1000 resultados para percepção de justiça de procedimentos - promoção da saúde
Resumo:
No mbito da realizao do Estgio Curricular do Curso de Mestrado em Fisioterapia no Desporto da Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto, foi estabelecido um acordo com o Maia Basket Clube (Proliga), com intuito de acompanhar a equipa do escalo snior de basquetebol, durante um perodo de trs meses. Segundo Tavares et al. (2001), o Basquetebol actualmente uma actividade altamente especializada quer do ponto de vista tcnico quer do ponto de vista competitivo, sendo o jogo igualmente um meio de educao fsica e desportiva, matria de ensino e um campo de aplicao da cincia. O jogo de basquetebol tem uma durao til de 40 minutos, divididos em quatro tempos de 10 minutos com intervalos entre os tempos. No entanto, este trabalho pode prolongar-se at aos 90 minutos, se considerarmos os perodos de esforo e as interrupes permitidas pelo regulamento, possibilita a manuteno de um elevado nvel de exigncia e intensidade, constituindo um instrumento importante na recuperao dos estados de fadiga. O espao em que o jogo se desenrola bastante reduzido (28x15 metros), considerando o nmero elevado de jogadores (10 jogadores), o que origina uma elevada densidade de jogadores na superfcie do terreno de jogo (FIBA 2010). Esta constatao, aliada dualidade de interesses e intenes dos jogadores (Cooperao vs Oposio), requer exigncias especiais ao nvel da velocidade de reaco, destreza e at ao nvel de certas qualidades de viso. Desta forma, os elementos tcnicos, que j apresentam alguma complexidade na sua execuo isolada, tornam-se ainda mais complexos quando realizados em situao de jogo, condicionados pela presena dos adversrios e pelas posies e movimentaes dos colegas de equipa. Observando as aces e movimentos realizados no jogo, constata-se que so na sua maioria acclicos e que se repetem com frequncias muito variveis, tornando-se impossvel prever quando se vai desencadear a sua execuo. A intensidade de execuo dessas aces tambm varivel, existindo uma alternncia evidente entre esforo de grande intensidade e curta durao (sprints, saltos e deslizamentos defensivos), momentos de menor intensidade (momentos de ataque planeado, deslocamentos a passo ou em corrida lenta, algumas situaes defensivas) e interrupes de actividade (lanamentos livres, violaes, faltas pessoais, substituies, descontos de tempo, etc.). Com a inteno de aplicar alguns dos princpios tericos e prticos apreendidos durante o 1 e 2 semestres do curso, este estgio teve uma vertente de avaliao mdico-desportiva, orientao e aconselhamento nutricional (alimentao e suplementos), interveno em leses desportivas (ocorrncias de origem curativa e de emergncia) e prestao de assistncia a competies nacionais. No que diz respeito avaliao mdico-desportiva, foi realizada a ficha clnica de cada atleta onde constam: 1. caracterizao (idade, peso, altura, envergadura, lugar na equipa, etc.), 2. histria mdica, 3. avaliao da aptido fsica (composio corporal, resistncia cardio-respiratria, resistncia muscular e flexibilidade), e 4. ocorrncias de leso. Aps a recolha dos dados das avaliaes dos diferentes componentes da aptido fsica, estes foram apresentados e discutidos com o treinador e preparador fsico, no sentido de serem desenvolvidos protocolos de treino com o objectivo de melhorar os nveis fsicos dos atletas sob o ponto de vista do rendimento, mas tambm da preveno de leses e promoção da saúde. Quanto s ocorrncias de leso, do registo fez parte a avaliao subjectiva e objectiva, planeamento e interveno, resultados e processo de raciocnio subjacente a cada etapa, devidamente fundamentados. No seguimento das ocorrncias de leso, numa vertente de investigao, foi tambm realizado um estudo de caso, definindo-se como objectivo geral avaliar a eficcia da interveno e procedimentos efectuados, com uma abordagem cuidadosamente pensada e fundamentada.
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O elevado nmero de concepes no planeadas e o aumento da prevalncia de doenas sexualmente transmissveis, especialmente em populaes jovens, vem sublinhar a importncia de uma interveno a nvel da promoção da saúde sexual e reprodutiva, que potencie a adopo de prticas saudveis e a diminuio de comportamentos de risco. Dos factores modificveis atravs desta interveno destacam-se as crenas de saúde, elemento fundamental na predisposio para a mudana de comportamentos. Objectivo do estudo: identificar e caracterizar as crenas de estudantes do ensino superior da rea da saúde, relativas contracepo e doenas sexualmente transmissveis.
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OBJETIVOS: Estudar as prticas sexuais de risco para a infeco pelo HIV de estudantes adultos jovens (18 a 25 anos) de escolas pblicas noturnas e avaliar as diferenas de gnero e o impacto de um programa de preveno de Aids. MTODOS: Estudo longitudinal de interveno, em quatro escolas da regio central do Municpio de So Paulo, SP, divididas aleatoriamente em dois grupos: interveno e controle. Uma amostra de 394 estudantes participou do estudo, e 77% completaram o questionrio ps-interveno. Realizaram-se "Oficinas de Sexo Mais Seguro" para discutir simbolismo da Aids, percepção de risco, influncias das normas de gnero nas atitudes, informaes sobre Aids, corpo ertico e reprodutivo, prazer sexual e negociao do uso do preservativo. Para a anlise estatstica, foram empregados os testes qui-quadrado de Pearson e a anlise de co-varincia. RESULTADOS: A freqncia do uso consistente de preservativo foi baixa (33%), e existiam diferenas significativas entre homens e mulheres com referncia sexualidade e preveno de Aids. Ao avaliar os efeitos das oficinas, as mudanas foram estatisticamente significativas entre as mulheres, que relataram maior proporo de sexo protegido entre outros aspectos relacionados preveno da Aids. As mudanas no foram significativas entre os homens. CONCLUSES: O risco para a infeco pelo HIV pode ser diminudo, mas resultados mais expressivos podem ser encontrados se forem consideradas as diferenas de gnero e de papis sexuais por meio de programas comunitrios especficos de longa durao.
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OBJETIVO: Verificar a prevalncia de crie, doena gengival e fluorose e dimensionar as necessidades de tratamento dos pr-escolares. MTODOS: Estudo transversal realizado a partir de um levantamento epidemiolgico de saúde bucal em 2.805 crianas de 5 e 6 anos, matriculadas em pr-escolas municipais de Piracicaba, SP. As crianas foram examinadas por uma equipe de dez dentistas, treinados e calibrados. Foi empregada a tcnica de consenso, aferindo-se o erro intra e inter examinadores pelo clculo de percentagem de concordncia. RESULTADOS: Obteve-se 44,3% de crianas livres de crie aos 5 anos e 38,5% aos 6 anos de idade. O ndice de crie para a dentio decdua (ceo-d) foi 2,64 aos cinco anos e 3,07 aos seis anos, sendo que 31,9% e 37,9%, respectivamente, apresentaram ceo-d maior que 3. O maior percentual de necessidade de tratamento (45,3%) foi a indicao de restaurao de uma superfcie dentria. Quanto saúde gengival, 68,6% e 72,6% das crianas aos 5 e 6 anos apresentaram sangramento gengival. A prevalncia de fluorose observada foi de 2,6% aos 5 e 6,1% aos 6 anos. CONCLUSES: H necessidade da implementao de aes e estratgias adequadas aos grupos de maior risco.
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OBJETIVO: Investigar o desenvolvimento da linguagem e das funes auditiva e visual em lactentes de creche, a partir da avaliao realizada por educadores. MTODOS: Foram avaliados 115 lactentes, nos anos de 1998 a 2001, usurios de uma creche da rea da saúde de uma universidade do Estado de So Paulo. Foi utilizado o "Protocolo da Observao do Desenvolvimento de Linguagem e das Funes Auditiva e Visual", com 39 provas no total, para a avaliao dos lactentes de 3 at 12 meses de idade. A aplicao desse Protocolo foi feita pelas educadoras da creche, devidamente treinadas. Utilizou-se o teste de Qui-quadrado ou Exato de Fisher. O nvel de significncia adotado foi de 5%. RESULTADOS: Os lactentes apresentaram um padro diferente no desenvolvimento da linguagem quanto ao incio do balbucio e das primeiras palavras, bem como na funo visual, quanto imitao e uso de jogos gestuais e de seguir ordem com uso de gestos. CONCLUSES: O ambiente creche propicia condies para um outro padro de desenvolvimento de linguagem e das funes auditiva e visual. Aes de preveno na creche devem integrar as reas de saúde e educao num objetivo comum.
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A noo de comunidade utilizada pelos planejadores e prestadores de assistncia saúde duplamente enganosa. De um lado, pressupe uma aparente igualdade e ausncia de conflitos entre pessoas de um mesmo grupo populacional. De outro lado, supe uma certa possibilidade de interveno dos servios sobre comportamentos considerados indesejveis, do ponto de vista do controle de doenas ou de promoção de saúde. Utilizada deste modo, acaba encobrindo a "natureza" social da populao-alvo: os pobres e os desarranjos que a condio de pobreza acarreta. Para problematizar o eufemismo implcito nesta noo de comunidade, o objetivo do presente artigo foi apresentar a abordagem radicalmente relacional de Simmel para caracterizar a subordinao destes grupos populacionais s polticas e programas de ateno saúde. Para esta finalidade, partiu-se da apropriao da noo sociolgica de comunidade pelos servios de saúde, a partir da clssica formulao de Tennies e sua influncia nos autores da Escola de Chicago.
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O ensaio aborda o surgimento das primeiras atividades odontolgicas sob responsabilidade do poder pblico no Brasil e sua evoluo no sculo XX, enfatizando a emergncia do marco referencial denominado odontologia sanitria. Caracteriza, sumariamente, a odontologia social e preventiva e a odontologia de mercado, indicando as principais publicaes que se ocuparam dessas correntes. As caractersticas essenciais da saúde bucal coletiva e da bucalidade so apresentadas, tecendo-se consideraes sobre a articulao da saúde bucal coletiva com a saúde coletiva. Discutem-se as implicaes do conceito de bucalidade para a organizao da prtica odontolgica e a necessidade de reorientao do trabalho clnico nos servios de saúde bucal, no mbito do Sistema nico de Saúde brasileiro. Indicam-se os elementos essenciais de uma agenda para a saúde bucal coletiva, com base nas proposies apresentadas na 3 Conferncia Nacional de Saúde Bucal.
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OBJETIVO: Descrever estudo de caso de interveno de base comunitria, desenvolvido na perspectiva construcionista-emancipatria, para o controle das DST/Aids. MTODOS: Estudo descritivo desenvolvido no municpio de Manacapuru, Amazonas, de 1997-2004, sobre a utilizao de procedimentos desenhados em colaborao com agentes governamentais, profissionais de saúde e comunidade. Foram levantados dados sobre a dinmica da prostituio e a venda de preservativos na cidade, caractersticas comportamentais, avaliao do processo e da assistncia s DST/Aids. Sincronicamente, estabeleceram-se aes de preveno e assistncia na rede pblica de saúde s DST, centro de testagem, sistema de vigilncia epidemiolgica, e capacitao de trabalhadoras do sexo. RESULTADOS: Observou-se o fortalecimento das trabalhadoras do sexo como multiplicadoras e sua legitimao como cidads e agentes de saúde em projetos com travestis, homossexuais e escolares. Houve incremento da venda de preservativos na cidade, da utilizao de preservativos entre trabalhadoras do sexo, reduo das DST bacterianas e estabilizao da ocorrncia de infeco pelo HIV/Aids e sfilis congnita. A sustentabilidade do programa de interveno estudado, organizado no mbito do Sistema nico de Saude, foi estimulada pela pactuao poltica garantindo sede e oramento regulamentado em lei municipal, e pelo debate permanente dos resultados do processo e programa. CONCLUSES: O estudo fortaleceu a noo de que o controle efetivo das DST/Aids depende de uma abordagem sinrgica que combine intervenes no plano individual (biolgica-comportamental), sociocultural e programtico.
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OBJETIVO: Descrever a percepção dos profissionais de equipes do Programa Saúde da Famlia sobre as configuraes familiares e a compreenso de famlia saudvel. MTODOS: Pesquisa de abordagem qualitativa, empregando tcnica de grupo focal com profissionais do Programa Saúde da Famlia do municpio de Campo Bom, RS, no perodo de junho a agosto de 2005. A amostra foi composta por 12 profissionais: mdicos, enfermeiras, tcnicas de enfermagem e agentes comunitrias de saúde. Os temas investigados no roteiro foram: significado da famlia, do papel da famlia; tipo de famlia mais comumente atendida pelos profissionais; significado de famlia saudvel; quais famlias oferecem maiores dificuldades para a ateno. O instrumental metodolgico utilizado foi a anlise de contedo. RESULTADOS: Observaram-se duas categorias principais: arranjos familiares, em que se constatou grande diversidade de arranjos; e famlia saudvel: em que o predomnio dos relatos est de acordo com uma viso multifacetada de compreenso de saúde, abrangendo aspectos polticos, sociais, econmicos e culturais. Os profissionais identificam e respeitam os diferentes arranjos familiares, e adaptam o tratamento ao modelo de famlia que se apresenta. CONCLUSES: Os achados mostram que os profissionais apresentam disposio para lidar com os mltiplos arranjos familiares presentes no seu cotidiano.
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O presente trabalho, um Relatrio de Estgio onde se descrevem as actividades desenvolvidas ao longo do Estgio Curricular realizado no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) no perodo de 5 de Novembro de 2012 a 8 de Maro de 2013. Pretendeu-se aliar o estudo da teoria ao desenvolvimento de algumas aces de comunicao que colmatassem falhas detectadas durante a auditoria comunicao. O Relatrio de Estgio, aqui apresentado, divide-se em duas seces: a investigao e o desenvolvimento dos instrumentos de comunicao. Estas duas seces encontram-se intimamente ligadas pois, a investigao efectuada teve como principal objectivo a obteno de dados que permitissem caracterizar o pblico da Consulta do Viajante do IHMT de modo a que fosse possvel a alterao e/ou criao de suportes de comunicao adaptados s caractersticas escolares, sociais, demogrficas, profissionais, etc. desse pblico. Desta forma, e aps pesquisa bibliogrfica sobre temas pertinentes para o trabalho como Medicina do Viajante, Comunicao em e para a Saúde, Metodologias de Investigao, entre outras tidas como necessrias, foi realizada uma investigao por questionrio aos utentes do IHMT que permitiu o desenvolvimento do trabalho final de estgio. A investigao e consequente desenvolvimento dos suportes de comunicao so apresentados neste relatrio que se pretende reflexivo sobre as prticas desenvolvidas.
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O risco laboral que sujeita o trabalhador a um acidente ou a uma doena profissional sempre relacionado com o meio ambiente onde este se insere como o caso das atividades ligadas a contaminantes ambientais, utilizados ou produzidos potencialmente nocivo para a comunidade onde a empresa se insere. O local de trabalho e a empresa no podem ser agentes nocivos para o ser humano, para a comunidade e para a natureza em geral. A empresa ou servio pblico, as condies de trabalho e as vivncias que se fazem no espao do trabalho devero ser agentes ao servio do progresso e do desenvolvimento social, ambiental e cultural. Isto s ser possvel atravs da educao o tratamento destes problemas deveria estar na escola desde os primeiros anos de escolaridade da informao e da formao dos trabalhadores em geral e dos prprios empresrios ou gestores. Por outro lado, impe-se o cumprimento da lei e a certificao das empresas em normas tcnicas que as levem a adotar prticas organizacionais saudveis, para os e as trabalhadoras e para o meio ambiente. Em defesa da saúde de quem trabalha e do desenvolvimento humano, os atuais conceitos de produtividade e de competitividade vo ter de ser postos em causa. Estamos desafiados a trazer para o debate novos paradigmas para os objetivos econmicos e para a conceo estrutural das empresas e, ainda, novos conceitos para o emprego, impregnando-os de dignidade.
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Nos ltimos anos, o mtodo etnogrfico revelou-se como um adequado instrumento para as intervenes em saúde pblica e na educao em saúde. No obstante, seu uso contradiz determinados modelos de interveno definidos como monolgicos, a exemplo das campanhas de meios de comunicao de massa e as filosofias do "ator racional". Foram analisadas criticamente algumas bases epistemolgicas desses modelos, como a unidimensionalidade na anlise dos processos de saúde/doena/atendimento, a unidirecionalidade comunicativa e a hierarquia. No seu lugar, prope-se um modelo dialgico baseado no mtodo etnogrfico e organizado a partir dos critrios de multidimensionalidade, bidirecionalidade e simetria. A etnografia permite melhorar a efetividade das intervenes ao fornecer uma base emprica para o desenho dos projetos e ao propiciar a participao social em saúde.
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OBJETIVO: Analisar caractersticas, demandas e expectativas de usurios de um centro de testagem e aconselhamento anti-HIV. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Pesquisa qualitativa realizada com 32 usurios de centro de testagem e aconselhamento do estado de Minas Gerais, de novembro de 2005 a maro de 2006. Utilizou-se a tcnica de entrevista aberta semi-estruturada e uma adaptao do mtodo de anlise de contedo, empregando-se a modalidade temtica. ANLISE DOS RESULTADOS: A falta de conhecimento do servio, a dificuldade de se perceber vulnervel infeco, as justificativas por no pertencer aos grupos de risco, o receio do constrangimento e de um atendimento precrio surgiram como importantes limitaes de acesso aos centros de testagem e aconselhamento. CONCLUSES: No discurso dos usurios, foi identificado um paradoxo entre o aspecto participativo na superao da vulnerabilidade e a busca de solues pragmticas de excluso do risco. Suas demandas sinalizaram estratgias que contenham: qualidade da informao prestada, acesso ao servio e aos discursos de preveno e promoção da saúde.
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OBJETIVO: Descrever a autopercepção de saúde bucal em idosos e analisar fatores sociodemogrficos e clnicos associados. MTODOS: Estudo transversal com 876 participantes em amostra representativa de idosos (65 anos ou mais) de Campinas, SP, em 2008-2009. Os exames odontolgicos seguiram critrios padronizados pela Organizao Mundial da Saúde para levantamentos epidemiolgicos de saúde bucal. A autopercepção da saúde bucal foi avaliada pelo ndice Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). Os indivduos foram classificados segundo caractersticas sociodemogrficas, odontolgicas e prevalncia de fragilidade biolgica. O estudo de associaes utilizou anlise de regresso de Poisson; a anlise considerou os pesos amostrais e a estrutura complexa da amostra por conglomerados. RESULTADOS: A mdia de idade dos indivduos foi de 72,8 anos; 70,1% eram mulheres. A proporo de indivduos com mais de 20 dentes presentes foi 17,2%; 38,2% usavam prtese dentria total em ambos os arcos; 8,5% necessitavam desse recurso em ao menos um arco dentrio. Em mdia, o ndice GOHAI foi elevado: 33,9 (mximo possvel 36,0). Manter 20 dentes ou mais, usar prtese total nos dois arcos, no necessitar desse tratamento, no apresentar alteraes de mucosa oral e no apresentar fragilidade biolgica foram os fatores significantemente associados com melhor autopercepção de saúde bucal (p < 0,05). CONCLUSES: A avaliao de autopercepção em saúde bucal permitiu identificar os principais fatores associados a esse desfecho. Esse instrumento pode contribuir para o planejamento de servios odontolgicos, orientando estratgias de promoção em saúde voltadas melhora da qualidade de vida das pessoas desse grupo etrio.
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OBJETIVO: Analisar os discursos sobre assdio moral veiculados na mdia jornalstica impressa. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo documental referente ao assdio moral no trabalho, no qual foram analisadas as matrias jornalsticas veiculadas em trs jornais de grande circulao do estado de So Paulo, no perodo de 1990 a 2008. A partir da metodologia de anlise do discurso foram reconhecidas as prticas discursivas que configuram o fenmeno do assdio moral na sociedade atual, as explicaes para sua ocorrncia e a repercusso para a saúde dos trabalhadores. ANLISE DOS RESULTADOS: O surgimento do tema nos veculos de comunicao deu-se por meio da divulgao de livros, de produes acadmicas e de legislaes. Ocorreu em editorias que tratam de assuntos gerais e, posteriormente, migrou para as editorias de emprego e/ou de carter econmico-financeiro. Os discursos de natureza indenizatria, de precauo empresarial e as estratgias de enfrentamento so amplamente difundidos. A promoção da saúde se esvai pela lgica patrimonial. H um espao permissivo nas organizaes para prtica do assdio moral, potencializando os conflitos para atingir as metas e resultados. Indiferena, constrangimentos, desqualificaes e ridicularizaes foram comuns nas matrias. CONCLUSES: As explicaes sobre o assdio tendem a uma interpretao psicolgica do fenmeno, acentuando o carter individualista e minimizando uma abordagem coletiva. Os discursos banalizam o assdio ao criarem caricaturas para os atores envolvidos. O contedo psicolgico e a estigmatizao produzem sentido na sociedade, contribuindo para naturalizar o assdio moral no trabalho e banalizar a violncia no trabalho.