42 resultados para DESMODUS
Resumo:
O implemento de Unidades de Conservação constitui um dos meios para se evitar a perda de biodiversidade nas regiões de influência das grandes metrópoles, e o monitoramento de certos grupos zoológicos nessas unidades pode contribuir ao êxito de programas conservacionistas locais. O Parque Ecológico de Gunma (PEG), com área de 540 hectares administrada pela Associação Gunma Kenjin-Kai do Norte do Brasil, protege um remanescente florestal no município de Santa Bárbara do Pará, região da Grande Belém, Estado do Pará, constituído principalmente por fitofisionomias de Terra Firme e Igapó. Este trabalho tem por objetivo oferecer um perfil taxonômico e ecológico da quiropterofauna (Mammalia) nos limites do Parque e seu entorno. A análise quantitativa incluiu medidas de esforço de captura, riqueza e diversidade, assim como uma avaliação da estrutura de comunidades por Escalonamento Multidimensional (MDS) considerando-se as fisionomias vegetais principais e duas áreas selecionadas de Terra Firme. Num conjunto de seis campanhas, de julho a dezembro de 2005, identificaram-se 37 espécies de morcegos, distribuídas em cinco famílias. Contudo, em nenhum ambiente as curvas de rarefação atingiram a assíntota. Os índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e Simpson (D) foram de 1,86 e 0,69, respectivamente. Carollia perspicillata exibiu a mais alta abundância relativa, abrangendo 50% das capturas, mas de modo distinto entre fisionomias com aproximadamente 59% em Terra Firme e 32% em Igapó. O achado de Neonycteris pusilla representa a segunda ocorrência do táxon para o Estado do Pará. As estimativas de diversidade foram mais elevadas no Igapó (H’ = 1,91; [1-D] = 0,80) do que na Terra Firme (H’ = 1,71; [1-D] = 0,63), apesar da pequena área do primeiro (3,3% da extensão do PEG) e da maior riqueza de espécies da segunda. Isto pode refletir o fato de que a quase totalidade das capturas se deu nos meses mais secos do ano na região, quando em tese haveria tropismo das espécies por espaços de maior oferta hídrica. Assim, parece imperativo complementar o levantamento com amostragens na estação chuvosa para uma descrição fidedigna da quiropterofauna do PEG. Confirmando-se o previsto, a comparação de duas áreas de Terra Firme com distintos graus de alteração apontou maior diversidade de quirópteros na área mais conservada. A importância do PEG como Unidade de Conservação pode ser atestada pela presença de espécies sob risco (vulneráveis ou quase ameaçadas), p.ex. N. pusilla e Tonatia carrikeri. Verificou-se a ameaça de interferências antrópicas sobre os seus ecossistemas devido principalmente à proximidade com áreas rurais e urbanas. O monitoramento da riqueza e dinâmica ecológica dos morcegos no Parque Ecológico de Gunma pode evitar a extinção local de táxons raros, assim como a proliferação de outros, que em situações especiais se tornam ameaçadores à saúde humana, caso do hematófago Desmodus rotundus, potencial hospedeiro e transmissor do vírus rábico.
Resumo:
A raiva é uma das zoonoses mais antigas e temidas pelo homem devido a seu desfecho fatal. Os cães ainda são considerados os principais responsáveis pela manutenção e transmissão da raiva para o homem. Porém, nos últimos anos os morcegos hematófagos têm ganhado destaque como potenciais transmissores de raiva para animais e humanos nas Américas. Recentemente, várias epidemias de raiva humana transmitida por morcegos hematófagos foram relatados no estado do Pará, o que mostra uma grande alteração no ambiente natural destes animais. A amplificação parcial do gene N pela técnica de RT-PCR foi aplicada em 62 amostras positivas para o Vírus da raiva, pela imunofluorescência direta e prova biológica. As seqüências nucleotídicas obtidas foram comparadas entre si e com outras amostras de vírus rábico isoladas no Brasil, utilizando os métodos de análise filogenética máxima verossimilhança e Bayesiano. Estas análises permitiram traçar o perfil epidemiológico molecular das variantes virais circulantes no estado do Pará, observando a emergência da transmissão de casos associados à variante antigênica 3 (VAg3), comumente encontrada em morcegos hematófagos Desmodus rotundus em detrimento dos casos relacionados à variante antigênica 2 (VAg2) associada a cães domésticos, bem como a identificação de três linhagens genéticas relacionadas a VAg3 e uma relacionada a VAg2 e uma possível nova variante isolada de morcego frugívoro Uroderma bilobatum.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Os morcegos estão constantemente expostos a condições ambientais que podem alterar o seu padrão de atividade. No presente trabalho descrevemos a atividade horária de morcegos filostomídeos em três áreas florestais no sudeste do Brasil. Também testamos a influência da temperatura ambiente, luminosidade da lua e de diferentes áreas na atividade de Carollia perspicillata. Foram coletados 154 indivíduos pertencentes à família Phyllostomidae, sendo 37,7% deles representados por C. perspicillata (n = 60). Glossophaga soricina, Sturnira lilium e Desmodus rotundus apresentaram um padrão unimodal em sua atividade. Já Anoura caudifer, Chrotopterus auritus e Micronicterys microtis demonstraram uniformidade nas capturas ao longo da noite. C. persprcillata apresentou um padrão bimodal, com picos de atividade no início e final da noite, no entanto a espécie foi ativa durante todo o período. Houve diferença na atividade de C. perspicillata entre as áreas, sendo uniformemente distribuída nas áreas I e III, e unimodal na área II. A temperatura ambiente e a luminosidade do luar não foram fatores decisivos na regulação da atividade de C. perspicillata.
Resumo:
Pós-graduação em Ciência Animal - FMVA
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
This epidemiological study was conducted using antigenic and genetic characterisation of rabies virus isolates obtained from different animal species in the southeast of Brazil from 1993 to 2007. An alteration in the epidemiological profile was observed. One hundred two samples were tested using a panel of eight monoclonal antibodies, and 94 were genetically characterised by sequencing the nucleoprotein gene. From 1993 to 1997, antigenic variant 2 (AgV-2), related to a rabies virus maintained in dog populations, was responsible for rabies cases in dogs, cats, cattle and horses. Antigenic variant 3 (AgV-3), associated with Desmodus rotundus, was detected in a few cattle samples from rural areas. From 1998 to 2007, rabies virus was detected in bats and urban pets, and four distinct variants were identified. A nucleotide similarity analysis resulted in two primary groups comprising the dog and bat antigenic variants and showing the distinct endemic cycles maintained in the different animal species in this region.
Resumo:
For primates, and other arboreal mammals, adopting suspensory locomotion represents one of the strategies an animal can use to prevent toppling off a thin support during arboreal movement and foraging. While numerous studies have reported the incidence of suspensory locomotion in a broad phylogenetic sample of mammals, little research has explored what mechanical transitions must occur in order for an animal to successfully adopt suspensory locomotion. Additionally, many primate species are capable of adopting a highly specialized form of suspensory locomotion referred to as arm-swinging, but few scenarios have been posited to explain how arm-swinging initially evolved. This study takes a comparative experimental approach to explore the mechanics of below branch quadrupedal locomotion in primates and other mammals to determine whether above and below branch quadrupedal locomotion represent neuromuscular mirrors of each other, and whether the patterns below branch quadrupedal locomotion are similar across taxa. Also, this study explores whether the nature of the flexible coupling between the forelimb and hindlimb observed in primates is a uniquely primate feature, and investigates the possibility that this mechanism could be responsible for the evolution of arm-swinging.
To address these research goals, kinetic, kinematic, and spatiotemporal gait variables were collected from five species of primate (Cebus capucinus, Daubentonia madagascariensis, Lemur catta, Propithecus coquereli, and Varecia variegata) walking quadrupedally above and below branches. Data from these primate species were compared to data collected from three species of non-primate mammals (Choloepus didactylus, Pteropus vampyrus, and Desmodus rotundus) and to three species of arm-swinging primate (Hylobates moloch, Ateles fusciceps, and Pygathrix nemaeus) to determine how varying forms of suspensory locomotion relate to each other and across taxa.
From the data collected in this study it is evident the specialized gait characteristics present during above branch quadrupedal locomotion in primates are not observed when walking below branches. Instead, gait mechanics closely replicate the characteristic walking patterns of non-primate mammals, with the exception that primates demonstrate an altered limb loading pattern during below branch quadrupedal locomotion, in which the forelimb becomes the primary propulsive and weight-bearing limb; a pattern similar to what is observed during arm-swinging. It is likely that below branch quadrupedal locomotion represents a “mechanical release” from the challenges of moving on top of thin arboreal supports. Additionally, it is possible, that arm-swinging could have evolved from an anatomically-generalized arboreal primate that began to forage and locomote below branches. During these suspensory bouts, weight would have been shifted away from the hindlimbs towards forelimbs, and as the frequency of these boats increased the reliance of the forelimb as the sole form of weight support would have also increased. This form of functional decoupling may have released the hindlimbs from their weight-bearing role during suspensory locomotion, and eventually arm-swinging would have replaced below branch quadrupedal locomotion as the primary mode of suspensory locomotion observed in some primate species. This study provides the first experimental evidence supporting the hypothetical link between below branch quadrupedal locomotion and arm-swinging in primates.