799 resultados para Suscetibilidade ferromagnética
Resumo:
O glyphosate é o herbicida mais usado no controle de plantas daninhas em eucalipto, atuando diretamente na rota do ácido chiquímico, principal via de formação de compostos ligados aos mecanismos de defesa das plantas, como: lignina, ácido salicítico e fitoalexinas. Assim, o contato do glyphosate com as folhas do eucalipto pode levar a conseqüências importantes sobre a resistência a doenças. Objetivou-se neste estudo avaliar o envolvimento do glyphosate, via deriva, na severidade da ferrugem causada por Puccinia psidii em genótipos de eucalipto com diferentes níveis de resistência ao patógeno. Para isso, mudas de quatro clones - dois heterozigotos resistentes à ferrugem (UFV01 e UFV02) e dois homozigotos suscetíveis (UFV03 e UFV04) - foram submetidas às subdoses de 0 (testemunha); 28,8; 57,6; 86,4; e 115,2 g ha-1 de glyphosate, simulando deriva. Três dias após a aplicação do glyphosate, as plantas foram inoculadas com o isolado monopustular UFV1 de P. psidii, obtido de Eucalyptus grandis, na região de Itapetininga, SP. Aos 21 dias após a inoculação, foram avaliados a severidade de ferrugem, utilizando-se uma escala diagramática com quatro classes (S0 e S1 resistentes à ferrugem e S2 e S3 suscetíveis), o número de pústulas cm-2 de área foliar, a área foliar lesionada pela ferrugem, o número médio de urediniósporos cm-2 de área foliar, o número médio de urediniósporos/pústula e a porcentagem de intoxicação pelo glyphosate. O clone UFV04 foi o mais sensível ao glyphosate, enquanto o UFV01 apresentou maior tolerância ao herbicida. O glyphosate não alterou o nível de resistência à ferrugem nos genótipos resistentes (UFV01 e UFV02) que apresentaram ausência de pústulas nas folhas, tanto em plantas expostas à deriva quanto nas testemunhas. Para os demais clones, manteve-se a suscetibilidade à ferrugem, embora, com o aumento das doses de glyphosate, tenha se observado diminuição da severidade da doença. Conclui-se que o glyphosate não afetou a resistência do eucalipto a Puccinia psidii, ocorrendo diminuição da severidade da doença em plantas expostas ao glyphosate via deriva, e que existe tolerância diferencial entre os clones ao herbicida.
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A alface-d'água (Pistia stratiotes) é uma das principais entre as macrófitas aquáticas que causam problemas em corpos hídricos no Brasil e são consideradas como plantas daninhas. O presente trabalho foi realizado com os objetivos de conhecer melhor a variabilidade genética dessa macrófita e relacionar essa variabilidade com a resposta à aplicação do herbicida glyphosate. Para isso, foram coletados indivíduos em 12 corpos hídricos em diferentes cidades do território nacional (Americana, Cambaratiba, Curitiba, Itapura, Jaboticabal, Lagoa Santa, Piraí, Rio Grande, Rubinéia, Salto Grande, Santa Gertrudes e Três Lagoas). Os acessos foram caracterizados pelo uso de marcadores RAPD (DNA Polimórfico Amplificado ao Acaso), que permitiram, com o auxílio de iniciadores aleatórios, a caracterização dos locos polimórficos identificados por uma matriz de ausência e presença de bandas. Utilizando essa matriz, a análise de agrupamento permitiu nítida classificação dos acessos em três grupos com diferenças genéticas entre eles. Um ensaio de controle químico, com plantas mantidas em vasos plásticos (5 L) e pulverizadas com o herbicida glyphosate nas concentrações de 0,0, 0,6, 1,2, 1,8 e 2,4 kg ha-1, identificou, utilizando avaliações aos 7, 14 e 21 dias após aplicação, que as duas maiores doses promoveram melhor efeito herbicida. Foi verificado também que os acessos de Curitiba e Cambaratiba apresentaram menor suscetibilidade ao herbicida glyphosate. Não houve correspondência entre a estrutura de grupos dos acessos pela análise multivariada de agrupamento com a técnica RAPD e a suscetibilidade da alface-d'água ao glyphosate.
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Várias espécies de hortaliças são de muita importância para a alimentação humana e tornam-se alvos da deriva de herbicidas, pois comumente são cultivadas nas proximidades de culturas como arroz, soja e milho, pulverizadas com esses produtos. Neste trabalho, objetivou-se verificar possíveis efeitos de doses reduzidas dos herbicidas glyphosate e clomazone sobre plantas de beterraba (Beta vulgaris) e de cenoura (Daucus carota), em diferentes fases de desenvolvimento. As doses avaliadas dos herbicidas foram de 0, 5, 10, 15 e 20% da dose recomendada, equivalentes a 0, 63, 126, 189 e 252 g ha-1 de glyphosate e 0, 14,4, 28,8, 43,2 e 57,6 g ha-1 de clomazone, respectivamente, aplicadas aos 20, 30 e 40 dias após a emergência das culturas. Observou-se aumento no percentual de fitotoxicidade do glyphosate com o incremento na dose do herbicida, e a maior suscetibilidade ocorreu com a deriva nos estádios mais precoces, em ambas as espécies. As doses de clomazone não causaram qualquer sintoma detectável visualmente para as plantas de beterraba e de cenoura. Os resultados sugerem que o herbicida glyphosate causa injúrias às plantas de beterraba e cenoura, independentemente do estádio em que ocorre a interceptação do produto. No entanto, o herbicida clomazone não interfere no desenvolvimento inicial de plantas de beterraba e cenoura.
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A soja resistente ao glyphosate (RR) é uma tecnologia que vem acrescentar mais uma ferramenta ao manejo de plantas daninhas para essa cultura, que possui a maior área plantada em nosso país. Por se tratar de uma técnica recente tanto no Brasil quanto no mundo, é preciso estudos buscando informações para o uso correto desta importante e cada vez mais freqüente prática agrícola: o cultivo de soja transgênica. Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos causados pelas aplicações de glyphosate sobre 20 cultivares de soja RR. As doses utilizadas foram: testemunha sem herbicida; glyphosate em aplicação seqüencial de 0,54/0,36 kg equivalente ácido (e.a.) ha-1, aos 12/24 dias após a emergência (DAE); glyphosate em aplicação única de 0,72 kg e.a. ha-1, aos 20 DAE; glyphosate em aplicação seqüencial de 0,72/0,54 kg ha-1, aos 12/24 DAE; e glyphosate em aplicação única de 0,90 kg ha-1, aos 24 DAE. Foram avaliadas as variáveis matéria seca do sistema radicular (MSSR), matéria seca da parte aérea (MSPA), matéria seca dos nódulos acumulados (MSNT) e número de nódulos acumulados (NN). Os cultivares que demonstraram maior suscetibilidade às aplicações de glyphosate foram: MSOY 8008 RR, ANTA RR, CD 213 RR, MSOY 8100 RR, VALIOSA RR, CD 219 RR, MSOY 6001 RR, CRISTALINA RR e BRS 247 RR, apresentando reduções de pelo menos três das quatro variáveis estudadas. BRS 242 RR, BRS 243 RR, BRS 244 RR, BRS 246 RR, CD 214 RR, MSOY 8151 RR, MSOY 9000 RR e BRS 245 RR foram as mais tolerantes, pois não sofreram reduções significativas em nenhuma ou em uma das variáveis avaliadas. De modo geral, a MSSR foi mais afetada pela modalidade de aplicação do que pela dose de glyphosate; por outro lado, a MSPA e a nodulação foram mais afetadas em cultivares de ciclo mais longo, em relação às variedades de ciclo precoce. A nodulação também foi menos afetada pelo glyphosate em variedades do grupo BRS, comparada aos demais materiais genéticos.
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A cenoura é uma importante hortaliça no Brasil, cuja produtividade pode ser muito reduzida devido à interferência de plantas daninhas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar efeitos de períodos de convivência das plantas daninhas na produtividade da cenoura cultivar "Brasília" e na comunidade de plantas daninhas. Os tratamentos foram constituídos de períodos crescentes de convivência ou controle das plantas daninhas. A comunidade de plantas daninhas foi avaliada quanto a número de indivíduos, matéria seca acumulada e frequência de ocorrência das espécies, e a cultura, quanto à produtividade comercial. As principais plantas daninhas foram Ageratum conyzoides, Digitaria nuda, Eleusine indica e Lepidium virginicum. A presença da comunidade de plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura pode acarretar perdas de 94% na produtividade, evidenciando alta suscetibilidade da cenoura à interferência das plantas daninhas. Contudo, não houve período crítico de prevenção à interferência, e um único controle das plantas daninhas, entre 22 e 31 dias após a semeadura, foi suficiente para garantir a produção da cultura.
Retorno da produção de arroz irrigado com cultivares convencionais após o uso do sistema Clearfield®
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Os herbicidas imazethapyr + imazapic usados no sistema Clearfield® de produção de arroz irigado podem persistir no solo e afetar cultivares de arroz não tolerantes semeados em sucessão. O efeito sobre o arroz irrigado não tolerante pode variar de acordo com os genótipos e herbicidas utilizados no arroz cultivado em sucessão. Em vista disso, foi realizado um experimento com o objetivo de avaliar alternativas de cultivares e herbicidas para o retorno da produção de arroz não tolerante após o uso do sistema Clearfield. O experimento foi instalado em área de várzea sistematizada da Universidade Federal de Santa Maria (Santa Maria, RS) e conduzido no ano agrícola 2006/07. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, em esquema trifatorial, com três repetições. O fator A foi composto por dois sistemas de sucessão de cultivo de arroz irrigado nos primeiros três anos de cultivo (2003/04, 2004/05 e 2005/06): sistema de sucessão 1 - duas safras agrícolas com o uso do sistema Clearfield e aplicação de imazethapyr + imazapic (75 e 25 g i.a. ha-1) e uma safra com cultivo de arroz não tolerante, com aplicação de quinclorac; e sistema de sucessão 2 - três safras agrícolas com o uso do sistema Clearfield e aplicação do herbicida na mesma dose especificada anteriormente. O fator B foi representado pelos cultivares de arroz irrigado usados no quarto ano de cultivo (BR IRGA 409, IRGA 417, IRGA 422 CL e BRS 7 "TAIM"). O fator C foi representado por diferentes herbicidas aplicados na safra 2006/07: bispyribac-sodium, clomazone + propanil, cyhalofop-butyl, quinclorac e penoxsulam. O cultivo de arroz irrigado após o uso do sistema Clearfield® por dois anos requer, pelo menos, uma safra agrícola sem a aplicação do herbicida (imazethapyr + imazapic), para evitar que o residual dos herbicidas afete a produtividade do arroz não tolerante. A redução de produtividade do arroz não tolerante causada pelo residual do herbicida (imazethapyr + imazapic) semeado após três anos de uso consecutivo do sistema Clearfield foi de 30%. Não houve diferença entre os cultivares não tolerantes testados neste experimento quanto à suscetibilidade ao residual de imazethapyr + imazapic. Não houve aumento de fitotoxicidade nas plantas do arroz irrigado pela aplicação dos herbicidas no arroz irrigado não tolerante semeado na sucessão, porém ressalta-se a necessidade do uso de herbicidas que não sejam inibidores da enzima ALS para reduzir a pressão de seleção de plantas daninhas resistentes ou tolerantes a esses herbicidas.
Resumo:
O sorgo granífero é uma espécie de destaque entre aquelas cultivadas em sucessão na região dos cerrados brasileiros. Embora o 2,4-D seja utilizado nessa cultura, pouco tem sido feito para determinar a suscetibilidade dessa espécie em função do seu estádio de desenvolvimento no momento de aplicação. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a seletividade do herbicida 2,4-D aplicado em pós-emergência para a cultura do sorgo granífero. Foi utilizado o cultivar AG-1040, cultivado em vasos com capacidade de 10 dm-3 de solo em casa de vegetação. O ensaio foi disposto em delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 x 3, correspondendo a cinco doses do herbicida 2,4-D sal de amina (0, 210, 420, 840 e 1.608 g ha-1), aplicadas nos estádios fenológicos de três, cinco e nove folhas completamente expandidas. Injúrias visuais foram observadas com maior intensidade quando as aplicações ocorreram nos estádios iniciais de crescimento vegetativo das plantas de sorgo. No entanto, os maiores efeitos negativos relacionados ao rendimento e ao acamamento de plantas foram observados em aplicações realizadas em estádios mais tardios do ciclo da cultura.
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O milheto é uma espécie de destaque entre aquelas cultivadas em sucessão na região dos cerrados brasileiros. Embora o herbicida atrazine apresente potencial para ser utilizado nessa cultura, pouco tem sido feito para determinar a suscetibilidade dessa espécie em função do seu estádio de desenvolvimento no momento de aplicação. Objetivou-se com este trabalho avaliar a seletividade do herbicida atrazine à cultura do milheto (Pennisetum glaucum), determinando a dosagem máxima de aplicação e os estádios da cultura que apresentem menor sensibilidade. Foram realizados dois ensaios em casa de vegetação, onde se determinou primeiramente a seletividade do herbicida para os cultivares ADR-300, ADR-500 e ADR-7010. Posteriormente, o cultivar ADR-500 foi avaliado em condições de dose-resposta do atrazine, em função do estádio fenológico de desenvolvimento. Este experimento foi realizado no delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 3, com quatro repetições, correspondendo a cinco doses de atrazine: 0; 0,5; 1,5; 2,5 e 4,0 kg de i.a. ha-1, aplicadas em três estádios de crescimento do milheto (duas, quatro e oito folhas expandidas). O cultivar ADR-500 apresentou a maior suscetibilidade entre os avaliados. Aplicações realizadas nos estádios mais precoces de crescimento do milheto promoveram os maiores níveis de intoxicação, redução do número de afílhos e do acúmulo de biomassa seca da parte aérea. Esses resultados intensificaram-se com o incremento da dose de atrazine. Com relação à massa da espiga, doses inferiores a 1,5 kg ha-1 não prejudicaram significativamente essa variável, independentemente do estádio de aplicação. É possível concluir que doses inferiores a 1,5 kg ha-1 de atrazine podem ser usadas de forma segura na cultura do milheto quando as plantas apresentarem quatro ou mais folhas no momento da aplicação.
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Cenchrus echinatus é uma importante infestante em áreas de cultivo de milho, sorgo e milheto no Brasil. Embora atrazine seja um dos herbicidas mais utilizados nessas culturas, pouco tem sido feito para determinar a suscetibilidade dessa espécie em função do seu estádio de desenvolvimento em aplicações em pós-emergência. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a supressão imposta pelo atrazine, aplicado em pós-emergência, em três estádios de desenvolvimento dessa planta daninha. O ensaio foi implantado em unidades de 10 dm-3 de solo, em casa de vegetação, em esquema fatorial 5 x 3, com quatro repetições, correspondendo a cinco doses de atrazine (0; 0,5; 1,5; 2,5; e 4,0 kg ha-1), combinadas com três estádios de desenvolvimento de C. echinatus (um par de folhas, dois pares de folhas e dois afílhos) por ocasião da aplicação do herbicida em pós-emergência. Aplicações realizadas em estádios mais tardios foram ineficientes no controle dessa espécie, apesar de causarem reduções significativas no acúmulo de biomassa seca, na altura das plantas e na produção de estruturas reprodutivas. Visando controlar essa espécie, os melhores resultados são obtidos com aplicações de doses a partir de 3,5 kg ha-1 em plantas com um par de folhas.
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No Brasil, as macrófitas aquáticas submersas, Egeria densa e Egeria najas, têm causado prejuízos aos usos múltiplos da água. Hydrilla verticillata foi recentemente introduzida, mas tem histórico como planta problemática nos EUA, no México e na Austrália. O objetivo deste trabalho foi avaliar as suscetibilidades relativas dessas três macrófitas aquáticas ao diquat e os riscos da utilização desse herbicida para o guaru (Phallocerus caudimaculatus). Para isso, foram instalados ensaios em condições de laboratório, a fim de avaliar a suscetibilidade relativa das três macrófitas por meio da manutenção de ponteiros dessas plantas em soluções contendo 0,0; 0,2; 0,4; 0,8; e 1,6 mg L-1 de diquat (Reward®) por 14 dias. A avaliação foi realizada pela variação do acúmulo de matéria fresca e do comprimento dos ponteiros no período de exposição ao herbicida. H. verticillata mostrou maior sensibilidade ao diquat em comparação com as duas macrófitas do gênero Egeria, mesmo em baixas concentrações do herbicida. Nas maiores concentrações, E. densa mostrou maior sensibilidade que E. najas. O risco da aplicação do diquat para P. caudimaculatus foi estimado pela toxicidade aguda. Alevinos de P. caudimaculatus de 0,4 ± 0,2 mg foram expostos a soluções de 0,0; 1,0; 5,0; 10,0; 15,0; 20,0; 25,0; e 30,0 mg L-1 de diquat. A concentração letal de 50% (CL(I) (50;96h)) do diquat estimada para P. caudimaculatus foi de 7,17 mg L-1. Para P. caudimaculatus, a toxicidade aguda foi superior à concentração recomendada para o controle de macrófitas aquáticas submersas, indicando risco muito baixo para esse peixe.
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As espécies do gênero Cyperus, pertencentes à família Cyperaceae, destacam-se entre as principais plantas daninhas nas regiãos orizícolas do Rio Grande do Sul (RS). Objetivou-se com este trabalho avaliar a diversidade de Cyperus ferax nas regiões orizícolas do RS e os níveis de sensibilidade dessa espécie ao herbicida penoxsulam. Para isso, conduziu-se experimento em casa de vegetação, na Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, em delineamento experimental completamente casualizado, com quatro repetições. Cada unidade experimental (parcela) foi composta por vaso com capacidade de 0,55 dm³ de solo, onde foram estabelecidas sete plantas. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial; o fator A avaliou os locais de coleta (origem) de sementes de C. ferax, infestante das lavouras de arroz irrigado do RS, e o fator B, a suscetibilidade ao herbicida penoxsulam (125 g ha-1), comparativamente à testemunha sem aplicação. Existe diferença entre acessos de C. ferax quanto à sensibilidade ao herbicida penoxsulam. Os biótipos de C. ferax oriundos de lavouras de arroz irrigado da Depressão Central apresentam, em geral, maior acúmulo de massa seca da parte aérea e área foliar. Os biótipos C. ferax ocorrentes em lavouras de arroz do Rio Grande do Sul podem ser divididos em dois grupos, segundo características morfológicas.
Resumo:
Mesotrione é um importante herbicida registrado para uso na cultura do milho, porém pouco tem sido feito para estudar a suscetibilidade de espécies como Brachiaria brizantha a esse herbicida. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a supressão imposta pelo mesotrione em plantas de Brachiaria brizantha, visando à viabilização de um cultivo integrado com a cultura do milho. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados, com quatro repetições, sendo estes constituídos por sete doses de mesotrione (0, 12, 24, 48, 96, 144 e 192 g ha-1), um tratamento com o cultivo de milho solteiro e capinado, além de um tratamento com capim-braquiária cultivado de forma solteira e capinada, totalizando assim nove tratamentos. As espécies milho e B. brizantha (cv. Marandu) foram semeadas concomitantemente. Os tratamentos herbicidas foram aplicados aos 20 dias após a emergência das espécies. O mesotrione mostrou maior potencial de fitointoxicação em plantas de B. brizantha ao ser aplicado na dose de 192 g ha-1. Entretanto, a espécie forrageira apresentou tolerância satisfatória ao herbicida, demonstrando potencial de utilização no sistema de integração lavoura-pecuária. A competição interespecífica proporcionou reduções no rendimento do milho, e a melhor relação dose-benefício para esse sistema foi obtida com a utilização de 96 g ha-1 de mesotrione.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a intoxicação de planta daninha e cultivares de cana-de-açúcar ao amicarbazone. Para isso, utilizou-se Ipomoea grandifolia como planta daninha representante e os cultivares de cana-de-açúcar PO8862, SP80 3280 e RB83 5486, caracterizados como sensível, intermediário e tolerante aos herbicidas, respectivamente. Foi verificado o consumo de água e quantificada a concentração do amicarbazone em seiva de xilema dos três cultivares de cana-de-açúcar e de I. grandifolia por meio da bomba de Schollander e da cromatografia e espectrometria de massas (LC-MS). A intoxicação das plantas foi verificada através de leituras da fluorescência, com auxílio do fluorômetro portátil, que permitiu a correlação da taxa de transporte de elétrons (ETR) com a concentração de amicarbazone absorvido pelos cultivares de cana-de-açúcar e por I. grandifolia. Verificou-se, através do experimento, que a redução dos valores da ETR pode ser utilizada para indicar o nível de intoxicação de I. grandifolia e de plantas de cana-de-açúcar ao amicarbazone. I. grandifolia destacou-se em relação à cana-de-açúcar pela maior sensibilidade ao amicarbazone. A suscetibilidade diferencial dos cultivares de cana-de-açúcar PO8862, SP80 3280 e RB83 5486 pode ser justificada, possivelmente, pela absorção diferencial do amicarbazone entre os cultivares.
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O controle químico é o principal método utilizado no manejo das plantas daninhas em canaviais, sendo utilizados, em sua grande maioria, herbicidas em pós-emergência, os quais podem causar intoxicação à cana-de-açúcar, o que muitas vezes ocasiona redução da produtividade de colmos. No entanto, para diminuir as injúrias de herbicidas em cana-deaçúcar, podem-se reduzir as doses abaixo das recomendadas, desde que aplicadas em condições ambientais adequadas para ainda obter controle satisfatório das comunidades infestantes. Objetivou-se com este trabalho avaliar a eficiência e a intoxicação de doses que variaram de zero até a recomendada - dos herbicidas aplicados em mistura no tanque {(diuron + hexazinone) + MSMA} em três estádios de desenvolvimento do cultivar de canade-açúcar RB867515, bem como da planta daninha Brachiaria brizantha. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram alocados em esquema fatorial (6 x 3), sendo o fator A composto por doses de 0,0; 50,0; 62,5; 75,0; 87,5; e 100,0% da recomendada dos herbicidas: diuron + hexazinone (1,20 kg ha-1) e MSMA (1,44 kg ha-1), aplicados em associação no tanque do pulverizador. O fator B foi composto por épocas de aplicação dos produtos, realizadas quando a cultura se encontrava com duas a três folhas, quatro a cinco folhas e seis a sete folhas completamente expandidas ou quando B. brizantha apresentava duas a quatro folhas, seis folhas a um perfilho ou um a quatro perfilhos. Aos 7, 21, 35 e 49 dias após a aplicação dos herbicidas, foram realizadas avaliações visuais de intoxicação da cultura e controle de B. brizantha. A estimativa da produtividade de colmos da cana-de-açúcar ocorreu aos 12 meses após o plantio. Considerando todas as situações avaliadas, o controle de B. brizantha variou entre 50 e 100%; nas maiores doses, os herbicidas apresentaram as melhores eficiências de controle. Constatou-se que o melhor controle de B. brizantha, considerando todo o ciclo da cana-de-açúcar, ocorreu com aplicação dos herbicidas nos estádios de duas a quatro folhas da planta daninha. Observou-se aumento da intoxicação com o acréscimo das doses de {(diuron + hexazinone) + MSMA} em todas as épocas avaliadas, sendo os maiores níveis de injúrias constatados na fase de maior desenvolvimento da cultura, assim como a menor produtividade de colmos da cana-de-açúcar.
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Este estudo avaliou o impacto da presença da gramínea exótica (Brachiaria decumbens) na herbivoria e no desenvolvimento de plântulas de espécies nativas (Hymenaea stigonocarpa e Dipteryx alata) de Cerrado. Para avaliar o impacto da presença da gramínea, 10 blocos em pastagem (antiga área de Cerrado) na Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS) foram demarcados em janeiro de 2009. As gramíneas foram mantidas intactas em metade dos blocos e, na outra metade, foram removidas. Em cada tratamento, foram avaliados a herbivoria, a altura e o diâmetro na altura do solo (DAS) de 25 plântulas de cada espécie ao longo do ano. O conteúdo de carbono, nitrogênio e água das folhas também foi quantificado. Plântulas de Hymenaea stigonocarpa nos tratamentos com gramínea tiveram maior taxa de crescimento em diâmetro que as plântulas no tratamento sem gramíneas. As plântulas de Dipteryx alata que estavam no tratamento sem gramíneas tiveram maiores taxas de crescimento em altura que as do tratamento com gramíneas. Houve diferença na taxa de herbivoria de D.alata entre os tratamentos. As plântulas das duas espécies que estavam no tratamento com gramínea mostraram maiores concentrações de carbono e menores de água. O conteúdo de nitrogênio foliar foi maior no tratamento com gramíneas que no sem gramíneas em D.alata; já o nitrogênio em H. stigonocarpa não variou entre os tratamentos. Esses resultados mostram que cada espécie nativa possui distintas respostas fisiológicas e suscetibilidade à herbivoria em ambientes sob competição de recursos com a gramínea exótica, B. decumbens.