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Resumo:
Os desequilíbrios na escala de capacidades militares, econômicas, tecnológicas, de território e população entre Estados formalmente soberanos configuram um sistema internacional de relações assimétricas que pressupõe desafios relativamente maiores para as políticas externas dos países periféricos. Entretanto, em contextos de assimetria em uma relação bilateral, é possível constatar que a parte fraca pode, sob certas condições, sustentar com sucesso preferências divergentes das formuladas pela contraparte mais forte. Esta é uma pesquisa histórica comparativa que, através da comparação entre casos de divergência e crise na história das relações bilaterais do Brasil e do México frente aos Estados Unidos, se propõe a indagar que condições permitem a sustentação das preferências formuladas pelos governantes da parte mais fraca de uma díade assimétrica. Uma afirmação central desta pesquisa postula que variáveis de política doméstica devem ser levadas em conta para explicar o sucesso da parte fraca, em particular, a formação de coalizões de apoio à política externa amplas, plurais e heterogêneas. A comparação inclui casos de sucesso e insucesso na sustentação de preferências formuladas pelos governos do Brasil e do México, de forma a avaliar a presença ou ausência desse tipo de coalizão em cada conjuntura. A partir da consulta de estudos prévios, jornais e revistas publicadas nas respectivas épocas, arquivos diplomáticos e documentos oficiais, foi possível mapear o omportamento de atores relevantes para a política externa em cada caso e avaliar sua adesão ou não às preferências postuladas pelos responsáveis da condução da política externa. A inclusão na análise de duas conjunturas de alinhamento dos governantes do Brasil e do México com as preferências de Washington permitiu afirmar a importância do apoio interno para a sustentação de preferências capazes de gerar clivagens muito intensas no âmbito das relações do Brasil e do México frente aos Estados Unidos.
Resumo:
Esta Tese examina as implicações políticas da cooperação internacional para o desenvolvimento de Moçambique em três momentos: (i) o período referente à solidariedade socialista; (ii) o contexto da cooperação tradicional Norte-Sul; (iii) a experiência (re) emergente da Cooperação Sul-Sul. Nossa incursão analítica mostra que foram cerca de 40 anos de cooperação internacional que permitiram uma série de transformações em nível político, econômico e social, e que construíram um país como um autêntico artefato de intervenção externa. Nesse sentido, analisam-se os efeitos políticos provocados pelas três propostas sugeridas de cooperação na esfera doméstica de Moçambique. Por um lado, constata-se que a cooperação internacional acaba por constituir-se em projeto de poder que afeta a produção de políticas públicas, a construção da autonomia e, mais recentemente, o processo de democratização em curso. Por outro, evidencia-se que os atores internacionais que atuam no campo da cooperação para o desenvolvimento em Moçambique agem imbuídos de seus respectivos interesses e agendas de política externa. Na relação entre os distintos atores e o Estado moçambicano, identificam-se alguns fatores-chave, tais como a fraca capacidade estatal, a existência de enormes assimetrias entre Moçambique e seus parceiros, o vício em receber cooperação que transforma essa relação em uma das principais fontes de manutenção do Estado, bem como a preservação das elites políticas tradicionais fatores que limitam o alcance dos objetivos reais de desenvolvimento que as distintas formas e modalidades de cooperação internacional prometem e buscam promover.
Resumo:
Nanostructured carbon thin films have been grown by deposition of cluster beams produced by a supersonic expansion. Due to separation effects typical of supersonic beams, films with different nanostructures can be grown by the simple intercepting of different regions of the cluster beam with a substrate. Films show a low-density porous structure, which has been characterized by Raman and Brillouin spectroscopy. Film morphology suggests that growth processes are similar to those occurring in a ballistic deposition regime.
Resumo:
The low frequency vibrational spectrum of cluster beam deposited carbon films was studied by Brillouin light scattering. In thin films the values of both bulk modulus and shear modulus has been estimated from the shifts of surface phonon peaks. The values found indicate a mainly sp2 coordinated random network with low density. In thick films a bulk longitudinal phonon peak was detected in a spectral range compatible with the value of the index of refraction and of the elastic constants of thin films. High surface roughness, combined with a rather strong bulk central peak, prevented the observation of surface phonon features. © 1998 Elsevier Science Ltd. All rights reserved.
Resumo:
A broad survey of harmonic dynamics in AB(2) clusters with up to N = 3000 atoms is performed using a simple rigid ion model, with ionic radii selected to give rutile as the ground state structure for the corresponding extended crystal. The vibrational density of states is already close to its bulk counterpart for N similar to 500, with characteristic differences due to surfaces, edges and vertices. Two methods are proposed and tested to map the cluster vibrational states onto the rutile crystal phonons. The net distinction between infrared (IR) active and Raman active modes that exists for bulk rutile becomes more and more blurred as the cluster size is reduced. It is found that, in general, the higher the IR activity of the mode, the more this is affected by the system size. IR active modes are found to spread over a wide frequency range for the finite clusters. Simple models based on either a crude confinement constraint or surface pressure arguments fail to reproduce the results of the calculations. The effects of the stoichiometry and dielectric properties of the surrounding medium on the vibrational properties of the clusters are also investigated.