999 resultados para Intestino - doenças inflamatórias
Resumo:
OBJETIVO: Relatar as manifestações clínicas e características demográficas de pacientes com febre reumática atendidos em serviço público no Estado do Acre. MÉTODOS: Estudo de corte transversal em pacientes atendidos consecutivamente no Ambulatório de Cardiologia da FUNDHACRE, avaliados através de questionário contendo dados demográficos, clínicos e laboratoriais. O diagnóstico de febre reumática foi realizado através da aplicação dos critérios de Jones, em associação com dados laboratoriais, eletrocardiograma, radiografia de tórax e ecocardiograma bidimensional. Excluídos portadores com outras cardiopatias, diabetes, obesidade, doenças inflamatórias, processos infecciosos, tabagismo, gestantes, uso de drogas anti-inflamatórias ou reposição hormonal. RESULTADOS: De julho/2003 a fevereiro/2004, foram avaliados 99 pacientes com febre reumática aguda (idade média de 11 anos, dp= ± 10,18) com predominância feminina (59,6%) e fenótipo racial mestiço de índio (60,6%). Excluídos 3 indivíduos, por não preencherem os critérios diagnósticos. A idade média de início foi de 9,1 anos, sendo que em 30,4% dos pacientes a doença foi diagnosticada no primeiro episódio de atividade reumática. As manifestações clínicas mais freqüentes foram cardite (69,7%), artrite (21,4%) e coréia (6,1%) e a regurgitação mitral (36,4%) a lesão mais comum seguida da associação de regurgitação mitral com aórtica (9,1%). CONCLUSÃO: Cardite reumática foi a manifestação mais freqüente de febre reumática, predominando no grupo racial mestiço de índio (60,6%), A baixa aderência à antibioticoprofilaxia contribuiu para recorrências e seqüelas cardíacas.
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FUNDAMENTO: Fibrilação atrial é uma complicação frequente no pós-operatório de cirurgia cardíaca. O uso prévio de estatinas pode reduzir a incidência dessa arritmia. OBJETIVO: Avaliar se o uso crônico e regular de estatina, por um período de seis meses, previne fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgia cardíaca eletiva. MÉTODOS: Estudo realizado em 107 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, 66% do sexo masculino e com idade média de 60,4 anos (25 a 84). Avaliou-se a presença de fibrilação atrial entre os pacientes que usavam ou não estatina de forma regular no pré-operatório. Foram excluídos pacientes com cirurgia cardíaca de urgência, insuficiência renal, doenças inflamatórias, fibrilação atrial prévia, portadores de tireoidopatia e aqueles em uso de marca-passo definitivo. RESULTADOS: No período pós-operatório, fibrilação atrial esteve presente em 42 pacientes (39%) da amostra, sendo 11 (26%) em uso regular de estatina no período pré-operatório e 31 (74%) não. Observou-se que, em 22% do total de pacientes em uso de estatina, não houve desenvolvimento de fibrilação atrial, enquanto 45% dos que não usavam estatina apresentaram arritmia (ρ=0,02). Na revascularização miocárdica isolada, 47% dos pacientes que não usavam estatina e 23% dos que usavam desenvolveram fibrilação atrial (ρ =0,02). Não houve diferença estatística significativa na análise dos grupos com ou sem estatina quanto à presença dos fatores de risco para desenvolvimento de fibrilação atrial ( ρ=0,34). CONCLUSÃO: O uso regular de estatina, por seis meses ou mais no período pré-operatório, reduziu a incidência de fibrilação atrial no pós-operatório de cirurgia cardíaca eletiva.
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Neste estudo se investigou as formas de enfrentamento do estresse e a presença dos sintomas depressivos em 100 indivíduos portadores de retocolite ulcerativa idiopática (RCUI), usuários do Ambulatório de Doenças Inflamatórias do HCFMUSP, que foram comparados com 100 indivíduos acompanhantes de pacientes de outra unidade da mesma instituição, isentos da doença. A metodologia consistiu de aplicar aos dois grupos o Inventário de Estratégias de Enfrentamento de Folkman e Lazarus e o Inventário de Depressão de Beck. As estratégias de enfrentamento mais utilizadas pelo grupo de doentes foram Suporte Social (47%) e Reavaliação Positiva (40%), e no grupo controle ocorreu predomínio da estratégia Reavaliação Positiva (52%). Quanto ao transtorno de humor, 71% dos portadores de RCUI não apresentavam sintomas depressivos (contra 78% do grupo controle), 9% apresentavam disforia (contra 9% do grupo controle) e 20% sintomas depressivos (contra 13% do grupo controle).
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O cetoprofeno (ácido 2-(3-benzoilfenil) propiónico) é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) utilizado no tratamento de uma grande variedade de doenças inflamatórias agudas e crónicas incluindo a artrite reumatoide, osteoartrite e espondilite anquilosante. A sua administração oral prolongada está associada a diversas reações gastrointestinais, tais como irritações e ulcerações. Neste contexto, é importante desenvolver sistemas alternati-vos, nomeadamente sistemas de libertação controlada para administração oral, transdér-mica ou intradérmica. Este trabalho tem como objetivo testar a possibilidade de utilização de dispersões aquosas de poliuretano (PUDs) como material de suporte para a produção de sistemas de liberta-ção controlada de cetoprofeno. Numa primeira etapa, foram sintetizadas PUDs de base poliéster (policaprolactona, PCL) e poliéter (polipropileno-glicol, PPG) utilizando o méto-do de pré-polímero modificado. As dispersões obtidas foram caracterizadas em termos de pH, viscosidade, teor de sólidos e tamanho de partícula. Numa segunda etapa, foi testada a incorporação do cetoprofeno nas PDUs produzidas utilizando duas estratégias para incre-mentar a sua solubilidade em água: (i) utilização de um co-solvente (acetona, DMSO e HYD) e (ii) utilização de um surfactante não iónico (Tween 80). A incorporação foi testada para teores de 5% e 10% (razão fármaco/polímero, m/m). Os filmes produzidos pelo méto-do da evaporação do solvente foram avaliados quanto à sua homogeneidade e caracteriza-dos por FTIR e DSC. Numa terceira fase realizaram-se estudos de libertação em tampão de fosfato salino (PBS) de pH 7.5 tendo como objetivo avaliar a viabilidade de desenvolvimen-to de diferentes tipologias de dispositivos dependendo de um compromisso entre as pro-priedades dos filmes e o comportamento de libertação. Os resultados obtidos podem ajudar na seleção do material de base mais adequado para um determinado fim. Adicionalmente, e mais importante, comprovou-se a viabilidade de utilizar PUDs como material base para o desenvolvimento de sistemas de libertação con-trolada, utilizando como exemplo o cetoprofeno. A avaliação da toxicidade e da atividade anti-inflamatória dos filmes produzidos foi considerada estando em curso neste momento no grupo do Professor Armando Cunha Júnior.
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Várias doenças devem ser consideradas no diagnóstico diferencial dos distúrbios que comprometem as articulações temporomandibulares. A disfunção interna é a principal entidade responsável pelos quadros dolorosos desta articulação. Entretanto, os achados clínicos podem ser bastante inespecíficos e diversas outras condições se manifestam com sinais e sintomas semelhantes e, não raramente, indistinguíveis. Neste trabalho demonstramos, por meio de imagens de tomografia computadorizada e ressonância magnética, várias doenças não-disfuncionais, enfatizando a importância dos métodos de imagem no diagnóstico de doenças inflamatórias, neoplásicas e traumáticas desta região. O papel do radiologista é fundamental no diagnóstico diferencial, uma vez que o quadro clínico é, com freqüência, inespecífico.
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Ginecomastia é o aumento da mama masculina que pode acometer até 65% dos indivíduos deste sexo na fase infanto-puberal, compreendida entre 13 e 16 anos. Tem como principais causas hepatite ou cirrose hepática, carcinoma ou doenças inflamatórias pulmonares crônicas, carcinomas ou disfunções testiculares, tumores glandulares (pituitária, supra-renal), alterações dos níveis séricos de testosterona, síndromes genéticas (síndrome de Klinefelter, p.ex.), uso de drogas como heroína, maconha ou anabolizantes e hanseníase. Podemos classificar a ginecomastia quanto ao volume, quanto aos tecidos que a compõem (gordurosa ou pseudoginecomastia, glandular e mista), ou quanto ao tratamento necessário para sua correção cirúrgica (pequena, moderada e grave). O tratamento das formas mais graves de ginecomastia é muito diferente daquele aplicado às formas mais suaves, pois nas formas graves, além da ressecção dos tecidos gorduroso e glandular, existe a necessidade de ressecção da pele em excesso e o reposicionamento do complexo aréolo-mamilar. O objetivo deste trabalho é descrever uma técnica cirúrgica específica para estes pacientes portadores de formas graves de ginecomastia, através de dois pedículos dermogordurosos, um lateral e um medial, com aproximadamente 2cm de espessura, mantendo assim a nutrição do complexo aréolo-mamilar. Esses pedículos são delimitados entre as bissetrizes dos quadrantes súpero-lateral e ínfero-lateral, e súpero-medial e ínfero-medial, tendo o mamilo como vértice. Na área de pele excessiva periareolar, obtida através do pinçamento interdigital, é realizada a desepidermização dos pedículos lateral e medial e ressecção de toda pele e tecido celular subcutâneo até a fáscia peitoral nas regiões superior e inferior aos pedículos; a síntese é realizada em dois planos, sendo periareolar a cicatriz resultante. Foram operados com esta técnica vinte pacientes com forma grave de ginecomastia, com média etária de 23,3 anos; sendo seis pacientes da raça negra. O bom posicionamento do complexo aréolo-mamilar e uma cicatriz periareolar resultante, bem como a retirada de conteúdo suficiente, foram as principais vantagens observadas. Como complicações, tivemos assimetria das placas aréolo-mamilares em dois casos, nos quais havia acentuada diferença entre os dois lados na avaliação pré-operatória; cicatrização hipertrófica em um paciente da raça negra, cuja cicatriz foi atenuada com injeções intracicatriciais de triancinolona; necrose parcial de aréola em um caso, cuja ferida cicatrizou por segunda intenção, dispensando qualquer tratamento local posterior; deiscência de sutura periareolar em um caso, no qual foi feita a ressutura, com bom resultado, e quatro pacientes apresentaram coleção sero-hemática subcutânea, que foram drenadas e não apresentaram recidiva.
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OBJETIVO: Avaliar a associação do endometrioma ovariano e a presença de lesões de endometriose profunda infiltrativa (EPI) em uma amostra de mulheres do Sul do Brasil. MÉTODOS: Foi conduzida uma análise retrospectiva com informações dos prontuários de mulheres submetidas a tratamento cirúrgico de endometriose durante o período de janeiro de 2010 e junho de 2012. As pacientes foram divididas em dois grupos de acordo com a presença ou não de endometrioma ovariano. As pacientes portadoras de endometrioma ovariano foram subdivididas em dois grupos de acordo com o diâmetro do endometrioma (<40 e >40 mm). Os parâmetros comparados entre os grupos incluíram: dosagem sérica de cancer antigen (CA) 125, tamanho do endometrioma, presença e número de lesões profundas. A análise estatística foi conduzida com o programa Statistica versão 8.0, utilizando-se o teste exato de Fisher, o teste t de Student e o teste de Mann-Whitney, quando necessário. Os valores p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. RESULTADOS: Durante o período de estudo, um total de 201 mulheres foram submetidas a tratamento cirúrgico laparoscópico de endometriose. Cinquenta e seis pacientes (27,9%) eram portadoras de endometrioma ovariano e 180 pacientes (89,5%) apresentaram EPI confirmada histologicamente. As mulheres com endometrioma ovariano apresentaram um CA 125 sérico mais alto (39,5 versus 24,1 U/mL; p<0,01) e uma maior associação com a presença de lesões de EPI (98,2 versus 86,2%; p=0,01) e de EPI intestinal (57,1 versus 37,9%; p=0,01). Não houve diferença significativa quando se comparou os grupos com endometriomas <40 e >40 mm. CONCLUSÕES: O endometrioma ovariano é um marcador para a presença de lesões de EPI, incluindo EPI com comprometimento intestinal.
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De 2006 a 2013 foram diagnosticados 81 casos de doença vestibular canina no serviço de rotina em neurologia de um hospital veterinário universitário do sul do Brasil. Desses, aproximadamente dois terços foram diagnosticados com doença vestibular central (DVC) e cerca de um terço como doença vestibular periférica (DVP). Cães com raça definida foram mais acometidos que aqueles sem raça definida, principalmente Dachshund (DVP) e Boxer (DVC). Os principais sinais clínicos observados, tanto na DVP quanto na DVC, incluíram: inclinação de cabeça, ataxia vestibular e estrabismo ventral ou ventrolateral. Deficiência proprioceptiva, disfunção dos nervos cranianos V-XII e alteração de nível de consciência foram vistos apenas em casos de DVC, já a ausência de reflexo palpebral ocorreu apenas em casos de DVP. Doenças inflamatórias/infecciosas, principalmente cinomose e otite bacteriana, foram as condições mais comumente associadas à DVC e à DVP, respectivamente. Esse artigo estabelece os aspectos epidemiológicos (sexo, idade e raça) e a prevalência dos sinais clínicos observados em cães com doença vestibular na Região Central do Rio Grande do Sul, discute a utilização dos achados clínicos no diagnóstico correto e na diferenciação entre DVC e DVP, e define quais as principais doenças responsáveis pela ocorrência dessas duas síndromes clínicas.
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INTRODUÇÃO: As fístulas enterovesicais (FEV) são comunicações patológicas entre a bexiga e as alças intestinais pélvicas. Trata-se de uma rara complicação decorrente de doenças inflamatórias e neoplásicas da pelve, além de casos resultantes de iatrogenia, e associa-se a altos índices de morbimortalidade. RELATO DO CASO: Trata-se de um paciente de 61 anos com um quadro de dor e distensão abdominal, vômitos, parada de eliminação de fezes e flatos. APP: Hipertenso, diabético, com antecedentes de disfunção vesical e infecções do trato urinário de repetição (ITUr) nos últimos três anos. Por meio da realização de ressonância magnética de abdômen e pelve, diagnosticou-se FEV associada à doença diverticular (DDC) do sigmoide. A conduta estabelecida consistiu em colectomia parcial com rebaixamento de colo e cistectomia parcial com colocação cirúrgica de cateter duplo jota à esquerda. DISCUSSÃO: Embora consista de afecção primária do trato digestivo, normalmente o paciente com DDC associada a FEV procura atendimento médico em decorrência de queixas do trato urinário. Nesse caso, a demora no diagnóstico fez com que a queixa principal fosse do trato digestivo e com antecedentes de queixas urinárias. CONCLUSÃO: Apesar de pouco frequente, a ocorrência de ITUr associada à DDC deve ser sempre considerada no diagnóstico diferencial das ITUr pela alta morbimortalidade.
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The occurrence of bioactive compounds in marine organisms comes awaking the interest of the pharmaceutical industry. Heparin, a sulfated polysaccharide which presence was already identified in several marine invertebrates, is very attractive due its remarkable functional versatility. Besides to intervene in blood coagulation, this molecule has a great anti-inflammatory potential. However, its strong anticoagulant activity difficult the clinical exploitation of its anti-inflammatory properties. Thus, the aims of this work were to evaluate the effect of a heparin-like compound (heparinoid), isolated from the cephalotorax of the Litopenaeus vannamei shrimp, on the inflammatory response, hemostasia and synthesis of antithrombotic heparan sulfate by endothelial cells, besides studying some aspects concerning its structure. The purified heparinoid was structurally characterized following an analytical boarding, involving electrophoresis and chromatography. The structural analysis have shown that this compound possess a high content of glucuronic acid residues and disulfated disaccharide units. In contrast to mammalian heparin, the heparinoid was incapable to stimulate the synthesis of heparan sulfate by endothelial cells in the tested concentrations, beyond to show reduced anticoagulant activity and hemorrhagic effect. In a model of acute inflammation, the compound isolated from the shrimp reduced more than 50% of the cellular infiltration. Besides reduce the activity of MMP-9 and proMMP-2 of the peritoneal lavage of inflamed animals, the heparinoid also reduced the activity of MMP-9 secreted by activated human leukocytes. These results demonstrate the potential of heparinoid from L. vannamei to intervene in the inflammatory response. For possessing reduced anticoagulant activity and hemorrhagic effect, this compound can serve as a structural model to direct the development of more specific therapeutical agents to the treatment of inflammatory diseases
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Seeds from legumes including the Glycine max are known to be a rich source of protease inhibitors. The soybean Kunitz trypsin inhibitor (SKTI) has been well characterised and has been found to exhibit many biological activities. However its effects on inflammatory diseases have not been studied to date. In this study, SKTI was purified from a commercial soy fraction, enriched with this inhibitor, using anion exchange chromatography Resource Q column. The purified protein was able to inhibit human neutrophil elastase (HNE) and bovine trypsin. . Purified SKTI inhibited HNE with an IC50 value of 8 µg (0.3 nM). At this concentration SKTI showed neither cytotoxic nor haemolytic effects on human blood cell populations. SKTI showed no deleterious effects on organs, blood cells or the hepatic enzymes alanine amine transferase (ALT) and aspartate amino transferase (AST) in mice model of acute systemic toxicity. Human neutrophils incubated with SKTI released less HNE than control neutrophils when stimulated with PAF or fMLP (83.1% and 70% respectively). These results showed that SKTI affected both pathways of elastase release by PAF and fMLP stimuli, suggesting that SKTI is an antagonist of PAF/fMLP receptors. In an in vivo mouse model of acute lung injury, induced by LPS from E. coli, SKTI significantly suppressed the inflammatory effects caused by elastase in a dose dependent manner. Histological sections stained by hematoxylin/eosin confirmed this reduction in inflammation process. These results showed that SKTI could be used as a potential pharmacological agent for the therapy of many inflammatory diseases
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As doenças inflamatórias intestinais são enfermidades onde a tolerância e homeostase da resposta inflamatória estão comprometidas, gerando lesões teciduais e favorecendo o surgimento de neoplasias. Há dois importantes exemplos de doenças inflamatórias intestinais, a colite ulcerativa, foco do modelo desse estudo, e a doença de Crohn. Os medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças desencadeiam diversos efeitos adversos; além disso, em alguns pacientes, eles não são eficazes. Os extratos de algas têm demonstrado várias atividades biológicas, entre elas a atividade anti-inflamatória. Os extratos das algas do gênero Caulerpa foram utilizados em vários estudos, onde modelos inflamatórios foram analisados, entre eles o modelo de colite ulcerativa. A utilização do extrato metanólico da C. mexicana como terapêutica nesse modelo atenuou o quadro clinico desenvolvido pelos animais. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a ação terapêutica da Caulerpina (CLP), extraída da C. racemosa, no modelo murino de colite ulcerativa. Camundongos C57BL/6 machos foram expostos a uma solução de Dextrana Sulfato de Sódio (DSS) a 3% por sete dias. A partir do primeiro dia de exposição ao DSS os animais foram tratados em dias alternados com a CLP nas doses de 4 e 40 mg/kg e com a dexametasona (3 mg/kg) por via oral. O desenvolvimento da doença foi analisado através do índice de atividade da doença (IAD), que leva em consideração a perda de peso corporal, a consistência e a presença de sangue nas fezes. Após a eutanásia, o cólon foi removido e mensurado, e amostras do tecido colônico foram destinadas a análise histológica e à cultura para dosagem de citocinas. Os níveis de citocinas no sobrenadante da cultura do cólon foram mensurados por ELISA. O tratamento com a CLP (4 mg/kg) desencadeou significativa melhora quanto à perda de peso corporal e ao IAD, e atenuou o encurtamento do cólon em resposta ao DSS. Tal dose foi capaz de reduzir os níveis de citocinas pró-inflamatórias analisadas (TNF-, IFN-, IL-6, IL-17), mas não teve efeito significativo nas citocinas anti-inflamatórias IL-10 e TGF-. O tratamento com a CLP (40 mg/kg) não foi eficaz quanto a perda de peso e ao IAD, além de não ter atenuado a redução do cólon em resposta ao DSS. Essa dose conseguiu reduzir os níveis das citocinas pró-inflamatórias, porém não os níveis de IL-6. O tratamento com a dexametasona obteve melhora discreta quanto à perda de peso corporal e ao IAD, porém não atenuou a redução do cólon em resposta ao DSS. Esse tratamento também conseguiu reduzir todas as citocinas pró-inflamatórias testadas. Deste modo a CLP (4 mg/kg) demonstrou ser uma alternativa promissora no tratamento da colite ulcerativa, em razão dos seus efeitos benéficos sobre parâmetros clínicos, morfológicos e moleculares do modelo em estudo
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Colon-specific drug delivery systems have attracted increasing attention from the pharmaceutical industry due to their ability of treating intestinal bowel diseases (IBD), which represent a public health problem in several countries. In spite of being considered a quite effective molecule for the treatment of IBD, mesalazine (5-ASA) is rapidly absorbed in the upper gastrointestinal tract and its systemic absorption leads to risks of adverse effects. The aim of this work was to develop a microparticulate system based on xylan and Eudragit® S- 100 (ES100) for colon-specific delivery of 5-ASA and evaluate the interaction between the polymers present in the systems. Additionaly, the physicochemical and rheological properties of xylan were also evaluated. Initially, xylan was extracted from corn cobs and characterized regarding the yield and rheological properties. Afterwards, 10 formulations were prepared in different xylan and ES100 weight ratios by spray-drying the polymer solutions in 0.6N NaOH and phosphate buffer pH 7.4. In addition, 3 formulations consisting of xylan microcapsules were produced by interfacial cross-linking polymerization and coated by ES100 by means of spray-drying in different polymer weight ratios of xylan and ES100. The microparticles were characterized regarding yield, morphology, homogeneity, visual aspect, crystallinity and thermal behavior. The polymer interaction was investigated by infrared spectroscopy. The extracted xylan was presented as a very fine and yellowish powder, with mean particle size smaller than 40μm. Regarding the rheological properties of xylan, they demonstrated that this polymer has a poor flow, low density and high cohesiveness. The microparticles obtained were shown to be spherical and aggregates could not be observed. They were found to present amorphous structure and have a very high thermal stability. The yield varied according to the polymer ratios. Moreover, it was confirmed that the interaction between xylan and ES100 occurs only by means of physical aggregation
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T regulatory cells have the function of controlling immune responses and maintaining self-tolerance. The FoxP3 has been considered the most specific marker for Treg cells. The aiming of this paper was to evaluate the immunoexpression of FoxP3 in the inflammatory infiltrate from oral lichen planus (OLP) and to compare it with the infiltrate in fibrous inflammatory hyperplasia (FIH) and then, between reticular and erosive forms of OLP. The samples were composed by 32 cases of OLP (17 reticular and 15 erosive) beyond 10 cases of FIH that were submitted to immunohistochemistry staining for FoxP3. Localization of the staining was classified in underepithelial and intraepithelial and the amount of FoxP3+ cells was evaluated through cells counting in 10 consecutive fields, at 400x power magnification. The values were expressed in mean ± standart deviation, and submitted to statistical tests with 5% of significance level. It was observed a statistical significant difference in the amount of FoxP3+ Treg cells between the two combined forms of OLP (1,6 ± 2,2) and the FIH (0,5 ±0,4) (P<0,05). This maybe could be explained by immunological mechanism of OLP, which involves a permanent antigenic induction likely with consequent perpetuation of lesion, eliciting the proliferation and constant recruitment of Treg cells. Otherwise, FIH presents a different etiopathogenesis, in which there is also generation of a variable inflammatory infiltrate, however qualitatively distinct from that seen in OLP. The erosive form of OLP exhibited a greater number (1,7 ± 2,4) of FoxP3+ Treg cells than reticular form (1,5 ± 2,1). These alterations could have relation with the great disease activity verified in erosive OLP, or also, with abnormalities in the regulatory function of Treg cells that could cause the increase observed. Considering the capacity already well established in the literature, both about Treg cells in modulating immune responses, as in the oral mucosa in showing great potential for regeneration, it is suggested that the possibility of development and implantation of immunotherapeutic strategies that regulate the frequency and function of these cells, may help in future treatment of immune-mediated inflammatory diseases such as OLP
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Oral lichen planus and pemphigus vulgaris are chronic diseases mucous membrane immune of unknown aetiology that can be observed affecting to the oral mucous. A relevant as regards neoplasies the role angiogenesis in the inflammatory chronic disease pathogenesis as it provides a substancial interest can be considered as being an activity diseases marker; besides being through specialised research of this angiogenic process to improve of understanding pathogenic mechanism. This research proposes to assess angiogenic active through of antibody immunohistochemistry expression antiCD34 antibody in 26 OLP of reticular cases, 14 OLP erosives cases, 18 of PV cases and 15 specimens of normal oral mucosa. The result was submitted non-parametric tests of 5% significance level. It is not statistically significant correlacion was seen regarding between average vessels. However, only be effectively observed the median of OLP cases was larger than pemphigus vulgaris in fact proved average larger than oral normal mucosa (p=0,280). Regarding the microvascular count of CD34 concerning clinic form oral lichen planus (reticular and erosion) increased emphasis is more cross-border average for the form erosion clinic. Despite of the statistic tests could not be more effective (p=0,720). Even though, the results of the research is not sufficient to enable to consider of angiogenic process in the pathogenesis and lesions progression of oral lichen planus and pemphigus vulgaris, we suggest this process is present in both forms lesion, however, more studies must be made in the near future in order to prepare a well-founded proposal