913 resultados para Mediaeval philosophy and theology
Resumo:
A pesquisa analisa da constituição histórica da disciplina História da Educação ministrada na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Estado do Espírito Santo, posteriormente incorporada a Universidade Federal do Espírito Santo entre os anos de 1951 e 2000. Investiga a constituição histórica da disciplina, as transformações programáticas, legais e institucionais referentes à disciplina de História da Educação, como também as abordagens historiográficas, periodizações e os conceitos de tempo, história e educação. A fundamentação teórica e metodológica articula-se dialogicamente a partir das construções conceituais e metodológicas de Carlo Ginzburg e Mikhail Bakhtin. A partir dos conceitos de polifonia e dialogismo, comum a ambos, investigou-se as vozes e diálogos impressos nas narrativas da disciplina de História da Educação e seu ensino, sejam em camadas mais superficiais ou profundas, encontradas no corpus documental consultado e analisado, que correspondem a: programas de ensino, transparências, leis, estruturas curriculares, documentos de departamento; resenhas e fichamentos de textos, bibliografia obrigatória e complementar, avaliações e entrevistas. Procurou-se no corpus documental dados aparentemente negligenciáveis – pistas, indícios e sinais – remontar uma realidade histórica complexa e não experimentável diretamente. Ao investigar historicamente a trajetória da disciplina História da Educação e seu ensino a partir dos parâmetros legais, programáticos e institucionais, foi possível perceber que as mudanças mais profundas operadas na disciplina não se originam das legislações e reestruturações curriculares, mas dos locais de produção e socialização do conhecimento histórico. Durante o período analisado, as duas esferas de produção historiográficas que mais influenciaram nas abordagens, periodizações e conceitos de tempo, história e educação da disciplina História da Educação do curso de pedagogia pesquisado foram: a editora responsável pela publicação e divulgação dos Manuais de História da Educação da coleção Atualidades Pedagógicas (1951-1979) e os Programas de Pós-graduação em Educação e História (1980 - 2000). Entre 1951 e finais de 1970 observa-se a influência dos Manuais de História da Educação, na organização e programação do ensino de História da Educação e uma abordagem filosófica voltada para a história das ideias pedagógicas e análises do pensamento de filósofos e educadores sobre a educação e respectivas inserções em doutrinas filosóficas europeias. A partir de 1980 as abordagens de cunho econômico, político e ideológico dos contextos históricos educativos passaram a predominar nos programas de ensino das disciplinas de História da Educação I e II, e vigoraram até meados nos anos de 1990. Na disciplina de História da Educação I a abordagem é marcada por análises do contexto de produção e organização das classes sociais; com relação à disciplina História da Educação II, até meados de 1995, trata da educação brasileira. A partir da abordagem fundamentada na Teoria da Dependência após 1995, os documentos consultados começam a mostrar outras marcas que sugerem uma abordagem voltada para a dimensão política e social, abordando a História da Educação Brasileira, a partir dos movimentos sociais e seus respectivos projetos educacionais.
Resumo:
Esta dissertação apresenta o resultado de uma pesquisa, de cunho teórico, cujo escopo é apreender, na obra fílmica de Wim Wenders, o percurso estético narrativo que esse cineasta faz, tendo como eixo central de discussão o conceito de memória e experiência. As perguntas que norteiam a pesquisa são: de que forma a estética fílmica dos filmes de Wenders elabora a memória e como esta está vinculada à ideia de experiência? De que forma o fazer fílmico desse cineasta pode ser uma referência e estímulo para o âmbito da educação, em especial para a formação dos sentidos? A pesquisa propõe uma tríade dialógica entre cinema, filosofia e educação. Para tanto, traça um panorama sobre a estética de alguns filmes de Wenders em diálogo com a filosofia ensaística de Walter Benjamin. O principal objeto de análise é o filme Alice nas cidades (WENDERS, 1973). Com isso, pretende-se estabelecer um diálogo e traçar um paralelo (relação) entre os conceitos de experiência e memória, presentes na estética fílmica de Wenders, e o conceito de memória e experiência tal como apresentada em alguns ensaios benjaminianos. A hipótese principal considera que a memória coletiva e a experiência fazem par e caminham com a história da educação, e são elementos fundamentais para a formação dos sentidos. A compreensão desses dois conceitos, a partir de uma perspectiva crítica, pode ensejar uma experiência e formação estética que produzem as condições de possibilidade para a contraposição à barbárie que conduz à pobreza da experiência, também entendida como regressão dos sentidos. A segunda hipótese é de que o conceito de memória e experiência no cinema de Wim Wenders expressa uma estética comprometida na construção de uma expressão artística que dirige a atenção à ressurgência do passado no presente, isto é, evidências da experiência e da memória na linguagem cinematográfica. O esforço da pesquisa pode ser resumido na tentativa de um exercício de análise e discussão teórica em torno da relação entre educação e cinema. Para tanto, apontam-se, por meio da obra cinematográfica de Wenders, evidências de aproximação com o pensamento de Benjamin, em especial com relação aos conceitos de memória e experiência, tal como se apresenta no percurso criativo do cineasta. Tais conceitos contribuem, por meio da obra de Wenders, em diálogo com a filosofia de Benjamin, para produzirem um contraponto à educação estética na formação do professor.
Resumo:
The development of economical relations increases the interaction between organizations and stakeholders. It is no more acceptable to manage an organization under a transactional perspective where suppliers had a fundamental role. Nowadays organizations are being managed under a relational perspective where relations and relationship management in general have consequences in identity management (Hakansson e Snehota, 1989, 1995). A correct perception and management of identity is necessary to achieve distinctiveness in the competitive environment. This way, identity is influenced by relations with stakeholders in general and particularly with competitors. The ICIG concept states that identity is related with the values of the organization and it helps creating distinctiveness in the competitive environment (Van Riel, Balmer, 1997); Baker and Balmer (1997) state that identity is what the organization is; Suvatjis and de Chernatony (2005) refer that expressing identity is a dynamic process that evolves the use of a management model to face context changes; Kapferer (1991) states that brand identity is the project, the self conception of the brand. After reviewing and confronting literature under the plethora of identities’ concepts and perspectives (He, Balmer, 2007) one can’t find an integrative answer with all the elements that contribute to identity of organizations. The authors are strongly interested to contribute to the elimination of this limitation and to answer to strategic management needs. In a marketing context one can find: - the corporate identity approach that is focused in the distinctive attributes of an organization (Abratt, Balmer, Marwick e Fill, Stuart, Balmer and Gray, Alessandri, Suvatjis and de Chernatony) - the brand identity approach (related with the application of corporate identity studies to brands) - Kapferer, Semprini, Aaker, de Chernatony). Kapferer (1991), one of the most prolific authors in this field was the first author to integrate identity in a brand concept. In his view, identity is an emission concept. This idea is shared also by Aaker (1996). Yet, identity has to be managed in a competitive environment which is constantly changing. After reviewing and confronting literature, authors select concepts that are generally accepted by the investigators in order to design a model to analyze and manage identity: - corporate identity models: personality, image/reputation, culture, philosophy, mission, strategy, structure, communication - some of these concepts derive from identity models and others from identity management models; - brand identity models – Kapferer (1991, 2008) identity prism, witch is basis of literature in this field: culture, physical facet, personality, relationship (between brand and consumer), reflected consumer, consumers` self-concept. After discussion authors decide to include other concept in line with other authors` view: country of origin (Aaker, 1996). A discussion eliminates the twin concepts and the final selection is as follows: personality, image/reputation, culture (including philosophy and mission), strategy, structure, communication, culture, physical facet, relationship (between brand and consumer), reflected consumer, consumers` self-concept and according to authors` reflections “relationships” deriving from competitors` actions in competitive environment. Competitors’ actions and decisions have a stronger influence in the organizations` positioning than any other stakeholder as stated before. This is a work in progress towards a new model in identity analysis and management so an exploratory study will follow inquiring experts on identity in order to evaluate these concepts and correct the theoretical perspectives.
Resumo:
Na sequência de Que coisa é o filme, também publicado nesta colecção, abordamos aqui as relações entre filosofia e cinema, uma área de estudos que, sobretudo a partir de Cinéma 1 e Cinéma 2 de Gilles Deleuze e da vasta reflexão de Stanley Cavell, se autonomizou no âmbito dos Film Studies e das Teorias do Cinema. O presente texto constitui uma introdução às questões e problemas suscitados por uma filmosofia ou por uma cine-filosofia, esboçando primeiras hipóteses de trabalho sobre o que possa ser um “filme que filosofa”.
Resumo:
This paper suggests that the thought of the North-American critical theorist James W. Carey provides a relevant perspective on communication and technology. Having as background American social pragmatism and progressive thinkers of the beginning of the 20th century (as Dewey, Mead, Cooley, and Park), Carey built a perspective that brought together the political economy of Harold A. Innis, the social criticism of David Riesman and Charles W. Mills and incorporated Marxist topics such as commodification and sociocultural domination. The main goal of this paper is to explore the connection established by Carey between modern technological communication and what he called the “transmissive model”, a model which not only reduces the symbolic process of communication to instrumentalization and to information delivery, but also politically converges with capitalism as well as power, control and expansionist goals. Conceiving communication as a process that creates symbolic and cultural systems, in which and through which social life takes place, Carey gives equal emphasis to the incorporation processes of communication.If symbolic forms and culture are ways of conditioning action, they are also influenced by technological and economic materializations of symbolic systems, and by other conditioning structures. In Carey’s view, communication is never a disembodied force; rather, it is a set of practices in which co-exist conceptions, techniques and social relations. These practices configure reality or, alternatively, can refute, transform and celebrate it. Exhibiting sensitiveness favourable to the historical understanding of communication, media and information technologies, one of the issues Carey explored most was the history of the telegraph as an harbinger of the Internet, of its problems and contradictions. For Carey, Internet was seen as the contemporary heir of the communications revolution triggered by the prototype of transmission technologies, namely the telegraph in the 19th century. In the telegraph Carey saw the prototype of many subsequent commercial empires based on science and technology, a pioneer model for complex business management; an example of conflict of interest for the control over patents; an inducer of changes both in language and in structures of knowledge; and a promoter of a futurist and utopian thought of information technologies. After a brief approach to Carey’s communication theory, this paper focuses on his seminal essay "Technology and ideology. The case of the telegraph", bearing in mind the prospect of the communication revolution introduced by Internet. We maintain that this essay has seminal relevance for critically studying the information society. Our reading of it highlights the reach, as well as the problems, of an approach which conceives the innovation of the telegraph as a metaphor for all innovations, announcing the modern stage of history and determining to this day the major lines of development in modern communication systems.
Resumo:
A forte competitividade dos mercados a nível nacional e internacional tem levado muitas empresas a estudar métodos e técnicas de incremento à eliminação dos desperdícios, à redução de custos e tempos, ao aumento da qualidade e da flexibilidade, tendo a filosofia lean um papel crucial na prossecução destes objectivos. Desde os seus primórdios, a avaliação da implementação da filosofia lean no universo das empresas é uma questão de investigação na área de conhecimento da gestão industrial. Embora a nível individual as diferentes empresas possam quantificar e avaliar os resultados da aplicação do lean, a grande dificuldade surge quando se pretende obter uma comparação por sector ou tipo de actividade económica. Existem países onde a prática do lean tem sido prioritária e as empresas ocupam a vanguarda nesta área de conhecimento. No entanto, em Portugal, existe uma clara dificuldade em se determinar até que ponto o tecido empresarial português assimilou esta filosofia e que resultados têm obtido com a prática do lean. Este trabalho apresenta um estudo realizado a partir de um inquérito, obtido através de um questionário on-line, às empresas que operam em Portugal de forma a estudar e analisar o estado actual do lean em Portugal e antever tendências futuras numa perspectiva de evolução da aplicação desta metodologia de gestão de processos produtivos. Em resultado deste estudo foi possível identificar quais são os grandes obstáculos à introdução do lean, áreas em que se observou sucesso ou menor impacto e quais as ferramentas e técnicas mais usadas por sector. Como resultado deste estudo é convicção do autor que foi possível obter uma fotografia abrangente do actual estado de implementação do lean e desta forma caracterizar as áreas que seguem na vanguarda da implementação do lean, e as áreas que ainda apresentam um desenvolvimento incipiente. Desta forma parece ao autor que o presente estudo apresenta grande utilidade para o mundo académico bem como para o tecido empresarial português.