932 resultados para Psicologia social Niterói (RJ)


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Tese (doutorado)Universidade de Braslia, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, 2016.

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A presente Dissertao de Mestrado trata da construo da subjetividade de crianas que frequentam o Centro Cultural Cartola (CCC), na Mangueira/RJ, a partir da relao estabelecida entre territrio, identidade cultural e imagem de si. O trabalho foi fundamentado em uma metodologia participativa, baseada na compreenso do espao proposta por Bourdieu (1988, 1998), a partir dos conceitos de campo social, espao social e habitus. A tcnica de ao da pesquisa de campo, por sua vez, fundamentou-se na metodologia de Grupo Operativo de Pichon-Rivire (1991, 1998). Com o intuito de contextualizar e compreender o sentido, dado historicamente, de viver em uma favela no Rio de Janeiro, o texto desta Dissertao inicia-se com o panorama de desenvolvimento da cidade, pelo recorte das relaes sociais na ocupao da rea urbana e a conjuntura histria do incio da proliferao das favelas. Descreve-se a histria do desenvolvimento da Mangueira enquanto campo social onde se localiza o CCC, cujos objetivos, prticas e a histria de Angenor de Oliveira, o Cartola, so elementos essncias para a compreenso dos valores morais transmitidos desde a infncia e de extrema importncia na construo da subjetividade dos moradores da Mangueira. O Grupo Operativo desenvolveu-se com crianas que participam da Ao Gri do CCC, projeto que, por meio da histria oral, privilegia a narrativa de experincias e objetiva promover a reapropriao da identidade cultural da Mangueira. Sendo assim, analisaram-se os conceitos de cultura e identidade cultural que, inseridos na contemporaneidade, se ressignificam e se constroem enquanto mltiplos e processuais. Discutiu-se, ainda, a formao da imagem de si, entendida, em sua dinamicidade, como a capacidade de reconhecer-se, ao exercer influncia nas escolhas e decises feitas pelo sujeito, em benefcio da autoestima. As concluses apontam que prticas como as do CCC exemplificam uma luta resistente de preservao e reapropriao da cultura local, por ocuparem o espao de cidadania cultural, pela apropriao positiva do territrio e pelo fortalecimento da identidade cultural de ser Mangueirense. Alm disso, tambm influenciam na construo da subjetividade do sujeito.

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A insero do psiclogo no campo da sade vem crescendo de forma considervel no mbito nacional, principalmente nas ltimas duas dcadas. Est concentrada a, atualmente, a maior oferta de vagas em concursos pblicos para psiclogos, bem como uma ampliao de oportunidades na rede privada. Trata-se de um cenrio bastante amplo, que inclui a ateno bsica (postos de sade, Programa de Sade da Famlia, entre outros), a assistncia s demandas de sade mental (Centros de Ateno Psicossocial, rede ambulatorial e hospitais psiquitricos), alm de institutos, hospitais especializados e hospitais gerais (HGs). Em franco processo de estruturao, o campo da psicologia na sade marcado por pluralidades de papis, demandas e histrias, principalmente no que tange ao contexto do HG, onde a especificidade da psicologia permanece at hoje um tanto quanto enigmtica. A escassez dos dados sobre a entrada de psiclogos em HGs no Rio de Janeiro apontou o caminho que nossas buscas deveriam assumir. Assim, o objeto desta tese discutir alguns dos diferentes fazeres do psiclogo no HG. Para tanto, optamos por um percurso que inevitavelmente nos levou a uma perspectiva histrica. Na busca de elementos que pudessem contar quando e como a psicologia se tornou uma especialidade presente nos hospitais gerais, procuramos os agentes precursores desta empreitada, aqueles que participaram ativamente da construo desse espao como um dos lugares da psicologia na sade. Foram realizadas cinco entrevistas com personagens dessa histria no contexto fluminense, psiclogas que, cada uma em seu hospital e em um dado momento histrico, tiveram papel decisivo para que a psicologia se tornasse uma especialidade legitimada nesse cenrio. Tivemos ainda como fontes de pesquisa alguns relatrios, conversas de bastidores, visitas a alguns HGs e a prpria vivncia da autora desta tese como psicloga vinculada Secretaria Estadual de Sade e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SESDEC/RJ). Verificamos que a histria da psicologia nos HG no Rio de Janeiro significativamente recente, oficializando-se em 1990 com a realizao do primeiro concurso pblico com provimento de vagas para psiclogos em HGs vinculados SES/RJ (atual SESDEC). Outros concursos ampliaram as equipes e a configurao de uma rotina na qual a palavra de ordem passou a ser a ateno ao risco psicossocial. At esse ponto, no entanto, foram travadas muitas batalhas: entre os psiclogos e as demais equipes, entre os novos psiclogos e as direes das suas unidades de sade, entre psiclogos estatutrios e psiclogos prestadores, entre psiclogos e a prpria psicologia. Nossa empreitada privilegiou a narrativa desses personagens, as histrias por eles contadas, que nos auxiliaram na composio pregressa e atual da psicologia no HG no Rio de Janeiro. So memrias que contam das dificuldades e das vitrias de cada um desses momentos, na tentativa de se definir o quase indefinvel lugar da psicologia no HG. Nosso trabalho pretendeu construir um dos possveis mapas desse campo, objetivando, com isso, fornecer subsdios para que psiclogos possam ampliar seus estilos e coletivos de pensamento em prol de um exerccio profissional tico e responsvel.

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Os manuais diagnsticos de psiquiatria e as classificaes internacionais de doenas vm apontando o transtorno de conduta como um dos principais distrbios que afetam crianas e adolescentes que vivem em meio urbano pobre. Esse trabalho investiga como a emergncia e o avano dessa categoria diagnstica vem de encontro s transformaes engendradas no cenrio cultural pelo capitalismo, como a falta de empregos, aumento dos ndices de violncia e o constante sentimento de insegurana social. Busca se conhecer como essa categoria diagnstica surge como uma forma de estigma e controle na sociedade contempornea dos jovens diagnosticados, pois este transtorno apontado como uma das explicaes para causa da violncia praticada por jovens. Esse estudo se deu no contexto de um ambulatrio de sade mental, num bairro pobre da cidade do Rio de janeiro, com adolescentes diagnosticados com o transtorno de conduta. Como metodologia, foi utilizada a anlise do discurso dos profissionais de um ambulatrio pblico de sade em relao aos jovens diagnosticados. Foi feita tambm anlise das condutas teraputicas dos profissionais dirigidas aos jovens. Este trabalho aponta para farta prescrio de medicamentos no tratamento desses jovens diagnosticados no cotidiano, apesar das poucas evidncias cientficas de sua eficcia.

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Vamos falar sobre uma favela chamada Favela do Ao. Localizada na periferiada cidade do Rio de Janeiro, chega academia a partir do meu contato com alguns moradores locais, cujas filhas participavam de um projeto executado pela Secretaria Municipal da Assistncia Social. Duas caractersticas chamam a ateno na realidade dessa comunidade: o grande quantitativo de moradores em situao de rua podem ser encontrados na zona sul da cidade, e um dispositivo poltico inaugurado pela Secretaria chamado Plo de Vigilncia da Excluso. Partimos da hiptese de que o Plo de Vigilncia da Excluso foi um dispositivo poltico pensado como uma forma de barrar os moradores da favela de circular pelas ruas da zona sul da cidade, j que, uma vez includos em projetos sociais da prefeitura e mapeados por estes tcnicos, o retorno para a rua pode significar a perda de projetos de transferncia de renda, como o bolsa famlia ou outros projetos sociais.Nessa dissertao, buscamos, com a interlocuo com o Servio Social, trazer a perspectiva histrica das polticas sociais institudas em nosso pas, onde pudemos perceber a manuteno de algumas prticas construdas dentro de parmetros sociais conservadores. Outras discusses tambm so contempladas nesse trabalho, onde convocamos a Sociologia, presentificada por Loc Wacqant, em sua anlise a respeito da segregao social e a guetificao e a Filosofia, na figura de Foucault, com suas ponderaes sobre os mecanismos de controle da sociedade. nesse esprito que convido e desejo a todos uma boa leitura.

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Esta pesquisa se construiu a partir do encontro com a ONG Centro Cultural Cartola da comunidade da Mangueira, no Rio de Janeiro. Ns refletimos sobre algumas questes relativas aos processos subjetivos com os quais se relacionam as crianas e jovens que participam de atividades culturais do centro, a partir justamente das experincias vividas neste espao. Nosso foco se concentra nas crianas e jovens que integram a orquestra de violinos, grupo que denominamos grupo orquestra. Concretizamos nosso intento atravs de pesquisa participativa, focalizando, sobretudo, as perspectivas de futuro desses sujeitos em relao insero na sociedade e no mundo do trabalho. Ns buscamos nos aproximar da realidade do campo para conhecer como se dava a participao desses jovens nas atividades culturais e artsticas, e entender como elas contribuam para o processo de produo de subjetividade e formao de uma concepo sobre a vida profissional deles. Realizamos encontros de grupos operativos que procuraram investigar como cada jovem enxerga sua situao atual e seu projeto de futuro. Nesta dissertao, fruto de tal interveno, tecemos uma discusso sobre os aspectos das experincias subjetivas emergentes no centro cultural, bem como sobre os processos de produo de subjetividade e a temtica da identidade cultural. Abordamos tambm o conceito de grupo e sua relao com a formao e transformao do sujeito. Alm disso, refletimos sobre a funo do trabalho para a configurao e reconfigurao do mundo social

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A pesar del cuadro crtico de la pobreza y desigualdad social en que vivimos en el pas, las perspectivas actuales apuntan para el fin del Estado Interventor y para la reduccin del gasto pblico destinado a las polticas sociales. Con el enjugamiento del estado, el Tercer sector est encargado de pacificar la cuestin social, reducindola al mbito del deber moral. Convocado al compromiso social, el psiclogo tambin empieza a trabajar en la frontera de la exclusin, sin cuestionar la finalidad y las implicaciones polticas del nuevo escenario. El objetivo de este trabajo es investigar la prctica social del psiclogo, en el mbito del tercer sector , buscando el anlisis que hace del nuevo campo de trabajo, as como las estrategias utilizadas en el enfrentamiento de la pobreza. Para la investigacin, fueron realizadas 20 (veinte) encuestas semiestructuradas con psiclogos que actan en instituciones del tercer sector . Las encuestas fueron analizadas cualitativamente, a la luz de la perspectiva gramsciana de sociedad civil y emancipacin humana, bien como de los preceptos de la Psicologa Comunitaria y Intervencin Psicosocial. Utilizamos como base de anlisis, todava, el Mtodo Comparativo Constante. Los resultados fueron agrupados en tres ejes: quien son los nuevos quijotes de la Psicologa, las demandas del Tercer Sector y las estrategias utilizadas por el psiclogo en el Tercer Sector . La perspectiva defendida en este trabajo es la de que en el campo de las intervenciones sociales, y ms acentuadamente en el Tercer Sector , los psiclogos seran nuevos quijotes , actuando con buena voluntad, con grandes sueos de transformacin, pero realizando acciones que no parten de una lectura crtica y adecuada de la realidad, no percibiendo sus posibilidades reales y sus lmites de actuacin. Finalmente, defendemos que se debe buscar, con la insercin profesional; mejorar la calidad de vida y el bienestar, a travs de una intervencin proactiva, buscando el desarrollo, la organizacin y la emancipacin de las personas, grupos y comunidades

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O estudo busca conhecer o trabalho desenvolvido por professores de diferentes componentes curriculares dos anos finais do Ensino Fundamental da rede pblica de ensino da cidade de So Paulo de modo a identificar e compreender suas percepes a respeito dos saberes docentes no contexto do processo ensino e aprendizagem. Assim discute-se os saberes que os professores adquirem e/ou reelaboram na prtica pedaggica e que so por eles vistos como possibilidades de mudanas no processo ensino e aprendizagem que contemple um ensino de qualidade. O referencial adotado pauta-se em estudos sobre saberes docentes e sua prtica, o conhecimento sobre os processos de ensino e aprendizagem e a formao dos professores que atuam nos anos finais do Ensino de Fundamental, tendo como autores principais, Tardif, Garrido, Gatti e Luckesi. Para tanto, procede-se anlise de documentos oficiais e aplicao de um questionrio a doze professores dos anos finais do Ensino Fundamental com o objetivo de conhecer aspectos da vida profissional, bem como as articulaes que eles fazem entre saberes docentes, prticas profissionais e processo ensino e aprendizagem. Os resultados demonstram os saberes desenvolvidos pelos docentes, e as prticas pedaggicas que construram ao longo de seu exerccio profissional frente as dificuldades evidenciadas em alguns grupos de alunos. Por fim, os dados revelam a necessidade de se garantir discusses sobre o currculo das turmas dos anos finais do Ensino Fundamental de forma a se perceber que a evoluo que os educadores almejam com todos os envolvidos no processo ensino e aprendizagem se ressignificam na prtica do conhecimento.

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A presente dissertao teve como objetivos contextualizar e analisar as perspectivas da educao salesiana a partir do documento das Linhas Orientadoras da Misso Educativa do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, tendo em vista aprofundar o contexto histrico e sociocultural da fundao do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e do desenvolvimento da misso educativa salesiana, com a finalidade de atuar no campo da educao, indicar os fundamentos interdisciplinares que compreendem os fundamentos tericos para a prtica educativa em relao aos aspectos sociolgicos, antropolgicos, teolgicos e pedaggicos, alm de algumas experincias prticas da educao salesiana. A pesquisa considera a contextualizao da sua prtica educativa a partir de diversas contribuies tericas realizadas em torno da histria do Instituto e dos conhecimentos interdisciplinares que integram seus propsitos e seus projetos educativos. Com a perspectiva de analisar as orientaes e contedos do documento utilizada a tcnica da anlise documental que permite interpretar o seu significado, analisar e indicar algumas perspectivas de educao salesiana presentes no documento e que envolvem os seus princpios, propsitos e as suas aes em relao educao. Por meio da observao participante alguns aspectos prticos das perspectivas da educao salesiana foram demonstrados. Portanto, a investigao permite o mapeamento das perspectivas fundamentais da educao salesiana a partir das Linhas Orientadoras e a possibilidade de aprofundar a significatividade das perspectivas de referncia para a prtica educativa conforme so indicadas no documento: as dimenses cultural, evangelizadora, social e comunicativa da educao, que so os elementos e princpios fundamentais do Sistema Educativo Salesiano. A concepo de educao salesiana que se constri a partir de uma viso interdisciplinar, complexa e dimensional, com uma perspectiva de uma estratgia projetual. Os seus princpios integram alguns valores que so considerados como fundamentais para a realizao de uma educao integral: a comunidade educativa, o trabalho educativo realizado em equipe, a espiritualidade juvenil, a preventividade e a pedagogia do ambiente. Sobretudo, os ncleos centrais indicados pelo documento orientam as comunidades para a realizao de um pensamento projetual, considerando as diversas dimenses da educao, com uma especial abertura para uma contnua projeo das suas intenes e da sua prtica educativa. Enfim, encontramos algumas contribuies para a educao a partir do pensamento pedaggico e prtico da educao salesiana, especialmente em relao proposta de pensar a educao de forma complexa e multidimensional.

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O presente trabalho investiga a implantao do regime de progresso continuada nas escolas pblicas do estado de So Paulo em 1998, de modo que tem como eixo de pesquisa e reflexes a poltica pblica progresso continuada e seu processo de implantao e implementao. Houve o uso de duas linhas de pesquisa: pesquisa bibliogrfica e pesquisa e anlise do discurso oficial, no somente aquele que implanta o regime citado, mas tambm a gradao das leis e suas caractersticas. O suporte central de pesquisa apoia-se em duas consagradas obras: A estrutura das revolues cientficas e A origem das espcies, de Thomas Kuhn e Charles Darwin, respectivamente. As obras citadas faro jus ao ttulo desse trabalho, a qual utiliza das discusses propostas por Kuhn sobre crise, tendo esta como uma das linhas mestras para analisar os perodos pr e ps implantao do regime combinado ao darwinismo, que aqui se denomina darwinismo pedaggico. Para estabelecer uma conexo entre o objeto central de pesquisa e as obras acima citadas, houve a necessidade de pesquisar e discutir temticas diretamente relacionadas, como um rio e seus afluentes. Os afluentes pesquisados e discutidos foram: pedagogia e cincia, regime de seriao, darwinismo, metfora, polticas pblicas, gradao das leis, identidade, resistncia e desistncia. Os afluentes no ficaram restritos a pesquisa bibliogrfica, houve a necessidade de tambm no discurso oficial realizar esta linha metodolgica. A pesquisa revelou que a partir das contribuies de Kuhn, a implantao do regime de progresso continuada nas escolas pblicas do estado de So Paulo apenas fez com que a educao no estado sasse de uma crise e entrasse em outra. Alm disso, revelou tambm que o darwinismo pedaggico que imperava no regime de seriao, muda de face no regime de progresso continuada, porm continua ativo, agora afetando diretamente os docentes, que resistem ativamente ou em oposio, ou desistem, seja de forma anunciada ou velada.

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Este estudo aborda a temtica das relaes existentes entre a formao universitria e a imagem social de mulheres negras universitrias da rea da sade e suas possveis transformaes pessoais e sociais. Considerando que a formao universitria produz uma valorizao social e os seus desdobramentos influenciam nos papis sociais vividos por este grupo. Buscamos assim, descrever a imagem social de mulheres negras na perspectiva de mulheres negras universitrias e sua autoimagem social; e analisar a influencia da formao universitria na autoimagem social das mesmas. Metodologia: Pesquisa descritivo-exploratria com abordagem qualitativa, realizada com roteiro de entrevista semi estruturada com dez entrevistadas que se autodeclararam pretas ou pardas matriculadas em Programa de Ps-graduao (Mestrado) de uma universidade pblica estadual no municpio do Rio de Janeiro (Brasil). Os dados produzidos foram analisados e interpretados luz da anlise de contedo de Bardin. Deste processo emergiram trs categorias. A primeira categoria A imagem social da mulher negra na perspectiva de mulheres negras universitrias descreve a condio desigual da mulher negra na sociedade a partir da desvalorizao do gnero feminino e da raa (sexismo e o racismo) e o corpo da mulher negra como objeto de sensualidade. A segunda categoria - A formao universitria na vida de mulheres negras desdobrou-se em duas categorias intermedirias: Situaes positivas vivenciadas durante a formao (formao universitria como veculo para as transformaes sociais e pessoais a partir da ampliao do conhecimento cientfico e a melhora na insero social); Situaes negativas (desigualdades de classes, sentimentos de indeciso, frustrao frente escolha do curso e limitaes na aprendizagem e adaptao). A terceira categoria A autoimagem social de mulheres universitrias negras desenvolve a percepo das entrevistadas acerca da sua autoimagem a partir do processo de formao universitria, e desdobra-se em vises positivas e negativas sobre sua autoimagem. A viso positiva destaca o empoderamento diante da sua condio tnica caracterizado por atitudes perseverantes e demonstrao de competncia no cotidiano, favorecendo o fortalecimento de posies sociais; algumas inclusive no identificam vivenciar diferenas sociais pela etnia. A viso negativa foi descrita a partir dos sentimentos de baixa estima, insegurana no posicionamento nos espaos sociais e a dificuldade de falar sobre a sua autoimagem. Para as depoentes a autoimagem se traduz no no esteretipo, mas, nas conquistas sociais que elas alcanam decorrente da formao universitria. A formao universitria se torna condio fundamental para transpor os estigmas sociais que interferem na imagem social deste grupo populacional na sociedade.

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A presente dissertao, apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, teve como proposta pesquisar a municipalizao das medidas socioeducativas em meio aberto. O objetivo da pesquisa foi o de retratar como esse processo estrutura-se no estado do Rio de Janeiro, especificamente no municpio de Niterói. A fim de compreender a dimenso estrutural da municipalizao, foi realizada pesquisa de campo junto ao Departamento Geral de Aes Socioeducativas (DEGASE), rgo de referncia estadual, e junto ao Centro de Referncia Especializado de Assistncia Social (CREAS) do municpio de Niterói. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas com representante da Assessoria s Medidas Socioeducativas e ao Egresso, vinculada ao DEGASE, e com o coordenador e os profissionais da equipe de referncia socioeducativa do CREAS/Niterói. A categorizao e anlise dos dados foram empreendidas por meio da Anlise de Contedo das entrevistas e das anotaes feitas em dirio de campo. Os resultados da pesquisa forneceram subsdios para uma reflexo acerca da execuo das medidas socioeducativas de Liberdade Assistida e de Prestao de Servio Comunidade no processo de municipalizao, alm de um panorama a respeito da assessoria prestada aos municpios. Constatou-se, no estudo, a fragilidade do processo de municipalizao, em especial pela precarizao das condies de trabalho neste campo. Ao mesmo tempo, foi evidenciado que a escassez de um trabalho em rede com as instituies municipais e com o Sistema de Garantia de Direitos da criana e do adolescente dificulta que se siga o que dispem o Estatuto da Criana e do Adolescente, o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo e a Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais no que diz respeito execuo das medidas em meio aberto. Os resultados da pesquisa indicam que o carter social e educativo das medidas em meio aberto ainda est por ser assegurado aos adolescentes em cumprimento de medidas.

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A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) foi fundada h trinta e quatro anos e tem forte influncia social e poltica. Sua capilaridade religiosa se expressa atravs da sua insero em diversas mdias, como TV, rdio, jornal etc. e da participao poltica evidenciada pelas "bancadas evanglicas" nos diferentes parlamentos, onde predominam autoridades da IURD. Tambm se faz presente atravs dos milhares de templos construdos e espalhados por mais de 180 pases. Sua estratgia de proselitismo religioso baseada na converso de adeptos de outras religies. Sua hierarquia: obreiros, pastores e bispos, define a igreja como o maior "pronto-socorro" espiritual do Brasil. Caracterizada pelo oferecimento de soluo de problemas imediatos e de natureza espiritual. Aps algum tempo, conversos da IURD migram para outras igrejas evanglicas. O objetivo desta pesquisa foi identificar as Representaes Sociais da IURD segundo evanglicos dela egressos. Para tanto, foram entrevistados vinte indivduos adultos, na Cidade do Rio de Janeiro, egressos da IURD. Como instrumento, utilizamos um questionrio para entrevista semi-estruturada, composto por questes acerca da IURD e dados pessoais do entrevistado. O material resultante foi analisado a partir da anlise de contedo. As entrevistas foram gravadas, com a autorizao dos entrevistados e o comprometimento na manuteno do anonimato dos participantes. Dentre os resultados da pesquisa, confirmando o que dito por seus lderes, encontramos a IURD como um pronto socorro, no s espiritual, como emocional e de sade fsica. A migrao da IURD para outras denominaes crists est associada a trs grandes categorias: a) o sujeito no tem mais necessidade do pronto-socorro; b) crtica s cobranas sistemticas por bens espirituais; c) a necessidade de aprofundamento religioso. Neste aspecto, a IURD caracteriza-se por ser uma Igreja de transio, de incio de vida espiritual crist e de proselitismo voltado quase que exclusivamente para a converso.

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Este trabalho visa descrever a experincia de uma pesquisa em psicologia social desde seus momentos iniciais onde o problema de pesquisa ainda se delineava, passando por todas as suas desconstrues a partir do encontro com o campo de pesquisa: a prtica do parkour. As ferramentas metodolgicas que foram utilizadas vo igualmente recebendo sua forma de acordo com as demandas dos encontros: seguir os atores, acompanh-los em suas controvrsias, aprender com eles, levar a srio suas recalcitrncias, compartilhar um campo de afetos, compartilhar uma experincia de cidade e explicitar os processos de traduo da pesquisa. Questes da materialidade, da alteridade, do corpo, da cidade emergem nesse processo, no entanto, busca-se efetivamente descrever um processo de pesquisa medida que se coloca a questo de pesquisar como uma poltica ontolgica capaz de inventar e re-inventar o pesquisador e as questes que levanta na prpria relao com aquilo que o leva a pesquisa.

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Nessa dissertao, baseada em uma perspectiva genealgica da histria, realizo uma anlise da psicologia escolar no Brasil, buscando delinear a insero de suas prticas, em um momento especfico da vida poltica do pas, a ditadura militar, durante as conturbadas dcadas de 60 e 70. Para tal estudo, foi necessrio enfocar momentos histricos anteriores, percorrendo brevemente da Primeira Repblica Era Vargas. Fundamental emergncia da psicologia escolar preventiva, detive-me no cotidiano brasileiro durante a ditadura militar, enfatizando como o golpe gerou efeitos econmicos, polticos, sociais, afetivos, assim como possibilitou a pregnncia de uma cultura psicolgica, responsvel pela exploso das prticas exercidas pelos profissionais psi, tendo como efeito a produo de subjetividades privatizadas e intimistas. Para retratar a psicologia escolar nesse perodo, utilizei como fonte primria seis livros sobre essa temtica de autores brasileiros. Nesses livros, predominava uma abordagem preventiva, profiltica da psicologia escolar, resultando em intervenes junto a alunos, professores e pais, a procura de potenciais desvios que pudessem atrapalhar o andamento desejado para os trabalhos escolares. Antecipando desvios e conflitos, controla-se e normatiza-se todo o espao escolar. A psicologia, alm de atentar para as patologias, engloba tambm o campo da normalidade, da vida cotidiana. Assim, no compasso dos ideais propagados pelo regime militar e pela emergncia da privacidade como fim em si mesma, a psicologia escolar compactua com os modos de subjetivao intimistas e individualizantes.