92 resultados para grotesco


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A motivação principal deste artigo é demonstrar que a metapsicologia do humor se oferece, na obra freudiana, como o paradigma a partir do qual se podem compreender as operações em jogo no processo da sublimação. Percebe-se, assim, que a associação entre duas problemáticas sombreadas pela tradição psicanalítica - o humor e a sublimação - contribui para o esclarecimento de ambas. Ao longo do texto são enfatizados o trabalho de desidealização promovido pelo humor, a modalidade identificatória envolvida na sua produção, a referência do humor negro à condição de orfandade que caracteriza o sujeito moderno, bem como a política que acompanha a anunciação do dito humorístico e, mesmo, do Witz (espirituosidade) de modo geral. Finalmente, demonstra-se a filiação do humor ao realismo grotesco, amplamente analisado por Mikhail Bakhtin, indicando como, na enunciação humorística, é preciso considerar a participação da alegria, sua força motriz.

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O povo piaroa, que vive às margens dos afluentes do Meio Orinoco, acredita que o movimento de todo processo corporal participa de uma ordem venenosa e primordial das coisas. Este texto explora a correspondência entre os processos sensoriais e cósmicos e as formas do povo piaroa pensar e praticar sua arte culinária. Realiza, assim, uma expedição à etnopoética. O artigo tratará da interação entre dois gêneros narrativos contrastantes o sublime e o realismo grotesco, tais como usados pelos cantadores xamânicos para revelar as múltiplas formas com que processos corporais e vida sensorial estão intimamente entrelaçados com os modos de conhecimento. A imagética do sublime evoca as belas faculdades sensuais da parte superior do corpo, enquanto a imagética do realismo grotesco trata das excreções venenosas e dos orifícios das partes baixas do corpo. Em ambos os gêneros, o processo corporal é um operador importante, mas muitas vezes ambíguo, tanto no domínio do conhecimento quanto na perda deste. Para os Piaroa, os modos de saber humanos estão sempre envolvidos com o que é tóxico e, portanto, atrelados aos processos geminados de degeneração e regeneração: o veneno, como agente de transformação, é criador da vida, mas também pode ser o seu algoz.

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O humor grotesco das pantomimas e dos mitos, o humor festivo das brincadeiras e o humor crítico dos excessos em mitos e sketches podem ser lidos como formas de conhecimento nativo sobre o mundo e sobre as relações que mantêm esse mundo interconectado. A exegese nativa da imagética humorística revela valores cruciais relacionados às concepções kaxinawa sobre socialidade e agência ritual. Estamos lidando com discursos icônicos sobre a qualidade das relações entre pessoas e entre pessoas e o mundo animado. O humor do corpo grotesco, que faz dialogarem partes de corpos como forças autônomas, e o humor festivo, cujo riso contamina a moral dos "donos" das substâncias, têm alta eficácia ritual, motivando forças cósmicas a agirem em prol da humanidade. Qual é o saber expresso pelo humor? O humor expressa um conhecimento de como agir sobre o mundo que os protagonistas dos mitos careciam. Nos mitos, os poderosos donos de saberes cruciais à vida eram conquistados e mortos. No ritual, estes mesmos seres são "alegrados" e seduzidos. A agência ritual subverte o tempo mítico do conflito para produzir o tempo histórico, um tempo no qual pessoas são produzidas com base nas qualidades construtivas de seres poderosos, conhecidos por suas capacidades predatórias.

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Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Línguas, Literaturas e Culturas (Especialização em Estudos Literários Norte-Americanos)

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Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Estudos Portugueses - Estudos Comparatistas

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A portugalidade existe ou não passa de mera retórica para sublinhar a eventual quali­dade do que é português? A tentativa de mitificar os feitos dos portugueses, nomeadamente através da epopeia dos Descobrimentos, que se assumiu como um dos pilares do Estado Novo, faz com que a portugalidade esteja datada nas décadas de 50 e 60 do séc. XX. Trata-se de uma construção, que atropela o processo de identidade dos portugueses, já que não espelha as suas idiossincrasias. Talvez por isso, distante das apropriações que se fizeram dos escritos de Camões ou de Pessoa para sustentar a tese em que assentou a propaganda do regime de Salazar, e bem mais perto de Paula Rego e do grotesco.

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Apresentam-se aqui as idéias sobre dramaturgia de Álvares de Azevedo expostas de forma direta principalmente em Carta sobre a atualidade do teatro entre nós e no prefácio a Macário. Em seguida, desenvolve-se uma análise de Um cadáver de poeta procurando ilustrar a teoria do gênero dramático defendida por Puff, o narrador de Macário.

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A matéria-prima do espetáculo de circo é o corpo do artista, ora sublime, ora grotesco. O corpo sublime, no chão ou nas alturas, desafia, em forma de espetáculo, as leis naturais. No momento seguinte, o espetáculo é "interrompido" e o público é acometido pela descontração e pelo grotesco dos palhaços. O espetáculo circense, assim, se desloca, com facilidade e maestria, entre o riso e a morte.

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Acercamiento a la obra de Pío Baroja, del que se ha celebrado en 2006 la conmemoración de los cincuenta años de su muerte. El mundo narrativo de Baroja está lleno de dureza, crueldad y egoísmo. El pensamiento reflejado en sus obras es de pesimismo y desengaño. Afirmaciones del propio Baroja hablan de una postura antiestado y antisistema político que se contradicen con su época de militante del Partido Republicano Radical de Lerroux. Al final se desencanta de la política y responde a la crisis económica, social e intelectual de su época apartándose y encerrándose en su mundo de creación. La concepción que Baroja tiene de la novela es la de un género multiforme, poético y en formación al que la unidad viene dada por un personaje que es el centro de la narración. Describe lo que ve en la vida de sus personajes sin interferir en sus vidas, sin intentar explicarlos desde parámetros psicológicos o sociológicos. No se dedica a acumular datos, sino que con breves rasgos describe lo grotesco de la sociedad. Su lenguaje es natural, sobrio y fluido, lo que no quiere decir que sea poco trabajado. Se completa con una breve reseña bibliográfica y algunas páginas web que tratan sobre este autor..

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La crítica ecuatoriana ha valorado de diferente manera el sentido del humor en Alfredo Pareja. En ocasiones lo ha aproximado y alejado del humor de Pablo Palacio, Proaño apunta que en éste el absurdo y lo grotesco provienen fundamentalmente de la situación, más que de los personajes, no así en Pareja, cuyo humor se sustenta en los personajes y en su accionar en el mundo, aproximándose mucho a la estética del esperpento, del español Ramón del Valle Inclán. Analiza dos obras en las que el disparate expresa, y confronta al mismo tiempo, una cierta angustia existencial. Hechos y hazañas de don Balón de Baba muestra a un personaje central que se mueve entre lo ridículo y lo trágico, Las pequeñas estaturas, a «gentes pequeñas con un papel desmesurado», de «miembros físicos ajustados a las proporciones del alma», En ambas obras se alude soslayadamente a la inversión del orden conocido, al advenimiento de un caos cercano a lo carnavalesco, conducido por criaturas de accionar desaforado y marcadas definitivamente por su deformidad.

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Este ensayo tiene como objetivo principal interpretar la manera en que se representa literariamente la ciudad de Quito en dos textos de Huilo Ruales Hualca: leyendas olvidadas del reino de la tuentifor y es viernes para siempre marilín. Para esto, se debe observar que existieron momentos en el proceso de modernización de la ciudad que influyeron decisivamente en la narrativa de este autor. Tres fueron, sobre todo, estos momentos. El primero, devenido de la objetivación histórico-social de la Quito moderna, emprendida a comienzos del siglo XX, fue un fenómeno complejo y paradójico que trajo como consecuencia la fractura de la ciudad, su división. El segundo, la polarización de esta fractura, que enfatizó el fenómeno de marginación de ciertos sectores sociales y que ocurrió con un fenómeno económico decisivo: el boom petrolero de los años 70. Y, el tercero, en los años ochenta, que devino de la angustiosa represión que el país experimenta por parte del gobierno de León Febres Cordero. Tales fueron las tensiones y los acontecimientos que se dieron durante todo el siglo XX y que configuraron un discurso literario, de fuerte acento grotesco, que interpelaría al discurso políticamente correcto y oficialista (cuyos ideales fueron el progreso y la civilización) de lo moderno. Confrontación de un discurso hegemónico y excluyente, la narrativa de Huilo Ruales Hualca evidencia una modernidad vista desde otro ángulo: el de los marginales. De ahí que lo grotesco en sus representaciones de la ciudad dé cuenta de las evidentes asimetrías y paradojas de una estructura social y su compleja conformación.

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Esta investigación busca identificar y analizar los imaginarios de belleza entre las estudiantes de comunicación social (UCE) y las estudiantes de periodismo (UDLA), pertenecientes a distintos estratos socio-económicos además de establecer cómo influyen en la construcción identitaria de su imagen corporal. También se compararán las estéticas corporales de las jóvenes como son la vestimenta, maquillaje y peinados. También se establecerá cuál es su concepción de fealdad o de lo grotesco en cuanto a la corporeidad femenina. Los medios de comunicación a los cuales tienen acceso legitiman sus imaginarios de belleza, se da la relación entre imagen – tecnicidad, debido a que algunas estudiantes consideran hermosas y con cuerpos envidiables a modelos, cantantes, actrices, estrellas de reality shows de televisión nacional o extranjera, por lo tanto se puede hablar de la construcción de una belleza en base a la cultura visual y al entono socio-económico de las jóvenes de ambas universidades. No obstante, resulta importante señalar que ciertas jóvenes se someten a prácticas sociales y de control para ser parte del imaginario de belleza impuesto por las industrias del cine, la moda, el entretenimiento, dentro de la cual el cuerpo de la mujer se convierte en objeto. Algunas estudiantes hacen dietas rígidas, consumen productos light, ligeros, ejercitan sus cuerpos en gimnasios, se han realizado y desearían realizarse cirugías plásticas, unas compran prendas de marca es decir optan por la originalidad otras prefieren lucir ropa escotada y llamativa para mostrar su figura, en ambos casos lo hacen con el fin de lucir similar al modelo social de belleza y así lograr ser visibilizadas.

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Muchas veces no se entiende cómo las personas pueden pasar largas horas jugando en consolas de videojuego o computadoras. Esto se debe en parte, a que no se comprende los juegos de video y se cree que no existe un argumento o un discurso en el desarrollo de una historia durante el juego. En el caso específico de Grand Theft Auto existe una historia principal y varias historias secundarias, con el agregado de que el jugador forma parte del elenco. En esta serie de juegos los protagonistas intentaran alcanzar el sueño americano. En este trabajo se analiza el imaginario del sueño americano presente en la narración de Grand Theft Auto VI y V, juegos de video para mayores de 18 años, que exige criticidad del jugador hacia los personajes y los eventos producidos durante el desarrollo de la historia. Existe violencia en muchos aspectos (robo de autos, asaltos a mano armada, tiroteos contra la policía, peleas callejeras, etc.). Sin embargo, Grand Theft Auto es mucho más que un videojuego violento, en su trama existe un discurso sobre lo ético y lo políticamente correcto que nos ofrece su punto de vista sobre el sueño americano. En este trabajo se expone cómo los videojuegos caricaturizan la vida norteamericana, con violencia y humor negro, resaltando lo más oscuro y grotesco de la ciudad del sueño estadounidense. Para lograr esto se describen algunos aspectos de Grand Theft Auto tales como las ciudades como escenario, los personajes y la historia que se desarrolla durante el juego; y, se lo contrasta con el discurso del sueño americano, para concluir en una desmitificación o aporte al mismo por parte de Rockstar, empresa productora de la serie de videojuegos mencionada.

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El presente trabajo tiene el objetivo de analizar los rasgos humorísticos y figuras retóricas en La Colmena de Camilo José Cela. La tesina se basa en las teorías de la superioridad, de la descarga, de la incongruencia y las teorías sociológicas y antropológicas según el estudio de José Antonio Llera. Nuestra investigación ha examinado particularmente el humor negro, grotesco y la ironía presente en la obra de Cela. Hemos podido concluir y afirmar que Cela usa el humor y la ironía a través de descripciones grotescas las cuales forman parte de su critica social y como mecanismo de defensa. Hemos establecido que el autor usa el humor para reflejar su propia elección subjetiva de la realidad de la posguerra. Finalmente hemos constatado que el humor es algo añadido lo cual se muestra a través de sus comentarios omniscientes.