998 resultados para Escrita Significação (Filosofia)
Resumo:
inegvel a influncia que a obra de Nietzsche exerceu na filosofia de Deleuze. Inaugurando, de certo modo, um novo estilo de pensamento na cultura do Ocidente, Nietzsche conferiu novas interpretaes a certos conceitos filosficos considerados imutveis e eternos, como os conceitos de verdade, de essncia e de fora. Utilizando-se da tipologia de foras nietzschianas, Deleuze nos mostra como o saber do Ocidente se funda em um pensamento que o filsofo francs denominar de representacional, em oposio a um pensamento da diferena, elucidando como estas duas formas de conhecer se correlacionam a tipos distintos de foras. Assim, o conceito de fora cunhado por Nietzsche permitir a Deleuze no somente traar uma crtica ao saber ocidental - predominantemente representacional -, como tambm desenvolver sua prpria filosofia da diferena, profundamente influenciada pela crtica e pelo perspectivismo nietzschianos.
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pergunta "O estudo de histria da filosofia de algum interesse para a prpria filosofia?", diferentes so as respostas. Tomando-se como referncia a defesa merleau-pontyana de uma intrnseca relao entre filosofia e histria da filosofia e, particularmente, as ideias de Merleau-Ponty contidas no excerto "A Filosofia e o ‘Fora’", o presente artigo procurar subsidiar a tese de um ensino filosfico da filosofia. Objetiva, pois, encontrar argumentos subjacentes tese de uma histria filosfica da filosofia para fundamentar as relaes entre a filosofia e seu ensino.
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Para elaborar sua profetologia, Maimônides retoma conceitos relativos às teorias do intelecto de Al-Fārābī e de Avicena, que, por sua vez, se baseiam nas noções sobre a alma de Aristóteles. Dessa perspectiva, a Revelação divina deve ser considerada um fato natural inserido na totalidade da natureza criada por Deus. Compreender a Revelação significa, portanto, compreendê-la a partir do homem, uma vez que o profeta, apesar de se tratar de alguém que se destaca do conjunto da humanidade, é sempre um ser humano, possuidor de uma natureza humana. Desse modo, a doutrina da profecia – central no "Guia dos Perplexos" ‒ é elaborada a partir da natureza humana à luz da filosofia racional greco-árabe. Os falāsifa – filósofos muçulmanos helenizantes – já ensinavam que a profecia é possível graças a certa perfeição da natureza humana (leia-se intelecto). Esse ensinamento está fundamentado na teoria do intelecto apresentada por Aristóteles em "De Anima" III, 5, 430a 10 et seq. Contudo, para os filósofos de expressão árabe (inclusive Maimônides), a profecia é resultante de certas condições físicas e psíquicas determinadas pelo fluxo necessário das emanações, cuja teoria deriva da "Teologia Pseudo-Aristotélica", um tratado neoplatônico atribuído ao Estagirita que, durante a Idade Média, circulou amplamente nos ambientes filosóficos tanto dos judeus quanto dos muçulmanos. Na cosmovisão neoplatônica adotada por eles, o intelecto do profeta reflete a luz e o conhecimento divino derramado pelo fluxo emanatório (fayḍ) do Ser primeiro no mundo celeste, composto pelas dez inteligências separadas, suas almas e esferas. No processo emanatório, a faculdade da imaginação do profeta recebe da última inteligência, o Intelecto Agente, as verdades dos preceitos positivos e culturais da religião, que a imaginação transforma em alegorias e símbolos a serem transmitidos para a humanidade. Maimônides faz da imaginação a pedra de toque de sua profetologia.
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RESUMO Este trabalho desenvolve aspectos da controvrsia entre Fichte e Schelling em relao aos elementos estticos, lingustico-filosficos e da filosofia da religio de ambos, que foco das "Investigaes sobre a liberdade humana de Schelling", assim como das exposies da doutrina da cincia e da tica do Fichte tardio (1810-1813). As divergncias entre Fichte e Schelling no envolvem apenas problemas especulativos, mas sim variadas implicaes e consequncias dos seus sistemas filosficos, que podem ser destacadas por uma anlise da funo da analogia nos dois autores. A analogia uma figura que agrega a esttica, a filosofia da linguagem e a filosofia da religio nos dois autores; ela um significante que pe o problema do significado, ou seja, pe o problema da relao entre finito e infinito (Schelling) e da relao entre saber absoluto e saber particular (Fichte). Essa relao vai ser investigada a partir de algumas passagens das "Investigaes" de Schelling (2); num segundo momento, ser analisada a funo do conceito de analogia e de smbolo nesse contexto (3); e, no final, a diferente compreenso da Igreja como smbolo do absoluto na "Filosofia da arte" de Schelling e na "Doutrina moral" fichtiana de 1798 e 1812 (4).
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RESUMO Hans-Georg Gadamer retomou e elevou a atividade hermenutica ao status de filosofia. Uma das suas idiossincrasias consiste em entrelaar, no seu discurso, experincias de ordem tica, poltica, metafsica e esttica. A hermenutica filosfica pauta-se pela prtica do dilogo sobre questes relativas ao pensar e conduta humana. O presente artigo tem por meta realizar um exerccio dialgico entre o projeto filosfico de Gadamer e o pensamento oriental - mais especificamente, o budismo zen da tradio da escola de Kyoto, representada pelo pensamento de Nishida Kitarō. Nossa reflexo ser articulada sobre quatro momentos distintos, mas que devem ser tomados dialeticamente: inicialmente, apresentaremos um quadro geral, indicando o estado da questo da hermenutica gadameriana relativo ao pensamento oriental; a seguir, sustentaremos as semelhanas sobre o modo de proceder de ambas, sua metodologia dialtica; posteriormente, aprofundaremos a noo fundamental de experincia e as proximidades que permeiam as perspectivas de ambas as tradies; enfim, como implicao das reflexes precedentes, sustentaremos a hiptese de um saber intuitivo enquanto experincia e ao intuitivas. Ao final, apontaremos algumas concluses instauradas a partir desse exerccio dialgico para a prtica filosfica.
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Nos ltimos anos, inmeros problemas surgiram na rea da sade em decorrncia, sobretudo, dos avanos ocorridos no campo das biotecnocincias. Percebendo-se a exigidade de espao, no atual currculo mdico, para a discusso de muitas dessas questes, alunos e professores da Fundao Educacional Serra dos rgos (FESO) propuseram a criao do Ncleo de Estudos em Filosofia e Sade (NEFISA), espao destinado a fomentar o debate, o ensino e a pesquisa sobre os assuntos que tenham sua emergncia na interface da Filosofia com a Medicina e a Sade. O escopo do presente artigo apresentar o trabalho desenvolvido no NEFISA-FESO.
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O objetivo deste estudo empreender uma anlise aprofundada das motivaes dos estudantes de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para a escolha profissional, como tambm compreender suas vivncias no cotidiano acadmico. A metodologia foi qualitativa, utilizando-se a entrevista semi-estruturada como procedimento metodolgico. A casustica foi constituda por 30 estudantes do primeiro ao sexto ano, distribudos eqitativamente entre os diferentes nveis do curso. Os dados foram analisados por meio da tcnica anlise de contedo temtica categorial. A anlise permitiu identificar que a influncia familiar, a identificao pessoal, a busca da independncia financeira e de status profissional e o desejo de ajudar e de ser til s pessoas foram fatores que influenciaram os estudantes na escolha do curso de Medicina. Em relao aos momentos vividos durante o curso, o reconhecimento da famlia e dos amigos, a experincia com o paciente e o contato com professores-modelo foram os mais gratificantes, enquanto provas extensas e pouco tempo para estudo, aulas montonas com professores desatualizados, contato com pacientes terminais e com a morte e cansao fsico foram considerados pelos estudantes como os momentos mais angustiantes. Os dados apontam importantes aspectos do cotidiano dos estudantes de Medicina, que podem orientar estratgias de apoio psicopedaggico no contexto das novas diretrizes curriculares.
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Kirjallisuusarvostelu
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O ponto de partida da Philosophia prima de Hobbes tem como referncia a Fsica e a Metafsica de Aristteles. O desenvolvimento posterior de sua Philosophia prima, porm, pe em marcha uma crtica da metafsica aristotlica que conduzir a um remanejamentoterico de uma srie de princpios e conceitos herdados da tradio. Considerada em seu conjunto, a filosofia primeira hobbesiana constituda por uma definio ampla, isto , a metafsica definida como cincia do ente enquanto ente (ao invs da clssica definio de cincia do ser enquanto ser), sobre a qual duas definies strictu sensu so erigidas: a metafsica como fsica geral - dizer o ente (ens) dizer o corpo (corpus) - e a metafsica como representao. Este paper um esforo no sentido de compreender essas e outras questes concernentes aos estudos hobbesianos sobre a forma como conhecemos o mundo, as coisas e ns mesmos.
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Este artigo discute as relaes existentes entre direito e tica na filosofia poltica kantiana e, ao contrrio da interpretao dominante, procura mostrar que a boa vontade precisa estar presente para que a poltica possa alcanar plenamente seus objetivos. Nesse sentido, defende-se aqui duas teses: primeira, que no h uma ruptura das teses polticas da dcada de oitenta com as teses polticas da dcada de noventa no sentido de um abandono da necessidade de uma boa vontade no campo da poltica, a qual condio necessria para a realizao de uma constituio republicana; segunda, contra uma interpretao exclusivamente liberal, defende-se que isso implica que o republicanismo kantiano permite que o Estado assuma medidas institucionais para um esclarecimento moral de seus cidados.