950 resultados para Cananeia-Iguape Coastal System


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Long term management plans for restoration of natural flow conditions through the Everglades increase the importance of understanding potential nutrient impacts of increased freshwater delivery on coastal biogeochemistry. The present study sought to increase understanding of the coastal marine system of South Florida under modern conditions and through the anthropogenic changes in the last century, on scales ranging from individual nutrient cycle processes to seasonal patterns in organic material (OM) under varying hydrodynamic regime, to century scale analysis of sedimentary records. In all applications, carbon and nitrogen stable isotopic compositions of OM were examined as natural recorders of change and nutrient cycling in the coastal system. High spatial and temporal variability in stable isotopic compositions were observed on all time scales. During a transient phytoplankton bloom, ä15N values suggested nitrogen fixation as a nutrient source supporting enhanced productivity. Seasonally, particulate organic material (POM) from ten sites along the Florida Reef Tract and in Florida Bay demonstrated variable fluctuations dependent on hydrodynamic setting. Three separate intra-annual patterns were observed, yet statistical differences were observed between groupings of Florida Bay and Atlantic Ocean sites. The POM ä15N values ranged on a quarterly basis by 7‰, while ä13C varied by 22‰. From a sediment history perspective, four cores collected from Florida Bay further demonstrated the spatial and temporal variability of the system in isotopic composition of bulk OM over time. Source inputs of OM varied with location, with terrestrial inputs dominating proximal to Everglades freshwater discharge, seagrasses dominating in open estuary cores, and a marine mixture of phytoplankton and seagrass in a core from the boundary zone between Florida Bay and the Gulf of Mexico. Significant shifts in OM geochemistry were observed coincident with anthropogenic events of the 20th century, including railroad and road construction in the Florida Keys and Everglades, and also the extensive drainage changes in Everglades hydrology. The sediment record also preserved evidence of the major hurricanes of the last century, with excursions in geochemical composition coincident with Category 4-5 storms.

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Predicting the evolution of a coastal cell requires the identification of the key drivers of morphology. Soft coastlines are naturally dynamic but severe storm events and even human intervention can accelerate any changes that are occurring. However, when erosive events such as barrier breaching occur with no obvious contributory factors, a deeper understanding of the underlying coastal processes is required. Ideally conclusions on morphological drivers should be drawn from field data collection and remote sensing over a long period of time. Unfortunately, when the Rossbeigh barrier beach in Dingle Bay, County Kerry, began to erode rapidly in the early 2000’s, eventually leading to it breaching in 2008, no such baseline data existed. This thesis presents a study of the morphodynamic evolution of the Inner Dingle Bay coastal system. The study combines existing coastal zone analysis approaches with experimental field data collection techniques and a novel approach to long term morphodynamic modelling to predict the evolution of the barrier beach inlet system. A conceptual model describing the long term evolution of Inner Dingle Bay in 5 stages post breaching was developed. The dominant coastal processes driving the evolution of the coastal system were identified and quantified. A new methodology of long term process based numerical modelling approach to coastal evolution was developed. This method was used to predict over 20 years of coastal evolution in Inner Dingle Bay. On a broader context this thesis utilised several experimental coastal zone data collection and analysis methods such as ocean radar and grain size trend analysis. These were applied during the study and their suitability to a dynamic coastal system was assessed.

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Manguezal é um ecossistema costeiro que ocorre nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, ocupando a zona entremarés dos oceanos, e sendo caracterizado pela presença de vegetação arbórea adaptada à condições adversas de salinidade, substrato, baixa oxigenação e submersão periódica. A pressão sobre os manguezais do Estado do Rio de Janeiro vem se intensificando nas últimas décadas, e estão associadas a vetores de pressão como os aterros, desmatamentos, queimadas, corte seletivo de madeira, captura predatória de moluscos e crustáceos, lançamento de efluentes de origens diversas, a superexplotação dos recursos pesqueiros e a utilização de técnicas e apetrechos inadequados. Considerando a inexistência de mapeamento integrado e atualizado dos remanescentes de manguezal, indicando sua localização e dimensionamento, o presente estudo veio suprir essa demanda, construindo uma ferramenta consistente para a análise dos principais vetores a que estão expostos, subsidiando a proposição de ações para a conservação e monitoramento desse ecossistema. Essas ações consideram a necessidade de preservação da biodiversidade, da manutenção da atividade pesqueira, da estabilidade da linha de costa, e da subsistência de diversas populações que habitam a região costeira. O mapeamento dos manguezais do Estado do Rio de Janeiro foi elaborado a partir da interpretação visual de ortofotografias coloridas do ano de 2005, na escala 1:10.000, tendo sido realizadas checagens de campo para identificação da verdade terrestre. Os remanescentes mapeados totalizam uma área de aproximadamente 17.720 ha, estando distribuídos por sete regiões hidrográficas localizadas na zona costeira fluminense. Esses ocorrem com mais freqüência, e com maiores dimensões, nas regiões da baía da Ilha Grande, Guandu(Sepetiba) e baía de Guanabara. O estudo contemplou ainda o levantamento e sistematização de dados cartográficos e de sensoriamento remoto, e a identificação e análise dos principais vetores de pressão que atuam sobre esses, a partir da adaptação da metodologia da Análise de Cadeia Causal. Nessa análise foram identificados como principais problemas ambientais dos manguezais fluminenses, a Modificação de habitats e comunidades, a Poluição, e a Exploração não sustentável dos recursos pesqueiros, todos associados aos diferentes vetores de pressão já relacionados. Por fim, foram apresentadas propostas de ações para subsidiar a implementação da Política Estadual para a Conservação dos Manguezais do Estado do Rio de Janeiro, contemplando os níveis operacional, de planejamento, e político. A reativação do Grupo Técnico Permanente sobre Manguezais é de vital importância para a retomada dessas discussões e para a implementação de ações, apoiado na ampliação dos conhecimentos sobre esse rico ecossistema e, integrando e fortalecendo a atuação dos diversos atores envolvidos, buscando assim garantir a integridade dos manguezais fluminenses

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A Baía da Ilha Guaíba é um sistema costeiro tropical com influência de águas oceânicas, principalmente da Corrente do Brasil e das Águas Costeiras que são predominantes em toda a costa da região sudeste. O objetivo geral foi identificar os indicadores biológicos das possíveis alterações ambientais e ou antrópicas e como objetivos específicos, apresentar a distribuição qualitativa e quantitativa do fitoplâncton em função da espacialidade e da sazonalidade em duas situações de maré bem como demonstrar a estrutura da comunidade fitoplanctônica dentro de um Programa de Monitoramento desenvolvido pela empresa Minerações Brasileiras Reunidas através do Centro de Tecnologia Ambiental da FIRJAN (CTA). Foram estabelecidos 9 pontos amostrais na área sob influência do Terminal Marítimo da Ilha levando em consideração as características de cada um. Para o estudo qualitativo e quantitativo do fitoplâncton, 200 ml de água foram coletados em dois pontos de amostragem 7 e 9 em baixa-mar e preamar, através de garrafa de Van Dorn e nos 9 pontos foi realizado arrasto com rede de 50μm, ambos em quatro épocas sazonais distintas. Ao todo foram encontradas 176 unidades taxonômicas demonstrando uma importante oferta de nichos. A espécie que mais se destacou foi Coscinodiscus cf. centralis em todas as amostras de rede. A sazonalidade foi vista através de uma análise de Cluster tanto para as amostras de rede quanto para as de garrafa. Não houve registro de espécies que indicassem alterações antrópicas não revelando condição de eutrofização. Foram encontradas espécies indicadoras de diferentes massas de água como também outras potencialmente nocivas. Os resultados bióticos e abióticos demonstraram que a área sob influência do empreendimento está dentro dos padrões estabelecidos pela legislação vigente e que para o estabelecimento de um desenvolvimento sustentável torna-se imprescindível a adoção de métodos padronizados e multiinterdisciplinares para que seja possível comparar e acompanhar os processos e seus efeitos viabilizando assim a manutenção da biodiversidade.

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Stomach contents of 110 franciscanas (Pontoporia blainvillei), from northern Argentina were analysed in order to improve our knowledge about the feeding habits of this species and to better characterise the lactation period. The samples included calves, juveniles and adults of both sexes. Evidence of predation by franciscanas is seen at a very young age (2.5-3 months), with a transition diet composed by both milk and solid food, mainly represented by crustaceans. Weaning seems to begin by April, when franciscanas are about 6-7 months old. Franciscanas inhabiting two different habitats were analysed in this study: a brackish water estuary and an adjacent marine coastal system. The diet of Pontoporia blainvillei in northern Argentina was composed by a total of 26 prey species: 20 teleosts, 4 crustaceans and 2 cephalopods. Based on the Index of Relative Importance (IRI) the main prey species were Cynoscion guatucupa, Micropogonias furnieri, Loligo sanpaulensis and Urophycis brasiliensis. Estuarine franciscanas preyed mainly on Micropogonias furnieri (dominant species), Cynoscion guatucupa, Odonthestes argentinensis and Macrodon ancylodon, while dolphins from marine areas preyed mainly on Cynoscion guatucupa (dominant species), Loligo sanpaulensis and Urophycis brasiliensis. Our results confirm that franciscanas prey mainly on juvenile fish (< 8cm) and small loliginid squids, in close agreement with previous results obtained in southern Brazil and Uruguay. Qualitative and quantitative differences observed in the diet of dolphins from each habitat emphasise the need to discriminate between samples from different habitats and environmental parameters. SPANISH: Se analizaron 110 contenidos estomacales de franciscanas (Pontoporia blainvillei) provenientes de la costa norte de Argentina, para extender en conocimiento sobre su dieta y caracterizar la lactancia. Las muestras incluyeron cachorros, juveniles y adultos de ambos sexos. Las primeras etapas de predación se inician a muy temprana edad (2,5-3 meses), presentando una dieta de transición compuesta tanto por leche como por presas sólidas, principalmente crustáceos; el destete se iniciaría a partir de abril, a una edad estimada entre 6 y 7 meses. Las franciscanas estudiadas provienen de dos habitats diferentes: un área estuarial de baja salinidad y la region marina adyacente. La dieta de Pontoporia blainvillei de Argentina estuvo compuesta por un total de 26 especies: 20 teleósteos, 4 crustáceos y 2 cefalópodos. Basados en el Indice de Importancia Relativa (IIR), las presas más importantes fueron Cynoscion guatucupa, Micropogonias furnieri, Loligo sanpaulensis y Urophycis brasiliensis. Las franciscanas provenientes del área estuarial predaron principalmente sobre Micropogonias furnieri (especie dominante), Cynoscion guatucupa, Odonthestes argentinensis y Macrodon ancylodon, mientras que los delfines marinos predaron sobre Cynoscion guatucupa (especie dominante), Loligo sanpaulensis y Urophycis brasiliensis. Nuestros resultados confirman que la franciscana preda sobre peces juveniles (< 8cm) y pequeños calamares Loliginidae, coincidiendo con resultados previos obtenidos en el sur del Brasil y Uruguay. Las diferencias cualitativas y cuantitativas observadas en la dieta de cada uno de las áreas analizadas, nos sugieren que los futuros estudios sobre ecología trófica de la franciscana deberían discriminarse de acuerdo al origen de los ejemplares y a la tipificación del ambiente.

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Salt marsh-tidal creek systems as a coastal geomorphological unit represent an important natural resource. The present study on Jiangsu salt marshes, eastern China, shows that variations in tidal current velocities in salt marsh creeks are controlled by the local tidal wave characteristics and the bed slope and elevation of the salt marshes and creeks. Likewise, the tidal currents modify the geomorphology of the salt marsh-tidal creek systems by transporting sediments and causing erosion/deposition. Storm events, which appear to have cyclical changes in their intensity relating to sunspot activities, can affect the geomorphic evolution of such systems. Further, in response to accelerated sea-level rise, accretional rates on salt marshes may increase. The tidal creeks have the function of transporting water and sediment onto the salt marsh surface; further, the energy of tidal currents and waves are dissipated within the salt marsh-tidal creek system. Hence, this coastal system has a potential value for coastal protection.

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Disentangling the roles of environmental change and natural environmental variability on biologically mediated ecosystem processes is paramount to predict future marine ecosystem functioning. Bioturbation, the biogenic mixing of sediments, has a regulating role in marine biogeochemical processes. However, our understanding of bioturbation as a community level process and of its environmental drivers is still limited by loose use of terminology, and a lack of consensus about what bioturbation is. To help resolve these challenges, this empirical study investigated the links between four different attributes of bioturbation (bioturbation depth, activity and distance, and biodiffusive transport); the ability of an index of bioturbation (BPc) to predict each of them; and their relation to seasonality, in a shallow coastal system – the Western Channel Observatory, UK. Bioturbation distance depended on changes in benthic community structure, while the other three attributes were more directly influenced by seasonality in food availability. In parallel, BPc successfully predicted bioturbation distance but not the other attributes of bioturbation. This study therefore highlights that community bioturbation results from this combination of processes responding to environmental variability at different time-scales. However, community level measurements of bioturbation across environmental variability are still scarce, and BPc is calculated using commonly available data on benthic community structure and the functional classification of invertebrates. Therefore, BPc could be used to support the growth of landscape scale bioturbation research, but future uses of the index need to consider which bioturbation attributes the index actually predicts. As BPc predicts bioturbation distance, estimated here using a random-walk model applicable to community settings, studies using either of the metrics should be directly comparable and contribute to a more integrated future for bioturbation research.

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Hyperiid amphipods (Order Amphipoda, Suborder Hyperiidea) are known to infest gelatinous zooplankton. However, the temporal backdrop to these associations is less clear, given that data are often gathered during discrete sampling events rather than over time. In general, hyperiids are considered to be pelagic: however, for individuals associated with metagenic jellyfishes in temperate shallow shelf seas, this may not always be the case, as the majority of their gelatinous hosts are present in the water column from spring to the onset of autumn. Here, we explored the temporal patterns of colonisation and overall duration of the association between Hyperia galba and 3 scyphozoan jellyfish species (Aurelia aurita, Cyanea capillata and C. lamarckii) in a temperate coastal system (Strangford Lough, Northern Ireland) during 2010 and 2012. Concomitantly, we used carbon and nitrogen stable isotope ratios to examine whether hyperiid infestation represented a permanent association with their host or was part of a more complex life history. We found that jellyfish were colonised by H. galba ca. 2 mo after they are first observed in the lough and that H. galba reached 100% prevalence in the different jellyfish species shortly before the medusae of each species disappeared from the water column. It is possible that some jellyfish overwintered in deeper water, prolonging the association between H. galba and their hosts. However, all the medusae sampled during the spring and early summer (whether they were newly emerged or had overwintered from the previous season) were not infected with hyperiids, suggesting that such behaviour was uncommon or that individuals had become dissociated from their host during the winter. Further evidence of temporary association came from stable isotope data, where δ13C and δ15N isotope ratios were indicative of feeding outside of their host prior to jellyfish colonisation. In combination, these findings suggest alternating habitat associations for H. galba, with the amphipods spending the majority of the year outside of the 3 scyphozoan species considered here.

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As zonas costeiras, pelas suas características naturais, disponibilizam à sociedade múltiplas oportunidades e serviços, o que favorece uma ocupação desmedida deste território e a ocorrência de transformações relevantes provocadas pela intervenção humana. A simultaneidade da influência das atividades e intervenções humanas e da ocorrência das funções naturais deste território, revestidas de um forte caráter dinâmico, encontra-se na base do desenvolvimento quer de conflitos do tipo socioambiental, quer de situações de risco costeiro. A contribuir para esta situação, surge também a problemática das alterações climáticas, com impactos em domínios diversos, como por exemplo biodiversidade, pesca ou turismo, com um registo de aumento e intensidade de acidentes naturais associados a fenómenos meteorológicos. Apesar da existência de um conjunto de instrumentos de preservação dos recursos naturais e de ordenamento e gestão territorial, a degradação do sistema natural costeiro é muito visível, com impactos negativos de complexa recuperação. Refira-se, também, o caráter de exceção dos planos de ordenamento da orla costeira, em particular em frentes urbanas consolidadas ou em consolidação, permitindo o contínuo aumento da urbanização na orla costeira. A atuação das entidades responsáveis pela gestão do território costeiro tem sido desenvolvida com um baixo nível de envolvimento da população e maioritariamente no sentido de dar resposta às situações de perigo que vão surgindo, com a implementação de estruturas de defesa costeira, suportadas pelo erário público, cujos impactos se traduzem num agravamento do estado da zona costeira portuguesa, em geral. A região de Aveiro é um exemplo da problemática exposta, onde se registam frequentemente episódios de perigo costeiro, considerando-se urgente a tomada de medidas que contribuam para a sustentabilidade deste território, associada a uma visão de longo prazo, e que deverão passar pela integração do risco na gestão territorial costeira. Esta investigação, com a qual se pretende aumentar o conhecimento científico, desenvolver uma abordagem integrada de diversos domínios disciplinares, demonstrar a relevância da valorização do conhecimento comum e da perceção social na gestão do território, bem como desenvolver uma ferramenta de suporte à gestão territorial da zona costeira, tem como propósito contribuir para a preservação do sistema natural costeiro e para o aumento dos níveis de segurança humana face ao risco costeiro. Nesse sentido, desenvolveu-se um estudo de perceção social em aglomerados urbanos costeiros da região de Aveiro, para avaliação da perceção do risco costeiro e da gestão do território e recolha de conhecimento comum sobre a dinâmica costeira. Concebeu-se, também, um sistema de informação geográfica que permite às entidades de gestão do território costeiro uma atuação facilitada, articulada e de caráter preventivo, suportada na integração de conhecimentos científico, técnico e comum, de perceções e aspirações, de limites, propostas e condicionantes de planos de ordenamento e gestão do território existentes, entre outra informação, e com potencialidade para evoluir simultaneamente para um sistema de aviso de acidentes. Como resultados do estudo empírico destacam-se a forte ligação da população ao mar, de caráter afetivo ou pela pretensão de utilização da praia, a desvalorização do risco costeiro, apesar do reconhecimento do recuo da linha de costa, a valorização das estruturas de defesa costeira, a escassa disponibilização de informação à população acerca do risco costeiro a que está exposta, e a importância atribuída à participação da população no processo de gestão territorial costeira. O sistema de informação geográfica foi validado para o caso da Praia de Esmoriz, permitindo identificar, por exemplo, para cada proprietário de habitação localizada em área de risco, a disponibilidade para participar no processo de gestão territorial costeira ou a abertura para aderir a um processo de relocalização da habitação. Face à pertinência do tema e à expectativa do mesmo ser considerado uma prioridade da política da atualidade, considera-se a necessidade de desenvolvimentos futuros de aprofundamento de conhecimentos em paralelo com uma aproximação ao sistema institucional de gestão territorial costeira, no sentido da minimização dos conflitos entre dinâmica costeira e uso do território e da prevenção do risco costeiro, particularmente risco de inundação e de erosão.

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Dissertação de Mestrado, Biologia Marinha, Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente, Universidade do Algarve, 2007

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Tese de doutoramento, Geologia (Geologia Económica e do Ambiente), Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2014

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Mestrado em Engenharia Geotécnica e Geoambiente

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Registros sedimentares do Neocarbonífero, particularmente do Moscoviano, na Bacia do Amazonas, Norte do Brasil, caracterizam a zona de contato entre as formações Monte Alegre (rochas siliciclásticas) e Itaituba (rochas carbonáticas). A análise faciológica da sucessão Moscoviana de até 40 m de espessura, exposta na região de Monte Alegre e Itaituba, Estado do Pará, permitiu identificar 5 associações de fácies (AF), que correspondem a depósitos estabelecidos no ambiente costeiro, representados por dunas/intedunas eólicas (AF1), lençóis de areia/wadi (AF2), laguna/washover (AF3), praia/planície de maré (AF4) e laguna/delta de maré (AF5). A associação de campo de dunas/interdunas (AF1) é constituída por arenitos finos a médios, bimodais com estratificação cruzada de médio porte, laminação cavalgante transladante subcrítica e arenitos com gradação inversa. Arenitos finos com acamamento maciço, marcas de raízes e, subordinadamente, verrugas de aderência (adhesion warts), ocorrem nos limites dos sets de estratificação cruzada e indicam, respectivamente, paleossolos e migração de grãos por ação eólica sobre interduna úmida. Depósitos de lençóis de areia/wadi (AF2) são compostos de arenitos finos a médios com estratificação plano-paralela e laminação cavalgante transladante subcrítica, relacionados a superfícies de deflação (lençóis de areia), enquanto arenitos finos a médios com estratificações cruzadas tangencial e recumbente, e acamamento convoluto, caracterizam rios efêmeros com alta energia. Pelitos laminados e arenitos finos com laminação cruzada cavalgante, contendo o icnofóssil Palaeophycus, representam sedimentação em ambiente de baixa energia e foram agrupados na associação de laguna/washover (AF3). Os depósitos de praia/planície de maré (AF4) consistem em arenitos finos a médios, com estratificação plano-paralela a cruzada de baixo ângulo, intercalados com lentes de dolomito fino maciço, localmente truncados por arenitos finos a médios. Estas fácies foram formadas pelo fluxo-refluxo em ambiente de praia, localmente retrabalhadas por pequenos canais, enquanto o carbonato é interpretado como precipitado em poças (ponds). Na AF4 encontram-se também pelitos laminados com gretas de contração, lâminas curvadas de argila e arenitos com estratificação cruzada tabular de pequeno a médio porte, contendo filmes de argila sobre foresets e superfícies de reativação, sugerindo a migração de sandwaves na intermaré. A associação de laguna/delta de maré (AF5) é constituída por calcários dolomitizados (mudstones, wackestones, packstones e grainstones) com poros do tipo vug e móldicos e bioclastos de braquiópodes, equinodermas, foraminíferos, ostracodes, briozoários, trilobitas, moluscos e coral isolado não fragmentado, além do ichnofóssil Thalassinoides. Conglomerados com seixos de calcário dolomitizado, arenitos finos com estratificação cruzada de baixo ângulo e superfícies de reativação, localmente sobrepostos por arenitos finos com estratificação cruzada sigmoidal e laminação cruzada cavalgante, foram interpretados como depósitos de tidal inlet e delta de maré. As associações de fácies/microfácies e os dados paleontológicos descritos neste trabalho corroboram a predominância de ambientes lagunares, em parte, conectados a um ambiente desértico costeiro para o intervalo de transição entre as formações Monte Alegre e Itaituba. A abundância de grãos arredondados de areia fina nas fácies carbonáticas corrobora influxo siliciclástico advindo do ambiente desértico adjacente ao ambiente costeiro. Condições mais quentes e tropicais para a sucessão estudada são também indicadas pela presença de carbonatos e argilominerais como illita e, principalmente, esmectita, bem como uma fauna diversificada. Os litotipos siliciclásticos e carbonáticos intercalados que caracterizam a fase final da deposição Monte Alegre e o início da sedimentação Itaituba, justificam sua representação em um mesmo sistema deposicional costeiro.

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Esta tese de doutoramento apresenta contribuições conceituais e metodológicas de análises sistêmicas, envolvendo ciências sociais e ciências naturais, ao debate sobre a aplicabilidade do desenvolvimento sustentável no território costeiro amazônico. O principal desafio é a utilização de um referencial teórico inovador que articula sistemas sócio-ecológicos - SES e resiliência – à análise de dados primários e secundários. O universo da pesquisa abrange a região costeira bragantina, contemplando os sistemas sociais (comunidades de pescadores) e ecológicos (manguezal) como área amostral. O programa, Dinâmica e Manejo em Áreas de Manguezais – MADAM, totalizando dez anos de pesquisas interdisciplinares serve como principal fonte de informação. Com base nos conceitos do SES e da resiliência, são analisadas as relações entre o uso dos recursos naturais e a organização e estruturação sócio-econômica local. O objetivo é analisar a resiliência do sistema sócio-ecológico costeiro paraense, com base em processos contínuos de desenvolvimento sócio-econômico, identificando quais as mudanças geradas, e como o sistema costeiro reage e se adapta, a partir de novas configurações. O objetivo é fornecer alternativas para o correto desenvolvimento da referida área. O resultado reflete um panorama das condições atuais da zona costeira bragantina. Constatou-se, neste trabalho, que os principais fatos que contribuem para aumentar e diminuir a resiliência sócio-ecológica dessa região, entendida como a capacidade de se adaptar e se reorganizar frente a mudanças e distúrbios, são, particularmente, as forças motrizes endógenas, especialmente, o capital social e o Conhecimento Ecológico Local - CEL, este fornece um potencial reflexivo para um planejamento sustentável no contexto do litoral amazônico.

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Mosquitoes are vectors of arboviruses that can cause encephalitis and hemorrhagic fevers in humans. Aedes serratus (Theobald), Aedes scapularis (Rondani) and Psorophora ferox (Von Humboldt) are potential vectors of arboviruses and are abundant in Vale do Ribeira, located in the Atlantic Forest in the southeast of the State of Sao Paulo, Brazil. The objective of this study was to predict the spatial distribution of these mosquitoes and estimate the risk of human exposure to mosquito bites. Results of the analyses show that humans are highly exposed to bites in the municipalities of Cananeia, Iguape and Ilha Comprida. In these localities the incidence of Rocio encephalitis was 2% in the 1970s. Furthermore, Ae. serratus, a recently implicated vector of yellow fever virus in the State of Rio Grande do Sul, should be a target for the entomological surveillance in the southeastern Atlantic Forest. Considering the continental dimensions of Brazil and the inherent difficulties in sampling its vast area, the habitat suitability method used in the study can be an important tool for predicting the distribution of vectors of pathogens.