 24 observações da atividade forrageadora de colônias de P. versicolor presentes em um reflorestamento de eucalipto, em Juiz de Fora, MG, totalizando 240 horas de registros. Durante as dez horas de observação diária, foram registrados e qualificados, a cada 30 minutos, os retornos das operárias para a colônia. Foram registrados 1.809 retornos, dos quais 51,63% foram com néctar; 6,85%, com água; 4,7%, com fibra vegetal; 17,41%, com presas; e 19,40%, sem recurso forrageado (improdutivos). As operárias de P. versicolor predaram exclusivamente lagartas de lepidópteros, que foram a única fonte de proteína animal oferecida aos insetos imaturos, na colônia. Dessa forma, a espécie estudada apresenta potencial como agente controlador biológico de herbívoros desfolhadores de eucalipto.
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Resumo:O objetivo deste trabalho foi avaliar o padrão de floração, ao longo do ano, de plantas melíferas na Borda Oeste do Pantanal, no Maciço do Urucum, MS, bem como o tipo de recurso oferecido pela flora melífera, para elaborar um calendário floral para a região. A floração das plantas melíferas visitadas pelas abelhas nativas e africanizadas foi acompanhada quinzenalmente, por 3 anos consecutivos, tendo-se anotado a data de florescimento, o hábito de crescimento e os recursos coletados pelos insetos. Foram identificadas 160 espécies florescendo e sendo visitadas pelas abelhas, mas somente 73 espécies foram consideradas como plantas melíferas e incluídas no calendário floral, das quais 34 eram ervas, 17 árvores, 15 arbustos e 7 lianas. Foram observadas plantas melíferas em flor ao longo de todo o ano, com maior número no verão e menor no inverno. As ervas florescem mais intensamente no verão e no outono (janeiro-junho), enquanto as árvores e os arbustos, na primavera (final de setembro-dezembro). As lianas florescem, principalmente, no final do verão (março-abril). Néctar e pólen são oferecidos às abelhas ao longo de todo o ano, com diminuição da oferta nos meses de inverno (julho-setembro).
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O Brasil apresenta uma diversidade de frutas regionais, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Dentre estas, destaca-se o cupuaçu, que é uma fruta considerada exótica e de grande potencial comercial nos mercados dos estados do Sudeste do Brasil e dos países europeus. A polpa e a semente são importantes para o desenvolvimento de produtos industriais. A polpa tem sido estudada como matéria-prima para néctar; entretanto, é usada em sorvetes, geléias, purês e polpa enlatada. Atualmente, o processo de extração da polpa ainda é feito de maneira empírica, utilizando-se de acessórios como facas, colheres ou tesouras de uso doméstico, devido à forte aderência da mesma ao caroço, causando baixo rendimento no produto final. Com o objetivo de aumentar o rendimento durante o processo de extração da polpa de cupuaçu, adicionaram-se à polpa bruta dois tipos de preparações enzimáticas de ação pectolítica (Citrozym-L e Rohament PL). As concentrações estabelecidas foram de 100; 300; 500 e 750 ppm. Após todo o processo, obteve-se a polpa, e o rendimento foi comparado com a polpa-controle. O experimento foi realizado nos laboratórios de Tecnologia de Alimentos da Embrapa Agroindústria Tropical. Pelos resultados obtidos, observou-se que o rendimento da polpa com adição de Citrozym-L foi superior a 60% nas concentrações de 300; 500 e 750 ppm, enquanto, com a utilização de Rohament-PL, o rendimento variou de 43 a 57% nas mesmas concentrações. O rendimento da polpa-controle foi de 44 e 41 %, para os experimentos realizados com a primeira e segunda preparação enzimática, respectivamente. Conclui-se que a utilização de enzimas é uma alternativa para melhorar o processo de extração da polpa; adicionando-se acima de 300ppm, obtém-se um rendimento próximo a 60%.
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O presente estudo foi desenvolvido durante os anos de 2005/2006, em plantio comercial de mangueira, da variedade Tommy Atkins, na Fazenda Frutex, em Petrolina-PE, objetivando verificar a biologia floral, bem como o estudo comparativo sobre o comportamento, a freqüência e a sazonalidade dos visitantes florais em cultivo orgânico e convencional. As inflorescências da mangueira apresentam flores masculinas e hermafroditas, na proporção de 2:1, com predominância das primeiras na base da panícula. A antese é diurna, assincrônica, com liberação de forte odor adocicado. As flores apresentam dicogamia, caracterizada pela deiscência das anteras 24h após a antese. A produção de néctar é contínua e em pequenas quantidades, em média 0,045 µL por flor. Quanto aos visitantes florais foram registradas 21 espécies, pertencentes às ordens: Diptera, Hymenoptera, Lepidoptera e Odonata. Apis mellifera foi a espécie mais freqüente nos dois tipos de cultivo. Dentre os dípteros, destacaram-se Belvosia bicincta (17,7%) e Musca domestica (10,2%) como as mais freqüentes em cultivo convencional e orgânico, respectivamente. A diversidade e o número de visitas foram maiores em cultivo orgânico. A utilização de agrotóxicos durante a floração reduziu a freqüência de visitas das abelhas em 50% e dos dípteros em 20%. Devido ao seu comportamento, freqüência e ativo deslocamento nas inflorescências, A. mellifera foi considerada como o polinizador mais eficiente da cultura para a região do Vale do Submédio São Francisco.
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Este estudo descreve aspectos da biologia floral e sistema reprodutivo de Passiflora edulis f. flavicarpa (Passifloraceae), incluindo os padrões de forrageio e comportamento dos visitantes florais. O estudo foi desenvolvido em cultivo irrigado no Projeto Maniçoba, em Juazeiro-BA, em 2005/2006. A antese floral ocorreu entre 12h e 13h, o fechamento da flor teve início às 18h, terminando por volta de 1h. O tempo para a deflexão dos estiletes foi de 71,4 ± 12,4 min, mas cerca de 5% das flores permaneceram com os estiletes sem curvatura. Os estigmas foram receptivos durante toda a antese, e os grãos de pólen apresentaram viabilidade de 94%. O volume de néctar foi em média de 100 µL, com 48% de concentração de açúcares. O número médio de grãos de pólen/ flor foi de 140.595 ± 34.175, e 426 ± 77 óvulos/ovário. As maiores taxas de frutificação (74%) foram obtidas com polinização cruzada manual, confirmando a existência de sistema de autoincompatibilidade. Registraram-se 10% de flores com quatro estigmas que, quando polinizadas manualmente, apresentaram frutos maiores e com maior número de sementes (477,7 ± 76,8). Observou-se correlação positiva entre o número de sementes e o peso dos frutos. Os visitantes florais identificados foram Apis mellifera, Trigona spinipes, Xylocopa grisescens, X. frontalis e X. cearensis. As abelhas A. mellifera e T. spinipes foram pilhadores de pólen e néctar, respectivamente. As abelhas do gênero Xylocopa foram mais frequentes nas flores durante o período seco, e A. mellifera, durante o período chuvoso. Os polinizadores efetivos foram X. grisescens e X. frontalis, constatando-se uma limitação desses polinizadores nas áreas estudadas. Entretanto, eles foram mais frequentes em outras espécies vegetais no período chuvoso, indicando competição com as flores dos maracujazeiros pelos serviços de polinização.
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Neste trabalho, objetivou-se o enriquecimento nutricional de néctares de frutos, pelo processamento de blends, usando-se fruteiras tropicais e Amazônicas produzidas em Roraima. Foram utilizados néctares de abacaxi, buriti, caju, camu-camu, carambola, maracujá, murici, lima-ácida Tahiti e taperebá. Foi realizado um ensaio preliminar onde se constatou que os néctares de abacaxi e maracujá seriam utilizados como matrizes e, dos quais, saíram os tratamentos: 2 controles - 100% de abacaxi e 100% de maracujá; 1 blend entre as matrizes - 50% de abacaxi + 50% de maracujá; 7 blends de cada matriz com cada fruto escolhido, na proporção de 1:1. Foram adicionados benzoato de sódio e dióxido de enxofre, nas concentrações de 500 e 200 ppm, respectivamente, em todos os néctares e blends trabalhados. Os resultados referentes à composição nutricional dos blends refletiram aumento significativo nos valores nutricionais quando em comparação com as matrizes, bem como com os néctares individuais de cada fruto. O mesmo comportamento foi observado mesmo após 10 dias de armazenamento não refrigerado. Com relação à estabilidade microbiológica, apenas os blends que utilizaram o buriti como componente apresentaram comprometimento. As análises químicas dos blends demonstraram padrões distintos das matrizes; entretanto, quando submetidos à análise sensorial, mostraram-se satisfatórias por parte dos julgadores. As composições que mais agradaram os julgadores foram os blends de ambas as matrizes associadas ao camu-camu e murici.
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O presente trabalho verificou experimentalmente a ecologia da polinização da amoreira-preta (Rubus sp.). Objetivou-se confirmar a síndrome de polinização de Rubus sp., por meio de análise de seu sistema reprodutivo, quantificação da produção diária de néctar, levantamento da entomofauna que visita as flores da amoreira na área de estudo e análise do seu comportamento polinizador. Os experimentos foram realizados em uma área de cultivo de amoreira-preta, no mês de dezembro de 2005, município de Timbó (SC). Constatou-se que a maior taxa de frutificação (48,3 % ± 3,2) ocorreu via polinização livre, onde os insetos não foram excluídos. Foi verificada a ocorrência de autopolinização, porém com taxa inferior de frutificação (12,2% ± 4,9). A anemofilia não foi constatada na espécie. A avaliação da produção de néctar em Rubus sp. resultou em valores compatíveis com a síndrome de melitofilia. Os visitantes florais coletados e observados sobre as flores de Rubus sp. foram predominantemente abelhas da ordem Hymenoptera (97%), que iniciam, em menor número, a atividade de forrageamento às 8h, com pico de atividade às 12h e declinando até às 16h. As coletas resultaram numa amostragem de 1.360 abelhas, divididas em quatro famílias e 13 espécies. A família com maior riqueza de espécies (N = 7) foi Halictidae e a mais abundante foi Apidae, com 1.288 indivíduos. Em Apidae, houve o predomínio da espécie exótica Apis mellifera, cuja representação na amostra foi de 1.246 indivíduos. Os dados da abundância e as observações naturalísticas do seu comportamento da flor apontaram A. mellifera como o principal polinizador de Rubus sp., mas confirmam que as demais espécies de abelhas também participam na polinização de Rubus sp.
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Para o cultivo do meloeiro, a presença de abelhas no período de florescimento é fundamental para garantir a polinização e incrementar a produção de frutos. Nesse sentido, o presente trabalho teve por finalidade verificar se há diferenças no comportamento de visitas e no recurso floral forrageado por Apis mellifera, em três cultivares de meloeiro. O trabalho foi desenvolvido no Campo Experimental da Embrapa Semiárido, em Petrolina-PE, com as cultivares do tipo amarelo (BRS Araguaia), pele-de-sapo (P-33) e cantaloupe (CAN-4), com observações da biologia floral, morfologia e comportamento de A. mellifera no período das 05h às 18h. O pico de visitação foi diferente, ocorrendo das 11h às 12h; 10h às 11h e das 15h às 16h para o tipo amarelo, cantaloupe e pele-de-sapo, respectivamente. Quanto ao recurso floral forrageado, a coleta de néctar foi constante ao longo do dia, enquanto a de pólen ocorreu principalmente no período da manhã. Quanto ao tipo floral, as flores hermafroditas receberam, de modo geral, mais visitas na cultivar do tipo amarelo e pele-de-sapo, sendo o inverso registrado para a do tipo cantaloupe. O maior número de visitas registrado nesse tipo floral pode ser atribuído às diferenças morfológicas, uma vez que suas flores são maiores e, portanto, poderiam ser mais atrativas.
Resumo:
O trabalho foi realizado em área experimental da UNEB, em Juazeiro-BA, durante os anos de 2010 e 2011, com o objetivo de descrever aspectos relativos à fenologia, à biologia floral e ao comportamento dos visitantes florais Apis mellifera do meloeiro do tipo amarelo, na região do Vale do São Francisco. Em novembro de 2010, registrou-se uma média de 22,7±2,6 dias de floração com emissão de flores exclusivamente masculinas até o segundo dia, e emissão de flores hermafroditas por 16 dias. Em maio de 2011, a média de dias de floração foi de 19,3±4,3, e com produção de flores exclusivamente masculinas até o quarto dia e emissão de flores hermafroditas por 20 dias. A média de flores por planta e a razão sexual foram de 96,2±4,2 e 1:16, em novembro de 2010, e de 67,1±17,7 e 1:19, em maio de 2011, respectivamente. As flores hermafroditas apresentaram maior volume de néctar do que as masculinas em ambos os períodos, sendo a causa provável do maior número de visitas recebidas por este tipo floral. O maior número de visitas ocorreu no período da manhã, com destaque para a coleta de pólen no horário das 7h às 11h.