776 resultados para manifestação linguistica do espaço social
Resumo:
Neste trabalho são analisadas as relações entre escolarização (configurada na Casa Familiar Rural) e as estratégias de reprodução das organizações sociais representativas do campesinato em interface com as famílias de agricultores na Transamazônica, frente pioneira de colonização no Oeste do Pará, particularmente no município de Medicilândia. Esta escola, pensada por estes agentes sociais e coletivos em um cenário nacional e regional de publicização dos quadros que fragilizam a agricultura de base camponesa, a partir de meados da década de 1990, tem sido instrumento da luta social. As tensões no espaço social, lidas como ‘crise da base’ e ‘crise dos sistemas de produção’, teriam desenhado simultaneamente uma ‘crise de formação’ na qual as finalidades da escola foram sendo construídas por desafios sócio-econômico e políticos. Este cenário teria constituído os jovens agricultores como categoria social, investidos da expectativa coletiva de tornarem-se, sob a mediação da CFR, técnicos agrícolas e/ou dirigentes, a fim de dar continuidade ao grupo (seja dos atores, nos campos das organizações sociais/sindicais e comunitário-religiosas; seja das famílias, na sucessão agrícola e na manutenção de sua posição social). As repercussões da CFR na condição camponesa destes jovens são analisadas a partir de dados qualitativos e quantitativos, tomando-se como referência os interesses e investimentos dos agentes sociais, das famílias, bem como as inserções sócio-profissionais no campo e/ou na cidade destes jovens após a escolarização. Os resultados da CFR, considerando-se esta escola como estratégia coletiva organizada que visa transformar para conservar o campo de lutas enquanto sistema de relações objetivas do grupo social que a constitui, revelam que a mesma tem possibilitado a permanência dos jovens agricultores no campo sob diversos arranjos em que se imbricam as relações com o campesinato, com a cidade, com o conhecimento escolar/técnico, e com uma ética de trabalho e relação com a terra/natureza “ambientalizada”. No âmbito dos grupos domésticos e da coletividade camponesa (nas quais se incluem as organizações representativas do grupo estudado), a posição social destes jovens caracteriza-se por formas de distinção social visíveis nas práticas sócio-produtivas intercedidas pelo capital escolar, bem como na posição de mediadores dirigentes e técnicos.
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Neste livro abre-se a uma diversidade de acepções que o conceito de espaço abriga nos objetos e cenários literários contemporâneos. O próprio texto como um espaço espacializante, na sua textualidade como corpo ou na visualidade da escrita, configura um espaço de linguagem. O contexto cultural e histórico envolve referências e dados situados em determinados momentos que articulam um espaço de relações com o texto literário. O espaço da institucionalização, com as representações de poder, o espaço social, o espaço como paisagem, nas configurações natural, regional, física e psicológica, e o espaço do mito com suas imagens e sentidos simbólicos, são outras formas de mobilização do conceito. O espaço pictórico, quer como elemento componente da pintura ou como a própria linguagem na composição da escritura, que se vale de técnicas plásticas, também é contemplado, assim como esse tipo de diálogo abriga outros meios e linguagens, como o cinema, a propaganda, a fotografia, nas relações entre as artes. Há também a possibilidade de se rever o objeto literário, em termos de espacialidade, sob essa perspectiva múltipla do olhar contemporâneo. Ou seja, no lugar daquele sentido restrito de categoria estrutural, o conceito incorpora uma visão ampla e metafórica, dentro da qual o próprio texto faz emergir uma concepção e função da espacialidade por meio de suas estratégias de construção. Diante de tantas possibilidades de leitura do conceito, o presente livro reúne textos que abordam aspectos da simbolização espacial em obras literárias que implicam um olhar contemporâneo para essas figurações.
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The characters of O mulato, Casa de pensão and O cortiço, well written books by the writer Aluísio Azevedo, may be considered predominantly flat, for they were built with a single or few features. This kind of character can be even defined by the type, which represents certain dominant features (professional, psychological, cultural, economic, religious, etc.) from the diegetic universe in which the action takes place. This character subcategory is present in certain artistic periods such as Realism and Naturalism, and can be understood as the main character between the individual and the collective, between the concrete and the abstract. Yet, the social space, in the novels of the above mentioned literary movements configures itself, especially in terms of the presence and types of extras: it is about describing environments that illustrate, almost always, in a historical period context of critical intent, vices and deformations of the society, as we can see depicted in the three novels of the author. In turn, the narrative categories that most decisively influence the space representation are the instance (the narrator) and the narrative perspective (focusing). In the case of O mulato, Casa de pensão and O cortiço, the dominance is in choosing the omniscient narrator, who prefers a panoramic view, limited to an exterior and strictly objective description. The survey was developed through readings, literary cataloging and corpus discussions, with a theoretical basis determined by three dimensions: a) critical essays about the author and his works, such as those by Jean-Yves Mérian, Aluísio Azevedo, vida e obra: (1857-1913) and parts of the literature histories which deal with Naturalism, such as those by Alfredo Bosi, História concisa da literatura brasileira, b) theoretical studies about the novel character, such as those by Antonio Candido, A personagem do romance, and the romantic space ...
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The present work discuss the reproduction of the social relations from the point of view of the new urban production relations - having as empirical universe for analysis-, the Itaquera district in the Sao Paulo metropolis, with the advent of the World Cup in Brazil. Starting with the reading of a reality in movement, in which the analysis walks covering the dialectic relationship between space and society, where the first is translated into product and life reproduction condition, aiming to unveil the metamorphoses that will take place in the urban space with its consequent contradiction, what it may be the expanded capital reproduction concomitantly with the process that denounces a spoliation movement of the social space. With the society approval before these big architectural projects enabled by ideology, it’s determined the (re) production of artificial spaces of consumption, funded for the capital extension. The current stage that the capitalism reveals a space turned into mass consumption merchandise, consequence of the victory of the exchange value over the usage value, amalgamated in positive measures of expulsion/sweeping of low income socio-economic layers
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In this article we aim to discuss the importance of reading, writing and the book in the subject’s performance in society. This discussion tries to put these elements in time and social space. Therefore we want to show how these cultural practices of reading and writing, combined with the book can determine the development of the subject, when able to access these technologies effectively. The expected results are the change of the superficial aspects and common sense about reading, books and writing. Hope that it contributes to the expansion of the discussions on these themes. We hope to collaborate to the discussion which is being developed within the educational context on reading, books and writing, and the relationship resulting from the development of the subject in society and their ability to read and write.
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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
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Pós-graduação em Geografia - IGCE
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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
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Pós-graduação em Geografia - IGCE
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Se é um facto que a sala de aula é um espaço socialmente instituído e é um espaço historicamente conquistado e construído, também é um facto que é um espaço social em que o acesso a ele não se encontra plenamente garantido. O objetivo deste trabalho sustenta-se na questão como pensam os futuros professores a organização do espaço nas salas de aula do 1.º Ciclo do Ensino Básico? e pretende perceber em que medida a organização do espaço pode contribuir para a construção de competências, e para a implementação de uma aprendizagem criativa e transformadora, sendo que o entendemos como uma mensagem curricular que espelha e retrata o modelo educativo presente na sala de aula. Os resultados apresentados dimanam da análise efetuada aos dados recolhidos através de inquérito por questionário com questões abertas e fechadas a um grupo de alunos da formação inicial de professores.
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In this work we thought about the social use of the domestic space and, specifically, the space destined to the preparation of food. The kitchen is a creative space of social relationships. There the families exchange daily interaction with the neighbors, in a collective of the space reserved to the making of food. Our empiric research was in the Mutamba da Caieira community, located in the county of Assu (RN). The data was collected through the etnographic method aided by the photographic resources. In the discussion, we delimitated at the house three types of kitchens: one reserved to the family, another kitchen in the terrace and yet another kitchen in the yard. They are kitchens that link amongst themselves with activities and differentiated temporalities. In the daily social exchange, the kitchen imposes itself as a social space through the conditions that it offers for the production of the foods, the circulation of domestic objects, the communication of knowledge around the cookery, operating a group of symbolic and ritual actions combined with appropriate techniques for the transformation of the foods. The study reveals that the domestic chores accomplished amon relatives and friends form webs of intracommunitary relationships in the use of the three kitchens, and that the social network is updated in a singular moment that usually happens in the community, the Game of Pacará
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In this work we thought about the social use of the domestic space and, specifically, the space destined to the preparation of food. The kitchen is a creative space of social relationships. There the families exchange daily interaction with the neighbors, in a collective of the space reserved to the making of food. Our empiric research was in the Mutamba da Caieira community, located in the county of Assu (RN). The data was collected through the etnographic method aided by the photographic resources. In the discussion, we delimitated at the house three types of kitchens: one reserved to the family, another kitchen in the terrace and yet another kitchen in the yard. They are kitchens that link amongst themselves with activities and differentiated temporalities. In the daily social exchange, the kitchen imposes itself as a social space through the conditions that it offers for the production of the foods, the circulation of domestic objects, the communication of knowledge around the cookery, operating a group of symbolic and ritual actions combined with appropriate techniques for the transformation of the foods. The study reveals that the domestic chores accomplished amon relatives and friends form webs of intracommunitary relationships in the use of the three kitchens, and that the social network is updated in a singular moment that usually happens in the community, the Game of Pacará
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O artigo resgata o conceito de espaço público no âmbito da cidade contemporânea. Para tanto relaciona os conceitos de espaço - segundo Milton Santos e Pierre Bourdieu, através de iniciativas de planejamento urbano, que muitas vezes visam ordenar e gerir o espaço físico, mas não levam em consideração as questões relativas aos grupos (nem suas particularidades) que o ocupam. Constitui-se portanto, na busca dos conceitos de espaço urbano, público, geográfico, social e suas representações, tagendo o suporte físico e sua apropriação e transformação pelo homem, através de novas formas de espacialização resgatada por Paulo C. da C. Gomes e Yves Chalas. E que muitas vezes são resultados de uma incompreensão por parte dos planejadores, cujos resultados são espacializados com grandes prejuízos à tessitura urbana – uma verdadeira desconexão entre a realidade e o ordenamento e a gestão territorial. Compreender as definições de espaço, como se relacionam e sobretudo efetivadas através do planejamento urbano, enfocando um exemplo real - a ilha de Santa Catarina, mostra-se como uma possibilidade de ruptura ao tecnocratismo vigente na concepção atual de planejamento e ordenação territorial. Através de acompanhamento fotográfico, análises in loco, resgatando trabalhos científicos sobre a ilha aborda-se o recorte espacial em seu desenvolvimento histórico e socioeconômico, buscando sua dinâmica como expressão de espaço geográfico na cidade contemporânea.
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O presente trabalho se propõe fazer uma aproximação aos estudos sobre a tradicionalmente chamada Feira de São Cristóvão, levando em consideração a relação entre os agentes partícipes e a dinâmica no espaço. O objetivo é compreender melhor a força que move os atores no sentido da mudança da forma da feira para a forma do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas (CLGTN), e assim me aproximar da seguinte questão: Por que uma forma de comércio como a modelada na Feira de São Cristóvão, popularmente conhecida como feira dos paraíbas, sobrevive à força das mudanças operadas no ramo, dando lugar aos sofistificados shopping-centers? Para isso, faço uma aproximação ao estado de arte da pesquisa na área com base nas seguintes categorias de análise: a Feira como forma de produção do espaço e a relação Forma-Conteúdo, a relação espaço-identidade na feira e a relação entre agentes internos e externos no Espaço. Vendo a migração como movimento responsável pela constituição de um espaço social e territorialmente diferenciado do nordestino na cidade do Rio de Janeiro, é por ela que inicio a exposição. Esta se continua com a análise dos trabalhos escolhidos para estudo, via as categorias indicadas e, com um capítulo no qual procuro repensar a feira a partir da relação global-local que vem referenciando as reflexões acumuladas na área do urbano a partir da segunda metade do século XX. Por fim, concluo observando que a permanência da feira se deve a um duplo movimento de resistência-absorção que, se redefinindo no tempo e no espaço, não consegue, entretanto, apagar os traços da tradição que lhe deu origem.
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O objetivo desta análise é investigar os gritos de guerra militares, um gênero discursivo constituído nas práticas sociais do ambiente da caserna e resultado de crenças e de percepções definidoras da identidade militar. Neste trabalho, analisamos trinta gritos de guerra coletados no ano de 2009 junto a grupamentos de cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). Com base nos pressupostos teóricos da Linguística Sistêmico-Funcional, tendo como ponto de partida o significado ideacional de Halliday (1985), analisamos como se dá a organização do sistema linguístico em conformidade com o aspecto funcional dos gritos de guerra. Pela categoria da transitividade, buscamos compreender como se manifestam as representações de mundo na estrutura oracional. Ao evidenciarmos uma maior presença de processos materiais e relacionais na materialização linguística das experiências de mundo, pudemos caracterizar melhor a natureza de práticas sociais em contexto militar e perceber que tais processos orientam-se na construção de sentidos de maneira a instituir uma identidade institucionalizada. Pelo mapeamento dos modos de representação dos atores sociais, com base nas categorias sociossemânticas apresentadas por Van Leeuwen (1997), percebemos que os indivíduos inscrevem-se na materialidade textual, principalmente, por meio da coletivização, evidenciando assim uma forma particular de inserção dos sujeitos na vida castrense. Tal fato revela o grupo como entidade que deve se fundamentar na coesão entre seus integrantes, aspecto basilar para a consolidação da própria instituição. O modo como os militares são representados nos gritos de guerra orienta-se na formação de uma identidade grupal necessária para que, por meio desse gênero, sejam alcançados propósitos institucionalmente definidos, que podem ser sintetizados na ideia de preparação do espírito militar