37 resultados para S100B


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A exposição crônica a níveis baixos de pesticidas é acompanhada por processos adaptativos orgânicos responsáveis por quadros de tolerância, onde manifestações clínicas e laboratoriais perdem a sua validade como parâmetro de exposição. Na amostra foram analisados 25 trabalhadores rurais na região central do Estado do Rio Grande do Sul, de ambos os sexos, com idade de 37 ± 13 anos, investigados em dois momentos: durante e no intervalo de aplicação de pesticidas. Os resultados evidenciaram exposição diária aos produtos (durante 17.8 ± 11.8 anos) e baixo índice de utilização de Equipamentos de Proteção Individual. Em vigência da exposição, foram identificados sintomas extrapiramidais significativos em 12 indivíduos, medido pelo escore total de parkinsonismo (ESRS). Mesmo que este número tenha diminuído após 3 meses da exposição aos OPs, 9 indivíduos permaneceram com o escore elevado. Este número é significativo, levando-se em conta a faixa etária da população investigada. Da mesma forma, o número de diagnósticos psiquiátricos Axis I durante a exposição aos OPs foi mais prevalente que o esperado, principalmente relacionados à ansiedade e depressão. Durante a exposição, 18 pacientes (48%) apresentaram diagnóstico de ansiedade generalizada e 8 (21%) de episódios de depressão maior. Na III entrevista que correspondeu ao período de exposição, 11 indivíduos apresentaram 24 diagnósticos psiquiátricos. Na segunda entrevista (sem exposição), este número foi reduzido para 7 pessoas com um total de 11 diagnósticos psiquiátricos. Entre os indivíduos que completaram ambas as avaliações (durante e no intervalo da exposição), o total de diagnósticos psiquiátricos foi reduzido de 24 para 13 e houve decréscimo no número de indivíduos com qualquer diagnóstico psiquiátrico, de 11 para 7, que é próximo ao esperado para grupos locais, de acordo com dados epidemiológicos realizados no Estado do RS. A medida da atividade da acetilcolinesterase não apresentou diferença significativa quando comparados os dados obtidos em presença e fora da exposição. No estudo, 52% dos trabalhadores desenvolveram episódios anteriores de intoxicação e, no momento da avaliação, apresentavam índices elevados de efeitos extrapiramidais e de diagnósticos psiquiátricos (depressão e ansiedade). Estes fatos conduzem para neurotoxicidade que envolve o uso destes compostos, mesmo que transitória, e determina a necessidade de busca de parâmetros indicativos de intoxicação a compostos potencialmente neurotóxicos, em indivíduos submetidos a exposições prolongadas a baixas doses. Dados adicionais da investigação consistiram no estudo dos níveis plasmáticos das proteínas S100B (marcadora de lesão de astrócitos) e da enolase específica de neurônios (NSE), em 24 agricultores, obtidos durante e no período pós-exposição aos pesticidas organofosforados. No estudo, não houve diferença significativa nos níveis plasmáticos da proteína S100B, quando comparados os dois momentos. Entretanto, IV estes mesmos indivíduos apresentaram diferença nos níveis plasmáticos da NSE, mostrando-se mais elevada no período correspondente ao pós-exposição, quando comparados ao mesmo grupo, durante a exposição, e ao controle. Uma hipótese proposta pelos autores consiste na possibilidade de que a elevação da NSE, após término da exposição aos OPs, reproduza os fenômenos observados em quadros de isquemia cerebral, onde é observada morte neuronal tardia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

A Eletroconvulsoterapia é atualmente o método mais efetivo no manejo dos transtornos depressivos, e sua superioridade frente ao tratamento farmacológico apresenta-se bem documentada. Apesar disso, críticos ainda vêem o método como potencialmente danoso e capaz de provocar lesões cerebrais, fatos que carecem de comprovação científica. Hipóteses quanto aos mecanismos bioquímicos desencadeados pela eletroconvulsoterapia, bem como pelos antidepressivos de um modo geral, voltam-se tradicionalmente para o sistema monoaminérgico como principal envolvido na orquestração subjacente à recuperação dos sintomas de humor. Há algum tempo esforços têm sido direcionados para identificação de outros sistemas que possam estar desempenhando um importante papel. Nesta tese utilizamos um tradicional modelo de choque eletroconvulsivo em ratos para investigar seus efeitos sobre marcadores de lesão neuronal, atividade e consumo energético glial, bem como atividade de ectonucleotidases. Ratos wistar machos com 60 a 90 dias de idade foram alocados a dois tratamentos. No primeiro, denominado agudo, os indivíduos receberam um único choque eletroconvulsivo, sendo posteriormente sacrificados em horários predeterminados. No segundo modelo, crônico, os ratos receberam 8 choques eletroconvulsivos, mimetizando um curso de tratamento de eletroconvulsoterapia. O sacrifício dos ratos no modelo crônico ocorreu após o oitavo choque, também em momentos predeterminados. No primeiro trabalho foi extraído o líquor dos animais 0, 3, 6, 12, 24, 48 e 72 horas após terminadas as sessões, sendo medidos os níveis de proteína S100B, enolase específica do neurônio e lactato. Os níveis de S100B apresentavam-se significativamente elevados seis horas após o último choque no modelo crônico (p<0,0001). Enolase específica do neurônio não teve alterações, e os níveis de lactato aumentaram significativamente na primeira medição após o choque, tanto no modelo crônico quanto no agudo (p<0,001, para ambos). No segundo trabalho, o mesmo modelo foi usado, agora com medições nos níveis séricos da hidrólise de nucleotídeos da adenina. Nosso modelo agudo demonstrou uma diminuição significativa da hidrólise de ATP, ADP e AMP, no primeiro momento medido após o choque, 0 horas (p<0,05 para ATP, e p<0,01 para ADP e AMP), enquanto no modelo crônico avaliou-se que a atividade sérica da enzima aumentava significativamente 48 horas após o último choque (p<0,05 para os três nucleotídeos), permanecendo significativamente aumentada 7 dias após (p<0,001 para os três nucleotídeos). Assim, os resultados do primeiro trabalho apóiam a proposta de que o choque eletroconvulsivo não produz dano neural, e que as alterações observadas nos níveis de S100B e lactato, refletem uma reação astrocitária de natureza protetora. No segundo observamos que o modelo crônico de choque eletroconvulsivo é capaz de induzir ativações enzimáticas sustentadas, o que pode apoiar a idéia de que a adenosina esteja associada com os mecanismos bioquímicos envolvidos nas mudanças cerebrais ocasionadas pela eletroconvulsoterapia.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Pós-graduação em Odontologia - FOAR

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Objective: We investigated the effect of advanced glycated albumin (AGE-albumin) on macrophage sensitivity to inflammation elicited by S100B calgranulin and lipopolysaccharide (LPS) and the mechanism by which HDL modulates this response. We also measured the influence of the culture medium, isolated from macrophages treated with AGE-albumin, on reverse cholesterol transport (RCT). Methods and results: Macrophages were incubated with control (C) or AGE-albumin in the presence or absence of HDL, followed by incubations with S100B or LPS. Also, culture medium obtained from cells treated with C- or AGE-albumin, following S100B or LPS stimulation was utilized to treat naive macrophages in order to evaluate cholesterol efflux and the expression of HDL receptors. In comparison with C-albumin, AGE-albumin, promoted a greater secretion of cytokines after stimulation with S100B or LPS. A greater amount of cytokines was also produced by macrophages treated with AGE-albumin even in the presence of HDL Cytokine-enriched medium, drawn from incubations with AGE-albumin and S100B or LPS impaired the cholesterol efflux mediated by apoA-I (23% and 37%, respectively), HDL2 (43% and 47%, respectively) and HDL3 (20% and 8.5%, respectively) and reduced ABCA-1 protein level (16% and 26%, respectively). Conclusions: AGE-albumin primes macrophages for an inflammatory response impairing the RCT. Moreover, AGE-albumin abrogates the anti-inflammatory role of HDL, which may aggravate the development of atherosclerosis in DM. (C) 2012 Elsevier BM. All rights reserved.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

The rodent ventrobasal (VB) thalamus receives sensory inputs from the whiskers and projects to the cortex, from which it receives reciprocal excitatory afferents. Much is known about the properties and functional roles of these glutamatergic inputs to thalamocortical neurons in the VB, but no data are available on how these afferents can affect thalamic glial cells. In this study, we used combined electrophysiological recordings and intracellular calcium ([Ca(2+)](i)) imaging to investigate glial cell responses to synaptic afferent stimulation. VB thalamus glial cells can be divided into two groups based on their [Ca(2+)](i) and electrophysiological responses to sensory and corticothalamic stimulation. One group consists of astrocytes, which stain positively for S100B and preferentially load with SR101, have linear current-voltage relations and low input resistance, show no voltage-dependent [Ca(2+)](i) responses, but express mGluR5-dependent [Ca(2+)](i) transients following stimulation of the sensory and/or corticothalamic excitatory afferent pathways. Cells of the other glial group, by contrast, stain positively for NG2, and are characterized by high input resistance, the presence of voltage-dependent [Ca(2+)](i) elevations and voltage-gated inward currents. There were no synaptically induced [Ca(2+)](i) elevations in these cells under control conditions. These results show that thalamic glial cell responses to synaptic input exhibit different properties to those of thalamocortical neurons. As VB astrocytes can respond to synaptic stimulation and signal to neighbouring neurons, this glial cell organization may have functional implications for the processing of somatosensory information and modulation of behavioural state-dependent thalamocortical network activities.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

The vast diversity of S100 proteins has demonstrated a multitude of biological correlations with cell growth, cell differentiation and cell survival in numerous physiological and pathological conditions in all cells of the body. This review summarises some of the reported regulatory functions of S100 proteins (namely S100A1, S100A2, S100A4, S100A6, S100A7, S100A8/S100A9, S100A10, S100A11, S100A12, S100B and S100P) on cellular migration and invasion, established in both culture and animal model systems and the possible mechanisms that have been proposed to be responsible. These mechanisms involve intracellular events and components of the cytoskeletal organisation (actin/myosin filaments, intermediate filaments and microtubules) as well as extracellular signalling at different cell surface receptors (RAGE and integrins). Finally, we shall attempt to demonstrate how aberrant expression of the S100 proteins may lead to pathological events and human disorders and furthermore provide a rationale to possibly explain why the expression of some of the S100 proteins (mainly S100A4 and S100P) has led to conflicting results on motility, depending on the cells used. © 2013 Springer Basel.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Introducción: Desde el año 2000 vienen apareciendo en distintas publicaciones científicas los resultados de numerosos estudios experimentales realizados en animales, evaluando el impacto neurotóxico que sobre sus cerebros tenía la exposición a combinaciones de anestésicos de uso habitual. Se constata que la exposición en periodo de máxima sinaptogénesis conlleva una apoptosis neural diseminada. Comienzan entonces a preocuparse los anestesiólogos que trabajan con niños, pues quizás ese daño neuronal también pudiera acontecer a la población pediátrica. Así, son varios los estudios que están en marcha desde hace años valorando el desarrollo neurocognitivo de cohortes de niños que se sometieron a anestesias generales en edades tempranas de sus vidas. En este sentido, la necesidad de medir un daño cerebral agudo nos anima a utilizar marcadores que han demostrado su asociación con dicho deterioro cerebral en diferentes situaciones clínicas como la hipoxia perinatal, la parada cardiorrespiratoria o el traumatismo craneoencefálico. Objetivos: Planteamos este trabajo con el objetivo de determinar si la proteína S100B podría comportarse como un biomarcador de daño cerebral agudo postanestésico y si pudiéramos establecer asociación entre la elevación de este marcador en sangre y alguno de los fármacos anestésicos utilizados habitualmente. Metodología: Determinación sanguínea de la proteína S100B en 76 pacientes pediátricos intervenidos de hipertrofia amigdalar bajo anestesia general, antes y después de la cirugía. Conclusión: Tras analizar los resultados podemos concluir que existe una elevación estadísticamente significativa entre los niveles de proteína S100B antes y después de la exposición anestésica. En segundo lugar, podemos establecer una correlación positiva, también con significación estadística, entre el fentanilo administrado y la elevación de dicha proteína al final del acto anestésico.