969 resultados para Morbidade fetal


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OBJETIVO: avaliar as taxas de morbidade febril puerperal em pacientes infectadas pelo HIV e sua correlação com a via de parto, duração do trabalho de parto, tempo de rotura de membranas, número de células CD4+ e carga viral do HIV periparto. MÉTODOS: foram incluídas 207 gestantes infectadas pelo HIV, com seguimento pré-natal e parto entre maio de 1997 e dezembro de 2001, sendo 32 submetidas a parto vaginal e 175 a cesárea. Do total de pacientes, 62,8% foram submetidas a cesárea eletiva. A idade média no grupo analisado foi de 27,4 anos, 25,6% eram nulíparas e 26% primíparas, com idade gestacional média de 37,8 semanas no momento do parto. A contagem média de células CD4+ foi de 481 células /mm³ e da carga viral do HIV de 49.100 cópias/mL, ambas no final da gestação. RESULTADOS: a morbidade febril puerperal ocorreu em 34 pacientes, sendo 33 pós-cesárea e 1 pós-parto vaginal. O tipo mais comum de intercorrência infecciosa pós-cesárea foi infecção de cicatriz cirúrgica (13% dos casos de infecção). Os fatores analisados, como duração do trabalho de parto, tempo de rotura de membranas, contagem de células CD4+ ou carga viral do HIV periparto, não interferiram na taxa de morbidade febril puerperal. CONCLUSÕES: A incidência de morbidade febril puerperal foi de 16,8%, sendo mais freqüente pós-cesárea (18,9%) que pós-parto vaginal (3,1%). Os demais fatores não mostraram relação significativa com a taxa de morbidade febril puerperal.

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OBJETIVO: comparar a morbidade materna e os resultados neonatais, bem como algumas características clínicas e epidemiológicas de primíparas com uma cesárea anterior, segundo a realização de cesárea eletiva (CE) ou prova de trabalho de parto (PTP) no segundo parto. PACIENTES E MÉTODO: trata-se de estudo de corte transversal retrospectivo do segundo parto em mulheres com uma cesárea prévia, atendidas no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM)/UNICAMP, no período de 1986 a 1998. Os dados foram obtidos de 2068 prontuários clínicos que correspondiam a 322 casos de CE e 1746 de PTP. A análise dos dados foi realizada pela distribuição percentual dos casos de CE e PTP e das categorias das variáveis nestes dois grupos, com a diferença estatística avaliada pelos testes chi2, chi2 para tendência (chi2 trend) e exato de Fisher, com nível de significância de 95%. RESULTADO: a indicação de CE diminuiu progressivamente com o tempo, passando de 22,6% em 1986 para 5% em 1998. A morbidade materna foi semelhante e reduzida nos dois grupos (1,24 e 1,21%). Não houve diferença significativa entre os grupos quanto ao índice de Apgar e natimortalidade, mas notou-se proporção significativamente maior de RN prematuros e com peso <2.500 g e >4.000 g no grupo submetido à CE. A prevalência de CE foi significativamente maior em mulheres com idade >35 anos, história pregressa ou atual de síndrome hipertensiva, diabetes ou primeiro filho morto, bem como com alterações no volume do líquido amniótico. CONCLUSÕES: A realização da PTP aumentou progressivamente ao longo dos treze anos, sem aumento na morbidade materna e/ou neonatal. As indicações de CE obedeceram critério médico relacionado às condições clínicas maternas e/ou fetais desfavoráveis ao parto vaginal.

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OBJETIVO: determinar se a cesariana eletiva na 38ª semana de gestação para pacientes portadoras do vírus HIV, com a finalidade de reduzir a transmissão vertical, aumenta a morbiletalidade materna. MÉTODOS: foram incluídas 58 pacientes portadoras do vírus submetidas ao protocolo ACTG 076 completo (associação da zidovudina oral no pré-natal com a forma venosa no momento do parto), que foram submetidas a cesariana eletiva na 38ª semana de gravidez. O grupo controle constituiu-se de 226 grávidas não infectadas (as quatro pacientes submetidas a cesariana eletiva após cada cesariana em paciente portadora do HIV). As variáveis analisadas nos dois grupos foram: atonia uterina, febre puerperal, infecções de parede abdominal, infecções urinárias, endometrite, perda sangüínea, tempo operatório e tempo de internação. A análise estatística foi feita com o teste do c² (teste de Fisher quando havia caselas com menos de 5 casos). O risco relativo (RR) foi calculado com o programa Epi-Info 6.0. RESULTADOS: os resultados mostram que a cesariana eletiva realizada em pacientes portadoras do HIV, quando comparada com o grupo controle, não apresentou maior incidência de atonia uterina (p=1,6), de febre puerperal (p=0,6), de infecções de parede abdominal (p=0,6), de infecções urinárias (p=0,2) e de endometrite (p=0,3). No entanto, houve maior perda sangüínea (risco relativo de 2,2), e maior tempo operatório (risco relativo de 3,3). A paciente portadora do HIV permaneceu menos tempo internada que aquela do grupo controle (risco relativo de 0,3). CONCLUSÃO: conclui-se que não houve aumento da morbidade materna ao se optar pela cesariana como desfecho da gestação da paciente portadora do vírus HIV.

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OBJETIVO: avaliar um novo método de determinação do sexo fetal pela análise de DNA obtido do plasma materno. MÉTODOS: sangue periférico (10 mL) foi coletado de mulheres grávidas em diferentes idades gestacionais. O plasma foi separado e o DNA isolado do mesmo foi submetido à reação em cadeia da polimerase (PCR) com oligonucleotídeos iniciadores derivados do gene DYS14 específico do cromossomo Y. RESULTADOS: foram analisadas amostras de 212 pacientes. O resultado da PCR foi comparado ao sexo determinado pela ultra-sonografia e/ou do nascimento. Houve concordância em 209 das 212 pacientes. Nos 3 casos discordantes a PCR apontou resultado feminino, sendo as três amostras coletadas antes da 8ª semana de gravidez. CONCLUSÃO: o método de PCR desenvolvido para a determinação do sexo fetal possui excelente sensibilidade e especificidade, permitindo seu uso rotineiro. O resultado de sexo masculino possui maior confiabilidade que o feminino, principalmente em idade gestacional precoce. Novas aplicações para o DNA fetal no plasma materno estão sendo pesquisadas, permitindo no futuro o diagnóstico não invasivo de uma série de doenças.

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OBJETIVO: avaliar, em gestações de risco, a acurácia da medida do diâmetro transverso do cerebelo (DTC) e da relação diâmetro transverso do cerebelo/circunferência abdominal (DTC/CA) para detecção de restrição de crescimento fetal (RCF). MÉTODO: foi realizado um estudo prospectivo transversal envolvendo 260 pacientes com idade gestacional entre a 28ª e a 40ª semana. Os fetos foram avaliados por meio da ultra-sonografia, obtendo-se o DTC e CA. Fetos com DTC menor que o percentil 10 para idade gestacional ou com relação DTC/CA acima do percentil 90 (>14,6) foram classificados como suspeitos para RCF. Após o parto, avaliou-se a acurácia da medida do DTC e da relação DTC/CA para a predição da RCF, utilizando-se como critério diagnóstico o peso do recém-nascido menor que o percentil 10 para idade gestacional. RESULTADOS: após o parto, foram identificados 79 recém-nascidos com RCF (30,4%). O DTC foi adequado para a idade gestacional em 74 desses fetos (93,7%), e compatível com pequeno para a idade gestacional em apenas 5 (6,3%). A sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia do DTC na predição de RCF foi de 6,3, 93,4, 29,4, 69,5 e 67%, respectivamente. A relação DTC/CA maior que 14,6 identificou 59 dos 79 fetos com RCF, com 27 falso-positivos e 20 falso-negativos, apresentando, portanto, sensibilidade de 74,5%, especificidade de 85,1%, valor preditivo positivo de 68,6%, valor preditivo negativo de 88,5% e acurácia de 81,9%. CONCLUSÕES: a medida isolada do DTC não é bom parâmetro para rastrear RCF, porém a relação DTC/CA acima do percentil 90 mostrou-se eficaz para detectar fetos com restrição de crescimento.

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OBJETIVO: avaliar o emprego da medida da altura uterina para o diagnóstico da restrição do crescimento fetal (RCF), empregando como padrão curvas conhecidas de evolução da altura uterina do próprio serviço. MÉTODOS: entre julho de 2000 e fevereiro de 2003, 238 gestantes de alto risco foram submetidas a medidas de altura uterina, da 20ª à 42ª semana de gestação. Todas possuíam idade gestacional confirmada por ultra-sonografia precoce. Cinqüenta (21,0%) gestantes tiveram recém-nascidos pequenos para a idade gestacional. O mesmo observador realizou 1617 medidas de altura uterina, com fita métrica, da borda superior da sínfise púbica ao fundo uterino. A confirmação do diagnóstico de RCF foi dada após o nascimento pela curva de Ramos. Para a análise estatística, as gestantes foram comparadas segundo o peso dos recém-nascidos, por meio do teste exato de Fisher ou teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, quando aplicável. Foram calculados: sensibilidade (S), especificidade (E), valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN) para o diagnóstico de RCF. Para a análise dos valores contínuos foi utilizado o teste para duas proporções com aproximação normal. RESULTADOS: para a ocorrência de RCF, considerando-se uma medida de altura uterina abaixo do percentil 10 para a idade gestacional, S foi de 78%, E de 77,1%, VPP de 47,6% e VPN de 92,9%. Utilizando como limite o percentil 5, foram obtidos S = 64%, E = 89,9%, VPP = 62,7% e VPN = 90,4%, para o diagnóstico da RCF. CONCLUSÃO: medida de altura uterina abaixo do percentil 10 para a idade gestacional, pela curva local, mostra-se como bom teste para o rastreamento da RCF.

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OBJETIVO: avaliar a morbidade e a mortalidade neonatais relacionadas à idade materna igual ou superior a 35 anos. MÉTODOS: de 2.377 nascimentos em um ano, 316 (13,6%) eram de gestantes com idade igual ou superior a 35 anos. As gestantes selecionadas foram comparadas com mulheres entre 20 a 29 anos, randomicamente selecionadas entre 1170 delas (49,2%). Foram incluídas gestantes com idade gestacional acima de 22 semanas e recém nascido (RN) acima de 500 g. Foram excluídos 14 gemelares. Para avaliar a morbidade e a mortalidade foram consideradas as seguintes variáveis: índice de Apgar, peso ao nascer, malformações congênitas, adequação do peso ao nascer e a mortalidade neonatal até a alta hospitalar. RESULTADOS: quando avaliadas em conjunto nuliparas e multíparas, as gestantes com idade igual ou superior a 35 anos apresentaram uma proporção significativamente maior de resultados perinatais desfavoráveis, o que não se manteve quando foram excluídas as nulíparas. Multíparas com idade igual ou superior a 35 anos apresentaram maior proporção de índice de Apgar baixo no 1º minuto: 21,3 e 13,1% (p = 0,015); RN pequeno para a idade gestacional: 15,2 e 6,7% (p < 0,02); RN grande para a idade gestacional: 5,7 e 0,0% (p < 0,02); baixo peso ao nascer: 23,8 e 14,5% (p < 0,01) e prematuridade: 16,7 e 6,7% (p < 0,005), respectivamente. Não foram encontradas diferenças significativas para o índice Apgar baixo no 5º minuto, malformações congênitas, condições do recém-nascido no momento da alta hospitalar e mortalidade neonatal. CONCLUSÕES: ocorreu um aumento da morbidade neonatal nas gestantes com idade igual ou superior a 35 anos, porém sem aumento da mortalidade neonatal.

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OBJETIVO: testar a validade da relação diâmetro transverso do cerebelo (DTC)/circunferência abdominal (CA) no diagnóstico da restrição de crescimento fetal (RCF), determinando seu melhor ponto de corte e acurácia nas restrições simétrica e assimétrica. MÉTODOS: estudo prospectivo, transversal, envolvendo 250 gestantes com gravidez única, idade gestacional entre a 20ª e a 42ª semana, confirmada por ultra-sonografia. A medida do DTC foi obtida colocando-se os calipers nas margens externas do cerebelo, após sua localização na fossa posterior, com suave rotação do transdutor abaixo do plano do tálamo. A circunferência abdominal foi medida na junção das veias porta esquerda e umbilical. O melhor ponto de corte da relação DTC/CA foi obtido pela curva ROC (receiver operator characteristic). Os neonatos cujas relações DTC/CA foram maiores do que o ponto de corte selecionado foram considerados com RCF. Consideraram-se padrão-ouro para o diagnóstico de RCF recém-nascidos cujos pesos situaram-se abaixo do percentil 10. Neonatos com RCF e índice ponderal de Rohrer entre 2,2 e 3 foram considerados simétricos e abaixo de 2,2, assimétricos. RESULTADOS: o ponto de corte da relação DTC/CA, obtido pela curva ROC foi 16,1. A sensibilidade, especificidade, acurácia, valores preditivos positivo e negativo e razões de verossimilhança positiva e negativa foram de 77,4; 82,6; 38,7; 96,3; 82; 4,5 e 3,7%, respectivamente. Na RCF simétrica a sensibilidade e especificidade foram de 80,8 e 81,7%, respectivamente. Na assimétrica, a sensibilidade e especificidade foram de 60 e 75%, respectivamente. CONCLUSÃO: a relação DTC/CA mostrou-se eficaz no diagnóstico da RCF simétrica e assimétrica.

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OBJETIVOS: investigar a possibilidade da predição da acidemia no nascimento, em gestações com insuficiência placentária, com o emprego de índices veno-arteriais avaliados pela dopplervelocimetria, definindo seus pontos de corte para esta predição. MÉTODOS: trata-se de estudo transversal prospectivo no qual foram incluídas 47 gestações únicas com insuficiência placentária (presença de índice de resistência e índice de pulsatilidade (IP) na artéria umbilical (AU) superiores ao percentil 95), após a 26ª semana. Foram excluídos os casos com fetos apresentando anomalias estruturais ou cromossômicas. O Doppler foi realizado a menos de 24 horas do parto. Amostra de sangue arterial umbilical para análise da acidemia foi coletada imediatamente após o nascimento. Diagnosticou-se acidemia quando o pH encontrava-se abaixo de 7,20 na ausência de trabalho de parto e abaixo de 7,15 quando parto vaginal. Foram consideradas patológicas as acidemias metabólicas ou mistas. Construiu-se curva ROC para os índices veno-arteriais: IP para veias do ducto venoso (IPV DV)/IP/AU e IPV DV/IP artéria cerebral média (ACM). Determinaram-se os pontos de corte e posteriormente foram calculados a sensibilidade, especificidade, VPP, VPN e acurácia. RESULTADOS: o IPV DV/IP AU não mostrou ser bom parâmetro para a predição da acidemia. A análise do IPV DV/IP ACM mostrou uma área sob a curva ROC de 0,785 com p = 0,004, e, para o ponto de corte de 0,582, encontraram-se sensibilidade de 66,7%, especificidade de 77,1% e acurácia de 74,5%. CONCLUSÕES: o IPV DV/IP ACM mostrou-se adequado na predição da acidemia no nascimento em gestações com insuficiência placentária. O ponto de corte para esse índice que demonstrou melhores valores de predição foi 0,582.

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OBJETIVO: avaliar se existe associação entre a medida do pico de velocidade sistólica (PVS) na dopplervelocimetria da artéria cerebral média (ACM) e a concentração de hemoglobina fetal e determinar a sua capacidade diagnóstica. MÉTODOS: entre janeiro de 2000 e maio de 2003, 44 gestantes isoimunizadas foram submetidas a transfusão intra-uterina. Realizou-se estudo dopplervelocimétrico da ACM antes de cada transfusão fetal, sempre com intervalo inferior a 3 horas, antecedendo o procedimento. O PVS da ACM foi considerado alterado quando seu valor era superior a 1,5 múltiplo da mediana para a respectiva idade gestacional. A concentração de hemoglobina do cordão foi aferida antes de se iniciar a infusão de sangue, realizada no Hemocue® (B-Hemoglobin Photometer Hemocue AB; Angelholm, Sweden). O estudo estatístico foi feito pelo teste do chi2 e também foram calculados os valores de sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo. RESULTADOS: foram realizados 83 procedimentos, sendo que em 33 a hemoglobina fetal era inferior a 10,0 g/dL. Houve associação significativa entre as variáveis estudadas, p<0,001. Fetos com hemoglobina menor ou igual a 10 g/dL apresentaram aumento significativo na medida do PVS na ACM, com valores superiores a 1,5 múltiplo da mediana. O PVS na ACM apresentou sensibilidade de 75,7% para a detecção de hemoglobina do cordão menor ou igual a 10 g/dL. CONCLUSÃO: o pico de velocidade sistólica na artéria cerebral média pode ser utilizado como método complementar no diagnóstico da anemia fetal.

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OBJETIVO: avaliar a importância da leptina materna e fetal circulantes na gestação saudável por meio da avaliação de sua associação com variáveis antropométricas materna, placentária e fetal ao nascimento e as relações entre os compartimentos avaliados. MÉTODOS: em estudo transversal foi incluída amostra de 33 gestações únicas, a termo, com fetos saudáveis. As variáveis avaliadas foram idade materna, peso materno, índice de massa corporal, peso do recém-nascido, peso placentário e índice placentário. Amostras de sangue materno foram obtidas imediatamente antes do parto e em sangue do cordão umbilical ao nascimento. A dosagem da leptina sérica foi realizada por meio de radioimunoensaio convencional. As relações entre as concentrações de leptina sérica materna e da artéria e veia umbilicais com as variáveis de estudo foram verificadas através da regressão linear. RESULTADOS: a leptina foi detectada no sangue de todas as 33 gestantes e seus respectivos recém-nascidos, sendo a concentração no sangue materno (17,1±1,77 ng/ml) superior à dos vasos umbilicais (veia 9,0±1,16 ng/mL; artéria 8,2±1,02 ng/mL), p<0,0001. As concentrações de leptina no sangue materno correlacionaram-se com as concentrações de leptina no sangue fetal (artéria: coef 0,63 p=0,037, veia: coef 0,72, p=0,006). Em relação aos dados antropométricos, a leptina medida no sangue materno mostrou associação com o índice de massa corporal materno inicial e final (coef 1,13; p=0,002 e coef 1,18, p=0,001) e os níveis de leptina no sangue de cordão apresentaram correlação com o peso fetal ao nascimento (veia: coef 0,007, p=0,02 e artéria: coef 0,006, p=0,02). CONCLUSÕES: as produções materna e fetal de leptina correlacionaram-se entre si e possivelmente respondem a estímulos semelhantes durante a gestação. A leptina sérica associou-se ao peso do compartimento onde circula.