909 resultados para Bem-estar social - America Latina
Resumo:
Os estudos sobre as condições de trabalho de profissionais da educação sempre tiveram como objetivo identificar fatores negativos, como o burnout e o estresse. Porém, é sabido que variáveis relacionadas com as relações interpessoais podem proporcionar melhora no bem-estar no trabalho nestes profissionais. O professor, protagonista do processo ensino-aprendizagem pode apresentar bem-estar no trabalho e desempenhar melhor o seu ofício se tiver percepção de suporte daqueles que compõem sua rede social dentro de sua escola. Este trabalho tem como objetivo analisar as relações entre bem-estar no trabalho e percepção de suporte social no trabalho em professores do ensino fundamental. Participaram do estudo 209 professores, do ensino fundamental da rede pública municipal e estadual de ensino, todos do sexo feminino com idade média de 41,55 anos (DP=8,64) e com o nível de instrução mínimo correspondente ao ensino médio. Esses professores responderam a um questionário auto aplicável contendo quatro medidas: Escala de Envolvimento com o Trabalho, Escala de Satisfação com o Trabalho Escala de Comprometimento Organizacional Afetivo e Escala de Percepção de Suporte Social no Trabalho. Calcularam-se as médias, desvios padrão, correlações e sete modelos de regressão linear stepwise entre as variáveis do estudo. Os resultados apontaram para satisfação com os colegas, com a chefia e com as tarefas, mas pouca satisfação com salários e promoções. Os professores apresentaram comprometimento afetivo com suas escolas e envolvimento com o trabalho que realizam. Foi revelada percepção de suporte social, com uma tendência mais elevada de suporte com as informações recebidas, seguida da percepção de suporte emocional e percepção de suporte instrumental nesta ordem. Foram comprovadas relações positivas e significativas entre as dimensões de bem-estar no trabalho e percepção de suporte social no trabalho. Modelos de regressão revelaram que as três dimensões de suporte social no trabalho impactam positivamente as três dimensões de bem-estar no trabalho, com maior capacidade de explicação entre si. Sugere-se novos estudos envolvendo percepção de suporte social no trabalho e bem-estar no trabalho com outras categorias profissionais para complementar estes ainda pouco estudados conceitos.(AU)
Resumo:
No presente trabalho procuramos investigar a influência, de características sociodemográficas e de variáveis pessoais e relacionais da perceção do suporte social e do bem-estar psicológico na transição e adaptação ao ensino superior dos estudantes cabo-verdianos. A investigação incidiu sobre uma amostra de 200 estudantes Caboverdianos, inscritos entre o 1.ºano do 1.ºciclo de estudos e o 2.ºano do 2.ºciclo de estudos, nas comunidades académicas do Algarve e de Coimbra. Para a avaliação das variáveis em estudo foram utilizados, para além de um questionário socio-demográfico, o “Questionário de Suporte Social” (SSQ6; Sarason, Sarason, Shearin& Pierce, 1987), a“Escala de Bem-Estar Psicológico” (EBEP; Ryff&Essex, 1992) e o Questionário de Vivências Académicas (QVA; Almeida, Ferreira & Soares, 1999). Os resultados obtidos sugerem que as variáveis sociodemográficas: género, entrada na instituição de ensino superior pretendida, entrada na 1.ª opção de curso, comunidade académica em que se estuda e estatuto de estudante-trabalhador); e as variáveis do bem-estar psicológico, domínio do meio, relações positivas com outras, objetivos na vida e aceitação de si são importantes preditores da transição/adaptação ao ensino superior dos estudantes cabo-verdianos.
Resumo:
Um envelhecimento bem-sucedido tem como referência critérios sociais, psicológicos e fisiológicos. O presente trabalho tem como principal objetivo proceder ao rastreio dos sintomas psicopatológicos e de bem-estar numa amostra de idosos da ilha de Santa Maria, Açores. Foram inquiridos 54 idosos (15 do sexo masculino e 39 do sexo feminino) com idades compreendidas ente os 55 e 98 anos (M = 77,6 e Dp = 11,1) beneficiários de resposta social em duas instituições de Vila do Porto: o Recolhimento de Santa Maria Madalena (Residência e Apoio Domiciliário) e Santa Casa da Misericórdia (Lar e Residência). Os resultados obtidos foram comparados com dados preliminares do Projeto “Trajetórias de Envelhecimento” do ISMT. Constatou-se que a amostra de idosos da ilha de Santa Maria apresenta maior défice cognitivo, maior sintomatologia ansiosa e depressiva, menor satisfação com a vida e mais afetos negativos do que a amostra do ISMT. Não se verificam diferenças entre os sexos, sendo a idade e o nível de escolaridade as variáveis sociodemográficas que mais interferem na trajetória de envelhecimento. Os mais velhos e com menor escolaridade apresentam maior défice cognitivo. O aumento da idade está ainda relacionado com um aumento dos afetos negativos Estes resultados são preocupantes e sugerem a urgência de uma intervenção terapêutica planeada e especialmente desenhada para esta população, pois o facto de viverem numa ilha, com maior isolamento social e menor oferta de respostas sociais, parece prejudicar a sua saúde mental e a sua qualidade de vida.
Resumo:
O objectivo do presente estudo consistiu em verificar a influência do suporte social e dos estilos de coping sobre a percepção de bem-estar subjectivo e de estados emocionais negativos numa amostra de 41 indivíduos (27 homens e 14 mulheres) portadores de doença mental crónica, com idades compreendidas entre os 18 e 61 anos. Foram, ainda, identificados os principais estilos de coping utilizados por esses indivíduos, bem como um estudo de comparação entre doentes institucionalizados e não-institucionalizados. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Satisfação com o Suporte Social, constituída por quatro subescalas (satisfação com amizades, intimidade, satisfação com a família e actividades sociais); Questionário dos Estilos de Coping, formado igualmente por quatro subescalas (Coping Racional, Coping Emocional, Coping Evitante e Coping Distanciado/Desligado); Escala de Satisfação com a Vida e, por último, a Escala de Depressão, Ansiedade e Stress. Os resultados demonstram que o valor global de suporte social e as suas dimensões “satisfação com amizades”, “intimidade”, “satisfação com a família” e “actividades sociais” se correlacionam positivamente, a nível estatisticamente significativo com o bem-estar subjectivo. Relativamente ao estilo de coping racional, verifica-se que este se relaciona negativamente com a sintomatologia depressiva, ao contrário do coping emocional que apresenta uma correlação positiva com os estados emocionais negativos (depressão, ansiedade e stress) e uma relação inversa com o bem-estar. Os doentes institucionalizados, comparativamente aos não-institucionalizados, apresentam o uso mais frequente de coping desadaptativo (emocional) e níveis mais elevados de ansiedade. O suporte social, os estilos de coping e a percepção de bem-estar subjectivo demonstram estar associados de modo teoricamente esperado, mostrando a importância dos factores psicossociais na adaptação à doença mental crónica. / The aims of this study was to verify the influence of social support and coping styles on the perception of subjective well-being and negative emotional states in a sample of 41 subjects (27 men and 14 woman) with chronic mental illness (aged between 18 and 61 years). We also identified the main coping styles used by these subjects, as well as a comparative study of institutionalized patients and non-institutionalized. Instruments used include the Satisfaction with Social Support (with four dimensions: satisfaction with friendships, intimacy, satisfaction with family and social activities); Coping Styles Questionnaire (with four coping dimensions: rational, emotional, avoidant and distance); Scale of Satisfaction with Life and, finnaly, the Scale for Depression, Anxiety and Stress. Results shows that the global social support and its dimensions “satisfaction with friendships”, “intimacy”, “satisfaction with family” and “social activities” have a statistically significant positive correlation with subjective well-being.and It appears that the rational coping styles is negatively related to depressive symptoms, unlike the emotional coping has a positive correlation with negative emotional states (depression, anxiety and stress) and an inverse relationship with well-being. The institutionalized patients, compared to non-institutionalized, have more frequent use of maladaptative coping (emotional) and higher levels of anxiety. Social support, coping styles and perception of subjective well-being are associated according to the theoretical models, showing the role of psychosocial factors in adaptation to chronic mental illness.
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La reforma estructural de las pensiones de la seguridad social es un tema de debate internacional y América Latina ha sido pionera en dicha reforma, tiene una experiencia acumulada de dos décadas y ha ejercido una influencia importante en otras regiones del mundo. Este artículo recopila información legal y estadística sobre dicha reforma en diez países latinoamericanos, con el fin de acometer tres tareas: (I) analizar los tres modelos generales diversos seguidos y apuntar las características de las reformas entre los países;(II) evaluar el desempeño de la reforma contrastándola con nueve supuestos convencionales sobre sus efectos (en la cobertura, el pago de las cotizaciones, la competencia y el costo administrativo, el impacto en el ahorro nacional, el rendimiento de la inversión, etc); y (III) extraer lecciones de estas reformas que sean útiles para la región y otros países.
Resumo:
El tema social se halla actualmente en el centro del escenario histórico de América Latina. Se suceden desde las más variadas fuentes los llamados de alerta sobre la magnitud y profundidad de los problemas que sacuden a la región en el campo social. La mayor reunión de Presidentes del Continente, la cumbre hemisférica (Santiago de Chile, 1998) consignó en su declaración final, suscrita por todos los mandatarios, que “superar la pobreza continúa siendo el mayor desafío confrontado por nuestro Hemisferio”. Caracterizando algunos de los principales problemas existentes, los Presidentes indicaron “estamos decididos a remover las barreras que deniegan a los pobres el acceso a nutrición adecuada, servicios sociales, un medio ambiente saludable, créditos y títulos legales sobre su propiedad”. El Secretario General de la CEPAL, José A. Ocampo resaltó (1998) sobre la situación que “siguen aumentando los niveles de pobreza absoluta, los niveles de desigualdad no muestran mejoría y sigue aumentando el empleo en el sector informal”. El Presidente del BID, Enrique V. Iglesias ha destacado (1997) que “el proceso de cambio ha dejado sin resolver en la gran mayoría de los países un tema central: la pobreza crítica y la mala distribución del ingreso”. El Banco Mundial ha hecho continuos señalamientos sobre la gravedad del problema: “América Latina es notable como una región en la que la pobreza, particularmente la pobreza absoluta, no registra mejora alguna” (Burki, 1996), e indicó en reciente conferencia internacional sobre la región (Chile, 1999), los riesgos que corría la democracia en tales condiciones.
Impacto do suporte social e das estratégias de coping no bem-estar subjectivo em sujeitos deprimidos
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Dissertação de mestrado, Psicologia Clínica e da Saúde, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2011
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Sendo a docência umas das profissões onde existem elevados níveis de stresse e burnout, este estudo objetivou comparar estes níveis em professores de ensino regular que trabalham com alunos com Necessidades Educativas Especiais e professores de educação especial. Estudou-se também o bem-estar psicológico manifestado por este grupo, bem como a percepção do suporte social, o qual tem um efeito direto positivo sobre o burnout. Os resultados revelam que, relativamente ao stresse, no grupo de ensino regular são os homens que manifestam um nível mais elevado, enquanto que no grupo de educação especial, são as mulheres. Foram identificadas também diferenças no bem-estar e percepção do suporte social, tendo estes resultados sido obtidos para os docentes de educação especial, homens e mulheres, respetivamente. No que concerne ao burnout, foram observadas diferenças em função do género e habilitações literárias, tendo estas sido verificadas no grupo de professoras de ensino regular que possuem o bacharelato e professores que possuem mestrado e doutoramento. No grupo de educação especial, as diferenças foram obtidas nas professoras com doutoramento e nos homens que possuem a licenciatura; Comparative study of regular education teachers and special education in Portuguese public schools: stress, welfare, social support and burnout Abstract: Being a teaching professions where there are high levels of stress and burnout, this study aimed to compare these levels in regular education teachers who work with students with special educational needs and special education teachers. It is also studied the psychological well-being manifested by this group, as well as the perception of social support, which has a positive direct effect on burnout. The results show that for the stress in the regular education group are men who express a higher level, while the special education group, are women. They were also identified differences in well-being and perceived social support, and these results have been obtained for special education teachers, men and women, respectively. Regarding the burnout, differences were observed in gender and qualifications, and these were verified on the regular education teachers group who have a bachelor's degree and teachers who hold master's and doctorate. In the special education group, the differences were obtained in teachers with doctoral and men who have a degree.
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Os programas de transferência de renda condicionada tornaram-se uma política social constante nas agendas dos mais variados países da América Latina; entre eles, o Brasil. Inicialmente classificados como um modelo de política de tempos neoliberais, programas como o brasileiro Bolsa Família apresentam, porém, características que os aproximam, cada vez mais, de políticas social-democratas, agora desenhadas para um contexto de maior escassez de recursos e de globalização da produção. Alguns trabalhos, tais como de Esping-Andersen (2002), identificam determinados programas de transferência como uma alternativa de política social para a promoção do bem-estar. Fortalecido e oficialmente lançado em 2003, o Programa Bolsa Família, de transferência de renda condicionada, configurou-se como uma das principais e mais abrangentes políticas sociais do governo de centro-esquerda do Partido dos Trabalhadores, durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. Não contributiva, fortalece o processo de transformação no padrão de proteção social predominante no país até os dias de hoje. Além disso, segundo apontam estudos, é uma das principais responsáveis pela queda da desigualdade e aumento da renda. Esses fatores, bem como aspectos que dizem respeito a sua sustentação política na esfera eleitoral, evidenciam a existência de uma agenda de política social própria da centro-esquerda, a qual perdura, a despeito de uma suposta homogeneização nas preferências diante das limitações fiscais.
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O objetivo do presente estudo é analisar o impacto da terapia Reiki no bem estar subjetivo e suas representações sociais em uma universidade pública do Rio de Janeiro. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, com abordagem experimental, apoiado na Teoria de Representações Sociais. O grupo estudado foi composto de 60 sujeitos que não tiverem acesso à terapia anteriormente entrevistados antes e depois de três sessões de Reiki. Os dados foram coletados através de quatro instrumentos: questionário de identificação dos sujeitos, questionário de representação social do Reiki, questionário de evocação livre e escala de Bem estar Subjetivo. A análise dos dados foi realizada com estatística descritiva e inferencial com o software SPSS 19, análise estrutural e análise de conteúdo das representações sociais, a partir do software EVOC. Os sujeitos participantes são do sexo feminino (88,33%); nível superior (76,66%); discentes de ensino superior e médio e enfermeiros (48,34%); está empregado (56,67%); renda pessoal inferior a R$ 1.000,00 (41,67%); solteiro (61,67%); vive sozinho (68,33%); tem companheiro fixo (68,33%); sem doença (58,33%); uso de terapia não convencional (63,33%); tem religião (88,33%) e religião católica (33,33%) e evangélica (21,67%). Quanto às representações sociais, a busca do Reiki antes e depois do experimento revelou duas categorias com maior frequência, que são: equilíbrio da saúde mental, antes (35,44%) e depois (50,65%) e equilíbrio da saúde física, antes (16,46%) e depois (27,27%). Quanto à estrutura representacional do Reiki, o possível núcleo central dos dois grupos analisados foi composto pelas palavras energia, relaxamento e tranquilidade, configurando-se como uma dimensão funcional e positiva do Reiki e não apresentando variação da representação antes e depois da realização da terapia. O estudo experimental apresentou como resultados: No experimento I: diferença estatisticamente significante na dimensão afeto positivo, com escore maior no grupo de sujeitos que recebeu a terapia Reiki comparado aos que não receberam. No experimento II: diferença estatisticamente significante na dimensão afeto negativo, com escore maior no grupo de sujeitos que recebeu informação do Reiki associado à religiosidade comparado àqueles que receberam outros tipos de informação. E no experimento III: na dimensão afeto positivo, observou-se que todos os escores se elevaram, apontando para um efeito generalizado e inespecífico da realização do Reiki e da informação sobre o afeto positivo, exceto no que se refere à informação de espiritualidade que apresentou inversão das médias. No afeto negativo observou-se que todos os escores diminuíram, apontando para um efeito generalizado e inespecífico da realização do Reiki.Na dimensão cognitiva as médias dos escores antes e depois das manipulações experimentais praticamente não se alteraram. Conclui-se que a terapia Reiki favoreceu na manutenção do equilíbrio energético dos usuários, através de relaxamento, tranquilidade e sentimentos positivos, proporcionando, assim, efeitos psicológicos saudáveis, nutrindo e fortificando o campo energético dos usuários que participaram do estudo.
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O propósito do presente estudo foi o de examinar o impacto da implementação de um programa de desenvolvimento de habilidades sociais no bem-estar psicológico (BEP) e no rendimento escolar numa amostra de estudantes adolescentes portugueses. Para aferir o BEP, foi utilizada a versão portuguesa de 30 itens para adolescentes das escalas de Ryff; o rendimento escolar foi aferido com recurso às avaliações finais de cada período letivo. O programa utilizado baseou-se no desenvolvimento das habilidades sociais de comunicação, assertividade e resolução de problemas, durante o ano letivo numa frequência semanal de 45 minutos nas aulas de Formação Cívica, em estudantes do 7º e 8º anos de escolaridade. Os dados longitudinais foram analisados através da estatística não paramétrica, recorrendo aos testes Wilcoxon-Mann-Whitney correlação de Spearman do programa SPSS®, versão 20.0. Os resultados mostram impacto do programa de desenvolvimento de habilidades sociais nas dimensões do BEP – autoaceitação, relações positivas com os outros, domínio do meio, crescimento pessoal, objetivos na vida e no BEP global em um ou mais momentos do pós teste. Os resultados demonstram igualmente correlações positivas entre as dimensões do BEP – autonomia, autoaceitação, domínio do meio, objetivos na vida e do BEP global e o rendimento escolar, em três ou mais momentos observados.
Resumo:
Dissertação de Mestrado, Psicologia, Especialização em Psicologia da Saúde, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve. Departamento de Psicologia e Sociologia, Universidade Autónoma de Lisboa, 2009
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Dissertação de mest., Psicologia Clínica e da Saúde, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2011
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O nosso estudo pretende determinar o impacto da situação de desemprego ao nível do bemestar subjectivo. Procura observar a influência de alguns factores nomeadamente o suporte social percebido e o coping na relação com o bem-estar subjectivo na situação de desemprego. Envolve ainda a análise de características sociodemográficas e características específicas do desemprego (socioprofissionais) na relação com os recursos emocionais e na satisfação com a vida. De modo a concretizar o estudo, envolvemos uma amostra de 128 participantes residentes na região do Algarve. Foram utilizadas a Escala de Satisfação com a Vida-SWLS (Diener & colaboradores, 1985, versão portuguesa de Simões, 1992), a Escala de Afectos Positivos e Afectos Negativos-PANAS (Watson, Clerk & Tellegen, 1988, versão portuguesa de Simões, 1993), o Questionário de Suporte Social–SSQ6 (Sarason & colaboradores, 1987, versão portuguesa de Pinheiro & Ferreira, 2002), o Brief COPE (Carver, Scheier e Weintraub, 1989, versão portuguesa de Ribeiro & Rodrigues, 2004) e um questionário sociodemográfico e socioprofissional. Os resultados sugerem que a situação de desemprego tem um impacto no bem-estar subjectivo do indivíduo. Observa-se ainda a existência de variáveis que influenciam esta relação, em particular as variáveis psicológicas. Os resultados obtidos pela delineação de um modelo de regressão múltipla, sugerem uma relação directa entre as estratégias de coping, o suporte social percebido, as expectativas de empregabilidade e o sentimento de (in)satisfação com a situação de desemprego, e as componentes do bem-estar subjectivo.
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Esta investigação teve como objetivo compreender e descrever o bem-estar na hotelaria de cinco estrelas através da ação das chefias promotoras de bem-estar. Foi analisado o conceito de liderança, entendido como um processo de influência social mútuo entre líder e liderado, considerado como um fenómeno transversal às organizações humanas, construído no seio do grupo numa dinâmica relacional e num diálogo permanente entre génese e estrutura, ação e investigação. Foi igualmente analisado o conceito de bem-estar entendido como um constructo subjetivo multidisciplinar complexo percecionado pelo indivíduo, segundo critérios padronizados e avaliados somente por este, que integra uma componente cognitiva e uma componente afetiva, constituindo um fenómeno social estudado ao nível do indivíduo e da organização. Foram descritas as teorias da liderança e do bem-estar contemporâneas, apresentadas e desenvolvidas numa perspetiva de evolução histórica e de contributo mútuo para o enriquecimento da relevância social dos indivíduos nas organizações, salientando-se as teorias da liderança cujo quadro teórico nos leva à compreensão do objetivo da investigação, bem como as teorias da motivação e espiritualidade no trabalho. Por forma a diferenciar as perceções que os colaboradores apresentam dos chefes que promovem e dos que não promovem o bem-estar, foi utilizada a teoria dos constructos de George Kelly possibilitando a utilização de um questionário administrado a colaboradores de seis hotéis de cinco estrelas no Algarve. Foram validados para análise estatística 439 questionários e realizadas 33 entrevistas a chefias promotoras e não promotoras de bem-estar, tratadas por análise de conteúdo tendo em conta a obtenção da objetividade necessária para a interpretação do discurso das chefias retendo as principais diferenças entre os dois grupos. Os resultados mostraram que a liderança promotora de bem-estar se constrói em torno de duas dimensões – competências relacionais e competências da tarefa. As entrevistas às chefias comprovaram estes resultados na medida em que ficou demonstrado que as chefias promotoras de bem-estar e não promotoras de bem-estar apresentam diferenças significativas quanto à forma como constroem e desempenham o seu papel. Este trabalho contribuiu para a compreensão da liderança e do bem-estar na hotelaria de cinco estrelas, mostrando que a liderança promotora de bem-estar é um processo interpessoal, de transparência relacional e influência organizacional, orientado para o desempenho organizacional focalizado no autodesenvolvimento dos colaboradores.