151 resultados para Acalasia Esofágica
Resumo:
o câncer de esôfago prossegue uma doença de distribuição mundial que, em áreas de maior risco, está relacionada a hábitos regionais, em particular alimentares. No sul do Brasíl, da Argentina e do Uruguai, há zonas de maior incidência, relacionada ao uso de tabaco, de álcool, de churrasco (comida típica) e de uma infusão de erva-mate, chamada chimarrão, bebida a temperaturas elevadas. Ao uso destas infusões foiatribuido no passado um grande poder carcinogênico, que parece estar mais relacionado a irritação térmica do esôfago do que às suas propriedades químicas. Gradativamente, no entanto, algumas destas ervas e chás, têm demonstrado uma apreciável capacidade inibidora da carcinogênese, que poderia ser empregada na quimioprofilaxia do câncer em diversas regiões, devido à grande aceitação de seu consumo. No presente trabalho, visando avaliar o efeitos do chá preto sobre a carcinogênese esofágica experimental, foi utilizado o método de RUBlO (1987), que emprega a indução tumoral do esôfago pela administração oral de dietilnitrosamina (DEN), aplicado a uma população de 120 camundongos fêmeas durante 160 dias. Os animais foram distribuidos em 2 grupos controles (6 animais cada) e 3 grupos de tratamento (36 animais cada), nestes últimos foi efetuada a indução tumoral com dietilnitrosamina (DEN) em concentração de 0,04ml/L e, a dois deles, foi administrado chá preto a 1%, de duas diferentes formas. Após 160 dias foi efetuado a eutanásia dos animais e seus esôfagos foram analisados macroscopicamente e à histopatologia. A comparação entre os resultados obtidos quanto a presença de tumores (macroscopia) e a intensidade das lesões encontradas (histopatologia) revelou uma incidência significativamente menor de tumores (p < 0,0001) e uma maior proporção de lesões de menor gravidade nos grupos que receberam chá preto (p < 0,001), em relação ao grupo que não o recebeu, revelando um acentuado efeito quimioprofilático da substância.
Resumo:
O câncer de esôfago é a sexta neoplasia maligna mais comum no mundo. No Rio Grande do Sul, Brasil, o carcinoma epidermóide de esôfago apresenta coeficientes de mortalidade elevados e com tendência ascendente com, pelo menos, o dobro dos coeficientes padronizados de mortalidade encontrados em outros estados brasileiros ou em países do cone sul da América latina. O diagnóstico tardio parece ser o principal responsável pelo mau prognóstico. Nos últimos anos, diversos estudos têm demonstrado a possibilidade de identificação das lesões precursoras do câncer esofágico, mas sem repercussão no prognóstico, até o momento. Considera-se, atualmente, que a carcinogênese esofágica está relacionada a uma interação entre fatores ambientais e anormalidades genéticas Recentemente, estudos em biologia molecular têm demonstrado a influência dos fatores reguladores do ciclo celular no prognóstico de diversas moléstias, inclusive o câncer. O Rb é um gene supressor tumoral envolvido no mecanismo de controle do ciclo celular, cuja expressão tem sido demonstrada no câncer do esôfago. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência da perda da expressão da proteína pRb na mucosa esofágica de indivíduos sob risco para o carcinoma epidermóide de esôfago, bem como relacionar esta expressão com o consumo de tabaco, álcool e chimarrão, achados histopatológicos e cromoscopia com lugol. Foram estudados 170 casos e 20 controles através de reação imunohistoquímica utilizando anticorpo monoclonal anti-pRb em amostras teciduais fixadas em formalina e armazenadas em parafina. Um total de 33 casos demonstrou perda da expressão imunohistoquímica da proteína pRb, determinando uma prevalência de 19,4% na amostra estudada. Não houve associação estatisticamente significativa entre a perda da expressão da proteína pRb e as variáveis idade, raça, exposição ao fumo, álcool e chimarrão, bem como a cromoendoscopia com lugol. Foi demonstrada uma associação significativa entre a perda da expressão da pRb com a história de câncer na família. Da mesma forma, foi demonstrada uma associação linear significativa entre a perda da pRb e o grau histopatológico das lesões. Estes resultados demonstraram uma influência da proteína pRb na evolução da carcinogênese esofágica e permitem sugerir que os indivíduos expostos aos fatores de risco estudados sejam candidatos a uma maior vigilância.
Resumo:
Introdução: A motilidade esofágica ineficaz (MEI) é um distúrbio motor que acomete o corpo esofágico, recentemente descrito. Caracteriza-se, manometricamente, pela presença de ondas de baixa amplitude e/ou ondas não transmitidas ao longo do esôfago em 30% ou mais das deglutições com água. Nos pacientes com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), a MEI associa-se à maior ocorrência de refluxo na posição supina. Entretanto, o seu impacto na qualidade de vida é desconhecido. Questionários de qualidade de vida, genéricos ou específicos, têm sido valiosos instrumentos para mensurar a qualidade de vida pela ótica do paciente. Objetivos: 1. mensurar o impacto da MEI nos sintomas da DRGE, confirmada por pHmetria prolongada, medidos por uma escala de qualidade de vida específica para a DRGE; 2. validar para a língua portuguesa a escala de qualidade de vida para a doença do refluxo gastroesofágico (EQV-DRGE) de Velanovich; 3. determinar a prevalência da MEI em pacientes com DRGE confirmada pela pHmetria prolongada. Pacientes e Métodos: A ausência de instrumentos para medir a qualidade de vida, especificamente na DRGE, em língua portuguesa nos levou a traduzir e validar a escala de qualidade de vida de Velanovich em pacientes com DRGE confirmada por pHmetria esofágica prolongada. Nessa escala, é obtido um escore específico para cada sintoma (pirose, regurgitação, disfagia e odinofagia) assim como um escore global entre 0 e 50; quanto menor for o escore melhor será a qualidade de vida relacionada aos sintomas da DRGE. Após essa validação, aplicou-se esse instrumento, prospectivamente, em pacientes avaliados no Laboratório de Fisiologia Digestiva por um período de dois anos (agosto/99 e agosto/01). Os pacientes foram submetidos, consecutivamente, à anamnese, à EQV-DRGE, à manometria e à pHmetria prolongada. Estudaram-se, nesse grupo de pacientes, a associação entre a presença de MEI e o escore da EQV-DRGE. Resultados: A versão em português da escala de qualidade de vida pareceu-nos de fácil compreensão pelos pacientes, estimando-se um acréscimo entre 5 e 10 minutos para o seu preenchimento por paciente. Inicialmente, 219 indivíduos foram admitidos ao protocolo. O grupo efetivamente estudado, após aplicação dos critérios de exclusão, consistiu em 124 pacientes com refluxo ácido patológico confirmado, com média de idade de 48 anos, predomínio do sexo feminino (65%) e presença de MEI em 40 (32,3%). Os escores das perguntas específicas “Você sente azia quando está deitado?”, “Você sente dificuldade para engolir?” e o escore global foram significativamente mais elevados no grupo de indivíduos com MEI quando comparados com o grupo sem MEI (respectivamente: P=0,019 , P=0,006 e P=0,038). Conclusões: 1) a motilidade esofágica ineficaz influencia negativamente a qualidade de vida de pacientes com DRGE medida pela EQV-DRGE, piorando significativamente os sintomas “disfagia” e “pirose em posição supina”; 2) a EQV-DRGE traduzida para a língua portuguesa apresenta evidências de validade para ser utilizada em pacientes portadores da doença; 3) a motilidade esofágica ineficaz é um distúrbio motor prevalente na DRGE confirmada pela pHmetria prolongada.
Resumo:
Racional — A resposta do esfíncter esofágico superior ao refluxo gastroesofágico é controvertida. A perfusão esofágica com ácido clorídrico é modelo de estudo da ação do ácido o componente mais agressivo do refluxo sobre o esfíncter. Objetivos - Estudar o efeito da acidificação esofágica sobre o esfíncter esofágico superior através da eletromanometria esofágica. - Material e Métodos - em 30 cães adultos de ambos os sexos foram registrados estudos eletromanométricos do esôfago. A técnica utilizada foi a de puxada intermitente da sonda e perfusão contínua dos cateteres com água destilada. Estes exames permitiram as medidas da amplitude da pressão (mm Hg) e do comprimento (cm) do esfíncter superior do esôfago em condições basais (momento 1). Após esta fase, os animais foram submetidos a perfusão esofágica e divididos em 3 grupos de 10, na dependência da solução utilizada na perfusão e do momento do estudo: Grupo 1: perfusão esofágica com água destilada e estudos eletromanométricos realizados aos 15 minutos (momento 2) e 30 minutos (momento 3) do término da perfusão; Grupo 2: perfusão esofágica com HCl 0,1 N e estudos eletromanométricos realizados 15 minutos após o término da perfusão (momento 2); Grupo 3: perfusão esofágica com HCl 0,1 N e estudos eletromanométricos realizados 30 minutos após o término da perfusão (momento 3). Resultados/Conclusão - Os resultados observados permitiram concluir que a acidificação do esôfago não provocou alterações significativas sobre a amplitude de pressão e comprimento do esfíncter superior do esôfago.
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RACIONAL: A doença do refluxo gastroesofágico é a afecção digestiva de maior prevalência. Os portadores podem apresentar na evolução algumas complicações, sendo o esôfago de Barrett a de maior importância, tendo em vista seu potencial de malignidade. Todavia os processos inflamatórios do trato gastrointestinal podem apresentar degeneração maligna. OBJETIVOS: Avaliar os possíveis danos do DNA em portadores de esofagite de refluxo gastroesofágico de vários graus e verificar a aplicação do ensaio Cometa na detecção dos mesmos. MÉTODOS: Foram estudados 25 pacientes distribuídos em quatro grupos: controle (n=5), esofagite leve (n=8), esofagite severa (n=5) e câncer (n=7). O ensaio Cometa foi realizado no sangue periférico (linfócitos) e biópsia do terço distal do esôfago. RESULTADOS: O ensaio Cometa detectou danos no DNA nos pacientes com esofagite leve e severa (sangue periférico e biópsia), sendo que na esofagite severa a intensidade dos danos foi maior (p<0,05). Os danos do DNA dos pacientes com esofagite severa e câncer não mostraram diferença significativa e a intensidade dos mesmos corresponde ao ensaio Cometa classe 4 (maior que 95% de danos). CONCLUSÕES: 1) As frequências de quebras do DNA da mucosa esofágica e linfócitos estão diretamente relacionadas ao grau de inflamação; 2) a esofagite severa apresenta praticamente a mesma frequência de danos no DNA do câncer esofágico; 3) o ensaio Cometa mostrou-se muito sensível para a detecção dos danos do DNA.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do tempo de jejum (9, 12, 15 e 18 horas) dos animais na granja (TJG) e da posição na carroceria do caminhão (PBO) durante o transporte da granja ao frigorífico sobre: a perda de peso corporal (PPC), o peso do estômago cheio (PEC) e vazio (PEV), o peso do conteúdo estomacal (PCE) e o escore de lesão na mucosa esofágica-gástrica (ELG). Foram utilizadas 192 fêmeas, com peso vivo médio de 134,51±11,80kg. No modelo, foram considerados os efeitos de bloco (estação do ano, BL), TJG, PBO e da interação entre BL x TJG. Verificou-se efeito significativo do TJG apenas sobre o peso do conteúdo estomacal. Não se observou efeito significativo da PBO sobre qualquer das variáveis avaliadas. Dos suínos avaliados, 90,3% apresentaram PEC menor que 500 gramas e 8,56% com PEC entre 500 e 800 gramas. A prevalência de suíno com ELG foi baixa (14,97%), sendo que, dos animais com ELG, 13,90% apresentaram lesão de grau 1 e 1,09% eram grau dois. Conclui-se que animais submetidos a jejum na granja de 15 horas apresentam menor peso do conteúdo estomacal ao abate.
Resumo:
Pós-graduação em Bases Gerais da Cirurgia - FMB
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Pós-graduação em Bases Gerais da Cirurgia - FMB
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Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
Resumo:
La esofagitis eosinofílica (EEo) es una enfermedad esofágica alérgica de creciente incidencia. Afecta a niños y adultos jóvenes, principalmente hombres (razón 3:1), encontrándose enfermedades atópicas subyacentes (asma y/o rinoconjuntivitis estacional, dermatitis atópica, alergia alimentaria) en el 80%-90% de los casos. Los primeros criterios diagnósticos para la EEo, publicados en el año 2007, se basaban en la conjunción de tres criterios mayores: datos clínicos (síntomas de disfunción esofágica), datos histológicos (infiltración epitelial esofágica por eosinófilos > 15 eos/cga) y ausencia de respuesta a inhibidores de la bomba de protones (IBP) o pHmetría esofágica normal. Sin embargo, la gran mayoría de los pacientes con síntomas de disfunción esofágica e inflamación esofágica eosinofílica eran diagnosticados de EEo sin confirmación de la respuesta a IBP o realización de pHmetría. Por tanto, existía un riesgo evidente de infraestimación de la respuesta a IBP en estos pacientes. Este incumplimiento de las premisas diagnósticas de consenso no sólo impedía cuantificar el porcentaje de pacientes que eran respondedores a IBP, sino que hacía que pacientes potencialmente respondedores a IBP recibieran otros tratamientos específicos para la EEo (corticoides tópicos, dietas de eliminación), los cuales, comparados con los IBP, provocan mayor cantidad de efectos adversos o podían limitar notablemente la calidad de vida de los pacientes. Inmediatamente después de la publicación de las primeras recomendaciones diagnósticas en el año 2007, se comunicaron pequeñas series retrospectivas de pacientes pediátricos con eosinofilia esofágica sintomática que alcanzaron remisión completa con IBP, tanto con pHmetría normal como patológica. Por tanto, estas series iniciales comenzaron cuestionar el papel diagnóstico de la pHmetría y su capacidad para predecir la respuesta a IBP...
Resumo:
Se presenta el caso clínico de un paciente que presenta estenosis esofágica tras ingesta de caústicos, con disfagia a líquidos por lo que se realizó esofagectomía transhiatal con técnica de tubo gástrico como alternativa para reemplazo esofágico con ascenso mediastinal y yeyunostomía de alimentación, luego del procedimiento presenta fístula a nivel de la anastomosis proximal cervical y derrame pleural que se drena mediante avenamiento pleural bilateral, se maneja de manera conservadora sin desfuncionalización la fistula cervical mediante dren semirígido, con cierre espontaneo y se da de alta al paciente luego de tolerar dieta