690 resultados para Juvenis
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi analisar a influência da densidade de estocagem no crescimento, conversão alimentar e sobrevivência de juvenis de robalo-flecha (Centropomus undecimalis). Os peixes foram coletados em ambiente natural e treinados a aceitar dietas artificiais. Os indivíduos, com comprimento total de 13±0,4 cm e peso de 23±0,3 g foram estocados em tanques circulares de fibra de vidro de 5 m³, com água do mar e aeração contínua, nas densidades de 3, 6 e 9 peixes/m³, por 180 dias. Os valores de amônia total (0 a 0,5 mg/L), temperatura da água (23,3 a 30,6ºC), salinidade (17 a 34 g/L), pH (7,8 a 8,4) e oxigênio dissolvido (4,8 a 6,9 mg/L) apresentaram padrão similar entre os tratamentos. A conversão alimentar (1,88, 2,06 e 2,31) e a sobrevivência (100%, 98,9% e 96,3%) foram significativamente melhores nos tratamentos com 3 e 6 peixes/m³. As médias finais de peso (110, 87 e 80 g) e comprimento total (20, 18,5 e 18 cm) apresentaram diferença significativa. A maior taxa de crescimento foi observada com 3 peixes/m³; entre as demais não houve diferença. Entretanto, a biomassa final (332, 511 e 703 g/m³) foi diretamente proporcional à densidade. A baixa densidade favorece o cultivo do robalo em relação ao crescimento, sobrevivência e conversão alimentar.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi determinar a densidade de estocagem mais adequada para a fase de recria de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) em tanque-rede. Foram utilizados 12 tanques-rede de 1 m³ cada, com peixes distribuídos nas densidades de 200, 300, 400 e 500 peixes/m³ em três repetições. Os peixes foram alimentados seis vezes por semana em três refeições diárias com ração comercial com 36% de proteína bruta, durante 60 dias. Foram analisados o crescimento em peso e em comprimento, o coeficiente de variação do comprimento, a taxa de crescimento específico e a glicose sanguínea aos 30 e 60 dias de criação. Ao final do experimento, foram analisados os seguintes parâmetros de produtividade: sobrevivência, conversão alimentar aparente, ganho de peso e produção por área. Os parâmetros físico-químicos da água foram avaliados a cada sete dias. O crescimento em peso e em comprimento, aos 60 dias, foi maior na densidade de 200 peixes/m³ do que na de 500 peixes/m³. O coeficiente de variação, a taxa de crescimento específico e a glicose não diferiram entre as densidades aos 30 e 60 dias. A sobrevivência final, a conversão alimentar aparente e o ganho de peso foram iguais em todas as densidades. A produção por área foi significativamente maior nas duas maiores densidades. Os resultados indicaram que a densidade de 400 peixes/m³ é a mais adequada para recria de juvenis de tambaqui em tanque-rede.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a tolerância de juvenis de pirarucu, Arapaima gigas, a concentrações crescentes de amônia na água. Oito peixes (2,6±0,4 kg e 70,5±4,1 cm de comprimento) foram distribuídos aleatoriamente em quatro tanques (0,8x0,9x2,6 m) com 410 L de água tamponada com Na2PO4 e HCl, ambos a 0,1 M, onde ficaram por 33 dias. As concentrações de amônia no plasma sanguíneo dos peixes e na água foram determinadas pelo método do salicilato. A glicose plasmática e os níveis de amônia aumentaram proporcionalmente à concentração de amônia na água. Juvenis de pirarucu toleram altas concentrações de amônia na água.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de quatro níveis de proteína sobre o crescimento de juvenis de pirarucu, Arapaima gigas. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com de quatro tratamentos (32,7%, 39,3%, 43,4% e 48,6% de proteína bruta), três repetições cada. Foram utilizados 120 peixes, com peso médio inicial de 120,6±3,5 g, distribuídos homogeneamente em 12 tanques-rede de 1 m³ cada, contendo dez peixes por tanque. Após 45 dias, os resultados indicaram que as dietas com 48,6% de proteína resultaram em melhor ganho de peso, crescimento específico e composição corporal diferenciada. A conversão alimentar e a eficiência da ração não produziram diferenças entre os tratamentos. O nível de proteína na ração que produz máximo crescimento é de 48,6%.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da adição na ração das enzimas digestivas exógenas amilase, lipase e protease sobre o desempenho de tambaqui, em três experimentos independentes. Em cada experimento foi avaliado o efeito da inclusão de uma enzima na ração em diferentes porcentagens: 0,0, 0,05, 0,1 e 0,2%, cada uma com quatro repetições, com 28 dias de duração. Foram realizadas biometrias do peso inicial, para homogeneização da amostra, e do peso final a fim de verificar o efeito dos tratamentos sobre o desempenho dos peixes. Em cada unidade experimental foram estocados dez peixes, alimentados duas vezes ao dia (8 e 14h) até a saciedade aparente, com ração comercial extrusada com 28% de proteína bruta, triturada, adicionada de enzima e depois peletizada. Ao final do experimento, o ganho de peso, a conversão alimentar aparente e o crescimento específico dos peixes, apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos. As enzimas exógenas amilase a 0,05% e lipase a 0,2% na ração influenciaram o desempenho zootécnico de juvenis de tambaqui. A adição de protease exógena não apresenta a mesma influência.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi determinar a digestibilidade aparente de nutrientes e energia de dietas para juvenis de pirarucu, Arapaima gigas. Foram testadas oito dietas, contendo quatro relações energia:proteína (11, 10,1, 9, 8 kcal energia digestível por grama de proteína bruta) e duas fontes de energia não-protéica (óleo de soja e gordura de aves), em esquema fatorial 4x2, com três repetições. Foram estocados 240 juvenis de pirarucu com peso de 96,8±2,3 g, distribuídos em 24 tanques cilíndricos com fundo cônico, adaptados para a coleta de fezes (sistema Guelph modificado). Os peixes foram alimentados duas vezes ao dia até a saciedade aparente com as dietas experimentais contendo 0,5% de óxido de cromo, como marcador inerte para determinação dos coeficientes de digestibilidade aparente. As dietas com a relação energia:proteína de 9 kcal energia digestível por grama de proteína bruta apresentaram os menores coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca, proteína bruta e extrativo não nitrogenado. O maior coeficiente de digestibilidade aparente da gordura foi obtido com o uso do óleo de soja. A relação energia:proteína na dieta influencia os coeficientes de digestibilidade aparente dos macronutrientes e energia no pirarucu.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da metionina e colina sobre o desempenho produtivo e a morfologia do fígado de tilápia-do-nilo. Durante 87 dias, 160 peixes da linhagem Supreme, com peso vivo médio inicial de 77±0,8 g, distribuídos igualmente em 16 tanques de 1.000 L cada, foram cultivados em sistema com recirculação de água. Os peixes foram alimentados com rações, peletizadas, três vezes ao dia, até saciedade aparente. Foram utilizadas quatro rações com 33% de proteína bruta e 3.000 kcal kg-1 de energia digestível: controle, sem suplementação; suplementação com 3.000 mg kg-1 de metionina; com 2.000 mg kg-1 de colina; com 3.000 mg kg-1 de metionina e 2.000 mg kg-1 de colina. Não foi observado efeito do fornecimento de metionina ou colina sobre o ganho de peso diário, conversão alimentar, rendimento de filé, índice hepatossomático e gordura visceral. Os peixes alimentados com dietas suplementadas com colina e metionina tiveram menor teor de gordura nos filés e redução de inclusões lipídicas no tecido hepático. A suplementação com colina e metionina não afeta o desempenho produtivo de juvenis de tilápia-do-Nilo, mas a colina tem ação na utilização do lipídio hepático, evidenciada pela redução de inclusões lipídicas.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho zootécnico e econômico de robalo-peva (Centropomus parallelus) alimentado com seis rações práticas, contendo diferentes concentrações proteicas. As dietas foram formuladas para conter as seguintes concentrações proteicas: 375, 395, 416, 438, 473 e 490 g kg-1. Cada dieta foi fornecida até a saciedade aparente duas vezes ao dia, por 90 dias. Ao final do experimento, a composição corporal dos peixes alimentados com as diferentes dietas não diferiu significativamente. O ganho em peso variou de 2,87±0,09 a 4,74±0,02 g, da menor para a maior concentração proteica. A concentração proteica de 490 g kg-1 levou à redução de 2,86±0,13 R$ kg-1 no custo médio de alimentação, ao aumento de 97,82±4,25% no índice de eficiência econômica, e à redução de 102,91±4,58% no índice de custo. A dieta com a maior concentração proteica e a relação energia/proteína de 7,27 Mcal kg-1 promove os melhores índices zootécnicos e econômicos para juvenis de robalo-peva.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar fontes de fósforo em rações orgânicas, para alevinos e juvenis de tilápia-do-nilo. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com três tratamentos: farinha de resíduos de peixes, fosfato bicálcico e a combinação de ambos, com seis repetições. Duzentos e setenta alevinos e 180 juvenis foram distribuídos em tanques experimentais de 250 e 500 L, respectivamente, e alimentados com rações à base de ingredientes com certificação de origem orgânica contendo 32 e 28% de proteína bruta, respectivamente. Foram avaliados: qualidade da água de cultivo, índices zootécnicos e composição centesimal da carcaça dos peixes. As fontes de fósforo não influenciaram os parâmetros avaliados em alevinos. Juvenis alimentados com a dieta contendo farinha de resíduos de peixes obtiveram melhores índices zootécnicos, em comparação ao fosfato bicálcico, não tendo diferido da combinação entre as fontes. Os valores de fósforo na água ficaram acima dos preconizados pela Resolução 357/2005 do Conama. Para alevinos, é adequado utilizar farinha de resíduos de peixes, fosfato bicálcico ou sua combinação como principal fonte de fósforo e, para juvenis, é adequado utilizar farinha de resíduos de peixes ou a sua combinação com fosfato bicálcico, em rações orgânicas, para melhor desempenho produtivo.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito da inclusão de feijão-caupi (Vigna unguiculata) na ração sobre o desempenho de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições de 20 juvenis de tambaqui (10 g), alocados em caixas d'água de 310 L. Os peixes foram alimentados por 60 dias com rações isonitrogenadas e isoenergéticas, com seis níveis de inclusão de feijão-caupi: 0, 5, 10, 15, 20 e 25%. Foram determinadas as relações corporais e de desempenho produtivo. Não houve diferença significativa entre os tratamentos. Juvenis de tambaqui podem ser alimentados com inclusão de até 25% de feijão-caupi na ração.
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O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito de dietas com diferentes perfis de aminoácidos essenciais (AAE) sobre a eficiência de utilização de nutrientes e o crescimento de juvenis de pirapitinga (Piaractus brachypomus). Utilizaram-se caseína e gelatina como fontes de proteína, tendo-se formulado nove dietas com concentração de caseína entre 0 e 35%, com incrementos de 4,4% e concomitante diminuição da proporção de gelatina. Determinou-se o perfil de aminoácidos da caseína, da gelatina e de amostras de tecidos do corpo inteiro de juvenis de pirapitinga. Os níveis dietéticos de caseína apresentaram efeito quadrático positivo sobre as variáveis zootécnicas. O escore químico entre o perfil de aminoácidos essenciais das proteínas corpóreas e o perfil das dietas experimentais mostrou que, nas rações com 31,6 e 35% de caseína, o conteúdo de arginina torna-se limitante. O perfil de aminoácidos corporais da pirapitinga foi similar ao padrão de aminoácidos descrito para teleósteos. O perfil de aminoácidos obtido com a mistura de caseína e gelatina à proporção de 8:1 se aproxima do requerido para o crescimento de juvenis de Piaractus brachypomus.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da temperatura e da taxa de alimentação sobre o crescimento e a produtividade de juvenis de robalo-peva (Centropomus parallelus). Utilizou-se experimento fatorial com duas temperaturas (25 e 28º C) e duas taxas de alimentação (3 e 6% da biomassa ao dia), com três repetições para cada combinação de temperatura e taxa. Os peixes (9,80±0,41 g; 9,86±0,14 cm) foram alimentados duas vezes ao dia durante 60 dias. A cada 15 dias, foram realizadas amostragens para corrigir a quantidade de ração oferecida. Não houve mortalidade durante o experimento. Maior crescimento em peso e comprimento foi obtido nos animais submetidos à temperatura de 28ºC. Ganho de peso, biomassa final, conversão alimentar aparente e taxa de crescimento específico foram influenciados pela taxa de alimentação e pela temperatura. A oferta de 3% da biomassa ao dia a 28ºC proporciona melhores índices de crescimento e produtividade para juvenis de robalo-peva.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de restrição alimentar sobre o desempenho zootécnico e custo de alimentação em juvenis de tainha (Mugil liza). Foram avaliados cinco taxas de alimentação - 100, 80, 60, 40 e 20% da saciedade, denominados F100%, F80%, F60%, F40% e F20% -, em triplicata. Juvenis com 0,21±0,03 g (n=30) foram distribuídos em 15 tanques de 200 L. A estimativa do custo foi feita quanto à produção de mil juvenis de tainha. A sobrevivência foi superior a 93%, e não houve influência dos tratamentos. A taxa de crescimento específico no tratamento F100% foi de 5,96±0,18% por dia, e o peso final foi aproximadamente seis vezes maior que o inicial. Tainhas do tratamento F20% apresentaram menor índice hepatossomático, hepatócitos e núcleos menores e menor reserva de glicogênio hepático em relação aos demais tratamentos. A redução da taxa de alimentação influenciou negativamente o crescimento de juvenis de tainha. No entanto, uma taxa de alimentação em torno de 72% da saciedade é capaz de promover o melhor aproveitamento do alimento consumido, com 28% de redução do custo da ração.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a inclusão da torta e do óleo de dendê em rações para tilápia-do-nilo. Foram utilizados 312 peixes, distribuídos em 24 tanques (150 L), em delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 2x3 - duas fontes de óleo (soja ou dendê) e três níveis de torta de dendê (0, 15 e 30%). A fonte de óleo não influenciou o desempenho zootécnico. A inclusão da torta de dendê não alterou a conversão alimentar aparente e a taxa de sobrevivência dos peixes; porém, promoveu aumento nos valores de consumo diário de ração, ganho de peso diário, taxa de crescimento específico e fator de condição. A fonte de óleo e a inclusão da torta não influenciaram o teor de gordura e o rendimento de carcaça, o índice hepatossomático, o valor produtivo da energia e o colesterol plasmático. O óleo de dendê pode substituir o óleo de soja, e a inclusão da torta de dendê melhora o desempenho zootécnico de tilápias-do-nilo, sem alterar características corporais e sanguíneas.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho zootécnico e as características bromatológicas e hematológicas de pacus alimentados a diferentes frequências de arraçoamento. Três mil e duzentos peixes, com peso inicial médio de 65,9±2,36 g, foram distribuídos em 16 tanques-rede de 5 m³ de volume útil. Durante 65 dias, foram avaliadas quatro frequências de arraçoamento (tratamentos): T1, às 12:00 h; T2, às 8:00 e às 17:00 h; T3, às 8:00, 12:00 e 17:00 h; e T4, às 8:00, 11:00, 14:00 e 17:00 h. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. Analisaram-se parâmetros de desempenho produtivo, índices de gordura visceral e hepatossomático, composição centesimal da carcaça e parâmetros hematológicos e bioquímicos. Quanto ao ganho de peso, as frequências T3 e T4 proporcionaram melhores resultados do que T1 e T2. Embora a proteína, o colesterol e os eritrócitos tenham apresentado diferenças entre os tratamentos, permaneceram dentro dos valores de referência para pacus cultivados em tanques-rede. A frequência de três arraçoamentos diários resultou em maior ganho de peso, em comparação aos demais tratamentos, sem interferir na saúde e na composição centesimal das carcaças dos animais.