929 resultados para Uso do espaço
Resumo:
Os museus como centros de ciências, enquanto espaços de educação não formal podem, por meio da participação ativa do público, promover a compreensão da ciência ao aguçar a curiosidade do indivíduo e estimular o prazer pela descoberta. Ação desenvolvida como intervenção acadêmica, social e cultural associada ao PIBID/UFRN/Biologia, tem como objetivo avaliar o uso de espaço de ensino não formal, na aprendizagem de conceitos, promovendo a alfabetização científica através de uma exposição em um museu de ciências e morfológicas. A visitação foi realizada no Museu de Ciências Morfológicas da UFRN, com alunos do 1º ano do ensino médio da escola Estadual Lourdes Guilherme, sendo aplicados questionários de pré e pós-visita sobre a Evolução dos Vertebrados, com intuito de analisar a contribuição do museu na aprendizagem destes conteúdos. A porcentagem de acertos no questionário pré-visita variou entre 8 e 68% em relação ao conhecimento geral dos alunos quanto à evolução dos vertebrados, enquanto no pós-visita essa variação foi de 16 a 90%. Com base nesses primeiros resultados verificamos o quanto os museus interativos de ciência se apresentam como um espaço educativo complementar à educação formal, possibilitando a ampliação e a melhoria do conhecimento científico de estudantes. Isso demonstra que o uso de espaços não formais contribui para a aprendizagem significativa, além de promover a alfabetização científica destes alunos ao gerar a compreensão da ciência e aguçar a curiosidade dos mesmos para o prazer da descoberta.
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Neste estudo foram investigadas a diversidade, a composição, e as diferenças no uso do espaço (hábitat e microhábitat) e do alimento em uma comunidade de lagartos habitantes da serapilheira de um fragmento de Mata Atlântica, do Estado de Alagoas, Brasil. Para a observação e/ou coleta dos espécimes, foram utilizados os métodos de busca ativa e armadilhas de queda (pit-fall traps) sem cerca-guia. Para análises de diversidade e da existência de diferenças de diversidade entre os hábitats e microhábitats, utilizou-se o índice de Shannon. A largura dos nichos espacial (hábitat e microhábitat) e alimentar foi avaliada, utilizando-se o índice de diversidade de Simpson. A similaridade entre as áreas foi averiguada utilizando-se o índice de Jaccard. Para avaliar o grau de sobreposição quanto ao uso do espaço (hábitats e microhábitats) e do alimento pelas espécies, foi utilizada uma versão da equação de MarcArthur & Levis. Foram obtidas vinte e três espécies de lagartos, pertencentes a nove famílias; destas, dezenove foram obtidas no interior da mata e nove na borda. Para o interior da mata as espécies mais abundantes foram Kentropyx calcarata, Dryadosaura nordestina, Enyalius catenatus e Gymnodactylus darwinii. Na borda da mata as espécies mais abundantes foram Tropidurus hispidus, T. semitaeniatus, Ophiodes striatus e Ameiva ameiva. Quanto à utilização dos recursos, os resultados mostraram que espécies filogeneticamente próximas nem sempre utilizam de maneira semelhante os recursos disponíveis. A dieta em geral foi composta por artrópodes. Tropidurus hispidus e T. semitaeniatus se mostraram especialistas no consumo de Himenoptera (Formicidae), que estiverem presentes em 100% dos seus estômagos. Ophiodes striatus teve como principal alimento caramujos (Gastropoda) e aranhas com 60% cada; sendo Gastropoda mais abundante para esta espécie
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A enguia mirongo-mirim Myrophis punctatus vive em agrupamentos de alta densidade populacional e comumente se enterra ou permanece sob o substrato. Esses comportamentos podem levar a marcas químicas no subtrato e podem, portanto, modular o uso do espaço nessa espécie. Neste estudo, testamos a hipótese de que a preferência espacial da enguia mirongo-mirim é influenciada pela presença de odor do animal coespecífico no subtrato. Mostramos que as enguias evitam a área que contém tal odor, indicando que as decisões de ocupação espacial podem ser influenciadas por pistas químicas de coespecíficos. As enguias claramente detectaram o odor de um animal coespecífico e essa percepção poderia ser um indicativo da presença de um coespecífico enterrado no substrato. Visto que elas evitam uma área contendo tal odor, sugerimos que isso poderia ser uma resposta para evitar invadir o território de um animal residente.
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As Sociology becomes a mandatory subject in the curricular componentof Brazilian high schools, we find anopportune moment to proposals and changes in the subject and in teaching, in a general aspect. It s noticed the great importance of the role that the create imagination plays in individual s formation (BACHELARD), and it s also seen that Brazilian education system has marginalized imagination to the detriment of a unifocused scientism that sterilizes creativity, playfulness and poetry in its educational process. Nevertheless, a way of thinking redefinitions to the educational horizons of Sociology as a subject and education is upheld. An educational practice that reconnects the prosaic and the poetic, using images/songs as paths/strategies of the teaching-learning process. As for that, the school structure was used where the tutor work was done to undertake experiences that made the use of songs as strategy to facilitate/stimulate the learning of the subject Sociology in high school. From thoughts and results of this experience, plus the bibliographic studies, analysis were made. The goal of this essay is to make use and stimulate the creation of poetic images from the teaching point of view, specially the Sociology subject in high school, rethinking and searching more efficient and playful ways of approaching and building educational methods from images; stimulating the development of the Thinking Reform and the Anthropoetics of the human gender (MORIN); acknowledging that imagination is an indispensable part of our integral formation
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As part of a broader project, Diversity and Distribution Patterns of Floristic and Faunistic composition of remnants of Potiguar s Atlantic Forest, as subsidies to conservation , that subsidizes a group of institutional research, This study aimed to evaluate the structure of the assemblage of lizards a remnant of the of the northern Atlantic Forest, identifying ecological factor (s) that contribute to the coexistence of sympatric species. Additionally, we studied the thermal ecology and thermoregulatory behavior of umbrophily and heliophily species live the Parque Estadual Mata da Pipa (PEMP), a remnant of Atlantic forest located in the Tibau do Sul municipality of, Rio Grande do Norte State, Brazil. It is one of the largest remnants of the Atlantic Forest and has an area of approximately 290 ha. The study was performed by four excursions to the field for 20 days each, when active search and pitfalls traps were used to record and colleted specimens in different habitats of the area. We recorded the presence of 19 species of lizards, of which seven are typical of forest areas, three are endemic Atlantic Forest, these two northern and one are new record for the Rio Grande do Norte. The use of resources, the results showed that phylogenetically related species do not always use a similar way the resources available; the feeding niche was the segregated component of the species that overlapped extensively in the use of space and vice versa. To examine the thermal ecology and thermoregulatory behavior of Kentropyx calcarata and Coleodactylus natalensis, we recorded the clocal temperature (Tc), oh the substrate (Ts) and of the air (Ta) to investigate what of these are the source of heat more important to the temperature s body of these lizards. Behavioral observations were conducted to analyze strategies to optimize the acquisition of heat. The air temperature explained most strongly to variation in body temperature of K. calcarata, while the temperature of the substrate to C. natalensis. As for the behavioral observations, they confirmed that K. calcarata is an active thermoregulatory; C. natalensis is a passive thermoregulatory.
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The Environmental Protection area sof Pitimbu river are important tools for planning and territorial land management. The Pitimbu river protection is aided in laws, so much of Federal stamp, as the Brazilian s Forest Code (Law No. 4771/1965), and in State s and City s Resolutions. So, this research begins in the State s Law No. 8426/2003interpretations, for being the most restrictive in the river's margin occupation and management. The objective is to analyze the applicability of the Environmental Protection areas of Pitimbu river, localized at the State of Rio Grande do Norte, considering environmental legislation and how to use this space by the man. Having specific goals for the discussion of the legislation s scope to this river; the identification of the types of soil s covering and evaluation the effectiveness of Law Nº.8426/2003, as protection instrument and land management. The river is characterized by its ecological importance and for feeding the Jiqui pond, an important reservoir that supplies 30% of drinking water to the east, west and south population sof the capital of the State. Pitimbu river is passing by a process of environmental degradation, originating from actions as deforestations of its ciliary forests by intensive agricultural practices; introduction of urban and industrial effluents leading to its contamination; increase of the pluvial drainage; erosion, sedimentation and discharge of urban waste , along with pressure for urban settlements along its banks. Under the methodological point of view is part of theoretical planning and land management research, and from a vision of social and environmental spaces. It was produced a survey map of the soil s covering, with 16 classes. Divided into coverage and disturbed natural covering. Using the 300 meters spatial limits of the Environmental Protection Strip, according to the State Law. The survey highlighted a higher percentage of classes disturbed, indicating man s interference in the balance of that system, as well as the lack of environmental actions. Leading to the degradation of riparian areas, and lack of conservation of water resources. Finally, it was considered that the strips of environmental protection are not effective as the preservation and territorial ordination
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A destruição dos habitats naturais e a extinção de espécies têm crescido muito a partir da última metade do século XX. Nesse contexto, o aumento do número de espécies ameaçadas tem proporcionado maior uso da reintrodução como estratégia de conservação no combate à atual taxa de extinção. O presente trabalho focaliza um estudo de 16 meses realizado com cervos-do-pantanal reintroduzidos na Estação Ecológica de Jataí. Os animais foram marcados com rádio-colares e monitorados diariamente entre dezembro de 1998 e abril de 2000, tendo suas atividades de deslocamento e uso do espaço acompanhadas por triangulação. Os animais exploraram várzeas dentro da unidade de conservação e também uma área de várzea pertencente a uma propriedade particular localizada na fronteira oeste da estação. Durante o período de estudo, a maioria dos cervos reintroduzidos utilizou a área de várzea particular mais intensivamente que as várzeas da unidade de conservação. A preferência demonstrada por essa área confirmou sua importância ecológica, evidenciando a necessidade de proteção por meio de sua incorporação aos limites da Estação Ecológica de Jataí.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Pós-graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) - IBRC
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Pós-graduação em Educação para a Ciência - FC
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Cuxiús são primatas frugívoros especializados na predação de sementes. O cuxiú-preto (Chiropotes satanas), atualmente ameaçado de extinção, é endêmico de uma área da Amazônia oriental brasileira bastante povoada e desmatada. O principal objetivo deste estudo foi pesquisar o comportamento e a ecologia de dois grupos de cuxiús-pretos vivendo sob diferentes graus de fragmentação de hábitat, de maneira a entender como parâmetros ecológicos nestes diferentes contextos influenciam estratégias comportamentais. Além disso, o estudo procurou identificar fatores que limitam a viabilidade a longo prazo do cuxiú-preto e coletar informações que possam contribuir com planos de manejo e conservação. O estudo foi realizado na margem direita do rio Tocantins, no reservatório de Tucuruí, Estado do Pará, Brasil (415'S, 4931'W). Dois grupos de cuxiús-pretos foram estudados: um (denominado T4) em um grande fragmento de floresta situado na margem do reservatório (1.300 ha, 39 indivíduos) e outro numa pequena ilha (19,4 ha, oito indivíduos) coberta por floresta. O comportamento dos dois grupos foi monitorado durante 12 meses (1.153 horas de observação) utilizando metodologias de amostragem por varredura e de todas as ocorrências por 4 a 5 dias consecutivos por mês por grupo. Além de coletar dados sobre seus orçamentos de atividades, todos os recursos alimentares utilizados foram documentados, os percursos diários anotados e as interações sociais intra e interespécies registradas. Transecções botânicas (10 x 100 ha) cobrindo um hectare no sítio T4 e 0,5 ha no sítio Ilha foram estabelecidas e uma subamostra de árvores (DAP ≥ 10 cm) e cipós (DAP ≥ 5 cm) foi marcada e medida para um inventário florístico e para a coleta de dados fenológicos que ocorreu em intervalos de 30 dias durante 14 meses. Os dois grupos diferiram em todos os aspectos de seu comportamento e ecologia. O tempo empregado em diferentes atividades variou significativamente entre eles. O deslocamento (35,4%) foi responsável pela maior proporção do orçamento de atividades anual do grupo T4, enquanto o grupo Ilha dedicou mais tempo para a alimentação (30,0%). Interações sociais foram responsáveis por uma proporção relativamente grande do orçamento de atividades dos dois grupos (T4 8,5%; Ilha 15,2%). Ao longo do periodo do estudo ambos os grupos consumiram um grande número de diferentes espécies vegetais (173 grupo T4; 132 grupo Ilha; 240 ambos) e suas dietas variaram significantemente tanto em termos de itens consumidos quanto em composição taxonômica, sendo que a dieta do grupo T4 foi mais diversa. Ambos os grupos despenderam a maior parte de seu tempo consumindo sementes (T4 54,0%; Ilha 59,9%), apesar de sua dieta também incluir outros itens tais como polpa de frutos (T4 25,0%; Ilha 13,7%), flores (T4 12,3%; Ilha 17,4%) e, em menor grau, medula de galhos e artrópodes. O grupo T4 utilizou uma área de 98,6 ha, enquanto os membros do grupo Ilha utilizaram 17,2 ha. O uso do espaço e o tamanho do percurso diário (T4 4025 m 994 m; Island 2807 m 289 m) variaram entre os grupos e estiveram ligados, no grupo T4, à variação no tamanho do grupo ao longo do ano resultante de seu sistema de organização social de fissão-fusão. Ao contrário, o grupo Ilha foi mais coeso. As diferenças na ecologia e comportamento dos dois grupos estiveram ligadas ás diferenças em seus respectivos hábitats. O tamanho dos sítios foi importante mas também o foi a variação na disponibilidade de alimentos determinada pela composição taxonômica da vegetação dos mesmos. Resultados do inventário florístico revelaram uma maior diversidade de espécies no sítio T4. No entanto importantes espécies alimentares estavam ausentes ou disponíveis em quantidades variáveis em ambos os sítios. Além do valor intrínseco do conhecimento sobre as características ecológicas do cuxiú-preto, o conhecimento detalhado acumulado neste estudo pode contribuir para a formulação de ações de conservação e planos de manejo, assim como para a identificação de fatores que limitam a viabilidade a longo prazo das populações remanescentes nas paisagens fragmentadas da Amazônia oriental.
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Pós-graduação em Geociências e Meio Ambiente - IGCE
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A pesca na Amazônia se destaca entre as regiões brasileiras pela riqueza de espécies exploradas, quantidade de pescado capturado e dependência da população a esta atividade. Este estudo descreve a pesca comercial dos “tucunarés” Cichla spp. no Baixo Rio Tocantins-PA, norte do Brasil, na área de influência da UHE-Tucuruí, com ênfase no reservatório. O estudo foi dividido em 2 capítulos. O primeiro descreve a pesca em relação às artes de pesca, estratégia dos pescadores, ambientes explorados, sazonalidade e o manejo local segundo a percepção dos pescadores. Ainda neste capítulo, foram analisados o conhecimento local dos pescadores, a classificação etnobiológica dos “tucunarés”, e aspectos sócio-econômicos e ecológicos envolvidos. Foram realizadas entrevistas com os pescadores e observações diretas em campo. A pesca dos “tucunarés” no lago da usina tem grande importância na vida sócio-econômica desses pescadores, e se caracteriza como principal fonte de renda. A pesca ocorre em locais específicos e utiliza métodos e equipamentos rudimentares. Segundo os pescadores, a produção é influenciada por variáveis ambientais e pelo uso da rede de emalhar, a qual afasta os “tucunarés” dos ambientes de pesca. O uso do espaço é o principal conflito entre os pescadores. As relações sociais no sistema de parceria e a presença do atravessador diminuem a rentabilidade da pesca para o pescador. Os pescadores possuem conhecimento consistente sobre a ecologia dos “tucunarés”. O seu sistema de classificação reconhece três etnoespécies, duas das quais, constituem uma única espécie científica. No capítulo II, são analisados dados de captura dos “tucunarés” coletados pela ELETRONORTE de 1997 a 2003 e a unidade de esforço de pesca mais adequada para os dados. A captura foi analisada por porto, arte de pesca, tipo de embarcação, área de pesca e ciclo de enchente do rio. Os dados demonstram que as frotas dos diferentes municípios possuem características próprias e exploram as áreas de pesca mais próximas. Os maiores níveis de captura são encontrados nos períodos que o nível do rio está subindo ou descendo, sendo a pesca com “caniço”, responsável pela maior parte da captura. As canoas são as embarcações mais utilizadas. Os dados demonstram que a pesca dos “tucunarés” é mais importante nos municípios e áreas de pesca localizados no lago da usina. A CPUE só apresenta comportamento estatístico adequado quando analisada por área de pesca e as unidades de esforço mais adequadas são números de pescadores e de dias de pesca após sofrerem transformação logarítmica.
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Saimiri sciureus é uma espécie de primata amplamente distribuída pela Bacia Amazônica. Contudo, há poucos estudos feitos em ambiente natural na Amazônia brasileira envolvendo aspectos ecológicos e/ou comportamentais da espécie e praticamente nenhum sobre suas associações com outras espécies. Neste trabalho foram estudados os padrões gerais da ecologia e do comportamento de dois grupos de S. sciureus e suas associações com outras espécies de primatas no Mosaico de Unidades de Conservação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Os sítios de estudo foram a Ilha de Germoplasma (IG) e a Zona de Preservação da Vida Silvestre Base 4 (B4). Os dados foram coletados pelos métodos de varredura instantânea e ad libitum por seis meses entre março e outubro de 2009. A área de uso dos grupos correspondeu a aproximadamente 75 ha na B4 e 77,5 ha na IG. No uso do espaço vertical, houve preferência pelos estratos inferiores e médios. Além disso, houve um marcado padrão no uso dos estratos ao longo o dia, com maior frequência de uso dos estratos mais altos nas duas primeiras horas de atividades, dos estratos mais baixos das 10 às 14 horas e dos estratos intermediários no final do dia. Os comportamentos de forrageio (50% IG; 49% B4) e locomoção (29% ambos) foram mais frequentes que alimentação (12% IG; 15% B4), interação social (6% IG; 4% B4) e descanso (3% para ambos), concordando com outros estudos na Amazônia. A dieta foi predominantemente frugívora (75% B4, 71% IG), diferindo de uma série de estudos que caracterizaram todo o gênero como altamente insetívoro. As espécies vegetais mais importantes foram Attalea maripa no período chuvoso e Inga spp. no período seco, para ambos os grupos. A frequência de associação foi 100% do tempo (B4) e 49% (IG) com Cebus apella, 20% (B4) com Chiropotes satanas e 3% (IG) com Chiropotes utahicki. Houve encontro com Alouatta belzebul e Saguinus niger nos dois sítios, com Aotus azarae na B4 e Callicebus moloch na IG. O grupo da IG passou mais tempo em associação durante a estação chuvosa. O tempo em associação com C. satanas foi maior no período seco, sem diferença sazonal para C. utahicki e C. apella. Houve diferença entre S. sciureus, C. apella e C. satanas no uso do espaço vertical, no tipo de suporte e nos itens alimentares explorados. Os macacos-de-cheiro apresentaram nicho maior que os macacos-prego para uso de espaço vertical e itens alimentares, e os macacos-prego apresentaram nicho maior para tipo de suporte. A maior sobreposição de nichos nas três dimensões medidas foi entre C. apella e S. sciureus.