999 resultados para Fluorose Dentária, epidemiologia
Resumo:
Epidemiological data on the conditions of oral health are essential for professionals in the health care plan, execute and evaluate dental programs. In Brazil, most oral health programs directs its resources to middle schools, leaving the preschool children in a secondary plan. The objective of this study was to identify the prevalence of dental caries in preschool children from 4-6 years of age from schools of child education (EMEIs) of the city of Araçatuba-SP. The study was conducted on a sample of 275 children of both genders, representative of the population of preschool children in the city of Araçatuba-SP. In order to assess the prevalence and severity of dental caries indices we used the dmft and DMFT indexes, according to the codes and standards recommended by the World Health Organization (WHO).The average dmft of 1.88 was found, comprising 78% of decayed teeth, 21% of restaured teeth and 1% with indicated extraction teeth. Regarding the permanent dentition, the average DMFT was 0.08, consisting of 71% of decayed teeth, 29% restored and 0% of missing teeth. Based on results found, there was a high caries prevalence in deciduous and permanent teeth, demonstrating the need for more dental care to the group studied.
Resumo:
O objetivo do presente estudo foi analisar como a prevalência e a distribuição da cárie dentária influenciam o tamanho da amostra em levantamentos epidemiológicos, e os custos para sua realização. Foram utilizados dados de levantamentos realizados em escolares de 12 anos em Bauru nos anos de 1976, 1984, 1990, 1994 e 2001, e em Piracicaba nos anos de 2001 e 2005. Os tamanhos amostrais foram dimensionados considerando-se a média e o desvio padrão obtidos, fixando-se erro amostral em 1%, 2%, 5% e 10%. Os custos foram estimados considerando material permanente, de consumo e recursos humanos. Verificou-se aumento no tamanho das amostras em ambos os municípios, variando de 119 em 1976 para 1.118 em 2001 em Bauru, e de 954 em 2001 para 1.252 em 2005 em Piracicaba, considerando-se um erro amostral de 10%. Considerando-se diferentes erros amostrais, verificou-se o custo para o levantamento, sendo que o mesmo depende do quanto o pesquisador se permite errar em relação ao verdadeiro valor da média da população. Conclui-se que a diminuição da prevalência da cárie dentária determinou o aumento no tamanho das amostras e a elevação dos custos para realização dos levantamentos.
Resumo:
Objective To analyze the possible association between dental caries, fluorosis and the need for treatment in 12 year-old schoolchildren and the socioeconomic conditions of parents/guardians in the city of Franca, in the state of São Paulo. Methods A random sample of schoolchildren aged 12 was obtained from the school records in Franca, using a systematic random technique. The epidemiological survey was carried out by a single calibrated examiner, on 258 public and private schoolchildren in order to obtain the prevalence of dental caries, the need for treatment and the severity of dental fluorosis. Parents/guardians were also interviewed to assess their socioeconomic conditions (education and per capita income). We used multiple correlation analysis to investigate associations between category variables. Results It was possible to identify two distinct groups, with associations between the variables: the first group, represented by schoolchildren with average prevalence of caries, need for treatment, low level of parental education and income; and a second group represented by schoolchildren with low prevalence of caries, no need for treatment, high parental education and income. The two dimensions explained approximately 35% of total inertia. The factors within each group are related. Conclusion High income and parental education are associated with the low prevalence of dental caries but there is no association with dental fluorosis.
Resumo:
A cárie dentária, principal agravo em saúde bucal, apresenta-se como um processo patológico passível de prevenção, sendo fundamental o controle da microbiota envolvida em sua etiologia por meio de ações mecânicas e pela adoção de hábitos alimentares saudáveis. O efeito preventivo do flúor, foi observado como importante fator para o declínio na prevalência e severidade da cárie no Brasil e em outros países.Em 1985-1986, o Ministério da Saúde realizou uma pesquisa sobre a cárie em escolares na cidade de São Paulo e uma pesquisa semelhante realizada onze anos depois permitiu identificar uma redução na prevalência de cárie coincidindo com o início da fluoretação das águas da cidade. A fluoretação das águas de abastecimento público é considerada uma medida de saúde coletiva com inigualável abrangência populacional e grande eficiência da prevenção da cárie dentária, desde que respeitadas a continuidade e regularidade. Apesar da obrigatoriedade, certas comunidades brasileiras ainda não são beneficiadas por esse impl emento tornando as pessoas mais susceptíveis à níveis elevados da cárie. A ausência da universalidade de acesso à água fluoretada mantem extenso contingente populacional à margem de benefício reconhecidamente eficaz que apresenta expressiva relação de custo-efetividade. Os ajustes se fazem necessários, pelo fato, da interrupção ou não da fluoretação das águas do sistema de saúde constituir-se em um ato juridicamente ilegal, insustentável e injusto com a população. O resultado deste estudo revela que empregar o flúor para prevenir cárie dentária, pode ocorrer um efeito adverso de produzir graus leves de fluorose dentária, mas não utilizá-lo tem o inconveniente de não impedir o aparecimento da doença. Apesar de haver opositores contrários à medida, admite-se que haveria justiça no seu emprego e seu benefício seria maior do que seu malefício.
Resumo:
O uso do flúor tem promovido melhorias significativas na saúde bucal e na qualidade de vida das populações através da redução dos índices de carie dental. Entretanto, o uso inadequado desse composto pode levar à fluorose dentária, caracterizada principalmente por manchas de diferentes tonalidades na dentição permanente, conforme sua severidade. Coloca-se então a necessidade de avaliar criticamente os dados epidemiológicos existentes sobre a fluorose dentária, na perspectiva da mesma se constituir ou não em um problema relevante em saúde pública. Foi utilizado o unitermo "fluorose saúde pública" através de busca realizada na BIREME nas bases MEDLINE, LILACS e SCiELO. Foram obtidos 107 trabalhos acadêmicos entre artigos, monografias, dissertações e teses. Aplicados critérios de inclusão para leitura e análise restaram 6 artigos científicos. Os resultados permitem afirmar que a fluorose não se constitui em importante agravo de saúde pública; contudo novos estudos, utilizando diferentes metodologias devem ser realizados objetivando uma melhor elucidação dessa questão.
Resumo:
Objetivou-se avaliar a relação entre o Índice de Massa Corporal (IMC) e o índice CPOD em 207 adolescentes de 12 anos, de 8 escolas públicas e particulares da região centro-oeste do estado de São Paulo. A amostra foi constituída por 380 adolescentes aos 12 anos, de ambos os gêneros, sendo examinados 207. Utilizou-se o índice CPOD, IMC para peso, medida de estatura, e aplicou-se questionário sobre hábitos alimentares, características antropométricas e atividade física. Quanto ao peso corpóreo, 55,93% apresentaram normal (G4), 35,59% de baixo peso (G3), 8,47% de pré-obesos (G2), nas escolas particulares. Nas públicas, 52,03% apresentaram normal, baixo peso 41,22%, pré-obesos 4,73% e obesos (G1) 2,03%; não houve diferença significativa (p=0,45). Verificou-se que o CPOD nas escolas públicas foi 2,16 e nas particulares, 0,23 (p<0,05), sendo que 39,2% das crianças estavam livres de cárie nas municipais e nas particulares, 88,1%. Não houve correlação do maior IMC com o incremento de CPOD. Houve correlação negativa entre condições socioeconômicas e índice de cárie dentária. Concluiu-se que os grupos pré-obesos e obesos, embora houvesse maior frequência de ingestão de alimentos, não apresentaram correlação com o incremento de cárie dentária, mas as condições socioeconômicas foram determinantes para essa ocorrência.
Resumo:
O artigo visa analisar a concentração de fluoreto na água para consumo humano, considerando o balanço entre benefícios e riscos à saúde, e produzir subsídios para atualização da legislação brasileira. Estudos de revisão sistemática, documentos oficiais e dados meteorológicos foram examinados. As temperaturas nas capitais brasileiras indicam que o fluoreto deveria variar de 0,6 a 0,9 mg/L para prevenir cárie dentária. Concentração de fluoreto natural de 1,5 mg/L é tolerável para consumo no Brasil se não houver tecnologia de custo-benefício aceitável para ajuste/remoção do seu excesso. A ingestão diária de água com fluoreto em concentração > 0,9 mg/L representa risco à dentição em menores de oito anos de idade e os consumidores deveriam ser expressamente informados desse risco. Considerando a expansão do programa nacional de fluoretação da água para regiões de clima tipicamente tropical, deve-se revisar a Portaria 635/75, relacionada ao fluoreto adicionado às águas de abastecimento público.
Resumo:
OBJETIVOS: identificar a opinião de pediatras e conhecer as recomendações de entidades profissionais e instituições públicas de saúde quanto à prescrição de suplementos fluorados. MÉTODOS: um questionário foi enviado a médicos pediatras. Informações adicionais sobre recomendações de suplementos fluorados foram obtidas junto a sete entidades profissionais e quatro instituições públicas de saúde. RESULTADOS: aproximadamente um em cada dez pediatras declarou prescrever algum suplemento contendo flúor. Risco de fluorose dentária, porque a água é fluoretada, foi a principal razão para afirmar que isso não deve ser feito. Quanto às entidades profissionais, duas deram respostas apropriadas. As respostas das demais não foram satisfatórias quanto ao uso racional de flúor. As respostas das instituições públicas foram apropriadas, embora o Ministério da Saúde não tenha se posicionado a respeito. CONCLUSÕES: um em cada 10 pediatras declarou prescrever suplementos contendo flúor para crianças residentes em São Paulo, cidade com água fluoretada. Em consequência, é necessário que o poder público e as entidades odontológicas assumam suas responsabilidades quanto ao uso dos suplementos fluorados.
Resumo:
Considerando-se a ausência de dados sobre a prevalência de cárie dental em uma população tipicamente amazônida, foi feito um levantamento epidemiológico em 103 escolares na região da Ilha de Sirituba, no Município de Abaetetuba, Estado do Pará, Brasil. O CPOD médio encontrado foi de 6,5 e o ceo de 5,4. Apesar da primitividade do local, o alto índice de cárie pode estar relacionado a diversos fatores, dentre os quais deve ser incluída a influência urbana na alimentação, principalmente pelo açúcar, criando novos hábitos alimentares que alteraram fundamentalmente a dieta da região.
Resumo:
O índice CPO pode ser estimado pelo dobro do valor obtido pelo exame de dois hemiarcos (superior direito e inferior esquerdo), e pelo quádruplo do valor observado em seis dentes (primeiro molar e incisivo central superiores direitos, primeiro pré-molar superior esquerdo, segundo molar e incisivo lateral inferiores esquerdos e segundo pré-molar inferior direito). As estimativas foram feitas por métodos da estatística descritiva, em termos de média, composição percentual e coeficiente de prevalência de cárie, tendo-se levantado dados em 100 indivíduos de 18 a 25 anos.
Resumo:
OBJETIVO: Investigou-se a prevalência de cárie e necessidades de tratamento em escolares de Goiânia-GO, Brasil, que possui água fluoretada há 9 anos. METODOLOGIA: A amostra foi constituída de 1.400 escolares de 6 a 12 anos de idade que freqüentavam escolas públicas na zona urbana do município estudado. RESULTADOS: Os índices CPO-D e ceo-d encontrados no total da amostra foram 2,19 e 2,86, respectivamente, demonstrando uma redução de 57,1% em relação ao CPO-D verificado na região Centro-Oeste, em 1986. Para os escolares de 12 anos de idade, o CPO-D encontrado foi 4,59, estando acima da meta estabelecida para o ano 2.000 pela FDI/OMS. Verificou-se que a percentagem de escolares livres de cárie foi muito baixa em todas as idades, apresentando-se em torno de 11% para o total da amostra. Houve predomínio do tratamento restaurador na dentição decídua em todas as idades e na permanente a partir dos 9 anos de idade. CONCLUSÃO: A prevalência de cárie em escolares de Goiânia-GO é alta e comparável à situação verificada na maioria dos países da América Latina e nas regiões menos favorecidas de países desenvolvidos. Há necessidade de se implantar medidas educativas e preventivas em saúde bucal que intervenham nos reais determinantes da doença na população.
Resumo:
OBJETIVO: Conhecer a prevalência de cárie e necessidades de tratamento em escolares do interior do Estado de Goiás, Brasil. MÉTODOS: A amostra foi constituída de 1.419 escolares de 6 a 12 anos de idade, de ambos os sexos, que freqüentavam 25 escolas públicas na zona urbana de 9 municípios. RESULTADOS: A percentagem de escolares livres de cárie foi muito baixa em todas as idades, sendo 4,4% aos 12 anos. O índice CPO-D variou de 0,41 aos 6 anos a 5,19 aos 12 anos. O índice ceo-d nesta faixa etária variou de 4,93 a 0,29. As necessidades de tratamento superaram as necessidades atendidas, tanto na dentição decídua quanto na permanente. CONCLUSÃO: A alta prevalência de cárie em escolares do interior de Goiás sugere a necessidade de se implantar medidas educativas e preventivas em saúde bucal que intervenham nos reais determinantes da doença na população.
Resumo:
OBJETIVO: Estudar a evolução da prevalência de cárie em dentes permanentes da população infantil do Município de São Paulo, SP, no período 1970-1996, com base em levantamento epidemiológico em escolares das redes pública e privada de ensino. MÉTODOS: Utilizando metodologia recomendada pela Organização Mundial da Saúde, foram examinados 2.491 escolares de 103 unidades das redes de ensino público e privado. Foi obtida amostra probabilística, com base no cadastro das escolas do município. Os elementos amostrais foram identificados ao acaso. RESULTADOS: Observou-se que de uma situação de prevalência "muito alta" de cárie dentária nos anos 60 e 70, a população de referência evoluiu positivamente, na idade-índice de 12 anos, para um quadro de "baixa" prevalência. CONCLUSÃO: Entre 1986 e 1996 o declínio na cárie dentária, aos 12 anos de idade, foi da ordem de 68,2% entre escolares do Município de São Paulo.
Resumo:
INTRODUÇÃO: Estudos epidemiológicos de cárie dentária, realizados no Brasil na última década, revelam uma significante redução na prevalência e na severidade da cárie dentária. Dúvidas persistem sobre a validade e a confiabilidade desses achados, em razão de diferentes metodologias e de critérios de diagnóstico utilizados. Foi realizado estudo com o objetivo de comparar a prevalência e a severidade da cárie dentária em escolares de 12 e 13 anos de idade entre 1971 e 1997. MÉTODOS: Foram realizados dois estudos transversais de prevalência, nos anos de 1971 e de 1997, em que todos os alunos de 12 e 13 anos de idade, de uma mesma escola de Florianópolis, SC, Brasil, foram examinados, utilizando-se o mesmo protocolo e os critérios de diagnóstico de cárie dentária, estes originalmente propostos por Klein e Palmer. Foram examinados 202 e 175 escolares, em 1971 e 1997, respectivamente. Todos os exames foram conduzidos pela mesma examinadora, que foi previamente treinada por meio de um exercício de calibração. RESULTADOS: A taxa de resposta foi de 100%, sendo a concordância intra-examinadora, medida dente por dente, muito alta (Kappa > 0,86). As prevalências de cárie foram de 98% e 93,7% em 1971 e 1997, respectivamente. O valor do CPO-D médio variou de 9,17 em 1971 para 6,25 em 1997, tomando-se as idades de 12 e 13 anos em conjunto. CONCLUSÕES: Houve no período uma efetiva redução na prevalência e severidade da cárie dentária, na população estudada. Houve uma mudança real que não se deve a diferentes critérios de diagnóstico empregados.
Resumo:
OBJETIVO: Conhecer os fatores de risco para a alta severidade de cárie dentária em crianças de 12 anos de idade. MÉTODOS: Partindo-se dos resultados obtidos no levantamento epidemiológico em saúde bucal, realizado em Florianópolis, em 1995, comparou-se algumas condições sociais e de comportamento entre dois grupos com severidades distintas da cárie dentária: um com alto/muito alto (n=50) e outro com muito baixos níveis da doença (n=50), através da análise de regressão logística multivariada. RESULTADOS/CONCLUSÕES: Os fatores de risco para alta severidade de cárie foram a freqüência de consumo de doces e a renda familiar. Crianças que consumiram produtos cariogênicos duas a três vezes ao dia, todos os dias, apresentaram 4,41 vezes mais chances de ter alta severidade de cárie quando comparadas com as que consumiram esses produtos no máximo uma vez ao dia -- IC95% (OR) = [1,18; 16,43]. A renda familiar foi o fator socioeconômico de maior importância. Crianças cuja renda familiar foi menor que 5 salários-mínimos tiveram 4,18 vezes mais chances de apresentar alta severidade de cárie quando comparadas com as que apresentaram renda familiar superior a 5 salários-mínimos -- IC95% (OR) = [1,16; 15,03]. Novos estudos acerca dos determinantes gerais da cárie dentária, como os diferentes aspectos da vida dos indivíduos, deveriam ser desenvolvidos, a fim de contribuir para implantar medidas amplas de promoção de saúde bucal.