1000 resultados para Variação de velocidade
Resumo:
Objetivo: comparar, caso a caso, as mudanças de densidades mamográficas segundo a digitalização de imagens, em três avaliações consecutivas, em usuárias ou não de terapia de reposição hormonal (TRH). Métodos: avaliamos 59 mulheres na pós-menopausa, sendo 43 usuárias de terapia de reposição hormonal (estro-progestino cíclico ou contínuo) e 16 não-usuárias. Os critérios de inclusão foram: amenorréia de pelo menos 12 meses e exame mamográfico normal, em duas incidências (médio-lateral e craniocaudal), no início da TRH ou do seguimento clínico para as pacientes sem TRH. Para a avaliação do comportamento da densidade mamária, foram usadas as seguintes variáveis: mudança inicial - diferença entre a primeira mamografia realizada em 12 ± 3 meses após início da TRH e a mamografia pré-TRH e mudança final - diferença entre a segunda mamografia realizada em 24 ± 3 meses após início da TRH e a mamografia pré-TRH. Os testes de Wilcoxon e de chi² foram aplicados para avaliar as diferenças de mudanças de densidades mamográficas. Resultados: nas usuárias de TRH, mais da metade das mulheres (56,3%) com aumento inicial da densidade mamográfica permaneceram com aumento após a avaliação final. Esse achado não foi significativo (p=0,617). Nesse mesmo grupo, a ausência de aumento da densidade na avaliação inicial esteve associada ao não aumento na avaliação final de forma significativa (p=0,017). Dentre as não-usuárias de TRH, todas as mamas, que não eram totalmente substituídas por gordura na avaliação inicial apresentaram diminuição da densidade mamográfica na avaliação final. Conclusões: a maioria das usuárias de TRH que apresentaram aumento da densidade mamográfica em uma primeira avaliação, após aproximadamente um ano de uso, permaneceram com aumento em uma segunda avaliação. Com o passar do tempo, as não-usuárias de TRH apresentaram tendência à diminuição da densidade mamográfica de forma significativa (p=0,003).
Modificações da hemodinâmica fetal pelo estímulo sonoro: avaliação pela dopplervelocimetria colorida
Resumo:
Objetivos: verificar se ocorrem ou não alterações hemodinâmicas na aréria cerebral média (ACM) aferido pela dopplervelocimetria colorida após realização de um estímulo sonoro. Métodos: trinta fetos de gestantes consideradas clinicamente normais com idade gestacional igual ou superior a 28 semanas foram submetidos a um estímulo sonoro. Examinamos as alterações da velocidade sangüínea na ACM fetal por meio do índice de resistência e da freqüência cardíaca fetal, pelo doppler colorido, antes e depois do estímulo acústico. Resultados: a média da freqüência cardíaca fetal (FCF) antes do estímulo sonoro foi de 142,41 batimentos por minuto (bpm) com desvio padrão de 9,01 e faixa de variação de 122 a 162 bpm. Após o estímulo sonoro, a média da FCF foi de 159,44 bpm com desvio padrão de 15,49, com faixa de variação de 130 a 187 bpm (p<0,01). A média dos valores do índice de resistência (IR) da ACM fetal antes do experimento foi de 75,89% variando entre 64 e 91%. Após o estímulo acústico, a média dos valores do IR foi de 66,93% variando entre 47 e 83% (p < 0,01). Conclusões: observamos que o estímulo sonoro provoca a conhecida elevação imediata e significativa da FCF e a diminuição da resistência vascular cerebral, quando avaliada pelo índice de resistência na artéria cerebral média fetal.
Resumo:
RESUMO Objetivos: estudar, em fetos hígidos, quais são as respostas da freqüência cardíaca fetal basal e da resistência na artéria cerebral média à estimulação vibro-acústica padronizada. Métodos: em estado comportamental de hipo ou de inatividade fetal (apnéia e ausência de movimentos corpóreos), mediu-se o índice de pulsatilidade (IP) da artéria cerebral média (ACM), bem como calculou-se a freqüência cardíaca fetal basal (FCFB) pela análise da onda espectral, antes e após a aplicação de estímulo vibro-acústico (EVA) por 3 segundos. Foram empregados ecógrafos de alta resolução, com Doppler pulsado e mapeamento a cores. A fonte sonora emitia som com 400 a 40.000 Hz, sob forma de varredura, com pressão sonora de 65 a 110 dB. Resultados: a média da FCFB pré-estímulo foi 139 bpm, com desvio padrão de 3,14 bpm. A média da FCFB pós-estímulo foi 153 bpm, com desvio padrão de 7,23 bpm (p<0.0001). A média do IP da ACM pré-estímulo foi 1,84, com desvio padrão de 0,07. A média do IP da ACM foi 1,56, com desvio padrão de 0,04 (p<0.00001). Em todos os casos houve resposta do concepto, caracterizada pela evidência de movimento corpóreo vigoroso, aumento da FCFB e redução do IP na ACM. Em nenhum caso houve necessidade de repetir o estímulo vibro-acústico. Conclusões: a aplicação de estímulo vibro-acústico, com as características aqui descritas, em conceptos hígidos e de termo, por período de 3 segundos, determina incremento na FCFB e nos movimentos corpóreos, bem como redução na impedância da ACM. Em que pese haver tendência em se inferir que a EVA determina aumento no fluxo de sangue ao cérebro fetal, os dados aqui evidenciados não permitem interpretações clínicas.
Resumo:
Objetivo: avaliar os efeitos da terapia de reposição hormonal sobre o índice de massa corporal de mulheres na pós-menopausa. Casuística e Métodos: foram avaliadas retrospectivamente, por um período de três anos, 166 usuárias e 136 não-usuárias de reposição hormonal, acompanhadas no Ambulatório de Menopausa do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas, avaliando-se a variação desse parâmetro ao final de cada ano em relação ao inicial. A análise dos dados foi realizada usando-se o testechi², o teste t de Student e o teste de Mann-Whitney para amostras independentes. Resultados: não foram observadas variações significativas no índice de massa corporal, quando se compararam as usuárias e não-usuárias durante os três anos de observação. Conclusão: a terapia de reposição hormonal não produziu alterações no índice de massa corporal em mulheres adequadamente acompanhadas durante o seu uso.
Resumo:
Objetivo: avaliar os efeitos da terapia de reposição hormonal sobre a pressão arterial sistólica e diastólica de mulheres na pós-menopausa. Casuística e Métodos: foram avaliadas retrospectivamente 166 usuárias e 136 não-usuárias de reposição hormonal, acompanhadas no Ambulatório de Menopausa do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas por um período de três anos. Avaliamos a variação desses parâmetros em relação aos valores iniciais. A análise dos dados foi realizada usando-se o teste t de Student, o Teste de Mann-Whitney e o teste não-paramétrico de Wilcoxon. Resultados: observou-se que a pressão arterial sistólica das usuárias de terapia de reposição hormonal foi menor ao final do terceiro ano de uso quando comparada com os valores iniciais (p = 0,01). Não houve diferença significativa na pressão arterial diastólica entre as usuárias e as não-usuárias. Conclusão: a terapia de reposição hormonal não produziu alterações nos parâmetros estudados em mulheres adequadamente acompanhadas durante o seu uso.
Resumo:
Objetivo: verificar se existe correlação significativa entre a velocidade média na dopplerfluxometria da artéria aorta torácica descendente e o grau de anemia fetal. Métodos: estudo prospectivo, transversal, no qual foram analisados 66 fetos de gestantes isoimunizadas, em que se realizou a cordocentese para a realização de transfusões intra-uterinas pela via intravascular (66,7%). Nos fetos que foram submetidos à transfusão intra-uterina pela via intraperitoneal, ou naqueles casos em que não houve necessidade de tratamento intra-uterino (33,3%), a determinação da concentração de hemoglobina do cordão foi realizada pela punção do cordão umbilical, no momento da interrupção da gestação. Neste grupo de fetos estudados, foi realizado exame dopplerfluxométrico da artéria aorta torácica descendente, sendo calculada a velocidade média de fluxo. Foi realizado estudo de associação entre as variáveis. Foram também calculados os valores de sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo. Resultados: observou-se correlação significativa e inversa entre a velocidade média na artéria aorta torácica descendente e o nível de hemoglobina fetal. A velocidade média na dopplerfluxometria da artéria aorta torácica descendente apresentou sensibilidade de 47,5% para anemia fetal moderada (Hg<10 g/dL), com o teste exato de Fisher apresentando valor de p<0,01, e de 54,5% para anemia fetal grave (Hg<7,0 g/dL), com um valor de p=0,01. Conclusões: houve associação significativa entre a velocidade média na aorta torácica descendente e o grau de diagnóstico de anemia fetal.
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OBJETIVO: avaliar a associação entre a variação do índice de líquido amniótico (ILA) de acordo com a idade gestacional e variáveis sociodemográficas e obstétricas em gravidezes de baixo risco. MÉTODO: estudo comparativo incluindo 2.868 mulheres com gravidez de baixo risco que foram avaliadas com exame ultra-sonográfico obstétrico de rotina, incluindo a biometria fetal e a medida do ILA. O exame foi realizado entre a 20ª e a 42ª semana de idade gestacional. Os dados foram analisados com o uso do teste t de Student, da análise de variância do ILA em função da idade gestacional e demais variáveis de controle, e também por análise de regressão linear múltipla. RESULTADOS: não houve variação significativa quando avaliamos isoladamente os valores médios do ILA ao longo da idade gestacional em relação com a idade materna, cor, escolaridade, hábito de fumar, paridade e presença de cicatriz de cesárea, nem quando a avaliação foi conjunta por análise multivariada. Nesta situação apenas a idade gestacional mostrou-se associada com a diminuição do ILA. De maneira geral, os valores médios de ILA mantiveram-se, em todas situações avaliadas, entre a 20ª e a 36ª semana, com flutuações entre 140 e 180 mm, apresentando valores inferiores de 140 mm em queda progressiva após este limite de idade gestacional. CONCLUSÕES: O ILA não sofreu alterações significativas em relação às variáveis sociodemográficas e obstétricas estudadas, durante a gestação.
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OBJETIVO: avaliar se existe associação entre a medida do pico de velocidade sistólica (PVS) na dopplervelocimetria da artéria cerebral média (ACM) e a concentração de hemoglobina fetal e determinar a sua capacidade diagnóstica. MÉTODOS: entre janeiro de 2000 e maio de 2003, 44 gestantes isoimunizadas foram submetidas a transfusão intra-uterina. Realizou-se estudo dopplervelocimétrico da ACM antes de cada transfusão fetal, sempre com intervalo inferior a 3 horas, antecedendo o procedimento. O PVS da ACM foi considerado alterado quando seu valor era superior a 1,5 múltiplo da mediana para a respectiva idade gestacional. A concentração de hemoglobina do cordão foi aferida antes de se iniciar a infusão de sangue, realizada no Hemocue® (B-Hemoglobin Photometer Hemocue AB; Angelholm, Sweden). O estudo estatístico foi feito pelo teste do chi2 e também foram calculados os valores de sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo. RESULTADOS: foram realizados 83 procedimentos, sendo que em 33 a hemoglobina fetal era inferior a 10,0 g/dL. Houve associação significativa entre as variáveis estudadas, p<0,001. Fetos com hemoglobina menor ou igual a 10 g/dL apresentaram aumento significativo na medida do PVS na ACM, com valores superiores a 1,5 múltiplo da mediana. O PVS na ACM apresentou sensibilidade de 75,7% para a detecção de hemoglobina do cordão menor ou igual a 10 g/dL. CONCLUSÃO: o pico de velocidade sistólica na artéria cerebral média pode ser utilizado como método complementar no diagnóstico da anemia fetal.
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OBJETIVOS: fazer avaliação crítica do diagnóstico histopatológico do carcinoma ductal in situ (CDIS) da mama empregando a variação interobservador quanto ao diagnóstico, padrão arquitetural predominante, grau nuclear e grau histológico. MÉTODOS: oitenta e cinco casos com diagnóstico inicial de CDIS foram revisados por um mesmo patologista, especialista em patologia mamária, que selecionou 15 casos para análise interobservador. A análise foi realizada por cinco patologistas e um especialista internacional em patologia mamária, que receberam as mesmas lâminas e um protocolo para classificar as lesões em hiperplasia ductal atípica (HDA), CDIS e CDIS com microinvasão (CDIS-MIC). Caso o diagnóstico fosse de CDIS, os patologistas deveriam também classificá-lo quanto ao padrão arquitetural, grau nuclear e grau histológico. Os resultados foram analisados usando-se concordância percentual e o teste kappa. RESULTADOS: houve grande variação diagnóstica interobservador. Em um caso tivemos todos os diagnósticos, desde HDA, CDIS até CDIS-MIC. Usando o teste kappa para a comparação entre os diagnósticos dos cinco observadores e o especialista internacional obtivemos concordância interobservador mínima (<0,40). Quanto à classificação do CDIS em relação ao padrão arquitetural e ao grau histológico, os valores do teste kappa foram considerados ruins quanto à concordância interobservador. Os melhores resultados foram obtidos na análise da concordância quanto ao grau nuclear, com índices kappa de até 0,80, considerados como boa concordância. CONCLUSÃO: os baixos índices de concordância interobservador no diagnóstico e classificação do CDIS da mama indicam a dificuldade na utilização dos critérios diagnósticos mais empregados na literatura na interpretação destas lesões e a necessidade de treinamento especifico dos patologistas não-especialistas no diagnóstico destas lesões.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a velocidade sistólica máxima (VSM) e o índice de resistência (IR) nas artérias fetais cerebral média (ACM), aorta supra-renal (ASR), aorta infra-renal (AIR) e artéria umbilical (AU), entre a 22ª e a 38ª semana de gestação. MÉTODOS: estudo prospectivo no qual foram avaliados os parâmetros de 33 fetos normais na 22ª, 26ª, 30ª, 34ª e 38ª semana de gestação. Foram incluídas gestações únicas, sem doenças e complicações e as que concordaram em participar do estudo. Os critérios de exclusão foram malformações fetais, descontinuidade do seguimento aos exames e mães usuárias de fumo, álcool e drogas ilícitas. Os exames ultra-sonográficos foram realizados por único observador. Para a aquisição do traçado dopplervelocimétrico na ACM, ASR, AIR e AU, o volume de amostra foi de 1 a 2 mm, colocado no centro das artérias. O ângulo de insonação foi de 5º a 19º, na ACM, inferior a 45º na ASR e AIR e inferior a 60ºna AU. Utilizamos filtro de parede de 50-100 Hz. O cálculo dos parâmetros foi realizado automaticamente, com a imagem congelada, tendo sido acionadas três medidas. O resultado final foi obtido pela média aritmética dos três valores. A análise estatística foi realizada pela análise de variância (ANOVA), teste post hoc de Bonferroni, coeficiente de correlação de Pearson e análise de regressão. O nível de significância foi p<0,05 em todas as análises. RESULTADOS: a VSM aumentou de 26,3 para 57,7 cm/s na ACM, entre a 22ª e a 38ª semana de gestação (p<0,05). Na ASR e na AIR, a VSM aumentou, entre a 22ª e a 34ª semana de gestação, de 74,6 e 59,0 cm/s para 106,0 e 86,6 cm/s, respectivamente (p<0,05). Na AU, a VSM aumentou entre a 22ª e a 34ª semana de gestação, porém diminuiu de 55,5 para 46,2 cm/s entre a 34ª e a 38ª semana de gestação. O IR, na ACM, foi menor na 22ª (0,81) e 38ª semana de gestação (0,75) e maior (0,85) na 26ª semana (p<0,05). Na ASR, os valores do IR foram estáveis em todas as semanas e na maioria delas na AIR (p>0,05). Na AU, o IR diminuiu de 0,69 para 0,56, entre a 22ª e a 38ªsemana gestacional (p<0,05). CONCLUSÃO: em fetos normais, na segunda metade da gestação, a VSM aumenta na ACM, ASR e AIR, diminuindo na AU entre a 34ª e a 38ª semana de gestação. O IR é menor na 22ª e 38ª semana de gestação na ACM, diminui entre a 22ª e a 38ª semana na AU e é constante na maioria das semanas gestacionais na ASR e AIR.
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OBJETIVOS: analisar o efeito da glicose na hemodinâmica materno-fetal pela avaliação doplervelocimétrica da circulação materno-fetal e fetoplacentária. MÉTODOS: trata-se de estudo realizado por único observador, no qual foram incluídas 31 gestantes clinicamente sadias entre a 28ª e a 36ª semana. Os parâmetros foram avaliados imediatamente antes e 60 minutos após a ingestão de 50 g de glicose. Foram utilizados como critérios de inclusão a avaliação clínica e laboratorial normal, a presença de feto único, a idade gestacional entre a 28ª e a 36ª semana de gestação confirmada por exame de ultra-sonografia e/ou a data da última menstruação, a glicemia de jejum menor ou igual a 110 mg/dL e o teste de sobrecarga após 50 g de glicose menor de 140 mg/dL. Como critérios de exclusão, adotaram-se a presença de malformação ou alterações de desenvolvimento fetal, o trabalho de parto, os antecedentes familiares de diabetes, as patologias próprias ou intercorrentes à gestação e o uso de fumo, álcool ou outras drogas. Foram avaliados os vasos maternos da artéria carótida comum e artérias uterinas, os vasos placentários da artéria umbilical e os vasos fetais da artéria cerebral média e aorta abdominal. Foram analisados os seguintes parâmetros em cada vaso: índice de resistência, índice de pulsatilidade, velocidade sistólica máxima, velocidade diastólica final e tempo de aceleração. A freqüência cardíaca fetal foi avaliada pelo modo M da ultra-sonografia. Para análise estatística foi utilizado o teste t de Student quando a variável diferença de antes e depois da ingestão de glicose apresentou distribuição normal no teste de Kolmogorov-Smirnov. Quando a normalidade foi rejeitada, utilizamos o teste não-paramétrico de Wilcoxon, com o nível de significância sempre estabelecido de p<0,05. RESULTADOS: Observou-se a elevação da glicemia materna após a ingestão de 50 g de glicose (pré: 68,0±10,1 mg/dL e pós: 104,6±28,2 mg/dL; p<0,001) A freqüência cardíaca fetal diminuiu após a ingestão de glicose (pré: 137,9±6,1 bpm e pós: 134,5±6,9 bpm; p=0,01). Na artéria umbilical, houve aumento do índice de pulsatilidade (pré: 0,8±0,1 e pós: 0,9±0,2; p=0,03). Não foram encontradas alterações velocimétricas significativas nos demais vasos e dos demais índices investigados. CONCLUSÕES: apesar da variação dos níveis de glicemia materna e da freqüência cardíaca fetal, após a ingestão de glicose, não ocorreram alterações significativas de fluxo nos vasos arteriais: umbilical, cerebral média e aorta fetais e carótidas e uterina maternas. Concluímos que a concentração da glicose utilizada pode ser liberada sem interferência hemodinâmica no compartimento materno-fetal.
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OBJETIVO: avaliar a resistência vascular da artéria central da retina, por meio do fluxo Doppler, nas diferentes fases do ciclo menstrual ovulatório. MÉTODOS: estudo observacional, longitudinal e prospectivo com avaliação de 34 mulheres saudáveis, submetidas a estudo dopplerfluxométrico do fundo do olho para avaliação da resistência vascular da artéria central da retina nas posições sentada e deitada, durante quatro fases do ciclo menstrual: fase folicular inicial, fase folicular média, fase periovulatória e fase lútea média. A confirmação da ovulação no ciclo de estudo foi feita pela dosagem de progesterona sérica na fase lútea média. Foram avaliados os índices de pulsatilidade (IP) e de resistência, e as velocidades máxima, mínima e média. RESULTADOS: a idade média foi de 29,7 anos. Não foram observadas diferenças entre os índices obtidos para ambos os olhos; assim, utilizamos as médias dos índices para realizar o cálculo estatístico. Quando comparadas às posições de realização do exame, detectou-se um IP maior na posição sentada; assim, as análises foram avaliadas em separado, respeitando-se a posição da paciente. O IP da artéria central da retina, avaliado com a paciente deitada, variou durante o ciclo menstrual, apresentando-se significativamente mais baixo nas fases folicular média (1,5±0,3) e periovulatória (1,5±0,3) quando comparadas às fases folicular precoce (1,7±0,4) e lútea média (1,7±0,4). Quando a avaliação foi feita com a paciente sentada não foram observadas diferenças para as diferentes fases do ciclo. CONCLUSÕES: num ciclo menstrual ovulatório ocorre diminuição da resistência vascular na artéria central da retina e posterior reversão do efeito, como demonstrado pelas variações do IP.
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OBJETIVO: descrever os valores encontrados para o índice de resistência (IR), índice de pulsatilidade (IP) e relação sístole/diástole (S/D) das artérias renais fetais em gestações sem complicações entre a 22ª e a 38ª semana de gestação e avaliar se estes valores variam durante esse período. MÉTODOS: estudo observacional, no qual 45 fetos de gestações não-complicadas foram avaliados na 22ª, 26ª, 30ª, 34ª e 38ª semanas gestacional. Os exames ultra-sonográficos com Doppler foram feitos por um único observador que utilizou aparelho com transdutor de 4 a 7 MHz. Para a aquisição do traçado de velocidade das artérias renais, uma amostra, com tamanho entre 1 e 2 mm, foi posicionada no terço médio da artéria renal para avaliação através da ultra-sonografia com Doppler pulsado, sempre por um único observador. A avaliação do IR, do IP e da relação S/D das artérias renais (direita e esquerda) foi realizada a partir de três ondas consecutivas utilizando-se o modo automático. Para demonstrar diferença nos valores dos índices com a variação da idade gestacional, comparamos os valores obtidos nas diferentes idades gestacionais através do teste ANOVA com medidas repetidas no tempo (repeated measures ANOVA) com pós-teste de Tukey. RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre a artéria renal direita e a esquerda quando se compararam o IR, o IP e a relação S/D. Entretanto, observou-se modificação dos valores destes parâmetros entre a 22ª semana (IR=0,9 ± 0,02; IP=2,44 ± 0,2; relação S/D=11,6 ± 2,2; média ± desvio padrão do valor médio da artéria renal direita e esquerda) e a 38ª semana (IR=0,8 ± 0,03; IP=2,1 ± 0,2; relação S/D=8,7 ± 2,3) de idade gestacional. CONCLUSÕES: os parâmetros avaliados (IR, IP e relação S/D) apresentam valores decrescentes entre a 22ª e a 38ª semana, sem diferença entre os lados direito e esquerdo do feto.
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OBJETIVO: determinar a variação de peso de mulheres com diferentes Índices de Massa Corporal (IMC), usuárias do injetável trimestral de acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMPD) e compará-la à de mulheres em uso de método não hormonal. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com revisão de prontuários de 226 usuárias de AMPD e 603 controles usuárias de DIU TCu380A. As mulheres foram distribuídas conforme o IMC inicial nas categorias de peso normal (<25 kg/m²), sobrepeso (25 a 29,9 kg/m²) e obesas (>30 kg/m²) e seguidas anualmente durante seis anos com medidas de peso e IMC. Aplicou-se o teste estatístico ANOVA para medir a variação de peso entre os grupos em cada categoria de IMC a cada ano. RESULTADOS: a média de idade no início do uso do método foi maior no grupo de estudo do que no controle em todas as categorias de IMC 31,6 ± DP 7,1 X 27,4 ± DP 5,5 na categoria peso normal (p<0,0001); 37,3 ± DP 6,8 X 29,2± DP 6,0 na categoria sobrepeso (p<0,0001); e 35,3 ± DP 6,4 X 29,7 ± DP 5,8 na categoria obesas (p<0,0001). As usuárias de AMPD tiveram elevação de peso em relação às controles na categoria de sobrepeso (p=0,0082); e o aumento de peso em relação ao tempo também foi maior no grupo de usuárias de AMPD do que nas controles para as categorias de peso normal (p<0,0001) e sobrepeso (p=0,0008). No grupo de obesas não houve variação do IMC entre os grupos nem em relação ao tempo de uso do método. CONCLUSÕES: não houve variação de ganho de peso em mulheres obesas usuárias de AMPD. Estudos prospectivos deverão ser realizados com testes metabólicos para determinar os fatores desencadeadores do ganho de peso em mulheres com peso normal e sobrepeso.