950 resultados para YOUTH POLICY
Resumo:
Objetivou-se analisar as representações de adolescentes e jovens em Belém sobre o ECA. A dissertação procurou se orientar a partir dos fundamentos do método Materialismo Histórico e Dialético, particularmente a referência de Henri Lefebvre acerca da representação social. A abordagem metodológica se expressou por meio de levantamento e análise documental como o ECA, decretos e leis, relatório da I Conferência Nacional para a Política de Juventude e consulta aos sites governamentais. Foram realizadas entrevistas com treze adolescentes e jovens, na faixa etária de 16 a 28 anos, de ambos os sexos. Porém, somente oito entrevistados participaram na discussão empírica. O critério utilizado na definição da amostra priorizou a vinculação dos informantes de três segmentos: das medidas socioeducativas, Programa ProJovem/adolescente e jovens militantes de uma entidade política. Verificou-se que os adolescentes que têm sido alvo de ações das políticas sociais propostas pelo ECA, como as medidas socioeducativas e o ProJovem, não conseguem perceber as ações como materialização de direito proporcionado para os mesmos. Eles também informaram ter pouco conhecimento sobre o que Estatuto representa de positivo, mas apresentam a consciência de que predomina uma representação negativa sobre o ECA. Já os jovens, demonstraram entendimento mais conscientes e/ou politizados acerca do ECA e das políticas para juventude, destacando ganhos e limites das mesmas. Para estes, a Lei não atende as necessidades reais de Crianças e de Adolescentes, principalmente, porque a atuação dos operadores da mesma linha é limitada. Conclui-se que muitos outros trabalhos têm discutido esta temática, sem desconsiderar a importância do Estatuto, mas destaca-se que muito ainda há de ser feito para que Lei possa melhor ser reconhecida pelos que dele necessitam.
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O objetivo dessa dissertação é analisar como as ideias sobre a juventude, representadas pelos discursos oriundos de diferentes materiais empíricos – documentos governamentais e de organizações da sociedade civil e entrevistas não-estruturadas – e a forma pela qual os jovens são reconhecidos como sujeitos de direitos influenciaram o processo de formação das políticas de juventude no Brasil e institucionalização do tema em âmbito federal, assim como a escolha pelas estratégias administrativas que constituem as principais formas de ação e de gestão governamental no tema. Para isso, adotamos como ponto de partida a reflexão sobre o uso da retórica, por meio de metáforas e narrativas na formação e trajetória das políticas, a existência de coalizões discursivas em seu desenvolvimento e a utilização de frames (enquadramentos interpretativos) no exame dos pontos de inflexão das ações para a juventude no Brasil. Em seguida, identificamos as principais ideias sobre as juventudes presentes no campo e analisamos como elas alimentaram o reconhecimento dos jovens enquanto segmento social diferenciado dos demais em função da sua “condição juvenil” e enquanto sujeitos de direitos integrais. Com base nessas concepções, examinamos a criação e a definição as principais funções da Secretaria Nacional de Juventude, a partir de um debate sobre o conceito de transversalidade, e a formulação e trajetória do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (PROJOVEM), adentrando o debate sobre a intersetorialidade nas políticas públicas. A principal contribuição dessa pesquisa foi relacionar como as ideias e discursos influem não apenas na formação de políticas, mas também como as construções sociais que emergem do campo, balizadas pelo reconhecimento dos sujeitos de direitos, também impactam nas estratégias de gestão. Conclui-se, ainda, que apesar da crescente importância atribuída à gestão transversal e à articulação intersetorial na gestão das políticas de juventude no Brasil, são as próprias concepções que orientam sua escolha como estratégias administrativas das quais decorrem os principais limites para a sua operacionalização cotidiana pela administração pública brasileira em nível federal.
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Essa dissertação se propôs a analisar o entendimento do conceito de juventude, ou melhor, juventudes, nos dias de hoje. Junto a essa busca, nos deparamos com o surgimento das políticas públicas voltadas para essa parte da sociedade, finalmente entendida como uma população complexa, plural, capaz e desejosa de ser protagonista da própria história. Num olhar mais cuidadoso, questionamos como se caracteriza a pluralidade da juventude da cidade de São Lourenço (MG). Uma política municipal para jovens pode atender tal pluralidade? A construção de uma política municipal para jovens é apropriada à pluralidade da juventude? Para esta pesquisa, entendemos que a metodologia de estudo de caso, com caráter exploratório, assim como a pesquisa autobiográfica seriam as mais adequadas para uma compreensão complexa e profunda dessa realidade. A base teórico-conceitual foi escolhida a partir dos estudos mais recentes relativos à juventude. Teóricos como Castro e Aquino estão bem presentes neste trabalho, assim como Sposito, Abramo, Pais e Marías, no primeiro capítulo. No segundo capítulo, além da consistente contribuição de Ninis e Giolito, recorreu-se a autores, documentos locais e publicações eletrônicas, bem como a própria vivência da autora na cidade. No terceiro capítulo, a trajetória pessoal da autora, seu trabalho como funcionária da Prefeitura Municipal e a dissertação de mestrado se encontram. Como mostrou Gilberto Velho, memória, projeto e identidade são significativos na vida pessoal e na possibilidade da transformação social.(AU)
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Rezension von: Siegfried Bernfeld: Sämtliche Werke in 16 Bänden. Band 1: Theorien des Jugendalters. Hrsg. v. Ulrich Herrmann. Weinheim/Basel: Beltz 1992, 306 S.
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The Australian Government has provided funding to evaluate the effectiveness of Indigenous law and justice programs across five subject areas to identify the best approaches to tackling crime and justice issues and better inform government funding decisions in the future. This report presents the findings of subject area "D", which examined two different approaches to delivering community and night patrol services for young people: the Safe Aboriginal Youth Patrol programs in New South Wales, and the Northbridge Policy project (the Young People in Northbridge project), in Western Australia. Night patrols can address crime either directly or indirectly, by prevention work or by addressing the social causes of crime through community development.
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The broad aim of of this thesis is to contribute to understanding how the relationships between culture, employment and education can help Tanzania's young people secure jobs, and survive in the creative workforce so as to better their future. Based on a range of interviews and other data in Tanzania, the study considers how to integrate cultural expressions into arts education (education in art and education through art) as a tool for nurturing young people's creative talents for their future sustainable employment in Tanzania.
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Garda Youth Diversion Projects (GYDPs) have since their beginnings in the early 1990s gained an increasingly important role and now constitute a central feature of Irish youth justice provision. Managed by the Irish Youth Justice Service and implemented by the Gardai and a variety of youth work organisations as well as independent community organisations, GYDPs are located at the crossroads of welfarist and corporatist approaches to youth justice, combining diversionary and preventative aspects in their work. To date, these projects have been subjected to very little systematic analysis and they have thus largely escaped critical scrutiny. To address this gap, this thesis locates the analysis of GYDP policy and practice within a post-structuralist theoretical framework and deploys discourse analysis primarily based on the work of Michel Foucault. It makes visible the official youth crime prevention and GYDP policy discourses and identifies how official discourses relating to youth crime prevention, young people and their offending behaviour, are drawn upon, negotiated, rejected or re-contextualised by project workers and JLOs. It also lays bare how project workers and JLOs draw upon a variety of other discourses, resulting in multi-layered, complex and sometimes contradictory constructions of young people, their offending behaviour and corresponding interventions. At a time when the projects are undergoing significant changes in terms of their repositioning to operate as the support infrastructure underpinning the statutory Garda Youth Diversion Programme, the thesis traces the discursive shifts and the implications for practice that are occurring as the projects move away from a youth work orientation towards a youth justice orientation. A key contribution of this thesis is the insight it provides into how young people and their families are being constituted in individualising and sometimes pathologising ways in GYDP discourses and practices. It reveals the part played by the GYDP intervention in favouring individual and narrow familial causes of offending behaviour while broader societal contexts are sidelined. By explicating the very assumptions upon which contemporary youth crime prevention policy, as well as GYDP policy and practice are based, this thesis offers a counterpoint to the prevailing evidence-based agenda of much research in the field of Irish youth justice theory and youth studies more generally. Rather, it encourages the reader to take a step back and examine some of the most fundamental and unquestioned assumptions about the construction of young people, their offending behaviour and ways of addressing this, in contemporary Irish youth crime prevention policy and practice.