56 resultados para Colpocitologia


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Objetivos: avaliar os aspectos morfofuncionais de ovários implantados no omento maior, bem como a melhor técnica para implantação do ovário: se íntegro ou fatiado. Métodos: foram divididas aleatoriamente 40 ratas Wistar com ciclos estrais normais em quatro grupos: Grupo I (n = 5), controle - laparotomia; Grupo II (n = 5), ooforectomia total bilateral; Grupo III (n = 15), implante autólogo íntegro no omento maior e Grupo IV (n = 15), implante autólogo fatiado no omento maior. Realizaram-se esfregaços vaginais nos 3º e 6º mes pós-operatório e estudos histológicos dos implantes ovarianos, avaliando-se: degeneração, fibrose, reação inflamatória, angiogênese, cistos foliculares, desenvolvimento folicular e corpos lúteos. Resultados: os animais do Grupo I ciclaram normalmente. As ratas do Grupo II não apresentaram ciclo, permanecendo em diestro. No Grupo III, 11 ratas permaneceram em diestro, três apresentaram ciclos incompletos e apenas uma ciclou normalmente. No Grupo IV, três animais não ciclaram, oito tiveram esfregaços vaginais incompletos e quatro ciclaram normalmente. Os achados histológicos dos animais pertencentes ao Grupo III evidenciaram histoarquitetura normal em dez ratas, porém nas outras cinco, houve degeneração ovariana. No Grupo IV, 14 ratas tiveram ovários com histoarquitetura preservada e em apenas uma houve sinais de degeneração. Conclusões: o implante autólogo ovariano no omento maior foi viável, obtendo-se melhor preservação morfofuncional com a implantação de fatias.

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OBJETIVOS: testar a eficácia e a tolerância do gel de aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) para tratamento da vaginose bacteriana. MÉTODOS: quarenta e oito mulheres com vaginose bacteriana sintomática (de acordo com os critérios de Amsel) foram incluídas em ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado, comparando-se o uso do gel vaginal de aroeira (25 casos) com placebo (23 casos). Os principais desfechos avaliados foram: taxa de cura, presença de lactobacilos na colpocitologia depois do tratamento e efeitos colaterais. Realizou-se análise estatística usando os testes chi2 e exato de Fisher, ao nível de significância de 5%. RESULTADOS: adotando-se os parâmetros clínicos de Amsel para vaginose bacteriana, a taxa de cura foi de 84% no grupo da aroeira e 47,8% no grupo placebo (p = 0,008). Observou-se freqüência significativamente maior de lactobacilos na colpocitologia entre as pacientes tratadas com aroeira (43,5%) em relação ao placebo (4,3%) (p = 0,002). Efeitos adversos relacionados ao tratamento não foram freqüentes em ambos os grupos. CONCLUSÕES: o presente estudo indica que o gel vaginal de aroeira é efetivo e seguro para o tratamento da vaginose bacteriana. Além disso, sugerem-se potenciais efeitos benéficos na flora vaginal.

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OBJETIVO: avaliar a propedêutica em mulheres com atipias de células glandulares no resultado colpocitológico. PACIENTES E MÉTODOS: foram avaliadas prospectivamente 159 mulheres atendidas por resultado citológico de atipias de células glandulares, entre janeiro e dezembro de 2000. Todas foram submetidas a coleta de nova colpocitologia e a colposcopia. Foi realizada biópsia dirigida em 50 casos, curetagem endocervical em 21 e conização em 75. O desempenho dos métodos propedêuticos foi descrito por estimativas de sensibilidade, especificidade, valores preditivos e razão de verossimilhanças, tendo como padrão-ouro o resultado histológico. RESULTADOS: entre as 51 mulheres que apresentaram neoplasia intra-epitelial escamosa, 29 foram de baixo grau e 22 de alto grau. Cinco mulheres apresentaram adenocarcinoma in situ e seis, neoplasias invasoras. Isoladamente, a sensibilidade e a especificidade da colpocitologia foram respectivamente 88,5 e 39%, e da colposcopia, 74 e 42%. A associação da colposcopia com a colpocitologia elevou a sensibilidade para 98,4%, com queda da especificidade para 10%. A curetagem endocervical apresentou sensibilidade muito baixa (25%). CONCLUSÃO: a presença de atipias glandulares na colpocitologia relacionou-se com lesões cervicais pré-neoplásicas e neoplásicas em 62,2% dos casos submetidos a avaliação histológica. A repetição da citologia e a colposcopia permitiram selecionar as mulheres que se beneficiaram com a avaliação histológica. A conização mostrou-se adequada quando os exames mantiveram alterações morfológicas.

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OBJETIVO: apresentar os achados ginecológicos mais freqüentes de uma coorte de 300 mulheres infectadas pelo HIV, acompanhadas ambulatorialmente. MÉTODOS: estudo prospectivo e descritivo de mulheres HIV-soropositivas atendidas em clínica ginecológica, no período de novembro de 1996 a dezembro de 2002. As pacientes foram submetidas ao protocolo de atendimento ginecológico que incluiu anamnese, exame ginecológico, colpocitologia oncótica (Papanicolaou), pesquisa de HPV (PCR) e colposcopia. A biópsia cervical, quando necessária, foi realizada. Os dados foram armazenados e analisados no Epi-Info, versão 6.0. RESULTADOS: a idade média foi 34,5 anos. Destaca-se o pequeno número de parceiros sexuais, média de três parceiros, e a predominância do contágio heterossexual: 271 (90,6%) pacientes adquiriram o vírus por meio do contato sexual com seus parceiros. Foi alta a prevalência de neoplasias intra-epiteliais cervicais (NIC), representando 21,7% do total da amostra. Dentre as 109 pacientes submetidas a PCR encontraram-se 89 (81,7%) com algum genótipo do HPV. Esfregaço inflamatório à citologia esteve presente em 69% das pacientes. CONCLUSÕES: a infecção pelo HIV se associa com freqüência a NIC e a processos infecciosos genitais, em especial o HPV.

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OBJETIVVO: relacionar a gravidade de lesão cervical diagnosticada por exame citopatológico à contagem de células CD4+ e à carga viral de RNA-HIV em pacientes HIV-soropositivas. MÉTODOS: foram avaliadas retrospectivamente, por meio de revisão de prontuários, 115 pacientes HIV-positivas atendidas em ambulatório de hospital universitário, no período de janeiro de 2002 até abril de 2003. Oitenta e três casos apresentaram diagnóstico de neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) ao exame citopatológico, e trinta e dois, exames sem alterações. Todas as pacientes apresentavam contagem de células CD4+ e carga viral à época do exame. Os casos foram distribuídos quanto ao índice de células CD4+ em três grupos: CD4 acima de 500 cel/mm³, entre 200 e 500 cel/mm³ ou abaixo de 200 cel/mm³, e, em outros três grupos, quanto à carga viral de HIV: menor do que 10.000 cópias RNA-HIV/mL, entre 10.000 e 100.000 cópias RNA-HIV/mL ou maior do que 100.000 cópias RNA-HIV/mL. A verificação da hipótese de associação foi realizada por meio do teste exato de Fisher. RESULTADOS: das 83 pacientes com NIC citopatológico, 73% apresentaram contagem de células CD4+ abaixo de 500 células/mm³. Em qualquer das faixas de contagem de células CD4+, mais da metade das pacientes apresentavam NIC I citopatológico. Quanto à carga viral de HIV, 71,7% das pacientes com menor carga viral de HIV apresentaram NIC I, ao passo que 11,3% revelaram NIC III. Já no grupo com maior carga viral (100.000 cópias/mL), em 61,5% do total de pacientes o exame citopatológico foi compatível com NIC I, e 30,8% com NIC III. CONCLUSÃO: houve evidência de associação entre carga viral e NIC (p=0.013), não sendo observado o mesmo em relação à contagem de linfócitos CD4+. A presença de infecção secundária cervicovaginal foi considerada possível fator confundidor.

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OBJETIVO: estimar a validade da inspeção visual após aplicação de ácido acético (IVA) no rastreamento das neoplasias intra-epiteliais cervicais (NIC) e lesões induzidas por HPV, comparando seu desempenho com o da colpocitologia e da colposcopia. MÉTODOS: estudo de validação de teste diagnóstico realizado em 893 mulheres de 18 a 65 anos, rastreadas simultaneamente com colpocitologia, IVA e colposcopia, em unidade de saúde pública de Recife, PE. A IVA foi realizada por embrocação do colo com ácido acético a 5% e observação a olho nu, com auxílio de foco clínico comum. Considerou-se como positividade o achado de qualquer lesão aceto-branca no colo. O padrão-ouro foi o histopatológico de biópsia cervical, realizado sempre que qualquer um dos três testes resultasse anormal. Foram estimados e comparados os indicadores de validade de cada teste, com os respectivos intervalos de confiança a 95%. A concordância entre os resultados dos testes foi avaliada pelo coeficiente kappa (k). RESULTADOS: das 303 mulheres biopsiadas, o estudo histopatológico foi anormal em 24. Deste total, a IVA foi positiva em 22, conferindo-lhe sensibilidade estimada de 91,7%, especificidade de 68,9%, valor preditivo positivo de 7,5% e valor preditivo negativo de 99,7%. Comparando-se os intervalos de confiança a 95%, a IVA mostrou maior sensibilidade que a colpocitologia, mas com menores especificidade e valor preditivo positivo. Houve fraca concordância entre os resultados da IVA e da colpocitologia (k=0,02) e excelente concordância com os da colposcopia (k=0,93). CONCLUSÃO: a IVA foi muito mais sensível que a colpocitologia no rastreamento das NIC e lesões HPV-induzidas e teve o mesmo desempenho da colposcopia. Sua baixa especificidade foi responsável por um elevado número de resultados falso-positivos.

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OBJETIVO: identificar os fatores de risco para neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) e os tipos de papilomavírus humano (HPV) em mulheres com NIC, e comparar com os tipos de HPV entre as que apresentam colo normal. MÉTODOS: foram estudadas 228 pacientes, sendo 132 portadoras de NIC (casos) e 96 mulheres com colo normal (controles). Nos dois grupos, formados por pacientes selecionadas entre aquelas que procuraram atendimento no mesmo hospital e residiam em área próxima ao local da pesquisa, a média etária foi semelhante (34,0±8,3 anos), com predomínio de casadas. Os possíveis fatores de risco para NIC foram investigados com aplicação de questionário, pesquisando: idade, estado civil, grau de escolaridade, idade do primeiro coito, número de gestações, número de parceiros sexuais, método contraceptivo utilizado, referência de doenças sexualmente transmissíveis (DST) anteriores e tabagismo, comparados entre os grupos estudados. Foram coletadas amostras para colpocitologia oncótica e, a seguir, para pesquisa de HPV por reação em cadeia de polimerase (PCR), utilizando iniciadores (primers) MY09 e MY11, procedendo-se então ao exame colposcópico e exame histopatológico. Para análise estatística de associação de NIC com fatores de risco, utilizaram-se odds ratio com intervalo de confiança e os testes chi2 e Fisher, ao nível de significância de 0,05. Empregou-se ainda o método de regressão logística testado com significância expressa pelo valor de p com grau de máxima verossimilhança. RESULTADOS: no modelo de regressão logística permaneceram as variáveis: infecção por HPV de alto risco oncogênico (OR=12,32; IC 95%: 3,79-40,08), referência à DST anterior (OR=8,23; IC 95%: 2,82-24,04), idade precoce do primeiro coito (OR=4,00; IC 95%: 1,70-9,39) e tabagismo (OR=3,94; IC 95%: 1,73-8,98). A PCR foi positiva em 48,5% e 14,6% nos grupos caso e controle, respectivamente. CONCLUSÕES: o fator de risco principal para NIC foi infecção por HPV oncogênico, com os tipos 16, 18, 33, 35, 51, 52, 58 e 83. Dentre as portadoras de lesões de alto grau, houve predomínio de HPV-16 ou variante 16. Nas pacientes com colo morfologicamente normal, também foram identificados os tipos oncogênicos 51, 58 e variante 51.

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OBJETIVO: analisar, em mulheres com HPV em colo do útero, as características da infecção viral e os fatores de risco para lesão intraepitelial de alto grau e carcinoma cervical. MÉTODOS: realizou-se um estudo caso-controle com mulheres com HPV em colo do útero atendidas em serviço de Ginecologia de referência vinculado ao SUS, em Recife, Nordeste do Brasil. No grupo de casos (72 mulheres com lesão intraepitelial de alto grau ou carcinoma cervical) e de controles (176 mulheres com colpocitologia normal ou com alterações benignas), foram pesquisados seis genótipos virais (HPV 16, 18, 31, 33, 6 e 11) em material da ecto- e endocérvice com primers MY09/MY11. As variáveis independentes foram hierarquizadas em três níveis de determinação: distal (sociodemográficas), intermediário (comportamentais) e proximal (realização anterior de colpocitologia). A homogeneidade das proporções foi testada (χ2). Obtiveram-se ORs não ajustadas e, na modelagem final, realizou-se regressão logística hierarquizada com o ajuste do efeito de cada variável sobre o desfecho pelas variáveis do mesmo nível e de níveis anteriores de causalidade. RESULTADOS: em 76,6% das 248 mulheres participantes do estudo, o genótipo viral da infecção cervical foi identificado. Predominaram genótipos de alto risco oncogênico (83,4% nos casos e 67,1% nos controles), principalmente HPV 16 e 31. Foram identificados como fatores de risco (a) distais: residir em zona rural (OR=2,7; IC95%: 1,1-6,2), menos de três anos de estudo (OR=3,9; IC95%: 2,0-7,5) e renda familiar inferior a dois salários mínimos (OR=3,3; IC95%: 1,0-10,5); (b) intermediário: número de gestações igual ou superior a quatro (OR=2,0; IC95%: 1,0-3,7); (c) proximal: ausência de colpocitologia anterior (OR=9,7; IC95%: 2,4-38,2). CONCLUSÕES: em mulheres usuárias do SUS do Nordeste do Brasil predominam os genótipos virais 16 e 31 em infecções cervicais por HPV, sendo que fatores socioeconômicos, reprodutivos e relacionados à ausência de rastreamento citológico representam risco para lesão intraepitelial de alto grau e câncer cervical.

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O objetivo deste estudo foi monitorar o ciclo estral em cutias (Dasyprocta leporina) criadas em cativeiro no semiárido brasileiro. Durante 70 dias, cinco cutias foram diariamente submetidas a citologia esfoliativa vaginal, e o monitoramento ultrassonográfico ovariano foi realizado a cada três dias. Um total de 8 ciclos estrais foi completamente monitorado, com duração de 28,2±0,7 dias, variando de 24 a 31 dias. Pela citologia esfoliativa vaginal, houve uma predominância de células superficiais nas fases de proestro e estro (P<0,05), seguida da predominância de células intermediárias no metaestro (P<0,05) e de células parabasais no diestro (P<0,05). Por ultrassonografia, não houve diferenças na morfologia ovariana durante as diferentes fases do ciclo estral (P>0,05). Os folículos foram identificados durante as fases estrogênicas (proestro e estro), com diâmetro médio de 1±0,5mm. Em apenas 12,5% das fases luteais, corpos lúteos medindo 1,4±0,9mm foram identificados. Conclui-se que a associação da citologia vaginal e da ultrassonografia ovariana constitui uma alternativa viável para o monitoramento de ciclos estrais e identificação das fases estrogênicas em cutias da espécie Dasyprocta leporina

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB

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Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB

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A infecção genital pelo Papilomavírus humano (HPV) é a principal causa para o desenvolvimento de lesões precursoras e processos neoplásicos na cérvice uterina. O câncer cervical representa a segunda maior causa de óbito por câncer em mulheres brasileiras, constituindo-se em uma das principais causas de morbimortalidade feminina na região Norte do Brasil. Este estudo teve o intuito de investigar os aspectos epidemiológicos da infecção genital pelo Papilomavírus humano (HPV) em mulheres de população urbana e rural oriundas de duas regiões distintas da Amazônia Oriental Brasileira. Para tanto foi conduzido um estudo Transversal analítico com 444 mulheres de 13 a 74 anos que se submeteram ao exame preventivo do câncer do colo uterino, sendo 233 urbanas oriundas de uma unidade básica de saúde da cidade de Belém do Pará e 211 rurais provenientes das margens direita e esquerda do lago da U.H.T de Tucuruí - PA, no período de janeiro de 2008 a março de 2010. Amostras da cérvice uterina foram coletadas para a realização da colpocitologia convencional e para a detecção do DNA do HPV através da reação em cadeia da polimerase (PCR) mediada pelos oligonucleotídeos iniciadores universais MY9/11. Todas as mulheres responderam a um formulário clínico e epidemiológico. Para análise das associações epidemiológicas entre os fatores de risco e a infecção pelo HPV dividiu-se a amostra em três faixas etárias, sendo obtidas a Razão de Chances de Prevalência (ORp) com IC95%, com sua significância verificada por meio do teste do qui-quadrado ou exato de Físher, além do emprego final do modelo de regressão logística multivariado. Entre as 444 mulheres analisadas, a prevalência geral de infecção genital pelo HPV foi de 14,6%, variando entre 15,0% para a amostra urbana e 14,2% para a rural. A faixa etária mais acometida foi a de 13 a 25 anos (17,9%), tanto na amostra urbana (19,0%) quanto rural (17,2%). O DNA do HPV foi detectado em 13,6% das mulheres com citologia normal e em 41,6% daquelas com citologia alterada, sendo este resultado mais significativo para a porção urbana do estudo com idades compreendidas entre 26 a 44 anos. Anormalidades colpocitológicas, início precoce da atividade sexual, situação conjugal, número de parceiros sexuais novos e antigos, o uso pregresso de anticoncepcionais orais e preservativos, história de DST e de sintomas genitais, além de tabagismo atual, foram fatores que se mostraram associados à infecção genital pelo HPV de maneira diferenciada nas três faixas etárias analisadas entre amostras urbana e rural da Amazônia Oriental Brasileira.

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Dentre as manifestações ginecológicas mais importantes nas mulheres soropositivas para o HIV, estão o câncer do colo uterino e as neoplasias intra-epiteliais cervicais que lhe são as lesões precurssoras. Neste estudo foram analisadas 36 mulheres soropositivas para o vírus da imunodeficiência humana e 54 soro negativas, com a finalidade de analisar a freqüência de lesões precursoras do câncer uterino cervical. Todas as pacientes foram submetidas ao exame clínico ginecológico, colheita de colpocitologia cérvico-vaginal, colposcopia e à biópsia genital quando o exame colposcópico revelava achados anormais. Nas pacientes soropositivas foram quantificados os linfócitos com receptores CD4 e verificado a aderência ao esquema antiretroviral. Os resultados demonstraram que a freqüência das neoplasias intra-epiteliais cervicais foi semelhante nos dois grupos estudados. Observamos ainda que a maioria das pacientes soropositivas apresentavam contagem de CD4 acima de 200 células / mm3, ou seja eram consideradas imunocompetentes. E que trinta e três pacientes das trinta e seis estudadas eram aderentes ao esquema antiretroviral. Concluímos que as mulheres HIV soropositivas consideradas imunocompetentes e em uso de antiretrovirais apresentaram freqüência de neoplasias intraepiteliais cervico-uterinas semelhantes às mulheres soro negativas incluídas neste estudo. Observamos, ainda, que o HPV é importante cofator no desenvolvimento das neoplasias intra-epiteliais cervicais.

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A infecção genital pelo Papilomavírus humano (HPV) é considerada uma das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) mais comum, representando um importante problema na Saúde Pública, além de estar diretamente relacionado à promoção do câncer de colo uterino. Este estudo teve o intuito de investigar os aspectos epidemiológicos da infecção genital pelo HPV em dois grupos distintos: mulheres de população geral e mulheres encarceradas. Para tanto foi conduzido um estudo transversal analítico com 423 mulheres a partir dos 18 anos que se submeteram ao exame preventivo do câncer do colo uterino, sendo 233 mulheres da população geral oriundas de uma unidade básica de saúde da cidade de Belém do Pará e 190 provenientes do Centro de Reeducação Feminino em Ananindeua no mesmo Estado, no período de janeiro de 2008 a março de 2010. Amostras da cérvice uterina foram coletadas para a realização da colpocitologia convencional e para a detecção do DNA do HPV através da reação em cadeia da polimerase (PCR) mediada pelos oligonucleotídeos iniciadores universais MY9/11. Todas as mulheres responderam a um formulário clínico e epidemiológico. Entre as 423 mulheres analisadas, a prevalência geral de infecção genital pelo HPV foi de 13,0% com variação entre 15,0% para a amostra geral e 10,5% para a carcerária. A faixa etária mais acometida foi a de 13 a 25 anos (19%) na amostra geral; e em mulheres com 45 anos ou mais (21,1%), nas carcerárias. Anormalidades Colpocitológicas, situação conjugal, número de parceiros sexuais novos, o uso de anticoncepcionais orais, história de DST e de sintomas genitais, além de tabagismo atual, foram fatores que se mostraram associados à infecção genital pelo HPV de maneira diferenciada entre amostras da população geral e carcerária.