Estudo antropométrico e dietético de nadadores competitivos de áreas metropolitanas da região sudeste do Brasil

Com o objetivo de caracterizar os ábitos alimentares de nadadores competitivos de dois clubes das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, foram estudados atletas, 30 homens e 37 mulheres pertencentes às equipes juvenil (15-17 anos) e seniors (18-25 anos). Concomitantemente à avaliação antropométrica, foi feito o inquérito alimentar mediante os métodos de registro alimentar, recordatório de 24 horas e freqüência de consumo alimentar. Os resultados mostraram semelhança antropométrica entre as duas faixas etárias para cada um dos sexos, semelhança dos alimentos prevalentemente ingeridos com aqueles referidos pela população da área metropolitana das duas cidades e semelhança entre os suplementos alimentares ingeridos pelos atletas dos dois clubes. A ingestão calórica observada foi quase o dobro da referida para a população daquelas localidades, mas equivalente à descrita para nadadores de outros países. Os lanches, entre refeições, contribuíram com 25-28% da ingestão calórica global e a maior contribuição energética alimentar foi dada pelo grupo de cereais. Apesar de contribuir com quase 50% do aporte calórico diário, a ingestão glicídica foi menor que a recomendada para atletas competitivos (55-60%). A ingestão protéica de 2,5-3,0 g/kg/dia superou em 100% o valor recomendado para atletas e ultrapassou os 15% na participação calórica diária. A ingestão lipídica foi considerada elevada, particularmente a de gordura saturada. O aporte de micronutrientes foi acima do referido para as populações locais em função da ingestão calórica elevada, mas mostrou-se relativamente inadequado em magnésio, ferro e vitaminas A e D. Conclui-se que o padrão alimentar dos nadadores estudados não difere, muito, do da população local, distinguindo-se pelo elevado e freqüente consumo de alimentos energéticos, maior no sexo masculino que no feminino.

Lipoperoxidation and cyclooxygenases 1 and 2 inhibitory compounds from Iryanthera juruensis

Plants from Iryanthera genus have been traditionally used as food supplements by South American Indians. The MeOH extract of leaves of Iryanthera juruensis, one of the plants endemic to the Amazon region and consumed in Brazil, and the hexane extract from its seeds inhibited lipid peroxidation (LPO) and cyclooxygenase (COX-1 and -2)) enzymes in in vitro assays. Further analyses of these extracts yielded 5-deoxyflavones (1-5) from the leaf extract and sargachromenol (6), sargaquinoic acid (7), a novel juruenolic acid (8), omega-arylalkanoic acids (9a-c), and the lignan guaiacin (10) from the seed extract. Compounds 3-5 inhibited LPO by 86%, 77%, and 88% at 10 ppm, respectively, and compounds 6 and 9a-c showed inhibition at 76% and 78% at 100 ppm, respectively. However, compounds 7 and 8 were inactive and lignan 10 exhibited LPO inhibitory activity by 99% at 100 ppm compared to commercial antioxidants butylated hydroxyanisole (BHA), butylated hydroxytoluene (BHT), and vitamin E. The flavones 1-5 also inhibited COX-1 and -2 enzymes by 50-65% at 100 ppm. Compound 6 showed high but nonselective inhibition of COX-1 and COX-2 enzymes, when compared to aspirin and Celebrex, a nonsteroidal anti-inflammatory drug (NSAID). Compounds 7 and 10 inhibited COX-1 by 60% and 65% and COX-2 by 37% and 18%, respectively, whereas compounds 8 and 9a-c showed little or no activity against these enzymes.

Potencial de remineralização do cálcio e fosfato: revisão de literatura e estudo laboratorial

Pós-graduação em Ciência Odontólogica - FOA

Corrective effects of acerola (Malpighia emarginata DC.) juice intake on biochemical and genotoxical parameters in mice fed on a high-fat diet

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Fermentation by gut microbiota cultured in a simulator of the human intestinal microbial ecosystem is improved probiotic Enterococcus faecium CRL 183

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Consumo alimentar e estilo de vida: um estudo longitudinal com estudantes universitários

A universidade é um local de aprendizagem no qual conhecimento acadêmico, social e cultural permeia a relação entre os estudantes, onde estes terão a oportunidade de vivenciar diferentes situações durante o curso. A maior preocupação é como esta experiência influenciará o estado nutricional com a possível mudança dos hábitos cotidianos, como abuso de bebidas alcoólicas, uso irrestrito de suplementos vitamínicos e alimentares e a alimentação inadequada. O consumo alimentar de universitários foi o foco desta pesquisa que teve como objetivo geral identificar as principais mudanças do consumo de alimentos/ bebidas e estilos de vida por meio de estudo de coorte, envolvendo estudantes ingressantes nos cursos de graduação da Escola Superior de Agricultura \"Luiz de Queiroz\" - ESALQ/USP, e como objetivos específicos desenvolver, validar e aplicar um instrumento com a finalidade de identificar medidas comportamentais relacionadas aos hábitos de consumo alimentar, atividade física, situação socioeconômica e relacionar as informações obtidas ao estado nutricional do estudante; descrever o consumo dentro e fora do domicílio. Participaram da pesquisa estudantes com idade entre 18 e 30 anos. Um questionário foi aplicado juntamente com a avaliação antropométrica para mensuração do peso, altura e classificação do estado nutricional por meio do Índice de Massa Corporal (IMC). Este protocolo foi repetido após 8 meses de curso para que fosse identificada a situação do estado nutricional de cada indivíduo relacionada às mudanças do comportamento alimentar. Os dados coletados foram armazenados em base de dados no Microsoft Excel, sendo analisados por meio do Statistical Analysis System. Os dados quantitativos foram expressos em média e desvio-padrão (DP) com cálculos de intervalos de confiança de 95%. O teste do qui-quadrado foi utilizado para comparar a distribuição da prevalência de sobrepeso e obesidade quanto à variável sexo, associando-se ao IMC. Foi utilizado o coeficiente de correlação intraclasse de Pearson para verificação de concordância entre peso e altura aferidos e referidos. Foi realizada análise de regressão múltipla para identificação da mudança de consumo entre as fases, assim como para peso corporal. Utilizou-se o nível de significância de 5%. Observaram-se entre as duas fases quantidades preocupantes de nutrientes ingeridos aquém ou além dos limites preconizados para ambos os sexos; destaque para o elevado consumo de sódio, e insatisfatório de carotenóides. No caso dos carotenóides, houve crescimento significativo da contribuição da categoria 3 para as alunas. O consumo de cafeína na segunda fase foi maior, predominando o fornecimento pelos alimentos ultraprocessados. De forma geral houve aumento do consumo de alimentos processados e ultraprocessados. Observou-se aumento (significativo a 5%) no consumo de lipídios. Constatou-se diminuição na prática de exercícios físicos e aumento na ingestão de bebidas alcoólicas, e destas com energéticos e no tabagismo. Concluiu-se que o ingresso na universidade contribui para a mudança nos hábitos alimentares e estilos de vida de maneira negativa, sendo necessária intervenção adequada visando a promoção da saúde dos estudantes.

O mel, os açúcares e os adoçantes sob diferentes perspetivas

A alimentação sempre constituiu e constitui um fator de grande importância para a espécie humana. A qualidade alimentar, o valor nutricional e a saúde estão extremamente interligados e são cada vez mais importantes para a tomada de decisão no acto de compra por parte dos consumidores. Os escândalos alimentares têm causado um maior estado de atenção por parte das autoridades e dos consumidores. A importância da informação da origem e modo de produção dos produtos alimentares assim como a rotulagem dos alimentos processados e dos suplementos alimentares também tem vindo a ter cada vez importância e demanda por parte dos consumidores e da indústria alimentar. Este trabalho pretende destacar o mel como alimento e como adoçante de grande valor nutricional com potenciais efeitos benéficos para a saúde humana. Por outro lado pretende identificar e descrever os açúcares e os adoçantes alternativos, sejam eles naturais ou artificiais. Este trabalho, aborda, também, o papel controverso do açúcar refinado na dieta alimentar assim como de alguns dos adoçantes artificiais mais utilizados pela indústria alimentar atualmente. Nos últimos anos tem-se verificado um interesse crescente por produtos naturais com efeitos benéficos para a saúde e tem havido um aumento do consumo de mel, sobretudo nos países industrializados. O objetivo é que este trabalho seja uma ferramenta de auxílio e orientação no mundo dos adoçantes, para opções alimentares mais saudáveis.

Improving bioactive compounds extractability of Amorphophallus paeoniifolius (Dennst.) Nicolson

Elephant foot yam (Amorphophallus paeoniifolius (Dennst.) Nicolson) is an underground, unbranched deciduous plant that produces a large tubercle (rhizome) with recognized health effects. In this study, the influence of solvent nature (water, water/etanol (1:1) and absolute ethanol) and processing type (fresh, lyophilized and boiled) on the antioxidant activity and bioactive compounds extractability of elephant foot yam was evaluated. Extracts were compared for their contents in total phenolics, flavonoids and tannins. Moreover, their antioxidant capacity was assessed by the ferric reducing antioxidant power (FRAP) and the 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl radical (DPPH▪) scavenging capacity assays. Phenolics (154 mg GAE/L) and tannins (109 mg GAE/L) were maximized in lyophilized samples extracted with the hydroalcoholic solvent, which attained also the highest FRAP value (711 mg FSE/L). In turn, flavonoids reached the highest yields in lyophilized samples (95 mg ECE/L) extracted with pure ethanol, as well as the highest DPPH▪ scavenging activity. These findings might have practical applications to define the best processing methodology regarding the enhancement of elephant foot yam, either for prompt consumption, as well as to develop food supplements or pharmaceutical related products.

Metal contaminants in cinnamon samples marketed in Portugal

Poster presented at the ICFC 2015 - International Conference on Food Contaminants. Infarmed, Lisbon, 14-15 April 2015

Effect of increasing dietary calcium through supplements and dairy food on body weight and body composition: a meta-analysis of randomised controlled trials

This meta-analysis of randomised controlled trials assessed the effect of Ca on body weight and body composition through supplementation or increasing dairy food intake. Forty-one studies met the inclusion criteria (including fifty-one trial arms; thirty-one with dairy foods (n 2091), twenty with Ca supplements (n 2711). Ca intake was approximately 900 mg/d higher in the supplement groups compared with control. In the dairy group, Ca intake was approximately 1300 mg/d. Ca supplementation did not significantly affect body weight (mean change ( - 0·17, 95 % CI - 0·70, 0·37) kg) or body fat (mean change ( - 0·19, 95 % CI - 0·51, 0·13) kg) compared to control. Similarly, increased dairy food intake did not affect body weight ( - 0·06, 95 % CI - 0·54, 0·43) kg or body fat change ( - 0·36, 95 % CI - 0·80, 0·09) kg compared to control. Sub-analyses revealed that dairy supplementation resulted in no change in body weight (nineteen studies, n 1010) ( - 0·32, 95 % CI - 0·93, 0·30 kg, P= 0·31), but a greater reduction in body fat (thirteen studies, n 564) ( - 0·96, 95 % CI - 1·46, - 0·46 kg, P < 0·001) in the presence of energy restriction over a mean of 4 months compared to control. Increasing dietary Ca intake by 900 mg/d as supplements or increasing dairy intake to approximately 3 servings daily (approximately 1300 mg of Ca/d) is not an effective weight reduction strategy in adults. There is, however, an indication that approximately 3 servings of dairy may facilitate fat loss on weight reduction diets in the short term.

Willingness to trial functional foods and vitamin supplements: the role of attitudes, subjective norms, and dread of risks

Australian non-users of vitamin supplements (N = 162) and functional foods (N = 226) responded to a questionnaire examining their attitudes, subjective norms, and perceived behavioural control from the Theory of Planned Behaviour (TPB), risk dread and risk familiarity, and willingness to engage in free product trials. The impact of participants’ gender and age was also examined. Attitude and subjective norms were significant determinants of non-users willingness to trial each of the health products. Participants’ dread of the risk associated with the product was also a determinant of willingness to use functional foods. The overall models predicted between 25% and 30% of the variance in people’s willingness to trial the products. The findings provided some support for the TPB in predicting people’s willingness to trial functional foods and vitamin supplements and suggested, for willingness to trial functional foods, that non-users are also influenced by their dread of the risk associated with product use.

The impact of malnutrition and decreased food intake on length of stay, readmission, and mortality in acute care patients

Rationale: The Australasian Nutrition Care Day Survey (ANCDS) evaluated if malnutrition and decreased food intake are independent risk factors for negative outcomes in hospitalised patients. Methods: A multicentre (56 hospitals) cross-sectional survey was conducted in two phases. Phase 1 evaluated nutritional status (defined by Subjective Global Assessment) and 24-hour food intake recorded as 0, 25, 50, 75, and 100% intake. Phase 2 data, which included length of stay (LOS), readmissions and mortality, were collected 90 days post-Phase 1. Logistic regression was used to control for confounders: age, gender, disease type and severity (using Patient Clinical Complexity Level scores). Results: Of 3122 participants (53% males, mean age: 65±18 years) 32% were malnourished and 23% consumed�25% of the offered food. Median LOS for malnourished (MN) patients was higher than well-nourished (WN) patients (15 vs. 10 days, p<0.0001). Median LOS for patients consuming �25% of the food was higher than those consuming �50% (13 vs. 11 days, p<0.0001). MN patients had higher readmission rates (36% vs. 30%, p = 0.001). The odds ratios of 90-day in-hospital mortality were 1.8 times greater for MN patients (CI: 1.03 3.22, p = 0.04) and 2.7 times greater for those consuming �25% of the offered food (CI: 1.54 4.68, p = 0.001). Conclusion: The ANCDS demonstrates that malnutrition and/or decreased food intake are associated with longer LOS and readmissions. The survey also establishes that malnutrition and decreased food intake are independent risk factors for in-hospital mortality in acute care patients; and highlights the need for appropriate nutritional screening and support during hospitalisation. Disclosure of Interest: None Declared.

The effectiveness of dietary counselling versus oral nutrition supplements in improving nutritional intake in malnourished patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD)

The evidence for nutritional support in COPD is almost entirely based on oral nutritional supplements (ONS) yet despite this dietary counseling and food fortification (DA) are often used as the first line treatment for malnutrition. This study aimed to investigate the effectiveness of ONS vs. DA in improving nutritional intake in malnourished outpatients with COPD. 70 outpatients (BMI 18.4 SD 1.6 kg/m2, age 73 SD 9 years, severe COPD) were randomised to receive a 12-week intervention of either ONS or DA (n 33 ONS vs. n 37 DA). Paired t-test analysis revealed total energy intakes significantly increased with ONS at week 6 (+302 SD 537 kcal/d; p = 0.002), with a slight reduction at week 12 (+243 SD 718 kcal/d; p = 0.061) returning to baseline levels on stopping supplementation. DA resulted in small increases in energy that only reached significance 3 months post-intervention (week 6: +48 SD 623 kcal/d, p = 0.640; week 12: +157 SD 637 kcal/d, p = 0.139; week 26: +247 SD 592 kcal/d, p = 0.032). Protein intake was significantly higher in the ONS group at both week 6 and 12 (ONS: +19.0 SD 25.0 g/d vs. DA: +1.0 SD 13.0 g/d; p = 0.033 ANOVA) but no differences were found at week 26. Vitamin C, Iron and Zinc intakes significantly increased only in the ONS group. ONS significantly increased energy, protein and several micronutrient intakes in malnourished COPD patients but only during the period of supplementation. Trials investigating the effects of combined nutritional interventions are required.

Protein turnover in malnourished patients with cystic fibrosis: Effects of elemental and nonelemental nutritional supplements

To evaluate the relative efficacy of nonele-mental versus semielemental enteral supplements for nutritional rehabilitation of cystic fibrosis (CF) patients, whole-body protein turnover using the [15N]glycine method was studied in nine malnourished CF patients during enteral feedings, in a block design study compar-ing a semielemental formula (Criticare), a higher protein density but nonelemental formula (Traumacal) (T), and a nonelemental formula that had been modified to become isocaloric and isonitrogenous to the semielemental formula (modified Traumacal, MT). No significant differences in rates of protein synthesis or catabolism were observed comparing the three formulas. However the higher protein density nonelemental formula resulted in higher net protein deposition compared to the other two formulas (T + 0.42 g kg-110 h-1versus 0.33 g kg-110 h-1for Criticare and-0.59 g kg-110 h-1for MT), although this was significant (p < 0.05) for the MT versus T comparison only. This study lends support to the use of less expensive nonelemental formulas for the nutritional management of malnourished patients with CF. © 1990 Raven Press Ltd, New York.