999 resultados para Poesia brasileira - Sec. XX- Séc. XX
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar como ocorre a intertextualidade dos escritores T. S. Eliot, James Joyce, Robert Stock, Emily Dickinson, Walt Whitman e Ezra Pound, na obra de Mário Faustino. De acordo com autores como Bosi (1994) e Benedito Nunes (1985), a poesia de Faustino resulta da soma de poetas que ele leu, em diferentes momentos, tais como: Mallarmé, Yeats, Rilke, cummings, Joyce e Pound, deste último se utilizou do lema “repetir para aprender, criar para renovar”. O lema de Pound remete direta ou indiretamente à presença de outros autores em alguns poemas de Faustino. Mas este fato sempre foi tratado com poucas comprovações práticas. Assim, estabelecemos alguns parâmetros para escolher quais autores seriam analisados: utilizaremos somente autores anglófonos e, dentre eles, apenas autores que Faustino traduziu em suplementos literários e em uma revista. Partindo desse princípio, os autores foram distribuídos em dois momentos que definimos como ciclos: o ciclo-norte, o qual abrangeu o suplemento Arte-Literatura e a revista Norte; e o ciclo-sudeste, o qual abrangeu o suplemento Poesia-Experiência. Em ambos os ciclos, procuramos meios que nos permitissem mostrar que determinados autores estão presentes na obra de Faustino, seja por meio da criação de novos poemas com base em um poema de um autor anglófono ou por meio da incorporação de elementos característicos de determinado escritor também anglófono. Para esta pesquisa utilizamos alguns autores como: Chaves (1986) Kristeva (1974) e Bakhtin (2003; 2006), Santiago (1978), Nunes (1985; 1986; 1997; 2009) e Campos (1977; 1992). Percebemos, de acordo com Compagnon (2007), como ocorre o trabalho de reconstrução da escrita, neste caso na análise entre as traduções realizadas por Mário Faustino e os poemas dele, no qual cada etapa é um liame de uma imensa trama que liga este texto a outros lidos e “recortados”, que é manipulado por um indivíduo, ao mesmo tempo, autor e leitor (Faustino). Assim, o autor/leitor, possuiu como prática a tarefa de citar, ou seja, redizer o que já havia sido dito por outros.
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O presente Trabalho de Conclusão de Curso é o desdobramento de uma pesquisa em nível de iniciação científica, financiada pela FAPESP, que teve como objeto de estudo o jornal Correio de Bauru. Dentre os aspectos analisados, privilegiamos a postura jornalística do periódico e a aproximação com sociedade, a presença da temática urbana, as diferenças e semelhanças com os grandes jornais dos anos 1920 e, ainda, o processo de modernização da imprensa do período. Nesse percurso, adotamos a metodologia de leitura das edições disponíveis em acervo a fim de identificar seu posicionamento editorial e político, a relação com a cidade e a sociedade, o ocupado dentre outras publicações existentes no município na época, além de sua contribuição para a História da Imprensa Brasileira e do interior paulista
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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En el florescer de la modernidad brasileña, surge la poesía de Cecília Meireles, revelando la mujer que opta conscientemente por la labor intelectual, por la especulación filosófica del amor y por la pasión de escribir. La lectura de su obra representa um desafío a la sensibilidad del estudioso de la literatura. En esta disertación, tratamos de ese trabajo em filigranas que la autora realiza. Nos situamos em las obras Viagem y Mar Absoluto como anclas simbólicas de un discurso que nos remite a la relación del poetar com el pensar. Se inserta, así, esa poética ceciliana en um modo filosófico platónico, trayendo elementos simbólicos, míticos, metafóricos capaces de remitirnos a las interpretaciones filosóficas del siglo XX, tal la heideggeriana que entiende la poesía dentro del principio del eterno juego del ser, que es lo del próprio lenguaje. Nuestra preocupación fundamental fue trillar los caminos del erostismo filosófico y la búsqueda de la autora em transcender la rigidez de los límites entre el masculino y el femenino, lanzándose em um imaginario poético cristiano, reinterpretado neoplatonicamente. Se exponen Mujer y Letras al espejo, velando y desvelando marcas e trazos de identidad. Tal juego especular nos ofreció elementos poéticos, estéticos y una experiencia ceciliana del lenguaje del ser, designio de la poesía mísma. De esta nuestra iniciativa, que es también reflejada y reflexiva, reunimos a las Letras la Filosofia, resaltando que ambas de manera diferente - nos dieron acceso a la construcción de esa poesía en que fulguran la escritura, el ser y la naturaleza metaforizada, caracterizando la multiplicidad de sentidos y la pluralidad de voces del presente y del pasado
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This thesis analyses the poetry of João Lins Caldas (1888-1967), in Brazilian literature context, aiming at describing and understanding the main features of his poetry. Thus, this research presents a corpus to be worked on: the poems in Poeira do céu e outros poemas (2009). Our study is characterized by a biographical, historiographical and critical tendency, by trying to organize the manuscripts of the author and biographical aspects while analyzing his poems. It is showed the relation between Brazilian poetry written by some authors, since the parnasianism and symbolism period until the twentieth century. On the one hand, our analysis is based on the ideas and criticism by Antonio Candido (2006; 2002; 1985), discussing the process of formation of Brazilian literature and the procedure to analyse poetry. It is also based on the concept of poetry and resistance, developed by Alfredo Bosi (2000; 2002), and the notion of Brazilian matter, identified by Roberto Schwarz (1987, 1997, 1999). On the other hand, this work focuses on melancholy under the theoretical ideas of authors such as Aristotle (1998), Walter Benjamin (1984), Jaime Ginzburg (1997) and Moacyr Scliar (2003). This focus on melancholy contributes to a better understanding of one of the main themes found in the poems analysed. By studying the poetry of João Lins Caldas, it was perceived the relevance of melancholy and resistance in his verses. This can be seen in his dissonant language, characterized by the broken syntax in his verses, as well as contradictory images and complex meanings in his poetry. This causes the effect of unfamiliarity on the reader. His poetry is the result of a style that finds its place in the best moment of modern Brazilian poetry and reveals its singularity through the inverted syntax with powerful themes such as love, death, pain, delusion, loss, memory, nature and God. All of them are aspects of Brazilian historicity. Finally, the work of João Lins Caldas is part of a multifaceted poetry
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Pós-graduação em Artes - IA
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Analisa através das ferramentas dos estudos culturais, o erotismo na obra Batuque do poeta Bruno de Menezes, como meio de leitura para se estudar a identidade negra. Para tanto se estudou o conceito de erotismo relacionado ao corpo e ao sagrado, enquanto manifestação identitária negra. O estudo do fenômeno da identidade do erotismo serviu de base para a análise de como o autor, através do erotismo na linguagem, construiu o signo poético, fruto do fenômeno do hibridismo.
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Analisa os poemas da Trilogia Amazônica (Cantares Amazônicos) com o objetivo de apontar como o poeta aborda as formas do mito e como revive e recria um pouco da história da Amazônia. Os conceitos teórico-metodológicos que a permeiam são do próprio poeta, tais como conversão semiótica e epifania negativa, dentre outros. Utilizam-se, também, algumas obras que retratam a situação da Amazônia a partir dos anos 50, período da implantação do projeto de desenvolvimento para modernização da região. A leitura dos poemas se realiza à luz desse contexto histórico e cultural em que a chegada de novos capitais à região desestrutura as relações aí existentes. Como se deu esse processo? Quais as suas conseqüências para as populações autóctones e para a natureza, que virou espaço paradoxal de civilização e barbárie, produto de exploração e cobiça, perturbando o homem amazônico? Como se processa a passagem de uma mentalidade mítica a uma racionalidade, isto é, a deslenda mítica e a visão da cidade como um espaço de ruína: memória e esquecimento é desse trajeto, entre poesia e realidade, que o poeta colhe o material para sua escritura, convertendo a realidade como material estético, não para estetizar a miséria, mas como maneira de dar forma poética ao tempo histórico que cruza e é cruzado com o mito, ou as formas poéticas do mito.
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A temática do negro na literatura tem ocupado cada vez mais espaço nas discussões e debates em torno da questão da valoração da cultura negra no Brasil, especialmente no que tange a aspectos tais como o desmascaramento de determinados estereótipos há muito alicerçados, mas, acima de tudo, tem assumido particular relevância o papel da resistência negra, que ora analisamos a partir da perspectiva de um viés social, perpassando os enfoques histórico, religioso e cultural. Cada um desses enfoques adiciona uma importância diferente para a presença negra na poesia de Bruno de Menezes, nosso objeto de investigação, daí ser possível deduzir, o que acreditamos ser de fundamental importância, não nos subtrairmos a nenhuma das abordagens ressaltadas. A obra que doravante analisaremos intitula-se Batuque, do poeta supracitado, obra esta responsável por inscrever no contexto da literatura amazônica, e mais que isso, no seio da cultura de cunho nacional, um novo capítulo, isto é, uma nova perspectiva acerca da condição do negro na sociedade brasileira. Aliando-se a essas perspectivas, acrescentaremos o ponto de vista do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, como arcabouço teórico para as problematizações que pretendemos levantar no decorrer do texto. A presente pesquisa teve por objetivo investigar a influência do processo civilizador europeu versus negro e os cerceamentos (culturais/religiosos) decorrentes dessa influência, assim como as consequências negativas que incidirão sobre a perspectiva que o negro tem acerca de seu próprio corpo e lugar na cultura, muitas delas também provenientes da visão de mundo cristã que lhes foi imposta.
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Este estudo propõe a análise temática de alguns poemas da poeta paraense Adalcinda Magno Camarão Luxardo (1915-2005), levando em consideração os aspectos do imaginário e os elementos, imagens, símbolos e espaço, inseridos e refletidos em suas produções poéticas. A escritora nasceu na cidade de Muaná, na Ilha do Marajó-Pa, e se inseriu no cenário cultural literário paraense como uma das poucas mulheres que militaram no universo da arte durante este período, quando ainda normalista, passou a fazer parte dos grupos de estudantes que lutavam em frentes literárias. Importante é dizer que a autora contribuiu com revistas literárias que circulavam na sociedade belemense na primeira metade do século XX – Guajarina, A Semana e Amazônia –, que ajudaram a difundir sua habilidade poética, além de escrever para os jornais O diário e a Província, o que demonstra sua inserção e importância na cena literária daquele momento, nos auspícios da constituição de um movimento literário local. Portanto, esta pesquisa encontra-se voltada para a análise dos poemas de Adalcinda que deixam transparecer as relações de imaginário, imagens, símbolos e espaço, procurando fazer analogias com autores como: Gilbert Durand (1997), François Laplantine e Liana Trindade (1997), em um panorama com base antropológica; Gaston Bachelard (2008), com suas considerações sobre o espaço poético; e Milton Santos (2006), no que se refere à ideia de paisagem, situando ainda as visões fenomenológicas acerca desses temas através de Sartre (1996).
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Este trabalho analisa a obra O Nativo de Câncer, do escritor paraense Ruy Barata, publicado como fragmento em 1960. Buscamos estudar os elementos mitológicos e épicos presentes na composição do poema O Nativo de Câncer. No primeiro capítulo faremos um estudo do mito, apresentando as ideias de Mircea Eliade sobre a ocorrência do mito nas sociedades tradicionais por meio do texto Mito e Realidade. Também exporemos o pensamento de Roland Barthes, no texto Mitologias, que aborda as maneiras em que o mito ocorre na contemporaneidade. Adicionalmente, esboçaremos conceitos acerca da epopeia, contextualizando sua ocorrência na Grécia e indicando suas configurações, as quais serão contextualizadas posteriormente. No segundo capítulo, trataremos das narrativas dos naturalistas e estudiosos que viajaram pela Amazônia nos séculos passados, a fim de compreendermos como ocorrem os mitos fundadores na região e como Ruy Barata tenta desfazê-los por meio de sua poesia moderna. No terceiro capítulo, analisaremos auxiliados pela "Estilística Genética" de Leo Spitzer os dois cantos do poema O Nativo de Câncer, justificando a utilização de determinadas figuras retóricas, a fim de apresentarmos em que momentos e de que maneira o poema pode se assemelhar ao mito e à epopeia e como estas configurações exprimem a luta do poeta nativo pela poesia na Literatura da Amazônia.
Resumo:
Este trabalho estabelece um diálogo entre o poema “O Nativo de Câncer”, do paraense Ruy Paranatinga Barata, e o conceito de transculturação de Angel Rama. A Análise será a estilística proposta por Carlos Reis (1976), segundo a qual tanto os aspectos formais lingüísticos quanto a transgressão deles no texto contribuem para seu significado, dialogando inclusive com o contexto. O poema será abordado sob o pressuposto de ser ele uma epopéia moderna da Amazônia, na qual lírico e épico se amalgamam, conforme Emil Staiger (1977) relaciona-se à idéia de modernidade, segundo Baudelaire. Assim, apresentaremos o poema e seu contexto histórico-literário relacionando sua forma e conteúdo poéticos aos conceitos de transculturação, modernidade, epopéia, mediação, autonomia e engajamento. Veremos que na sua estrutura os elementos externos, como sociedade, história e biografia se tornam internos, principalmente pelo recurso da imagem, passando a integrar a estrutura do texto, conforme postula Antonio Candido (2006).