1000 resultados para Leguminosae Mimosoideae
Resumo:
The reduction in herbicide use is one of the greatest interests for modern agriculture and several alternatives are being investigated with this objective, including the adoption of cultivars that suppress weeds. The objective of this study was to verify if maize cultivars develop differently, in competition with weeds, to produce green ears and grain. Randomized complete block design was used, with split-plots and five replications. Cultivars DKB 390, DKB 466, DKB 350, AG 7000, AG 7575 and Master, were evaluated in the plots, without weeding and two weedings (at 22 and 41 days after sowing) in sub plots. Twenty-one species were identified in the experimental area, the most frequent being Gramineae (Poaceae), Euphorbiaceae, Leguminosae (Fabaceae) and Convolvulaceae species. There was no difference in the dry biomass above-ground part of the weeds in the plots of the evaluated cultivars. The cultivars behaved similarly in treatments with or without hoeing, except for plant height and ear height evaluations. Without hoeing, plant height increased in cultivar DKB 390, while plant height and ear height decreased in cultivar AG 7575. In the other cultivars, these traits did not change under weed control. The presence of weeds decreased the values of all traits employed to assess green corn yield, with the exception of the total number of green ears and grain yield.
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Os objetivos deste trabalho foram isolar, identificar e caracterizar a atividade alelopática de substâncias químicas produzidas por Acacia mangium, além de determinar as variações na atividade das substâncias em função da variação do pH da solução. A atividade alelopática foi avaliada em bioensaios de germinação (25 ºC de temperatura e fotoperíodo de 12 horas) e crescimento de radícula e hipocótilo (25 ºC de temperatura e fotoperíodo de 24 horas) das plantas daninhas malícia (Mimosa pudica) e mata-pasto (Senna obtusifolia). Avaliou-se a interferência do pH (3,0 e 9,0) da solução na atividade alelopática das substâncias sobre a germinação das sementes da espécie malícia. Os triterpenoides lupenona (3-oxolup-20(29)-eno) e lupeol (3β-hidroxilup-20(29)-eno), obtidos das folhas caídas da planta doadora, isolados e em par, evidenciaram baixo efeito alelopático inibitório da germinação de sementes e do crescimento do hipocótilo, especialmente do primeiro, cujos efeitos não ultrapassaram o valor de 2,0%. Os efeitos promovidos sobre o crescimento da radícula foram de maior magnitude, atingindo valores superiores a 40%, com destaque para as inibições promovidas pela substância lupenona. Isoladamente, as substâncias promoveram efeitos superiores aos efetivados pelas substâncias analisadas em pares, indicando a existência de antagonismo. O pH da solução influenciou a atividade alelopática das substâncias; para lupenona os efeitos foram mais intensos em pH ácido, enquanto para lupeol os melhores resultados foram verificados em condições alcalinas, mostrando que este fator é ponto importante a ser considerado em trabalhos de campo.
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ABSTRACT This study aimed to understand the influence of sowing depth and the amount of sugarcane straw on the emergence of weed species Luffa aegyptiaca Miller (Cucurbitaceae); Mucuna aterrima Piper & Tracy (Fabaceae - Leguminosae) and Ricinus communis (Euphorbiaceae). A completely randomized design with a 5 x 4 x 3 factorial layout with four replications was used, at five sowing depths (0, 2, 4, 8 and 10 cm), four different amounts of sugarcane straw (0, 5, 10 and 15 t ha-1) and three different evaluation periods (7, 14 and 21 days after sowing). After sowing, different amounts of sugarcane straw (0, 5, 10 and 15 t ha-1) were deposited on soil. Seedling emergence was analyzed at 7, 14 and 21 days after sowing, counting the number of seedlings that had emerged. At the end of the trial, weed height (cm), leaf area (cm2) and shoot dry mass (g) were measured. In relation to emergence ability, studied species presented different responses according to sowing depth and to the amount of sugarcane straw deposited on the soil. For the L.aegyptiacaand M.aterrima, no significant difference was observed in the interaction between depth and sugarcane straw, showing the adaptation of these species to no-burn sugarcane system. For R.communis, seeds placed at 0 cm of sugar cane straw depth were observed to favor the emergence of seedlings.
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Este trabalho foi desenvolvido em uma floresta semidecídua na Estação Ecológica de Paulo de Faria, no norte do estado de São Paulo, situada na margem esquerda do rio Grande (19°58S e 49°32W) e com área de 435,73 ha. O clima caracteriza-se por apresentar duas estações climáticas, uma seca de abril a setembro (média pluviométrica de 167 mm) e outra chuvosa, de outubro a março (média de 978 mm). O solo pertence a unidade taxonômica Latossolo Roxo, é predominantemente originário dos sedimentos neocretáceos da formação Bauru, com relevo suave, ondulado e razoavelmente uniforme. A floresta em estudo foi dividida em três estações de coletas, onde o levantamento florístico foi realizado através de caminhadas por toda a extensão das mesmas. Foram identificadas 201 espécies, distribuídas em 149 gêneros e 60 famílias, sendo 187 de Magnoliopsida, 10 de Liliopsida e 4 de Pteridophyta. As famílias que apresentaram maior número de espécies foram Leguminosae (14,42%), Bignoniaceae (6,00%), Euphorbiaceae (6,00%) e Apocynaceae (3,50%). Foi observada baixa similaridade florística entre a floresta em questão e aquelas incluídas em outros estudos.
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The seeds of 14 species from the caatinga, a dry forest ecosystem of the semiarid region of northeast Brazil, were analysed for total protein and total lipid contents, as well as fatty acid distribution. The seeds of Argemone mexicana L., an introduced and naturalized species in Brazil, commonly found in caatingas and other vegetation, were also analysed. The protein contents ranged from 123 g.kg-1 to 551 g.kg-1, higher contents being found in species of Leguminosae, but also in Jatropha mollissima (Pohl) Baill. (Euphorbiaceae, 409 g.kg-1). Oil contents ranged from 10 g.kg-1 to 400 g.kg-1. The contents of protein and oil were found to be inversely proportional in the seeds of most species, the figures for proteins being generally higher than those of oils. Most species presented either oleic or linoleic as predominant fatty acids. Cardiospermum cf. corindum L. presented eicosenoic acid as the predominant fatty acid.
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A tribo Swartzieae pertence à subfamília Papilionoideae de Leguminosae e consiste do gênero tipo (com 143 espécies) e de outros 11 gêneros (com um total de cerca de 50 espécies), todos de regiões paleo ou neotropicais. O sudeste do Brasil possui uma considerável representatividade de espécies desta tribo, principalmente do gênero Zollernia, que compreende 70% do total de suas espécies ocorrentes nesta área. Os objetivos do presente trabalho são estudar a distribuição geográfica, o ambiente preferencial e localizar os centros de diversidade dos componentes de Swartzieae na região sudeste do Brasil. Para tanto foram obtidos dados de coletas próprias e os contidos nas etiquetas de material herborizado. Foi verificada a ocorrência de quatro gêneros, Bocoa na caatinga, Exostyles, Swartzia e Zollernia com forte associação com a Mata Atlântica. Rio de Janeiro é o estado que apresenta o maior número de espécies, 15, seguido pelo Espírito Santo com 13, Minas Gerais com 12 e São Paulo com sete. Seis espécies apresentam ampla distribuição na região sudeste, sendo que algumas delas ultrapassam este limite em direção ao norte do Brasil. Em contraste, Swartzia alternifoliolata e S.capixabensis são endêmicas do estado do Espírito Santo, Zollernia cowanii de Minas Gerais e S.glazioviana, Z. glabra e Z. glaziovii são endêmicas do estado do Rio de Janeiro. Os centros de diversidade da tribo Swartzieae na região sudeste do Brasil e dos gêneros Swartzia e Zollernia localizam-se principalmente no norte do Espírito Santo e na região da capital do estado do Rio de Janeiro.
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Este estudo revisou as exsicatas depositadas no Herbário BHCB coletadas em dois fragmentos de Mata Atlântica de interior no Estado de Minas Gerais, Estação Biológica de Caratinga (EBC), município de Caratinga e Parque Estadual do Rio Doce (PERD), nos municípios de Marliéria, Timóteo e Dionísio. Foram encontradas 3366 exsicatas de 1048 espécies, agrupadas em 538 gêneros e 123 famílias. Na EBC há 513 espécies que não ocorrem no PERD, onde há 242 espécies que não ocorrem na EBC; 293 espécies ocorrem em ambas as áreas, com um coeficiente de similaridade de 64%. As cinco famílias com maior número de espécies foram Leguminosae (125), Rubiaceae (69), Asteraceae (51), Bignoniaceae (49) e Myrtaceae (39). A riqueza em espécies destes remanescentes de Mata Atlântica é superior às obtidas em estudos tanto em outras áreas da Mata Atlântica quanto na região amazônica.
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O estudo foi realizado em dois remanescentes de floresta estacional decidual de 4 e 10 ha, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Esta floresta tem características abióticas próprias, como solo litólico, estresse hídrico no período seco e excesso de água no período úmido, definindo uma flora particular e fisionomia semelhante a de florestas secas. O levantamento florístico foi realizado nos dois remanescentes e o fitossociológico naquele de 10 ha, onde foram amostrados os indivíduos com perímetro à altura do peito (PAP) > ou = 15 cm existentes em 43 parcelas de 10 x 10 m. Foram registradas 110 espécies, 86 gêneros e 42 famílias. Do total de espécies, 20,7% continham espinhos, 31,0% dos 894 indivíduos amostrados apresentaram-se perfilhados e, no estrato dominante, ocorreram espécies com perda de turgescência foliar (24,7% dos indivíduos), decíduas (59,4%), áfilas (13,3%) perenes (1,6%) e semidecíduas (1,0%). As famílias de maior riqueza na fitossociologia foram Leguminosae, Myrtaceae e Rutaceae. As espécies de maior valor de importância foram Cereus hildmanianus, Eugenia florida, Eugenia uniflora, Pseudobombax grandiflorum e Sebastiania serrata. O índice de diversidade de Shannon (H) foi de 3,0 nats/indivíduos e a equabilidade (J) de 0,7 nats/indivíduos.
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Os objetivos deste trabalho foram: caracterizar os efeitos do flúor em espécies arbóreas nativas, nos estádios de plântula e muda; identificar injúrias provocadas pelo flúor na estrutura da lâmina foliar da espécie mais sensível; fornecer subsídios para seleção de características a serem utilizadas na bioindicação e contribuir com informações sobre a resistência ou tolerância das plantas, visando ao reflorestamento de áreas impactadas pela chuva com flúor. As espécies analisadas foram Gallesia gorazema Moq. (Phytolaccaceae), Genipa americana L. (Rubiaceae), Joannesia princeps Vell. (Euphorbiaceae), Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. (Leguminosae, Caesalpinioideae) e Spondias dulcis Forst. f. (Anacardiaceae). Plântulas e mudas dessas espécies, provenientes do Parque Estadual do Rio Doce (MG), foram submetidas a 20 min diários de chuva com flúor (30 mg.L-1), por 10 dias consecutivos. Necroses apicais e marginais foram observadas em todas as espécies analisadas, logo após a primeira chuva simulada. S. dulcis, no estádio de muda, foi a espécie mais sensível ao flúor, pois apresentou extensas necroses com apenas dois dias de tratamento, enquanto que G. americana foi a espécie mais resistente. Nas mudas, as espécies que acumularam mais flúor foram também as que apresentaram maior sensibilidade a esse poluente; essa relação não foi verificada nas plântulas. A concentração de flúor utilizada promoveu alterações drásticas na lâmina foliar de S. dulcis com extensas áreas necrosadas, danificando toda a sua estrutura anatômica. A sensibilidade ao flúor observada em S. dulcis indica que essa espécie apresenta potencial para ser usada como bioindicadora. Entretanto, estudos detalhados serão necessários para a melhor caracterização das respostas de S. dulcis ao flúor visando a sua utilização em programas de biomonitoramento ambiental.
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As formações florestais sobre tabuleiros terciários ocorrem hoje na forma de pequenos fragmentos desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. No norte fluminense, a Mata do Carvão (1.053 ha) é o maior remanescente. Este trabalho descreve a estrutura e a composição florística desta mata, tendo por objetivo compará-la com outras matas da região. Foram estabelecidas quatro parcelas de 50 m x 50 m em uma área selecionada, sem vestígios de corte e de fogo. Todas as árvores com DAP > ou = 10 cm foram amostradas e plaqueadas. Árvores mortas foram medidas mas não plaqueadas. Um total de 564 árvores foram amostradas. Foram encontradas 34 famílias, sendo as de maior número de espécies Leguminosae (18), Myrtaceae (8) e Euphorbiaceae (6). As famílias mais abundantes foram Rutaceae (189), Leguminosae (97) e Euphorbiaceae (47). As espécies com maior índice de valor de cobertura (IVC) foram Metrodorea brevifolia, Paratecoma peroba e Pseudopiptadenia contorta. Embora a Mata do Carvão tenha uma diversidade (H = 3,21 nats) menor que outras matas estacionais semidecíduas (ex. mata de tabuleiro de Linhares), ela possui uma alta similaridade de espécies arbóreas com as matas de tabuleiro do sul da Bahia e do norte do Espírito Santo. Na Mata do Carvão foi observada a ocorrência de espécies raras típicas de mata de tabuleiro, como Paratecoma peroba, Centrolobium sclerophyllum e Polygala pulcherrima (novas ocorrências para a flora fluminense).
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Uma comunidade arbustiva fechada, localizada no cordão arenoso interno da restinga de Barra de Maricá (22°53'S e 42°50'W) foi descrita utilizando-se o método de intercepção por linha. Foram amostrados, em 350 m de linha, 398 indivíduos lenhosos com altura superior a 50 cm, distribuídos em 42 espécies. As famílias mais importantes floristicamente foram Myrtaceae (nove espécies) e Leguminosae (cinco espécies). Quanto à estrutura da vegetação, Myrtaceae apresentou o maior número de indivíduos e o maior valor de importância. As espécies que obtiveram os maiores valores de importância foram: Clusia lanceolata Cambess. (Guttiferae), Maytenus obtusifolia Mart. (Celastraceae), Myrrhinium atropurpureum Schott (Myrtaceae) e o gênero Guapira (Nyctaginaceae), representado por três espécies. O percentual de espécies raras (38%) é superior e a diversidade específica (H' = 2,84 nats/ind.) semelhante aos valores observados em outras comunidades de restinga da região Sudeste. A comunidade analisada foi identificada como arbustiva fechada de Myrtaceae.
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The forest succession after abandonment of slash-and-burn agriculture over calcareous soil in Brazilian Atlantic Forest was assessed. This is one of the world's most threatened Biome, with only 8% remaining. The study area is located over calcareous soil inside the Alto Ribeira Touristic State Park (PETAR), southeast Brazil. The phytossociological survey showed a successional pattern dominated by species of Leguminosae, especially Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr. This species occurs in calcareous soils as a substitute of Tibouchina pulchra (Cham.) Cogn. (Melastomataceae) that is the most usual dominant tree species in early succession over acidic soil, which is the most common situation in this Biome. These results are important for a better understanding of Neotropical forest biodiversity and characterize a unique genetic bank in this highly endangered Biome. They are also decisive to support actions regarding rehabilitation of degraded lands and a potential tool for Neotropical forest sustainable management, both inside and around the conservation unit.
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O Bosque dos Alemães situa-se no Bairro Guanabara, em Campinas, SP (22º53' S e 47º04' W, altitude 685 m) e é formado por 2 ha de floresta estacional semidecidual. Foi realizado o censo das espécies arbóreas com PAP > ou = 15 cm, em que foram plaqueados 1.937 indivíduos, 1.851 vivos e 86 mortos em pé. Foram identificadas 105 espécies, distribuídas em 43 famílias e 67 gêneros; 80 espécies são nativas e 25 introduzidas. O índice de diversidade de Shannon foi estimado em 3,45 nat.ind.¹. As famílias com maior riqueza foram Leguminosae, Myrtaceae, Moraceae, Rutaceae, Euphorbiaceae e Bignoniaceae. As espécies com maior IVC foram Cryptocarya aschersoniana Mez, Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. e Eucalyptus tereticornis Smith. A soma do IVC das espécies introduzidas foi de 31,17. Das espécies nativas, 17 apresentaram apenas um indivíduo e 44, menos do que seis. O estudo discute o risco de descaracterização estrutural e florística da vegetação face ao elevado IVC apresentado pelas espécies introduzidas e à baixa densidade de espécies nativas. De acordo com essa discussão são propostas algumas medidas de manejo para a conservação desse remanescente.
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Foram estudadas as respostas plásticas em plântulas e plantas jovens de duas espécies arbóreas nativas, Adelia membranifolia (Müll. Arg.) Pax & K. Hoffm. (Euphorbiaceae) e Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. (Leguminosae-Caesalpinoidae), submetidas ao alagamento do substrado associado ao déficit nutricional. Avaliou-se o acréscimo em superfície no módulo de expressão, definido como a região do eixo da plântula que, sob condições de estresse, sofre rediferenciação sendo considerada a hipertrofia lenticelar como a expressão morfogenética mais comum. Em A. membranifolia a associação do estresse nutricional e alagamento do substrato foi a condição mais restritiva tanto para o crescimento em altura e diâmetro do colo quanto para as expressões morfogenéticas. Já em P. dubium o estado nutricional foi mais restritivo que o alagamento para o crescimento do colo. Em geral, para ambas as espécies, plantas nutridas mantidas alagadas restabeleceram seu ritmo de crescimento a partir do terceiro mês de tratamento, além de expressarem respostas plásticas como a hipertrofia lenticelar e a formação de raízes adventícias. Quanto ao aumento em superfície, nos lotes desnutridos, verificou-se que em A. membranifolia de um total de 38% de superfície expressa, 12% corresponderam à hipertrofia lenticelar. Em P. dubium verificou-se as maiores variações de aumento em superfície expressa por hipertrofia lenticelar, elevando de 5% para 13%. Em geral a superfície modular nos lotes tratados foi o dobro em relação ao controle. É possível que o aumento em superfície, para algumas espécies, seja significativo como tendência ao aumento da estabilidade no desenvolvimento a partir de interações fisiológicas.
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A biodiversidade existente no cerrado está seriamente ameaçada pela devastação, pois muitas das espécies que aí ocorrem possuem distribuição geográfica restrita. Pela posição central do cerrado no continente sul-americano, ocorrem associações entre a vegetação do cerrado e outras formações, dentre estas a floresta paludícola. Os objetivos deste trabalho foram conhecer a flora e descrever a comunidade arbustivo-arbórea de um cerradão e da transição entre esse cerradão e uma floresta paludícola em Brotas, e investigar as similaridades e diferenças florísticas entre levantamentos realizados em fisionomias similares no estado de São Paulo. No fragmento ocorreram 125 espécies de 91 gêneros e 49 famílias. Myrtaceae e Leguminosae foram as famílias mais ricas em espécies, um padrão consistente com o encontrado em outros levantamentos nos cerrados paulistas. Somente em Brotas, Lauraceae e Euphorbiaceae apresentaram alta riqueza específica. No levantamento fitossociológico, em 1,0 ha, foram amostrados 3.787 indivíduos com DAS > 3 cm (H' = 3,378 nats.indivíduo-1). As espécies de maior importância sociológica foram Xylopia aromatica, Vochysia tucanorum, Ocotea pulchella, Gochnatia polymorpha e Myrcia albo-tomentosa. Não foi encontrada correlação significativa entre a similaridade florística e a distância geográfica entre as 10 áreas de cerrado analisadas, devido à grande proporção de espécies comuns. Essa grande proporção de espécies comuns corrobora resultados de outros autores, de que o estado de São Paulo se localiza num centro de diversidade do cerrado, cuja composição florística é diferente de outros centros de diversidade no Brasil.