43 resultados para Christology.


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A Epístola aos Hebreus apresenta já em seus primeiros versos Jesus Cristo assentado à destra de Deus (Hebreus 1,1-4). Assim, desde o princípio a Carta aos Hebreus revela a estratégia de seu autor ao expressar Jesus Cristo em termos honrosos. Tais indícios sugerem o meio ambiente cultural típico do mundo mediterrâneo do século I E.C., em que honra e vergonha exerciam uma função pivô nessa sociedade. A estratégia de Hebreus apresenta a dignidade de Jesus Cristo e sustenta o controle social de seus leitores diante de uma eminente evasão do grupo religioso. Para isso, o autor de Hebreus lança mão de tradições angelológicas amplamente conhecidas do entorno religioso judaico do período do segundo templo. Caracterizam principalmente essas tradições elementos gloriosos desenvolvidos pela religião judaica (anjos, figuras hipostáticas, Melquisedec), que contribuíram para a confissão do Cristo exaltado de Hebreus. Fazemos um estudo da História das Religiões Comparadas das figuras mediadoras nos escritos do AT e da literatura pseudepígrafa, entendendo que essas figuras foram adquirindo cada vez mais características divinizadas possibilitando a elaboração da Cristologia angelomórfica de Hebreus 1.1-14; 2.5-18; 7.1-10. Além disso, uma aproximação sócio-retórica à Hebreus garante resultados mais claros no que diz respeito à estratégia pretendida por seu autor.

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Esta pesquisa tem como objetivo analisar a utilização do gênero literário do gloriar-se pelo apóstolo Paulo, demonstrando como esta ferramenta foi fundamental para que ele se posicionasse de maneira inovadora e radical frente às acusações sofridas da comunidade cristã em corinto. A comunidade sob a influência de pregadores itinerantes, autointitulados apóstolos, procuraram desonrar o apóstolo em sua ausência. Sendo uma comunidade cristã primitiva no mediterrâneo do I século, o bem mais valioso era a Honra, esta deveria ser defendida acima de tudo. Para tanto, o apóstolo se utiliza do ato de gloriar, como um gênero literário de sua época, bem como de outros recursos da retórica na realização de sua defesa. Ao fazê-lo, o apóstolo resignifica o ato de gloriar, as características de um verdadeiro apóstolo, bem como trata do sofrimento como algo inerente ao fiel seguidor de Cristo. Desta maneira, o apóstolo além de defender-se expõe uma nova proposta no entendimento e vivência nas relações sociais, que deveriam passar pelo ato da renúncia ao status; constituindo uma comunidade igualitária.

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O objetivo central desta pesquisa é desvendar possibilidades no estabelecimento de prováveis eixos básicos de uma cristologia pluralista da libertação, a partir das reflexões teológicas de Jon Sobrino (1938-) e Jacques Dupuis (1923-2004). Para tanto, se reconhecem cotidianamente os entrecruzamentos de sinais dos tempos, como as diferenças religiosas e as violações de direitos e injustiças sociais. A partir desta problemática, toma-se como hipótese a necessidade de se demonstrar a articulação em andamento entre perspectivas das teologias da libertação com perspectivas das teologias cristãs do pluralismo religioso, sinalizando um novo modo de fazer teologia. O trabalho aqui desenvolvido dialoga com os estudos culturais, especialmente com os conceitos de Homi Bhabha, o referencial teórico desta pesquisa, que possibilitou, criticamente, o entrelaçamento das perspectivas de Jacques Dupuis e Jon Sobrino. Para a construção desta cristologia, seguiu-se um tripé metodológico: revisão, reconstrução e reinvenção. O trabalho buscou revisar os discursos teológicos apresentados por Jon Sobrino e Jacques Dupuis; reconstruir as reflexões teológicas elaboradas por estes autores; e reinventar uma cristologia que se mostre como um terceiro espaço, um entrelugar discursivo, uma cristologia pluralista da libertação, que não é nem o um (a cristologia da libertação) nem o outro (a teologia cristã do pluralismo religioso), mas algo a mais, uma fala híbrida elaborada a partir de determinadas zonas de contato entre os autores. A pesquisa apresenta como eixos: (i) uma cristologia integral: vivenciada nos espaços cotidianos, com uma reflexão a partir das vítimas e do espírito das testemunhas; (ii) uma cristologia trinitária: refletida a partir d@ outr@ e centrada no mistério inesgotável, na humanização do divino e na força do Espírito; e (iii) uma cristologia reinoteocêntrica: vocacionada ao reino de Deus, numa tensão entre a parcialidade com as vítimas e a universalidade da ação de Deus, numa elaboração nas vias da mística e em um discurso cristológico estruturado na (des)missão. Tais eixos possuem implicações políticas, uma vez que esta cristologia se constrói como uma dupla função: é objeto de estudo e é espaço para a atuação política, reconhecendo que novos discursos e linguagens relacionam-se com novas atuações e mobilizações sociais.

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A presente dissertação objetiva demonstrar as causas do conflito da comunidade joanina na segunda metade do século I, bem como revelar as estratégias de releitura da história de Jesus a partir do prisma do autor do QE para combater os inimigos da comunidade, assegurar-lhes a fé, fortalecer os perseguidos e duvidosos e formar uma cristologia solidificada em um pensamento soteriológico quanto a pessoa de Jesus como Messias. Para tanto pretende-se analisar a pluralidade sociopolítica e religiosa da Palestina no século I, demonstrando como o meio influenciou a escolha do autor do QE ao redigir um texto de forma a fazer uma releitura da vida de Jesus em defesa da fé de sua comunidade. Também serão estudadas as vozes em conflito dentro do texto e as vozes discordantes que cercam a perícope, buscando entendê-las a partir do texto do QE, pois este é o elemento mais palpável de que dispomos para o estudo dos conflitos e motivos que geraram esse evangelho. Para melhor expor e entender o argumento de defesa do autor que representa a comunidade joanina, será desenvolvido um estudo sobre o uso dos verbos pe,mpw e avposte,llw no texto do QE, especialmente no capítulo 7, com o intuito de mostrar como o autor entendia este Jesus Messias e como isto moldou sua teologia.

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Nesta dissertação nos propomos a fazer uma leitura da narrativa de Atos dos Apóstolos 6,1-8,3, considerando-a nos moldes de uma antiga tradição de martírio. Os Helenistas entram em conflito com os Hebreus, Estevão entra em atrito com os judeus da diáspora que se reúnem nas sinagogas, e é levado perante o Sinédrio e executado. O motivo de sua execução é a crítica à Lei e ao Templo. Depois de ter uma experiência de êxtase visionário ele é violentamente assassinado. Lucas, todavia, descreve Estevão como herói vitorioso. A realidade de conflitos, oposição, perseguição e martírio não se constitui em derrota, mas em fortalecimento da fé. A morte de Estevão é interpretada dentro desta tradição. A compreensão do caso de Estevão e dos Helenistas é fundamental para entender a continuação do movimento dos seguidores de Jesus e o início do desenvolvimento da Cristologia após o evento pascal.(AU)

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Este estudo investiga os elementos da soteriologia de John Wesley e seus aspectos dinamizantes. Em vez de favorecer um determinado período da vida de Jonh Wesley, a biografia teológica de John Wesley é desenvolvida a partir do conceito da sedimentação de experiência. Dessa forma, a theologia viatorum de John Wesley é desenvolvida com foco nos seus elementos transversais e os crescentes desdobramentos dos mesmos segundo os seus aspectos comunitários, sinergéticos e públicos. Segundo esta tese, a theologia viatorum de John Wesley ganha em profundidade e vitalidade com a sua crescente e consciente aprendizagem e compromisso com o povo inglês e, em especial, com os pobres da Inglaterra. Acompanhado por uma cuidadosa auto-análise, Wesley parte para a análise do efeito de diversas soteriologias dos seus dias no cotidiano, as quais são marcadas pela demorada transição entre a época medieval e a modernidade. Surge uma re-construção característica da soteriologia, designado por nós como soteriologia social. Entendemos esta soteriologia social como o eixo principal da teologia de John Wesley que se manifesta numa típica antropologia, cristologia, pneumatologia, escatologia e eclesiologia soteriológica. Os aspectos comunitários, sinergéticos e públicos desta soteriologia social são vistos e desenvolvidos por Wesley a partir da auto-experiência e da convivência com o povo, suas dinâmicas, sua cultura, suas necessidades e suas competências. Tais aspectos levam, passo a passo, a uma práxis que começa a contemplar o entrelaçamento entre a reforma da igreja, da nação e a transformação de pessoas. Este movimento é comotivado por um horizonte soterioló gico utópico que prevê a continuação da theologia viatorum até na transformação do cosmo inteiro. A soteriologia social é parecida com a um tecido que acompanha a topografia socio-econômica e religiosa da época, procurando caminhos para a superação dos seus impasses, da sua desesperança e irresponsabilidade em relação aos pobres.(AU)

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Esta dissertação é o resultado da pesquisa sobre a teologia de Dietrich Bonhoeffer a partir de seus próprios escritos e da recepção e interpretação de seu pensamento por teólogos que se dedicaram ao estudo de sua reflexão teológica após sua morte, especialmente no que diz respeito à sua proposta de um cristianismo arreligioso. Dentre estes teólogos destacam-se Eberhard Bethge, autor de uma detalhada biografia de Bonhoeffer, além de Robinson e Hamilton, autores que participam do movimento que ficou conhecido como Teologia Radical . O objetivo da pesquisa é exatamente esclarecer o significado da proposta de um cristianismo arreligioso em Bonhoeffer, bem como analisar suas críticas à religião e as possibilidades encontradas em sua compreensão cristológica para uma vivência cristã autêntica num mundo que se tornou adulto. (AU)

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O objetivo dessa tese é aprofundar, a partir do discurso pós-colonial, uma crise na perspectiva teológica da libertação. Esta promoveu, na década de 1970, uma reviravolta nos estudos teológicos no terceiro mundo. Para tanto, leremos um conto de Gabriel García Márquez chamado “El ahogado más hermosodel mundo” (1968) analizando e avaliando as estratégias políticas e culturais ali inscritas. Para levar a frente tal avaliação é preciso ampliar o escopo de uma visão que divide o mundo em secular/religioso, ou em ideias/práticas religiosas e não religiosas, para dar passo a uma visão unificada que compreende a mundanalidade, tanto do que é catalogado como ‘religioso’ quanto do que se pretende ‘não religioso’. A teologia/ciências da religião, como discurso científico sobre a economia das trocas que lidam com visões, compreensões e práticas de mundo marcadas pelo reconhecimento do mistério que lhes é inerente, possuem um papel fundamental na compreensão, explicitação, articulação e disponibilização de tais forças culturais. A percepção de existirem elementos no conto que se relacionam com os símbolos sobre Jesus/Cristo nos ofereceu um vetor de análise; entretanto, não nos deixamos limitar pelos grilhões disciplinares que essa simbologia implica. Ao mesmo tempo, esse vínculo, compreendido desde a relação imperial/colonial inerente aos discursos e imagens sobre Jesus-Cristo, embora sem centralizar a análise, não poderia ficar intocado. Partimos para a construção de uma estrutura teórica que explicitasse os valores, gestos, e horizontes mundanos do conto, cristológicos e não-cristológicos, contribuindo assim para uma desestabilização dos quadros tradicionais a partir dos quais se concebem a teologia e as ciências da religião, a obra de García Márquez como literatura, e a geografia imperial/colonial que postula o realismo ficcional de territórios como “América Latina”. Abrimos, assim, um espaço de significação que lê o conto como uma “não-cristologia”, deslocando o aprisionamento disciplinar e classificatório dos elementos envolvidos na análise. O discurso crítico de Edward Said, Homi Bhabha e GayatriSpivak soma-se à prática teórica de teólogas críticas feministas da Ásia, da África e da América Latina para formular o cenário político emancipatório que denominaremos teologia crítica secular.

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The current era of American Christianity marks the transition from a Western, white-dominated U.S. Evangelicalism to an ethnically diverse demographic for evangelicalism. Despite this increasing diversity, U.S. Evangelicalism has demonstrated a stubborn inability to address the entrenched assumption of white supremacy. The 1970s witnessed the rise in prominence of Evangelicalism in the United States. At the same time, the era witnessed a burgeoning movement of African-American evangelicals, who often experienced marginalization from the larger movement. What factors prevented the integration between two seemingly theologically compatible movements? How do these factors impact the challenge of integration and reconciliation in the changing demographic reality of early twenty-first Evangelicalism?

The question is examined through the unpacking of the diseased theological imagination rooted in U.S. Evangelicalism. The theological categories of Creation, Anthropology, Christology, Soteriology, and Ecclesiology are discussed to determine specific deficiencies that lead to assumptions of white supremacy. The larger history of U.S. Evangelicalism and the larger story of the African-American church are explored to provide a context for the unique expression of African-American evangelicalism in the last third of the twentieth century. Through the use of primary sources — personal interviews, archival documents, writings by principals, and private collection documents — the specific history of African-American evangelicals in the 1960s and 1970s is described. The stories of the National Black Evangelical Association, Tom Skinner, John Perkins, and Circle Church provide historical snapshots that illuminate the relationship between the larger U.S. Evangelical movement and African-American evangelicals.

Various attempts at integration and shared leadership were made in the 1970s as African-American evangelicals engaged with white Evangelical institutions. However, the failure of these attempts point to the challenges to diversity for U.S. Evangelicalism and the failure of the Evangelical theological imagination. The diseased theological imagination of U.S. Evangelical Christianity prevented engagement with the needed challenge of African American evangelicalism, resulting in dysfunctional racial dynamics evident in twenty-first century Evangelical Christianity. The historical problem of situating African American evangelicals reveals the theological problem of white supremacy in U.S. Evangelicalism.

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This article focuses on the analysis of the concept of love in the religious philosophy of Pavel Florensky, who shares the ontological approach to the consideration of love with other representatives of Russian religious philosophy (N. berdyaev and S. bulgakov). We pay more careful attention to the understanding of love-άγαπαν by Florensky. We have drawn the conclusion that, in the philosophy of P. Florensky, Love, closely connected with truth and beauty, is considered an ontological basis existence of personality. We develop the ideas of Pavel Florensky, and accordingly assume that it is possible to synthesise love-agape and love-eros around the idea of sacrificial love. Agapelogical and erotical ‘bezels’ of one jewel of love is aspects of united love, which is given by God. this gift of God, the gift of united love, is kept by humans through prayer and deeds of love.

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Si la théologie lucanienne de la résurrection a largement été étudiée dans le livre des Actes des Apôtres, Jésus n’a jamais été considéré comme personnage principal, à l’inverse des apôtres, de l’Esprit saint ou même de Dieu. Pourtant, le premier verset des Actes laisse entendre que Jésus va continuer de faire et d’enseigner ce qu’il avait commencé dans l’évangile, même si, peu de temps après l’ouverture du récit, il quitte la scène. Pour chercher à comprendre ce paradoxe, une analyse approfondie de la mise en récit du personnage Jésus dans les Actes était nécessaire. Le premier chapitre de cette thèse introduit le sujet, l’état de la question et deux approches méthodologiques empruntées aux experts de la caractérisation narrative. Au chapitre deux, après avoir introduit la difficulté d’identification du personnage qui se trouve derrière le titre Seigneur des Actes, le cadre épistémologique d’Elizabeth Struthers Malbon permet d’observer le comment en classant toutes les péricopes qui participent à la rhétorique de la caractérisation christologique en cinq catégories : (1) la christologie représentée qui montre ce que Jésus fait, (2) la christologie détournée qui permet d’entendre ce que Jésus dit en réponse aux autres personnages, (3) la christologie projetée qui laisse entendre ce que les autres personnages ou le narrateur disent à Jésus et à son sujet, (4) la christologie réfléchie qui montre ce que les autres personnages font en reflétant ce que Jésus a dit et (5) la christologie reflétée qui montre ce que les autres personnages font en reflétant ce que Jésus a fait. Ensuite, avec le chapitre trois, l’approche de John Darr donne à comprendre le pourquoi de la caractérisation par l’observation de quatre activités cognitives du lecteur : (1) l’anticipation et la rétrospection, (2) la recherche de cohérence, (3) l’identification et/ou l’implication et (4) la défamiliarisation. Enfin, au chapitre quatre, les résultats des deux méthodes sont comparés pour proposer une solution au cas de l’ouverture paradoxale des Actes. D’abord les différentes observations de la thèse montrent que le personnage Jésus n’est pas si absent du récit; puis la rhétorique narrative de la caractérisation conduit le lecteur à comprendre que c’est essentiellement au travers des personnages du récit que Jésus est présent en actes et en paroles.

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Si la théologie lucanienne de la résurrection a largement été étudiée dans le livre des Actes des Apôtres, Jésus n’a jamais été considéré comme personnage principal, à l’inverse des apôtres, de l’Esprit saint ou même de Dieu. Pourtant, le premier verset des Actes laisse entendre que Jésus va continuer de faire et d’enseigner ce qu’il avait commencé dans l’évangile, même si, peu de temps après l’ouverture du récit, il quitte la scène. Pour chercher à comprendre ce paradoxe, une analyse approfondie de la mise en récit du personnage Jésus dans les Actes était nécessaire. Le premier chapitre de cette thèse introduit le sujet, l’état de la question et deux approches méthodologiques empruntées aux experts de la caractérisation narrative. Au chapitre deux, après avoir introduit la difficulté d’identification du personnage qui se trouve derrière le titre Seigneur des Actes, le cadre épistémologique d’Elizabeth Struthers Malbon permet d’observer le comment en classant toutes les péricopes qui participent à la rhétorique de la caractérisation christologique en cinq catégories : (1) la christologie représentée qui montre ce que Jésus fait, (2) la christologie détournée qui permet d’entendre ce que Jésus dit en réponse aux autres personnages, (3) la christologie projetée qui laisse entendre ce que les autres personnages ou le narrateur disent à Jésus et à son sujet, (4) la christologie réfléchie qui montre ce que les autres personnages font en reflétant ce que Jésus a dit et (5) la christologie reflétée qui montre ce que les autres personnages font en reflétant ce que Jésus a fait. Ensuite, avec le chapitre trois, l’approche de John Darr donne à comprendre le pourquoi de la caractérisation par l’observation de quatre activités cognitives du lecteur : (1) l’anticipation et la rétrospection, (2) la recherche de cohérence, (3) l’identification et/ou l’implication et (4) la défamiliarisation. Enfin, au chapitre quatre, les résultats des deux méthodes sont comparés pour proposer une solution au cas de l’ouverture paradoxale des Actes. D’abord les différentes observations de la thèse montrent que le personnage Jésus n’est pas si absent du récit; puis la rhétorique narrative de la caractérisation conduit le lecteur à comprendre que c’est essentiellement au travers des personnages du récit que Jésus est présent en actes et en paroles.