635 resultados para Bats.
Resumo:
Levantamento das espécies de moscas ectoparasitas de morcego da família Streblidae sobre morcegos da família Phyllostomidae foi realizado na Estação Ecológica de Caetetus, São Paulo. Foram capturados 400 indivíduos de 15 espécies de morcegos filostomídeos, mas somente seis espécies abrigavam 93 indivíduos de nove espécies de Streblidae. A prevalência e intensidade média são apresentadas para cada espécie de Streblidae. Strebla chrotopteri Wenzel, 1976 é registrada pela primeira vez no Estado de São Paulo.
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Estudo preliminar sobre a riqueza de espécies e a freqüência de capturas de morcegos em dois habitats, mata primária e reflorestamento de Araucária, na Região Centro Leste do Paraná. Foi empregado o mesmo esforço para as duas áreas, resultando na captura de 11 espécies na área de mata primária, contra oito no reflorestamento de Araucária. A uniformidade na distribuição da abundância -equitabilidade - foi maior na mata primária. No reflorestamento de Araucária, noventa por cento dos indivíduos coletados pertenciam somente a duas espécies. Pelos resultados, conclui-se que a floresta primária com numerosos nichos, apresenta uma riqueza de espécies elevada, mas a ação do homem reduz a riqueza de espécies geral, o que se reflete principalmente na dominância de poucas espécies. Destaca-se aqui, nos dois tipos de ambientes, a presença de Myotis ruber, listada como ameaçada de extinção no Brasil.
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Agressões de morcegos a pessoas vêm sendo notificadas em várias comunidades amazônicas nesta última década. Isto constitui um risco potencial para a raiva humana transmitida por morcegos. O objetivo deste estudo foi de analisar fatores associados a estas agressões em uma destas comunidades. Foi realizado um estudo transversal em um povoado de garimpeiros na Região Amazônica brasileira (160 habitantes). Foi realizada a captura de morcegos junto às casas e foram enviadas amostras para o laboratório. Das 129 pessoas entrevistas, 41% foram agredidas por morcegos pelo menos uma vez, com 92% das mordidas localizadas nos dedos dos pés. Por meio de regressão logística, encontrou-se que adultos eram agredidos ao redor de quatro vezes mais do que crianças (OR = 3,75, IC: 1,46-9,62, p = 0,036). Homens foram agredidos com maior freqüência do que mulheres (OR = 2,08, IC: 0,90-4,76, p = 0,067). Nove Desmodus rotundus e três morcegos frugívoros foram capturados e resultaram negativos para a raiva. O estudo sugere que, em áreas de garimpo, adultos do sexo masculino têm maior probabilidade de serem agredidos por morcegos. As ações de controle para a raiva humana a serem desenvolvidas nestes lugares devem dar ênfase especial a adultos homens. Recomendam-se mais investigações sobre o modo como o garimpo na Região Amazônica está colocando em risco as pessoas e o ambiente.
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Quatro casos positivos para a raiva foram diagnosticados em morcegos de três espécies de molossídeos (um Molossus molossus, um Nyctinomops laticaudatus e dois N. macrotis) do Estado de São Paulo, Brasil. Três deles foram encontrados durante o dia em locais visíveis e não habituais e o outro entrou pela janela, no início da noite. Quadro descritivo com 19 casos semelhantes, envolvendo oito espécies, é mostrado e indica que morcegos com comportamento atípico devem ser considerados como fortemente suspeitos de estarem doentes, possivelmente com raiva.
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É registrado o primeiro caso de raiva no morcego insetívoro Tadarida brasiliensis no Estado de São Paulo. O animal raivoso foi encontrado vivo no período da tarde, enquanto pendurado na parede interna de um prédio urbano, o que reforça a noção que se deve ter cuidado com morcegos encontrados em situações não usuais
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OBJETIVO: Os relatos sobre a ocorrência de raiva em morcegos no Brasil são esporádicos e isolados. Assim, o objetivo do estudo foi descrever a detecção do vírus da raiva em morcegos do Estado de São Paulo. MÉTODOS: Foram analisados 7.393 morcegos provenientes de 235 municípios do norte e noroeste do Estado de São Paulo, no período de 1997 a 2002 e identificados por meio de características morfológicas e morfométricas. Para a detecção do antígeno viral foi utilizada a técnica de imunofluorescência direta e o isolamento do vírus foi realizado por inoculação em camundongos. RESULTADOS: Das amostras examinadas, 1,3% foram positivas para raiva, com variação de 0,2% em 1997 a 1,6% em 2001. Foram encontrados 98 morcegos com o vírus, 87 deles em área urbana. O vírus da raiva foi detectado pela imunofluorescência direta em 77 do total de amostras positivas, enquanto 92 produziram doença em camundongos inoculados e o período de incubação variou entre 4-23 dias. em 43 municípios foi encontrado pelo menos um morcego positivo. Entre as espécies analisadas o vírus da raiva foi detectado com maior freqüência (33,7%) em Artibeus lituratus. Os vespertilionideos do gênero Eptesicus e Myotis totalizaram 24,5% dos morcegos positivos e as espécies do gênero Molossus (Molossus molossus e Molossus rufus), 14,3%. A distribuição do vírus da raiva foi semelhante entre fêmeas (33; 48,5%) e machos (35; 51,5%). CONCLUSÕES: Morcegos positivos para raiva foram encontrados em situações que colocam em risco tanto a população humana como animais de estimação, exigindo medidas voltadas para o manejo destas espécies e de educação da população.
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Amostras de vírus rábico isoladas de animais e humanos no período de 1989 a 2000 foram tipificadas antigenicamente com a utilização de um painel de anticorpos monoclonais contra a nucleoproteína viral, pré-estabelecido para o estudo da epidemiologia molecular do vírus rábico isolado nas Américas. As amostras testadas foram isoladas no laboratório de diagnóstico do Instituto Pasteur e outros centros de diagnóstico de raiva no Brasil. Além das cepas de vírus rábico fixo CVS-31/96-IP, mantida em cérebro de camundongos e a PV-BHK/97, mantida em cultura de células, cepas de vírus rábico isoladas de cães, gatos, bovinos, eqüinos, morcegos, ovinos, caprino, suínos, raposa, sagüí, coatí, guaxinim e humanos, totalizaram 330 amostras. Seis variantes antigênicas foram definidas, compatíveis com perfís observados no painel de anticorpos monoclonais pré-estabelecido utilizado, as de número 2 (cão), 3 (Desmodus rotundus), 4 (Tadarida brasiliensis), 5 (Vampiro da Venezuela), 6 (Lasiurus cinereus) e Lab (reagente a todos os anticorpos utilizados), além de outros seis perfís desconhecidos, não compatíveis com aqueles observados no painel utilizado. A maior variabilidade foi observada entre as amostras isoladas de morcegos insetívoros e a variante mais comum isolada entre as espécies foi a variante 3 (Desmodus rotundus). Estes fatos podem representar a existência de múltiplos ciclos de transmissão independentes, envolvendo diferentes espécies de morcegos.
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To investigate the genetic characteristics of phosphoprotein (P) and matrix protein (M) genes of variable rabies virus (RV) prevalent in Brazil, the authors genetically characterized the P and M genes from 30 Brazilian RV field isolates. Phylogenetic analysis based on the P and M genes revealed the presence of six RV variants that consisted primarily of three insectivorous bats, the vampire bat, dog and fox in Brazil. Specific amino acid substitutions corresponding to these phylogenetic lineages were observed, with ASP(42) and GlU(62) in the P protein found to be characteristic of Brazilian chiroptera- and carnivora-related RVs, respectively. Amino acid sequence motifs predicted to associate with a viral function in the P and M proteins were conserved among Brazilian RV variants.
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We performed field tests using mimetic Piper fruits with and without essential oil extracted through hydrodistillation from Piper gaudichaudianum ripe fruits in order to evaluate the role of odor in Carollia perspicillata attraction and capture in mist-nets. During the field tests, 26 C. perspicillata were captured, 21 (80.7%) in nets with the essential oil of P. gaudichaudianum and five (19.3%) in nets without oil. Other bat species, Artibeus spp. ( 67), which is specialized on fruits of Moraceae, and Sturnira lilium ( 10), specialized on those of Solanaceae, were also captured, but they exhibited no significant preference for nets with or without oil. We conclude that odor is pre-eminent over visual cues in food location by C. perspicillata in a field situation. Based on the result, we propose the extraction and use of essential oils of chiropterochoric fruits as a useful approach to improve autoecological studies on fruit-eating bats and to promote tropical forest restoration through the attraction of frugivorous bats to degraded areas.
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In Latin America, rabies cases related to frugivorous bats have been reported since 1930's. Recently, two viruses isolated from Artibeus lituratus were proved to be vampire bat variants by monoclonal antibodies panels [2], but their genetic information is not well known. In this report, four rabies viruses were isolated from frugivorous bats (Artibeus spp.) in Brazil and their nucleoprotein gene sequences were determined. These isolates were found to be genotype 1 of lyssavirus and showed the maximum nucleotide sequence homology of 97.6-99.4% with vampire bat-related viruses in Brazil [6]. These results indicate that the Brazilian frugivorous bat rabies viruses in this study are closely related to vampire bat-related viruses that play a main role in rabies virus transmission to livestock in Brazil.
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The diagnosis of rabies in bats is usually performed using the brain of suspected animals. The main hypothesis tested by the present study was whether the aspiration method using a plastic pipette (Pasteur type) was effective in the collection of bat brain sample for rabies diagnosis when compared to the skull-opening method. A total of 200 bats of 4 species were studied: Molossus rufus E. Geoffroy, 1805, Molossus molossus (Pallas, 1766), Artibeus lituratus (Olfers, 1818) and Myotis nigricans (Schinz, 1821). The proportion of brain weight compared to body weight was statistically higher when using the traditional method, although the brain mass collected by the aspiration method was enough for rabies diagnosis and did not damage any skull biometric characteristics. The results demonstrate that both collection methods detected positive samples, while the aspiration method has the advantage of skull preservation, permitting the identification of the species.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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P>In developing countries such as Brazil, where canine rabies is still a considerable problem, samples from wildlife species are infrequently collected and submitted for screening for rabies. A collaborative study was established involving environmental biologists and veterinarians for rabies epidemiological research in a specific ecological area located at the São Paulo State, Brazil. The wild animals' brains are required to be collected without skull damage because the skull's measurements are important in the identification of the captured animal species. For this purpose, samples from bats and small mammals were collected using an aspiration method by inserting a plastic pipette into the brain through the magnum foramen. While there is a progressive increase in the use of the plastic pipette technique in various studies undertaken, it is also appreciated that this method could foster collaborative research between wildlife scientists and rabies epidemiologists thus improving rabies surveillance.
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Background: Vampire bats are important rabies virus vectors, causing critical problems in both the livestock industry and public health sector in Latin America. In order to assess the epidemiological characteristics of vampire bat-transmitted rabies, the authors conducted phylogenetic and geographical analyses using sequence data of a large number of cattle rabies isolates collected from a wide geographical area in Brazil.Methods: Partial nucleoprotein genes of rabies viruses isolated from 666 cattle and 18 vampire bats between 1987 and 2006 were sequenced and used for phylogenetic analysis. The genetic variants were plotted on topographical maps of Brazil.Results: In this study, 593 samples consisting of 24 genetic variants were analyzed. Regional localization of variants was observed, with the distribution of several variants found to be delimited by mountain ranges which served as geographic boundaries. The geographical distributions of vampire-bat and cattle isolates that were classified as the identical phylogenetic group were found to overlap with high certainty. Most of the samples analyzed in this study were isolated from adjacent areas linked by rivers.Conclusion: This study revealed the existence of several dozen regional variants associated with vampire bats in Brazil, with the distribution patterns of these variants found to be affected by mountain ranges and rivers. These results suggest that epidemiological characteristics of vampire bat-related rabies appear to be associated with the topographical and geographical characteristics of areas where cattle are maintained, and the factors affecting vampire bat ecology.
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A cave bat community from a semiarid region in eastern Brazil was studied during the dry season. A high diversity was observed, with thirteen species recorded. Except for Micronycteris minuta and Lionycteris spurrelli, these bats were also found in other Brazilian karstic areas. The commonest species were the hematophague Desmodus rotundus, the omnivore Carollia perspicillata, and the insectivore Natalus stramineus. The bats formed itinerant colonies, moving frequently inside the cave. L. spurrelli was previously known from Amazonia, usually associated with evergreen forests. The present record extends its range 1600 km to the south. A disjunct distribution explains some morphological differentiation between Amazonia and Olhos d'Agua cave populations. The latter may be a relict of former continuous forest vegetation, which has been fragmented after the climatic optimum. Dispersion through the Cerrado forest gallery is also possible.