932 resultados para Duplo (Literatura) História


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O principal objetivo deste trabalho apresentar uma anlise da temtica da emigrao nas obras de quatro autores que se mantm afastados dos programas curriculares: Antnio Assis Esperana, com Fronteiras, Nita Clmaco, com A salto, Olga Gonalves, com Este vero o emigrante l-bas e Amndio Sousa Dantas com Poesia da emigrao. Numa primeira parte so definidas as noes de Literatura, História, Fico e Contexto histrico e explicitadas as relaes existentes entre conceitos. A segunda parte aborda a Imagologia enquanto teoria satlite da disciplina de Literatura Comparada. Neste mbito, apresenta brevemente as vrias tendncias comparatistas e detm-se nas noes de ficcionalidade, teoria da receo e intertextualidade. Define e estabelece distines entre Tema e Motivo, e por fim prope uma abordagem comparativa dos temas: Representaes do Feminino e Imagem do Estrangeiro. Na terceira parte, recorrendo metodologia comparatista foi realizada uma anlise transversal dos motivos: Retrato de um pas Portugal nas dcadas de 1960 - 1980, A Emigrao, A Viagem o Salto, O choque cultural e lingustico e A Saudade. Todas as abordagens dos temas e dos motivos iniciam com uma apresentao terica, resultado das leituras feitas ao longo da investigao. Por fim, o ltimo captulo expe algumas propostas para o tratamento das obras e da temtica nas aulas de Portugus no ensino secundrio, para um trabalho interdisciplinar com História e um Projeto de Turma envolvendo as restantes disciplinas.

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A presente dissertao tem como objetivo mostrar como a literatura gtica pode ser atemporal, subvertendo as mentes e conceitos de seus leitores. Partindo do contexto histrico e cultural em que The Monk se inseriu, esse trabalho visa levantar as questes e elementos to fortemente reprimidos em nossa sociedade desde o final do sculo XVIII, como as idias de mal, abjeo e expresso do eu, em um dilogo permanente com a teoria de Michel Foucault, David Punter, Julia Kristeva, entre outros. Desta forma, a anlise do romance se d paralelamente a uma crtica social, visto que a obra gtica tem por um de seus fins denunciar e deslocar a realidade social. Em ltima instncia, ser feita a anlise algumas personagens do romance e sua respectiva importncia na obra

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A partir da suspeita de que o pensamento e sua expresso no se limitam a uma nica forma, o presente trabalho investiga de que modo podemos pensar, a partir de Fernando Pessoa, uma relao possvel entre filosofia e literatura. Quais os pressupostos que permitem considerar o fenmeno heteronmico pessoano como um expediente trgico que diz respeito ao prprio pensamento, ou ainda, como entrever, no projeto pessoano, o lugar de embate trgico, por excelncia entre aquilo que somos, enquanto sujeitos, e os processos que franqueiam escrita a constituio de uma subjetividade outra? Desdobrada em heternimos, a obra de Pessoa comportaria em si a justaposio de formas diversas de ver e compreender o mundo, mas o processo pelo qual este desdobramento se d poderia ser tomado como anterior s formas constitudas das personalidades particulares, apresentando-se como uma disposio anti-dialtica do pensamento. Privilegiando como ponto de partida os escritos do heternimo louco e filsofo de Fernando Pessoa, Antnio Mora, nosso intuito analisar de que modo sua crtica tradio metafsica ocidental, em ressonncia com a filosofia francesa contempornea de inspirao nietzschiana, pode se constituir como um intercessor capaz de dar a ver uma potncia impessoal atuando entre a filosofia e a literatura, representada pelo verso de Alberto Caeiro: a natureza partes sem um todo"

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Alm de discutir as grandes questes da humanidade, como as cises polticas e as injustias sociais, os escritores oitocentistas imiscuram-se nas temticas do cotidiano, que se ajustaram aos contos perfeio. A vida domstica, antes restrita s quatro paredes, passou a ser problematizada nas narrativas curtas de fico, talhadas para jogar luzes sobre o microcosmo das relaes familiares. Objetiva-se, com o presente trabalho, analisar por meio de onze contos pinados dentre a produo literria de cinco autores de relevncia no perodo conhecido como Regenerao, os conflitos com os quais a famlia portuguesa se deparou, assim como as sadas possveis diante das rgidas regras de decoro e civilidade que imperavam naquela sociedade. Por meio do enlace entre história e literatura pretende-se ampliar a compreenso das crenas e valores e a evoluo das mentalidades. Ao contriburem com a formao do pblico-leitor, atrado pelos dilemas entre a tradio e a inovao, os escritores do sculo XIX elevaram o romance sua expresso mxima. E aprofundaram as fissuras de um mundo em transio

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Esta dissertao um estudo comparativo do legado vitoriano deixado para as escritoras do sculo XX, Virginia Woolf e Sylvia Plath. Primeiro discutem-se as agncias controladoras do corpo feminino na era vitoriana e a formao de um ideal de feminilidade que chamamos de Anjo do Lar. Em seguida, discute-se como Virginia Woolf apreende essa imagem e a subverte, criando seu duplo, que chamamos de Demnio do Lar. Por fim, promovemos o dilogo entre Sylvia Plath e Virginia Woolf. Plath parece escrever aos moldes de Woolf, criando uma literatura de morte, feita para assassinar o Anjo do Lar. Usamos para tal estudo o conceito de criture fminine, criado pelas francfonas Hlne Cixous, Luce Irigaray, e Julia Kristeva, entre outras, para traar os paralelos entre um lugar para o feminino na escrita e a busca de uma tradio por Woolf. A abjeo de Kristeva, a dinmica de poder entre alma e corpo de Foucault e o conceito de duplo de Otto Rank nos ajudaro, por fim, a entender como se d a morte do Anjo na literatura, especificamente no romance A redoma de vidro (1963) de Sylvia Plath

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A presente tese de doutorado analisa, em perspectiva comparada, as convergncias e divergncias entre as dramaturgias do francs Jean Genet e do brasileiro Plnio Marcos, sob o prisma de trs tpicos inegavelmente presentes, nelas: a violncia, a revolta e a religiosidade. As questes de margem, borda, periferia, ex-centricidade, dissenso etc so abordadas neste trabalho para situar a ideia de outro como o referencial ontolgico que sustenta a obra teatral de ambos. As respectivas biografias dos autores em questo, direta ou indiretamente, tem relao com a aura de marginalidade artstica atribuda (e at assumida por eles prprios) a sua produo em geral (seus romances, poemas, ensaios e contos). Pode-se dizer que muito da persona que ambos assumiram correspondia s expectativas que os crculos intelectuais engajados tinham em adotar uma figura que viesse a encarnar o papel de autntico porta-voz do segmento marginalizado da sociedade na qual cada um deles se criou. Ambos gozam de certo status de vanguardistas no caso do metateatro de Genet, na sua atribuda vinculao ao Teatro do Absurdo, e, no caso do hipernaturalismo dramtico de Plnio, na sua atribuda (e mesmo confessa) descendncia da linhagem criativa de caracteres e motivos do teatro de Nelson Rodrigues. Outro aspecto comum dramaturgia de Genet e Plnio que abordamos a problematizao de dois espaos alegricos definidores por excelncia do ethos dos tipos humanos que o habitam: a priso e o prostbulo. Para tanto, ganham destaque, aqui, Alta vigilncia e O Balco, de Genet, e Barrela e O abajur lils, de Plnio. Nelas tambm se verifica a figurao de motivos de inspirao religiosa que, no autor francs, concorrem para uma espcie de sacralizao ritual do crime (o que ecoa o iderio de Antonin Artaud) e, no brasileiro, funcionam como um exerccio catrtico de compaixo sombra de uma cristandade de feio primitiva que se insinua no tratamento que d degradao dos prias sociais que compem seu universo dramtico. Por fim, analisamos comparativamente trs peas brasileiras (Pedro Mico, de Antonio Callado; Gimba, o presidente dos valentes, de Gianfrancesco Guarnieri; e Orao para um p de chinelo, de Plnio Marcos) tomando como ponto de partida uma situao dramtica comum a elas para traar, assim, as afinidades e distines de cada qual quanto abordagem da criminalidade. E, assim, tambm, poder apontar o tipo de projeto de teatro a que cada uma se vincula, trazendo tona questes caras ao momento histrico-cultural no qual foram compostas, como a figurao do negro e do favelado na sociedade brasileira

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Esta dissertao tem como objetivo analisar a figura do vampiro na literatura como poderosa ferramenta de leitura e interpretao dos medos e angstias que afligem um determinado espao sociocultural. Ao olhar para a evoluo do vampiro literrio atravs dos sculos dezenove, vinte e vinte e um, notamos que cada uma de suas encarnaes difere dramaticamente da anterior, e no que o vampiro reinventado, ele engaja-se num dilogo pertinente e coerente com questes de seu prprio tempo, nunca perdendo assim sua relevncia. Sua existncia heterognea, explicitada na dissertao primariamente atravs das obras Carmilla, de Sheridan LeFanu, Dracula, de Bram Stoker, Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson, Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice e Fledgling, de Octavia Butler, e as diferentes questes suscitadas em cada uma dessas obras como a sexualidade, a alteridade e o hibridismo nos levaro ao entendimento de que o vampiro pode potencialmente desempenhar importante funo alegrica, tornando-se um espelho da prpria humanidade atravs da qual se sustenta

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No romance A defesa Lujin, de Vladimir Nabokov, publicado em russo em 1930, o texto procura levar o leitor a adotar processos mentais similares ao de um jogador de xadrez e de um esquizofrnico, caractersticas do personagem-ttulo do romance. Delineiam-se as expectativas e circunstncias de um ser de papel que se v jogando um xadrez em que tambm pea e traam-se paralelos com as expectativas e circunstncias do leitor perante esse texto literrio. O prefcio de Nabokov edio em ingls de 1964 tomado como indcio de um leitor e um autor implcitos que ele procura moldar. Para anlise dos elementos textuais e nveis de abstrao mental envolvidos, recorre-se esttica da recepo de Wolfgang Iser e a diversas ideias do psiquiatra e etnlogo Gregory Bateson, entre elas o conceito de duplo vnculo, com ateno s distines entre mapa/territrio e play/game. Um duplo duplo vnculo perpetrado na interao leitor-texto: 1) o leitor convidado a sentir empatia pela situao do personagem Lujin e a consider-lo lcido e louco ao mesmo tempo; e 2) o leitor colocado como uma instncia pseudo-transcendental incapaz de comunicao com a instncia inferior (Lujin), gerando uma angstia diretamente relacionvel ao seu envolvimento com a fico, replicando de certa forma a loucura de Lujin. A sinestesia do personagem Lujin identificada como um dos elementos do texto capaz de recriar a experincia de jogar xadrez at para quem no aprecia o jogo. Analisa-se a conexo entre a esquizofrenia ficcional do personagem Lujin e a viso batesoniana do alcoolismo

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O Simbolismo surge na Frana em meio a um turbilho de transformaes advindas da modernidade. Estas transformaes levaram os indivduos a repensarem os pressupostos racionalistas e cientificistas. Desta maneira, o esprito da decadncia, que est na base do movimento simbolista, se instaura em 1857, quando Charles Baudelaire lana sua obra As flores do mal, desenvolvendo uma poesia voltada para a inovao do estilo e para uma temtica nova. Para isso, aborda assuntos tabus naquela sociedade, fala da monotonia dos tempos modernos, da solido existencial e inclui coisas consideradas srdidas e repugnantes em seus versos. O movimento, ento, se desenvolve pelo mundo seguindo os pressupostos decadentistas inaugurados por Baudelaire e chega a Portugal e ao Brasil. Nestes pases, veremos que a esttica do Simbolismo no ter o mesmo prestgio que na Frana, porque se desenvolver em oposio ao esprito nacionalista, patritico e positivista, praticado pelo Realismo na prosa e o Parnasianismo na poesia. Assim, o movimento simbolista no ter um lugar de destaque dentro do campo literrio nesses dois pases, permanecendo margem dos cnones hegemnicos. Observaremos como o gnero gtico de lvares de Azevedo e A Gerao do Trovador, anteriores ao Simbolismo no Brasil e Portugal, respectivamente, se constituem como precursores desse movimento esttico. Analisamos ainda o lugar, a potica e a crtica de Nestor Vtor no campo literrio brasileiro e o lugar e a potica de Camilo Pessanha no campo literrio portugus, buscando, com base nas conceituaes tericas de Pierre Bourdieu e Dominique Maingueneau sobre a gnese do campo literrio e o discurso literrio, os diferentes posicionamentos dos agentes, suas cenas de enunciao e seus espaos, responder ao porqu do desprestgio do movimento simbolista no Brasil e em Portugal

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Este trabalho consiste em investigar as marcas do pensamento da desconstruo, em especial da filosofia de Jacques Derrida, nos ensaios crticos de Silviano Santiago. No entanto, o objetivo no se esgota em uma visada meramente expositiva, ou seja, apenas colocar em relevo as noes propostas pelo filsofo argelino em suas obras que por ventura apaream nos ensaios selecionados crtico literrio. Mais do que isso, pretende-se mostrar como a articulao desconstrutora til ao crtico na discusso de seus prprios temas, principalmente a questo da dependncia cultural. Foram selecionados ensaios de suas coletneas publicadas no fim do sculo XX e incio do XXI, de modo a evidenciar um eixo temtico que perpassa a sua obra, voltada a pensar os esquemas cristalizados de trocas culturais, a partir de questionamentos amplos que visam a subverter as hierarquias estabelecidas, abrindo espao para a alteridade do outro como diferena, mediante o aporte da noo derridiana de diffrance. No que concerne especificamente aos estudos literrios, sero apresentadas as leituras que Santiago faz das estratgias estticas que reiteram, deslocam ou reiteram para deslocar os paradigmas de globalizao, considerando a literatura como uma modalidade discursiva inserida no campo mais amplo da cultura, afinando sua discusso com as estratgias desconstrutoras de Derrida

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Esta dissertao se prope a estudar o tema do duplo a partir da produo flmica de Hanns Heinz Ewers, O estudante de Praga, e o conto de Mrio de S-Carneiro, A confisso de Lcio, ambos de 1913. Asduas narrativas se organizam em torno de um tringulo amoroso e compartilham o mesmo destino trgico. Tomando como suporte, inicial, de leitura os textos de Freud e Rank, de 1914, Sobre o narcisismo: uma introduo e O duplo, respectivamente, o artigo de Lacan, O estdio do espelho como formador da funo do eu (1949) e seu seminrio sobre a angstia, pretende-se estabelecer um dilogo entre literatura e psicanlise, considerando a questo do desdobramento do eu e suas variantes, a ciso do eu em mltiplos eus e o desaparecimento da imagem. A imagem no espelho, a princpio fonte de jbilo, escamoteia um drama: o drama de um sujeito que se constitui a partir de uma fico

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Este trabalho visa anlise das poesias erticas e satricas de Manuel Maria Barbosa du Bocage e de sua repercusso na sociedade portuguesa do sculo XVIII. A ironia, por definio, prope a inverso de enunciados, negando o contrrio daquilo que se afirma ou vice-versa. Mas, tal recurso, largamente empregado pelo Poeta, extrapola a mera funo de figura de pensamento, uma vez que, potencializando um poderoso arsenal crtico, propicia a construo de um discurso desestabilizador, cuja inteno colocar em xeque a ideologia oficial. A lrica bocagiana, em sua vertente ertica e satrica, vale-se do deboche, do escracho ou da stira desbocada para colocar s claras a distino entre essncia e aparncia, em uma sociedade cuja moral se constri a partir das crenas religiosas nem sempre professadas, quer pelo corpo social como um todo, quer pelo clero, guardio desta moral. Examinaremos, neste trabalho, os modos de representao discursiva inscritos nesta poesia. Bocage ultrapassou as fronteiras de seu tempo em poemas cuja licenciosidade, muitas vezes, no esconde uma ponta de amargura e sofrimento. Dividido entre dois mundos: o rcade, sob o signo da razo, constitudo de regras rgidas; e o romntico, regido pela paixo, Elmano no esconde o desconcerto, que procura na clandestinidade a via possvel para a expanso de um esprito revoltado

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Gneros mltiplos: binarismos versus pluralismo em Stone Butch Blues e Stella Manhattan almeja discutir a arbitrariedade do sistema de sexo e gnero da sociedade ocidental contempornea, que categoriza e fixa o sexo biolgico dos indivduos em duas exclusivas expresses de gnero possveis: homem/masculino x mulher/feminino. Casos em que a referida consonncia entre sexo e gnero no ocorre so tratados como aberraes passveis de punies fsicas e morais. O corpus literrio desta tese formado por romances da literatura norte-americana (Stone Butch Blues, de Leslie Feinberg) e brasileira (Stella Manhattan, de Silviano Santiago). A introduo discorre brevemente acerca da história e da teoria do romance, objeto principal deste estudo, posta em prtica por renomados romancistas. O segundo captulo ocupa-se de questes tericas sobre sexo e gnero, importantes para o embasamento da discusso literria, alm da trama e fortuna crtica sobre Stone Butch Blues, incluindo uma anlise do autor deste trabalho sobre o referido romance. O terceiro captulo discute outras questes tericas, desta vez sobre teoria da Literatura e de gnero, alm de apresentar a fortuna crtica de Stella Manhattan, culminando tambm com uma anlise crtica do autor desta tese sobre o romance brasileiro. Ao final da pesquisa, objetiva-se demonstrar que o binrio de gnero socialmente imposto precisa, em realidade, ceder espao a um sistema plural e fluido, no qual a biologia perde seu papel determinante na masculinidade ou feminilidade do indivduo

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Considerando-se o papel representado pela literatura diante da formao de novas subjetividades, esta pesquisa investigou os discursos acerca do feminino presentes em trs romances de autoria feminina do sculo XIX Razo e sensibilidade, Orgulho e Preconceito e Mansfield Park da romancista Jane Austen, uma das escritoras mais aclamadas da Inglaterra. Utilizando-se os personagens femininos desses romances e como eles se posicionam diante das relaes afetivas e sociais, buscou-se estabelecer um paralelo entre a literatura e a história das mulheres. Sendo considerada uma das responsveis pela consolidao do gnero romanesco ingls, Jane Austen insere em seus romances a questo da feminilidade como histrica e socialmente construda, alm de ser ela prpria tambm um exemplo da desconstruo dos papis femininos, j que escreveu num tempo no qual a vida literria no era um espao que as mulheres deveriam ocupar. No entanto, muitas vezes, tanto a discusso sobre as representaes das mulheres nas suas obras, como a prpria representatividade da autora para o campo de atuao das mulheres inglesas so negligenciados devido a uma leitura superficial de seus romances. Assim, este trabalho buscou dialogar com a história das mulheres, enriquecendo este campo de estudo, trazendo novos dados e formas de pensar as relaes das mulheres na sociedade, atravs da literatura, alm de objetivar dar mais destaque romancista dentro deste campo de estudo. No foi inteno fazer uma anlise literria das obras, mas uma anlise dos discursos existentes por trs dos papis femininos nos romances escritos por Jane Austen, enquanto possvel espelho da viso social da feminilidade, levando-se em considerao o contexto scio histrico em que foram escritas

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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Comparatistas), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014