226 resultados para Diabetics
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The incidence of type 2 diabetes has increased rapidly worldwide. Obesity is one of the most important modifiable risk factors of type 2 diabetes: weight gain increases and weight loss decreases the risk. However, the effects of weight fluctuation are unclear. Reactive oxygen species are presumably part of the complicated mechanism for the development of insulin resistance and beta-cell destruction in the pancreas. The association of antioxidants with the risk of incident type 2 diabetes has been studied in longitudinal prospective human studies, but so far there is no clear conclusion about protective effect of dietary or of supplementary antioxidants on diabetes risk. The present study examined 1) weight change and fluctuation as risk factors for incident type 2 diabetes; 2) the association of baseline serum alpha-tocopherol or beta-carotene concentration and dietary intake of antioxidants with the risk of type 2 diabetes; 3) the effect of supplementation with alpha-tocopherol or beta-carotene on the risk of incident type 2 diabetes; and on macrovascular complications and mortality among type 2 diabetics. This investigation was part of the Alpha-Tocopherol, Beta-Carotene Cancer Prevention (ATBC) Study, a randomized, double-blind, placebo-controlled prevention trial, which has undertaken to examine the effect of alpha-tocopherol and beta-carotene supplementation on the development of lung cancer, other cancers, and cardiovascular diseases in male smokers aged 50-69 years at baseline. Participants were assigned to receive either 50 mg alpha-tocopherol, 20mg beta-carotene, both, or placebo daily in a 2 x 2 factorial design experiment during 1985-1993. Cases of incident diabetes were identified through a nationwide register of drug reimbursements of the Social Insurance Institution. At baseline 1700 men had a history of diabetes. Among those (n = 27 379) with no diabetes at baseline 305 new cases of type 2 diabetes were recognized during the intervention period and 705 during the whole follow-up to 12.5 years. Weight gain and weight fluctuation measured over a three year period were independent risk factors for subsequent incident type 2 diabetes. Relative risk (RR) was 1.77 (95% confidence interval [CI] 1.44-2.17) for weight gain of at least 4 kg compared to those with a weight change of less than 4 kg. The RR in the highest weight fluctuation quintile compared to the lowest was 1.64 (95% CI 1.24-2.17). Dietary tocopherols and tocotrienols as well as dietary carotenoids, flavonols, flavones and vitamin C were not associated with the risk of type 2 diabetes. Baseline serum alpha-tocopherol and beta-carotene concentrations were not associated with the risk of incident diabetes. Neither alpha-tocopherol nor beta-carotene supplementation affected the risk of diabetes. The relative risks for participants who received alpha-tocopherol compared with nonrecipients and for participants who received beta-carotene compared with nonrecipients were 0.92 (95% CI 0.79-1.07) and 0.99 (95% CI 0.85-1.15), respectively. Furthermore, alpha-tocopherol or beta-carotene supplementation did not affect the risk of macrovascular complications or mortality of diabetic subjects during the 19 years follow-up time. In conclusion, in this study of older middle-aged male smokers, weight gain and weight fluctuation were independent risk factors for type 2 diabetes. Intake of antioxidants or serum alpha-tocopherol or beta-carotene concentrations were not associated with the risk of type 2 diabetes. Supplementation with of alpha-tocopherol or beta-carotene did not prevent type 2 diabetes. Neither did they prevent macrovascular complications, or mortality among diabetic subjects.
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There is a widespread reporting habit of combining the outcomes for patients with rest pain (Fontaine III) and tissue loss (Fontaine IV) under the single category of critical leg ischaemia (CLI). This study focused on patients with ischaemic tissue loss treated with infrainguinal bypass surgery (IBS). All patients included in the study were treated at Helsinki University Central Hospital in 2000-2007. First, ulcer healing time after IBS and factors influencing healing time were prospectively assessed in 2 studies including 148 and 110 patients, respectively. Second,the results of redo IBS were retrospectively evaluated in 593 patients undergoing primary IBS for CLI with tissue loss . Third,long-term outcome were retrospectively analysed in 636 patients who underwent IBS for CLI with tissue loss . Fourth, the outcome of IBS was retrospectively compared with endovascular treatment (PTA) of the infrapopliteal arteries in 1023 CLI patients. Fifth, the influence multidrug resistant Pseudomans aeruginosa (MDR Pa) bacteria contamination in CLI patients treated with IBS was retropectively assessed. Sixty-four patients with positive MDR Pa -culture were matched with 64 MDR Pa - negative controls. Complete ulcer healing rate, including the ischemic ulcers and incisional wounds, was 40% at 6 months after IBS and 75% at one year. Diabetes was a risk factor for prolonged complete ulcer healing time. Ischaemic tissue lesions located in mid-and hindfoot healed poorly. At one year after IBS 50% of the patients were alive with salvaged leg and completely healed ulcers. The absence of gap between tertiary graft patency and leg salvage rates indicates the importance of a patent infrainguinal graft to save a leg with ischaemic tissue loss. Long-term survival for patients with ischaemic tissue loss was poor, 38% at 5 years. Only 30% of the patients were alive without amputation at 5 years. Several of the patient comorbidities increased independently the mortality risk; coronary artery disease, renal insufficiency, chronic obstructive lung disease and high age. When both PTA and bypass is feasible, infrapopliteal PTA as a first-line strategy is expected to achieve similar long-term results to bypass surgery in CLI when redo surgery is actively utilized. MDR Pa in a patient with CLI should be considered as a serious event with increased risk of early major amputation or death. Conclusion: Despite a successful infrainguinal bypass healing of the ischaemic ulcers and incisional wounds ulcer healing is a slow process especially in diabetics. Bypass surgery and PTA improve the outcome of the ischaemic leg but the mortality rate of the patients is high due to their severe comorbidities.
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A taxa de controle da hipertensão arterial permanece subótima apesar dos amplos e intensos programas institucionais e o número das novas medicações. A combinação de drogas de diferentes mecanismos de ação vem se tornando uma alternativa para aumentar a redução na pressão arterial (PA) e aumentar seu controle, aumentar aderência ao tratamento e reduzir os eventos adversos. Um estudo fatorial 4X4 foi desenhado para determinar a eficácia e a segurança de telmisartana (T) mais anlodipino (A) em pacientes hipertensos estágios I e II. Pacientes hipertensos adultos (N=1461) estágios I e II (pressão arterial basal 153,212,1 ⁄101,74,3 mm Hg) foram randomizados para 1 de 16 grupos de tratamento com T 0, 20, 40, 80 mg e A 0, 2.5, 5, 10 mg por oito semanas. A maior redução na média das pressões sistólica e diastólica foram observadas com T 80 mg mais A10 mg (- 26,4 ⁄20,1 mm Hg; p<0,05 comparados com as monoterapias). A taxa de controle da PA foi também maior no grupo T 80mg mais A 10mg (76,5% [controle total] e 85,3% [controle da PA diastólica ]), e taxa de controle da PA >90% com esta combinação. O edema periférico maleolar foi o evento adverso mais frequente e ocorreu no grupo A 10mg (17,8%), porém, esta taxa foi marcadamente menor quando A foi usada associada com T: 11,4% (T20+A10), 6,2% (T40+ A10), e 11,3% (T80+A10). Um subestudo utilizando a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) foi realizado na fase basal e após oito semanas de tratamento. A maior redução média das pressões nas 24 horas a partir do período basal foi registrada para a combinação de telmisartana 80 mg e anlodipino 10 mg e encontrou-se queda de 22,4/14,6 mmHg, de 11,9/6,9 mmHg para anlodipino 10 mg monoterapia e de 11,0/6,9 mmHg para telmisartana 80 mg (p< 0,001). Além disso, resultados relevantes foram também constatados numa análise post hoc de subgrupos incluindo idosos, obesos, diabéticos tipo 2 e hipertensão sistólica. A resposta anti-hipertensiva da combinação foi semelhante, independente de qualquer característica de cada subgrupo. Estes dados demonstram que telmisartana e anlodipino em combinação oferecem substancial redução e controle nas 24 horas superior às respectivas monoterapias em hipertensos estágios I e II.
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Trata da temática do paciente portador de acidente vascular cerebral, especificamente das ações do enfermeiro para a prevenção das complicações decorrentes da disfagia após um acidente vascular cerebral no atendimento domiciliar. Objetivou-se propor ações de enfermagem que garantam uma deglutição segura em pacientes com disfagia pós-AVC a partir dos dados obtidos junto a pacientes usuários do SAD. Pesquisa desenvolvida no serviço de atendimento domiciliar de um hospital público do Rio de Janeiro com 30 sujeitos. Aplicou-se um instrumento, que descreveu dados sócio-laboriais, presença de disfagia e a consistência dos alimentos ingeridos pelos pacientes. Resultados: dezessete pacientes desenvolveram a disfagia, caracterizando-se como idosos, 76,47% foram do sexo feminino, a média de idade foi de 73,6 ( 9,55). A maioria com ensino fundamental completo (76,48%) e aposentados (70,59%). Todos são hipertensos e a metade diabéticos (58,82%). Com relação ao tipo de AVC, todos tiveram AVC isquêmico, sendo 58,82% um episódio e 41,18% dois episódios. A prevalência da disfagia é de 57%. Não há associação entre a idade e a disfagia e sua presença não dependeu da frequência de episódios de AVC. Pacientes com dois fatores de risco, hipertensão e diabetes apresentam maior prevalência de disfagia para líquidos do que para alimentos sólidos ou ambos. O enfermeiro deve realizar orientações em relação ao ambiente, posicionamento do paciente, aos materiais e utensílios a serem usados na alimentação, quantidade, temperatura e consistência do alimento. Informações como cabeceira elevada, colher de sobremesa para administração de dietas com volume de 3 a 5 ml, além do uso de espessantes para gerar uma consistência segura na deglutição, são fundamentais para garantir o mínimo de complicações. É importante também que a família participe de todo o processo de recuperação do paciente. Considerações finais: após o AVC, a disfagia merece atenção por gerar complicações como a aspiração e a pneumonia, o que serve para nortear o planejamento e orientações de enfermagem direcionadas a limitar o efeito dessa sequela, assim como a possibilidade de realização de pesquisas que tratem de conhecer o que os enfermeiros podem fazer no domicílio dos pacientes disfágicos de forma a melhorar o desempenho nas atividades diárias de vida.
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Objetivo: Avaliar o efeito da intervenção dietética individualizada sobre o diagnóstico nutricional e controle metabólico em diabéticos tipo 2 sedentários Casuística e Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado e prospectivo com 80 adultos, de ambos dos sexos, com Diabetes Mellitus tipo 2 divididos em GI (grupo intervenção: 40 indivíduos submetidos à intervenção dietética e a utilização de hipoglicemiante) e GC (grupo controle: 40 indivíduos submetidos à medicação hipoglicemiante). Foi realizada intervenção dietética individualizada por três meses baseando-se nas recomendações da American Diabetes Association (2002). Foram analisadas as variáveis antropométricas: massa corporal total (MCT), estatura com determinação do Índice de Massa Corporal (IMC) e perímetro da cintura (PC); as variáveis bioquímicas glicemia, colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol, triglicerídeos (TG) e hemoglobina glicada (HbA1c) e as variáveis dietéticas energia, proteínas, carboidratos, lipídeos, colesterol e fibras alimentares. Para estatística inferencial foi utilizado o Anova two-way com nível de significância de 95%. Resultados: Na análise intergrupos, o GC apresentou aumento nas variáveis: MCT (Δ%=0,78; p=0,014), IMC (Δ%=0,76; p=0,012), PC (Δ%=0,75; p=0,019) enquanto que o GI apresentou redução nas variáveis: MCT (Δ%=-3,71; p<0,001), IMC (Δ%=-3,77; p<0,001), PC (Δ%=-3,98; p<0,001). Na comparação da média do IR intergrupos, observou-se diferença nas variáveis: energia (p<0,001), lipídeos (p=0,012), gorduras saturadas (p<0,001); colesterol dietético (p=0,006); fibras alimentares (p=0,001); glicemia (p<0,001), colesterol total (p<0,001), LDL-colesterol (p<0,001) e HbA1c (p<0,001).Conclusão: A intervenção dietética foi eficiente em melhorar o perfil antropométrico e o controle metabólico dos diabéticos tipo 2 sedentários.
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A disfunção erétil (DE) tem alta prevalência entre hipertensos e tem sido considerada marcador precoce de risco cardiovascular. A presença e gravidade da DE bem como a resposta clínica aos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) parecem depender da biodisponibilidade do óxido nítrico (NO) endotelial e da extensão da doença aterosclerótica. O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta clínica da vardenafila usada em dois regimes terapêuticos em hipertensos com DE vasculogênica e sem doença cardiovascular maior, correlacionando a gravidade da DE e a eficácia da vardenafila com dados antropométricos, laboratoriais, escore de risco cardiovascular e parâmetros vasculares funcionais e estruturais. A resposta clínica à vardenafila nos dois regimes foi avaliada conforme o percentual de respostas positivas à questão 3 do Perfil do Encontro Sexual (PES3). Os parâmetros vasculares considerados foram a espessura médio-intimal (EMI) da carótida comum, a dilatação mediada pelo fluxo (DMF) da artéria braquial e a dilatação nitrato-mediada (DNM). Foram incluídos 100 homens hipertensos com idade entre 50 e 70 anos, sendo 74 portadores de DE vasculogênica e 26 com função erétil normal que serviram de grupo controle. Nos pacientes com DE, o índice de massa corporal, relação cintura-quadril, EMI da carótida, níveis séricos de triglicerídeos, colesterol total e LDL foram significativamente maiores que no grupo controle. Após o uso de vardenafila on demand (fase 1), os pacientes com mais de 50% de respostas positivas ao PES3 ou 50% de respostas afirmativas e um incremento de 6 pontos ou mais em relação ao Índice Internacional de Função Erétil (IIEF-FE) basal e/ou resposta positiva a Questão de Avaliação Global (QAG), foram considerados respondedores. O escore do IIEF-FE basal se correlacionou negativamente com a EMI da carótida (r=-0,48, P<0,001) e com o escore de Framingham (r= -0,41, P<0,001) no grupo com DE. Houve forte correlação positiva entre a resposta clínica à vardenafila com a DMF (r= 0,70, P<0,001), que não se observou entre o sub-grupo de diabéticos. Os 35 pacientes considerados não-respondedores na fase 1 foram randomizados e, em desenho duplo-cego, receberam vardenafila ou placebo diariamente durante cinco semanas, podendo usar 10 mg de vardenafila uma hora antes da atividade sexual (fase2). Houve resposta clínica positiva em 38,8% dos que receberam a vardenafila na fase 2 e esta resposta se correlacionou com a frequência sexual (r= 0,68, P<0,01) e com o escore de Framingham (r= -0,65, P<0,01), com a EMI da carótida (r= -0,61, P=0,01) e com o LDL-colesterol (r= -0,64, P<0,01). A vardenafila foi bem tolerada em ambos os regimes terapêuticos. Concluímos que nessa amostra de hipertensos, a gravidade da DE foi relacionada a parâmetros vasculares estruturais (EMI), enquanto a resposta clínica à vardenafila on demand foi mais diretamente dependente da função vascular momentânea (DMF). Houve benefício na utilização de vardenafila diariamente com o objetivo de resgatar a eficácia do inibidor quanto à melhora do desempenho sexual. A falta de eficácia clínica ao inibidor da PDE5 em ambos os regimes terapêuticos pode servir como marcador clínico que identifica homens hipertensos com um risco cardiovascular aumentado.
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As doenças cardiovasculares permanecem como a principal causa de morte no mundo, e têm a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) como uns dos seus principais fatores de risco. Sabidamente, a HAS e o DM2 são doenças frequentemente associadas. A escolha dos fármacos anti-hipertensivos a serem utilizados no tratamento de pacientes hipertensos diabéticos tem como objetivo o controle da pressão arterial, a redução da morbimortalidade das complicações macro e microvasculares. Alterações na função endotelial precedem as alterações morfológicas do vaso e contribuem para o desenvolvimento das complicações macrovasculares. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação de alterações vasculares funcionais com o uso de losartana ou anlodipino em pacientes hipertensos e diabéticos tipo 2. Foi realizado um estudo transversal com coleta de dados prospectiva. Os pacientes incluídos foram randomizados e divididos em dois grupos, sendo avaliados na sexta semana da utilização de losartana 100 mg/dia ou anlodipino 5 mg/dia, com aferição da PA, realização de monitorização ambulatorial da pressão arterial e testes para avaliação de parâmetros vasculares como tonometria de aplanação, velocidade de onda de pulso (VOP) e dilatação mediada por fluxo (DMF) da artéria braquial. Foram incluídos 42 pacientes, 21 em cada grupo. A distribuição da amostra demonstrou uma predominância do sexo feminino (71%) nos dois grupos e uma semelhança na idade média dos pacientes (54,06,9 anos, no grupo losartana e 54,94,5 anos, no grupo anlodipino). A média dos valores de pressão arterial na sexta semana foram 15319/909 mmHg no grupo losartana e 14514/848 mmHg no grupo anlodipino, não havendo diferença estatística entre os grupos. O augmentation index (AIx; 309% vs. 368%, p=0,025), assim como a augmentation pressure (166 mmHg vs. 208 mmHg, p=0,045) foram menores no grupo anlodipino do que no grupo losartana. Os valores obtidos para VOP e DMF foram semelhantes nos dois grupos. Em pacientes hipertensos e diabéticos tipo 2, o tratamento com anlodipino em dose média comparado com losartana em dose máxima associou-se a menores níveis de pressão arterial casual. Menores valores de AIx foram observados no grupo anlodipino, com um padrão de reflexão da onda de pulso mais favorável neste grupo. Os valores da VOP e DMF encontrados foram semelhantes nos dois grupos podendo sugerir influências da losartana sobre os parâmetros vasculares independentes do efeito pressórico.
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A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) pode ser definida como intolerância a carboidrato durante a gravidez e estima-se que pode afetar 10-22% de todas as pacientes grávidas. Durante a gravidez podem surgir diversas complicações para o feto como risco elevado de aborto espontâneo, anormalidades congênitas e morbidade e mortalidade neonatal. Entretanto, podem surgir também alterações morfofuncionais em diversos órgãos da mãe diabética, porém isso não é bem estabelecido. Investigar se haverá ou não alterações bioquímicas e histopatológicas em diversos órgãos, como hipófise, útero, placenta e pâncreas de ratas grávidas com diabetes mellitus durante e no final da gravidez e compará-las . Além disso, investigar se há alteração na matriz extracelular (MEC) da hipófise desses animais. No 5 dia de vida, ratas Wistar foram divididas em dois grupos: um tratado com estreptozotocina (Grupo Diabético / DIAB), na dose de 90 mg/kg, subcutâneo e outro grupo, que foi tratado com veículo (tampão citrato/CTR). Aos 90 dias de vidas, foram submetidas ao cruzamento. Após isso, foram sacrificadas no 11 e 21 dia de gravidez. Foram avaliados glicemia e bioquímica maternal e número de implantes .O pâncreas, útero, placenta e hipófises foram coradas com Hematoxilina e Eosina e somente as hipófises foram coradas com Massom e Picrosirius, para avaliação da MEC.Os animais diabéticos tanto do 11 quanto do 21 dia apresentaram uma redução no número de implantes, menor peso e maior glicemia e colesterol total, em relação aos animais controle independente do dia da gravidez. Não foi verificada diferença dos níveis de triglicerídeos entre os grupos não diabéticos e diabéticos, independente dos dias. Entretanto, os animais diabéticos que finalizaram o período de gestação apresentaram uma maior glicemia maternal em relação ao grupo diabético do 11 dia. Pâncreas de ratas diabéticas do 21 dia apresentaram vacuolização intracitoplasmática das ilhotas, insulite,migração de células inflamatórias, espessamento da parede do vaso e fibrose periductal e vascular. Essas alterações foram verificadas com bem menor intensidade nos animais diabéticos do 11 dia. Foi verificado que a placenta de animais diabéticos apresenta congestão na interface materno-fetal, migração celular, maior concentração de vasos maternos e fetais, mas em forma irregular , necrose e vacuolização. A hipófise de animais diabéticos mostraram células cromófobas agregadas, aumento da espessura de fibras de colágeno vermelhas da MEC, em contraste com o controle, que foi visualizado fibras em verde e em formato de feixe. A diabetes desempenhou um total remodelamento da hipófise. Gravidez de animais diabeticos mostraram maior dano ao pâncreas e placenta, especialmente no final da gravidez. Em consequência dessa alterações, esses animais diabéticos apresentaram hiperglicemia, maior colesterol total, porém menor peso materno, número de implantes e sem alterações nos triglicerídeos. Esse é o primeiro estudo a demonstrar remodelamento tecidual em alguns elementos da MEC na hipófise, como espessamento da camada da MEC e fibras de colágeno em verde. Alterações da MEC da hipófise são provavelmente devido ao processo de diabetes na gestação.
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Introdução. As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira. Desta forma, o Ministério da Saúde apresentou o HiperDia, um sistema de cadastramento e acompanhamento de portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS. Objetivo. Descrever o perfil dos hipertensos e diabéticos cadastrados no sistema HiperDia das oito unidades básicas do município de Rio Claro/RJ, no período de janeiro a dezembro de 2012. Métodos. Os dados de óbitos foram obtidos a partir do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), e as populações estimadas pelo IBGE, foram também obtidas na página do MS. As demais informações foram coletadas por meio de uma planilha de dados agregados, elaborada a partir da própria ficha de cadastramento do HiperDia e distribuído às unidades. Resultados. Pôde-se observar que a grande maioria dos pacientes cadastrados no HiperDia era portadora de hipertensão (95%) e que mais de 1/5 (21%) dos pacientes tinham as duas doenças concomitantemente. Além disso, mais de 4/5 (82%) dos pacientes com DM também apresentou HAS. As mulheres cadastradas foram maioria em ambas as doenças, tendo sido 63,2% e 71%, para HAS e DM, respectivamente. No que diz respeito à idade, ambas as doenças tiveram ocorrência mais elevada em grupos etários mais velhos, embora a prevalência de DM pareça ter se mantido constante para aqueles com 60 anos de idade ou mais. O fator de risco mais relevante para as duas doenças foi o sedentarismo, referido por 76% e 69% daqueles com HAS e DM, respectivamente. Conclusão. Conclui-se sobre a necessidade de modificar a ficha de coleta de dados do HiperDia e de monitoramento mais assíduo dos pacientes. Sugestões de Saúde Pública. Sugere-se inclusão de informações na ficha de coleta de dados do HiperDia sobre os níveis de glicemia e amputação de extremidades dos membros inferiores depois de três anos matriculados no programa, no caso de DM, e informação sobre a manutenção de níveis de pressão arterial sob controle, no caso de HAS, além de informações mais detalhadas sobre os fatores de risco referidos.
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A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) tornou-se a hepatopatia crônica mais comum no mundo, afetando principalmente alguns grupos de pacientes, como os diabéticos tipo II. A biópsia hepática permanece como método padrão ouro para o seu diagnóstico. A prevalência da DHGNA e seus subtipos, em especial a esteatohepatite (EH), pode estar subestimada por métodos não invasivos de diagnóstico ou superestimada pela realização da biópsia em pacientes selecionados por alterações na ultrassonografia (US) ou nas aminotransferases. Os objetivos deste estudo foram: determinar a prevalência da DHGNA (esteatose, EH e cirrose) em uma amostra de pacientes diabéticos tipo II, com base na biópsia hepática; quantificar a esteatose, inflamação e fibrose quando presentes; identificar fatores preditivos de DHGNA, EH e fibrose significativa (≥ estágio 2) e avaliar o valor das aminotransferases e da US de abdome para o diagnóstico de EH e fibrose significativa. Todos os diabéticos tipo II, entre 18 e 70 anos, consecutivamente atendidos no ambulatório de Diabetes do Hospital Universitário Pedro Ernesto, eram candidatos a participar do estudo. Foram excluídos pacientes com sorologias positivas para hepatite B ou C, outras doenças hepáticas crônicas, uso de drogas hepatotóxicas ou esteatogênicas, etilismo (≥20g/dia), obesidade grau III, comorbidades graves, gravidez ou por recusa em participar do estudo. Dos 396 pacientes triados com critérios de inclusão, 85 foram incluídos. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, exames laboratoriais, US de abdome e biópsia hepática. As lâminas foram analisadas por dois patologistas independentes e a DHGNA foi graduada pelo NASH Clinical Research Network Scoring System. A concordância entre os patologistas foi medida pelo coeficiente Kappa (k) e foi realizada análise multivariada por regressão logística para avaliação dos fatores associados de forma independente à DHGNA, EH e fibrose significativa. A prevalência de DHGNA na amostra foi de 92%, sendo 50% esteatose simples, 40% EH e 2% cirrose. A concordância (k) entre os patologistas foi 0,78. A esteatose foi leve na maior parte dos pacientes com esteatose simples e predominantemente acentuada nos pacientes com EH (p<0,001). A fibrose foi verificada em 76% dos pacientes com EH, sendo significativa em 41% deles. A presença de síndrome metabólica foi associada de forma independente à DHGNA, o índice de massa corporal e a circunferência abdominal aumentada à EH e a dosagem de alanina aminotransferase (ALT) à EH e à fibrose significativa. Apenas um de 21 pacientes (5%) com US e ALT normais apresentou EH. A prevalência da EH aumentou progressivamente com o aumento do grau de esteatose na US e com o aumento da ALT. Conclusão: A prevalência da DHGNA estimada pela biópsia hepática sem vieses de seleção foi muito elevada. Apesar de alto, o percentual de EH e fibrose significativa foi inferior ao dos estudos com biópsias em diabéticos selecionados por alterações na US e aminotransferases. EH foi associada a esteatose acentuada na histologia. A obesidade foi um cofator importante no diagnóstico de EH. O melhor desempenho da ALT e da US foi o de excluir as formas graves de DHGNA quando normais.
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Black mouth croaker (Atrobucca nibe) is considered as a new valuable fish stock in the Oman Sea. In this study, surimi was manufactured from nonmarket size of the fish, manually and different cryoprotectant agents were added to the surimi. Finally changes in physiochemical, microbiological and sensory quality, characteristics of the surimi and kamaboko gel samples were assessed during 6 months at freezing storage (-18ºC). Surimi samples with the addition of Iranian tragacanth gum (TG), xanthan gum (XG), chitosan (CS) and whey protein concentrate (WPC) at 1% (w/w) were prepared to evaluate their impacts as a cryoprotectant on the surimi, individually. The results showed that the whiteness and lightness indexes in all surimi samples were gradually decreased during frozen storage. This trend of decreasing was more intensity in the control sample from 61.08±0.131 to 54.21±0.067 was recorded (p<0.05). Water holding capacity (WHC) in all treatments was decreased during 6 months. The lowest WHC (g/g) was obtained in the surimi without cryoprotectants and maximum WHC was measured in Tcs and Twpc samples, respectively (p<0.05). The lowest breaking force was calculated in Txg (166.00±22.627 g) and Tc (271.50±263.16 g) during 6 months at frozen storage, respectively (p<0.05), while Twpc treatment with slight variations showed the highest breaking force (p<0.05). Also, the lowest gel strength was obtained in Txg (68.22±6.740 g.cm) after 6 month of frozen storage (p<0.05). All Kamaboko surimi gels texture profile analysis parameters decreaced with increasing shelf life. This decreasing trend in the control sample was more severe. Floding results were reduced in all samples during storage (p<0.05). The best protective results probably were obtained in WPC, chitosan and commercial cryoprotectant agents, respectively due to protein stabilization of myofibrillar proteins and the protein-protein network structure, leading to the formation of surimi gel with strong textural properties during frozen conditions. The average number of surimi polygonal structures were significantly decreased (number per mm2) and their area were significantly increased (μm2) in all treatments (p<0.05). With increasing storage time, moisture, protein contents and pH were decreaced. Maximun TVB-N index was calculated in Tc (7.93±0.400 mg/100g) and Txg (7.88±0.477), respectively (p<0.05). TBRAs index was increased in all treatments during frozen storage, while this trend was reached in maximum value in Tc (p<0.05). Sensory evaluation of the fish finger quality characteristics (color, odor, texture and overall acceptability) preapare from frozen black mouth croaker surimi was decreaced during 6 month frozen storage. After the period of frozen storage the highest quality scores were measured in Twpc, Tcs and Tcc samples, respectively (p<0.05). In this study, coliform bacteria were not found in all treatments during frozen storage. The surimi sample containing chitosan showed lower mesophilic and psychrotropic bacteria (log cfu/g) than other treatments during frozen storage (p<0.05). Salt-soluble proteins extractions of all treatments were decreased during frozen storage. This decreacing trend was highest in Tcs (45.74±0.176%) and lowest in Tc treatments after 6 month of frozen storage (29.92±0.224%) (p<0.05). Although commercial cryoprotectant agents were successful in limiting the denaturation of proteins but sugar contents were not accepted for diabetics or those who disagree with the sweet taste and high calorie food. Hence, commercial cryoprotectant agents can be replaced with whey protein concentrate and chitosan at 1% level (w/w) consider that they were showed proper protection of the surimi myofibrillar proteins during storage.
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We developed an electrochemical detector on a hybrid chip for the determination of glucose in human plasma. The microchip system described in this paper consists of a poly(dimethylsiloxane) (PDMS) layer containing separation and injection channels and an electrode plate. The copper microelectrode is fabricated by selective electroless deposition. The fabrication of the decoupler is performed by platinum electrochemical deposition on the metal film formed by electroless deposition. Factors influencing the performance, including detection potential, separation field strength, and buffer concentration, were studied. The electrodes exhibited good stability and durability in the analytical procedures. Under optimized detection conditions, glucose responded linearly from 10 muM to 1 mM. Finally, glucose in human plasma from three healthy individuals and two diabetics was successfully determined, giving a good prospect for a new clinical diagnostic instrument.
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Self-regulation of blood glucose in diabetics via insulin administration introduces the risk of hypoglycemia. Previous studies have shown hypoglycemia damages the dentate gyrus, an area of the hippocampus associated with anxiety- and depressive-like behavior. To date, only depressive-like behaviors have been observed following moderate hypoglycemia. This study sought to examine whether acute moderate hypoglycemia induces both behaviors due to high clinical comorbidity. One episode of moderate hypoglycemia was induced in a male Sprague-Dawley rat. Twenty-four hours later, hippocampal function was evaluated via the elevated plus maze and the forced swim test to assess anxiety-like and depressive-like behavior. Results, though not statistically significant, suggested that acute moderate hypoglycemia may increase anxiety- and depressive-like behavior. These findings may elucidate hypoglycemia-related behavioral changes.
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BACKGROUND: Diabetics have a significantly higher percentage of sperm with nuclear DNA (nDNA) fragmentation and increased levels of advanced glycation end products (AGEs), in their testis, epididymis and sperm. As the receptor for AGEs (RAGE) is important to oxidative stress and cell dysfunction, we hypothesise, that it may be involved in sperm nDNA damage. METHODS: Immunohistochemistry was performed to determine the presence of RAGE in the human testis and epididymis. A comparison of the receptor's incidence and localisation on sperm from 10 diabetic and 11 non-diabetic men was conducted by blind semi-quantitative assessment of the immunostaining. ELISA analysis ascertained RAGE levels in seminal plasma and sperm from 21 diabetic and 31 non-diabetic subjects. Dual labelling immunolocalisation was employed to evaluate RAGE's precise location on the sperm head. RESULTS: RAGE was found throughout the testis, caput epididymis, particularly the principle cells apical region, and on sperm acrosomes. The number of sperm displaying RAGE and the overall protein amount found in sperm and seminal plasma were significantly higher in samples from diabetic men (p
Resumo:
The introduction of intracytoplasmic sperm injection (ICSI) has led to an inappropriate decrease in interest in male fertility. It is apparent that light microscopy provides limited information and molecular techniques show that DNA abnormalities need to be considered further. Abnormalities include not only Yq11 deletions but also DNA strand breaks. Increases in advanced glycation end-products in sperm from well controlled diabetics may provide a mechanism for this damage in non-diabetics. In addition, much publicity is given to decreased male fertility: this is NOT confirmed as technical variations and differences in study populations make it difficult to draw conclusions. The generation of stem cell derived germ cells provides hope for men without germ cells but this is currently only experimental.