996 resultados para Ficção portuguesa
Resumo:
O objetivo da presente dissertação é entender como ocorre a ficcionalização da memória da guerra colonial portuguesa nos romances Os Cus de Judas e A Costa dos Murmúrios e as estratégias usadas pelos autores para expressar essa memória em termos literários. Essas narrativas ao constatarem o colapso da antiga utopia colonialista do discurso nacional português, propõem uma revisão dos antigos valores nacionais e da retórica do regime salazarista, que afetou de forma profunda a vida dos autores. Em ambas as narrativas, a experiência da guerra é reconstruída através do testemunho e da reavaliação das reminiscências do passado das personagens, o que confere às obras um perfil confessional. Ao desmontar o tradicional relato histórico, relativizando verdades universalmente aceitas, a ficção visa preencher as lacunas do discurso histórico oficial, entendido como uma escritura dos vencedores. O confronto entre a memória individual resgatada pelas personagens e a memória legitimada da nação tem uma função redentora sobre o passado na medida em que interrompe a lógica dominante no momento presente. O estudo das referidas obras individualmente é concluído com uma análise sob o viés comparativo que visa estabelecer semelhanças e possíveis discrepâncias na forma de representação das memórias da guerra colonial
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Vidas Secas, de Graciliano Ramos é considerada uma obra prima da ficção regional da Literatura Brasileira da Geração de 30. O romance é um documento sobre a vida miserável de uma família de retirantes nordestinos, que sofrem as consequências da seca no sertão. O estudo do vocabulário que permeia a trajetória dessa família gerou as bases para elaboração deste trabalho que tem como objetivo principal a formação de um glossário de termos regionais nordestinos presentes na obra em estudo, a fim de contribuir com um dicionário da ficção do referido autor. Para isso, faz-se necessário discorrer sobre a linguagem literária no Brasil a partir do Romantismo até o Modernismo. Expor a curva evolutiva da tradição regionalista brasileira, na ficção, do Romantismo até o Modernismo, enfatizando autores e obras que participaram do processo de criação e evolução do gênero em foco
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Trabalho de projeto apresentado à Escola Superior de Comunicação Social como parte dos requisitos para obtenção de grau de mestre em Audiovisual e Multimédia.
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A presente dissertação de mestrado visa reflectir acerca da construção e exposição da imagem feminina constante em três produtos de ficção, transmitidos pela televisão portuguesa desde a entrada no novo século. Considerando a televisão um dos meios de comunicação social mais dominantes da sociedade atual, a telenovela destaca-se da programação desde 1977, com a chegada de Gabriela, tornando-se, a partir de então, um dos produtos líderes de audiências, sendo portanto dos formatos mais consumidos pelos espetadores desse meio. Atua, na maior parte das vezes, como um veículo de representação social, uma forma particular de ver o mundo e um modo válido de denúncia das problemáticas sociais. A partir da transcrição de dois pequenos fragmentos de cada uma das três obras ficcionais selecionadas, pretende-se analisar e descrever os fenómenos e processos discursivos utilizados na representação das três personagens femininas, observando comportamentos e examinando relações sociais que possam conduzir à denúncia de situações de discriminação de género.
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Resumen tomado de la publicaci??n
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Partindo da idéia central de que o projeto ficcional de Vícios e virtudes é refletir sobre o processo de construção romanesca e sobre os caminhos e descaminhos de Portugal em busca de sua identidade nesse tempo de incertezas, marcado pelo impacto da globalização e mundialização da cultura, buscamos demonstrar, no presente trabalho, como a tessitura interna da narrativa articula, simultaneamente, uma crítica à realidade cultural, social, política e econômica de Portugal com uma crítica à própria ficção, colocando, muitas vezes, uma a serviço da outra. É para dar conta desse projeto que Vícios e virtudes se constitui num “romance de romances” que duplica histórias, narradores e personagens, pois essa é uma estratégia narrativa que contribui para desvelar o fazer romanesco e desconstruir o discurso literário tradicional ao discutir aspectos da teoria e da crítica literária, mas, também, para mostrar que as identidades só podem ser construídas num processo contínuo de alteridade. É, também, através do resgate da tradição e de um diálogo contínuo com a História portuguesa que o romance desmitifica tanto os mitos do passado quanto os do presente, desvelando verdades ocultas e aspectos culturais enraizados no imaginário português, responsáveis pela construção da identidade nacional. Entretanto, nesse resgate que, em qualquer caso, funciona como discurso de resistência pela afirmação da historicidade, não há uma negação e sim uma afirmação da hibridez cultural que integra a nação portuguesa. Assim, a obra busca preservar o que singulariza Portugal em oposição a uma possível e indesejada identidade global.
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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
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A partir de dados tomados a duas narrativas portuguesas contemporâneas - a História do Cerco de Lisboa (1989), de José Saramago, e a Crónica do Cruzado Osb. (1976), de Agustina Bessa-Luís - investiga-se, neste estudo, a forma de aproveitamento, que neles se dá, da fonte histórica (o relato medieval do Cruzado Osberno), tendo o objetivo de, pela observação desta forma de relação entre o texto histórico e o texto literário, discutir questões mais amplas, concernentes aos imbricamentos de fato e ficção.Palavras-chave: Narrativa portuguesa contemporânea; história e ficção; ironia.
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A autora toma como base romances de autores de língua portuguesa - O ano da morte de Ricardo Reis (1984), do português José Saramago, Nove noites (2002), do brasileiro Bernardo Carvalho, e O outro pé da sereia (2006), do moçambicano Mia Couto - para estudar as relações entre literatura e história na produção literária contemporânea. A obra investiga a intertextualidade presente nos romances, ou seja, a relação entre linguagens, uma vez que esses autores construíram as narrativas ficcionais de suas obras recorrendo a elementos de origem histórica, como textos literários, textos históricos, notícias jornalísticas, fotos, cartas e depoimentos atribuídos a figuras históricas. Da intertextualidade resultaria um plano discursivo mais amplo, que extrapola efetivamente o campo dos textos reaproveitados pelos romances. Apoiada em teorias literárias que discutem o modo intertextual, a autora foca sua análise em cada um dos romances. Na obra do escritor português, permeada de releituras de fatos da história de Portugal ocorridos em 1936 e da poesia de Ricardo Reis, heterônomio do poeta Fernando Pessoa, a obra revela os meios pelos quais Saramago coloca em discussão dois mitos lusitanos: Salazar e o próprio Pessoa. Em Nove noites, que remete à passagem do etnólogo norte-americano Buell Quain pelo Brasil e de sua morte na floresta amazônica em 1939, o livro detecta a discussão sobre o mito do bom selvagem que revestiu o índio brasileiro. Já na obra do moçambicano Mia Couto, cuja narrativa é entremeada de fragmentos de escritos históricos de 1560 e de ditados populares, entre outros textos, percebe-se a reflexão sobre a reapresentação da história da exploração do continente africano por colonizadores portugueses e também pelos próprios africanos
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O objetivo deste artigo é oferecer uma definição do relativamente recente género literário que é exemplificado pela escrita de autoras como Margarida Rebelo Pinto, Fátima Lopes e Rita Ferro. Trata-se de literatura cujo possível ''par'' anglo-saxónico encontramos na ‘chick lit’ – uma ficção escrita geralmente por mulheres e para mulheres, que se foca na sua vida quotidiana. Pretende-se chegar a esta definição, por um lado, via análise do discurso mediático e académico à volta das obras mais populares e através de inquéritos com leitores e leitoras, por outro lado. Assim, pomos em relevo o jogo que se desenvolve entre a crítica literária, que ocorre publicamente (revistas, programas televisivos, blogues), e a leitura, que se exerce num âmbito privado e individual. Consideramos também como a crítica determina a leitura e em que medida a leitura e interpretação são atos isolados e pessoais. A pesquisa da qual resulta este artigo levou-nos às considerações literárias de índole mais geral, como, por exemplo, quem tem o poder de dizer o que é a literatura? A quem cabe o privilégio de designar o valor duma obra literária?
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Integran este número de la revista ponencias presentadas en Studia Hispanica Medievalia VIII: Actas de las IX Jornadas Internacionales de Literatura Española Medieval, 2008, y de Homenaje al Quinto Centenario de Amadis de Gaula.
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Notícia sobre o II Encontro Interparlamentar de Quadros das Áreas de Documentação, Informação e Arquivo dos Parlamentos de Língua Portuguesa que teve como objetivo, além do intercâmbio de boas práticas, reforçar os laços de colaboração técnica entre os Parlamentos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor Leste.
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Consultoria Legislativa - Área XVIII: Direito Internacional Público e Relações Internacionais.
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Ao alto do título : Diogo de Mendonça Corte-Real.
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[ES] Los modelos virtuales de edificios hist??ricos u otros elementos patrimoniales cuentan con una gran variedad de aplicaciones relacionadas, sobre todo, con la difusi??n y multimedia. Aunque en muchas ocasiones se trata de productos eminentemente inform??ticos en los que la componente geom??trica y, por lo tanto topogr??fica, es muy limitada, existen aplicaciones, como los estudios hist??ricos, en los cuales, es necesario que estos modelos representen fielmente la geometr??a y las texturas. En estos casos, los modelos pueden considerarse como productos cartogr??ficos. A continuaci??n se hace una recapitulaci??n de las conclusiones a las que hemos llegado durante los ??ltimos dos a??os despu??s de haber desarrollado una veintena de proyectos en este campo.