994 resultados para Chagas diseasse
Resumo:
This study aimed to identify the main comorbidities in elderly chagasic patients treated in a reference service and identify possible associations between the clinical form of Chagas' disease and chronic diseases. Ninety patients aged 60 years-old or over were interviewed and their clinical diagnoses recorded. The study population profile was: women (55.6%); median age (67 years); married (51.1%); retired (73.3%); up to four years' education (64.4%); and earning less than two minimum wages (67.8%). The predominant forms of Chagas' disease were the cardiac (46.7%) and mixed forms (30%). There was a greater proportion of mild cardiac dysfunction (84.1%), frequently in association with megaesophagus. The mean number of concurrent diseases was 2.856 ± 1.845, and 33% of the patients had four or more comorbidities. The most frequent were systemic arterial hypertension (56.7%), osteoporosis (23.3%), osteoarthritis (21.2%) and dyslipidemia (20%). Positive correlations were verified between sex and comorbidities and between age group and comorbidities.
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Anticorpos antiTrypanosoma cruzi no cordão umbilical de 351 parturientes da Cidade de Pelotas, RS foram pesquisados a fim de investigar a prevalência da doença de Chagas em gestantes. Um (0,3%) caso foi identificado, não sendo detectada transmissão congênita. Salienta-se a importância da investigação da doença de Chagas em gestantes de zonas endêmicas ou provenientes destas.
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INTRODUÇÃO: Foi realizado um estudo soroepidemiológico e clínico em 152 indivíduos residentes no município de Barcelos, Estado do Amazonas. Avaliou-se a soroprevalência da infecção chagásica e a morbidade da doença de Chagas. MÉTODOS: Os testes sorológicos foram a imunofluorescência indireta, ELISA convencional e recombinante e o Tesa-blot. Foram considerados soropositivos 38 pacientes, duvidosos 31 e soronegativos negativos 83. Os 38 casos soropositivos foram pareados com 38 controles soronegativos da mesma idade, sexo e submetidos à avaliação epidemiológica, clínica, eletro e ecocardiográfica, sendo que, 29 pares fizeram exame radiológico do esôfago. RESULTADOS: A soropositividade foi 19,9 vezes mais frequente nos trabalhadores do extrativismo em geral e 10,4 vezes mais frequente no extrativismo da piaçaba. Aplicou-se o teste de reconhecimento com o vetor local do gênero Rhodnius e 86,7% dos pacientes soropositivos o reconheceram, enquanto somente 34,2% dos soronegativos o fizeram. O ECG mostrou-se alterado em 36,8% nos soropositivos e em 21,5% nos soronegativos, enquanto o ecocardiograma mostrou alterações em 31,6% nos soropositivos e 18,4% nos soronegativos. Precordialgia e palpitações foram mais frequentes nos soropositivos. O estudo clínico do aparelho digestivo e radiológico do esôfago não mostrou alterações significativas. CONCLUSÕES. A doença de Chagas na região estudada pode ser considerada uma doença ocupacional.
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INTRODUÇÃO: A doença de Chagas permanece como grave problema de saúde pública na América Latina, mesmo com o controle de sua transmissão. Esse estudo avaliou a prevalência da doença de Chagas no distrito de Serra Azul, Centro-Oeste de Minas Gerais, identificando as anormalidades eletrocardiografias dos indivíduos com sorologia positiva. MÉTODOS: A sorologia para doença de Chagas foi realizada em 676 indivíduos (48% da população). O exame clínico e o eletrocardiograma (ECG) foram realizados na população sorologicamente positiva. Selecionou-se um grupo controle para comparação dos dados do ECG. RESULTADOS: A população estudada residia principalmente em área rural, com baixo nível sóciocultural. Quatorze indivíduos foram positivos, com prevalência de 2,1%. Os indivíduos chagásicos eram de faixa etária mais avançada (67 vs 39 anos; p < 0,001). As anormalidades ao ECG nos chagásicos foram frequentes (79%). O ECG dos soropositivos mostrou maior prevalência de extrassístoles ventriculares, distúrbio da condução do ramo direito isolado ou associado ao bloqueio da divisão ântero-superior em relação ao grupo controle. CONCLUSÕES: A prevalência da doença de Chagas no distrito de Serra Azul foi de 2,1%. Os soropositivos estavam em faixa etária mais elevada, sugerindo controle da transmissão. As anormalidades eletrocardiográficas foram frequentes, predominando distúrbio de condução do ramo direito.
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INTRODUÇÃO: A doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi, é tratada com benzonidazol, tendo o inconveniente de apresentar efetividade parcial e alta toxicidade, que varia desde reações de hipersensibilidade a aplasia medular. O objetivo foi descrever e avaliar a ocorrência de reações adversas em pacientes chagásicos em tratamento com benzonidazol em Fortaleza, Ceará. MÉTODOS: Estudo descritivo prospectivo envolvendo 32 pacientes chagásicos crônicos tratados com benzonidazol entre janeiro de 2005 e abril de 2006. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados de questionários, entrevistas e exames laboratoriais. As amostras de sangue foram coletadas antes, com 30 e 60 dias de tratamento. RESULTADOS: Reações adversas foram relatadas em 28 (87,5%) pacientes tratados, tendo sido as mais frequentes: prurido (50%), formigamento (43,8%), fraqueza muscular (37,5%) e rash cutânea (31,3%). Dos 28 pacientes com reações adversas, oito (28,57%) interromperam o tratamento. Reações adversas que culminaram com a suspensão do tratamento foram formigamento sete (87,5%) ou erupção cutânea cinco (62,5%). Observou-se aumento discreto dos níveis de aminotransferases durante o tratamento em (9,4%) pacientes. CONCLUSÕES: Concluindo, o acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes chagásicos é de grande relevância na prevenção e detecção precoce das reações adversas a medicamentos.
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INTRODUÇÃO: A doença de Chagas é um problema emergente e negligenciado na Região Amazônica. MÉTODOS: Descreve-se uma série de casos agudos autóctones de doença de Chagas atendidos na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, Manaus, de 1980 a 2006. RESULTADOS: Registraram-se 29 casos, sendo 19 do sexo masculino e 10 casos do sexo feminino. Quinze eram casos isolados e 14 provenientes de surtos. Os sinais/sintomas mais freqüentes foram febre, fadiga, cefaléia, mialgia, calafrios, palidez, dispnéia e edema de face e de membros inferiores. Não foi registrado nenhum óbito. CONCLUSÕES: A doença incidiu com frequência em jovens. Os métodos parasitológicos mostraram elevada sensibilidade.
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INTRODUCTION: Discrepancy between the intensity of pulmonary congestion and the grade of cardiomegaly seems to be a common finding of Chagas cardiomyopathy, in spite of significant systolic dysfunction of the left ventricle. Its mechanism has not been established. The aim of this study was to investigate pulmonary congestion and to analyze if it correlated with Doppler echocardiographic parameters in patients with Chagas dilated cardiomyopathy. METHODS: Fifty-five patients with positive serology tests for Trypanosoma cruzi and Chagas dilated cardiomyopathy were studied. Chest x-rays, Doppler echocardiogram and plasmatic brain natriuretic peptide levels were obtained in all patients. The degree of pulmonary venous vessels changes on chest x-ray was graded using a pulmonary congestion score, and then compared to Doppler echocardiographic parameters. RESULTS: Mean age was 48.5 ± 11.2 years and 29% were women. The majority (95%) of patients were in NYHA functional class I and II. Mild pulmonary congestion by chest x-ray was found in 80% of the patients. In a multivariate analysis, left ventricular ejection fraction, right ventricular TEI index and the color M-mode velocity correlated with the degree of pulmonary congestion. CONCLUSIONS: Pulmonary venous changes on chest x-rays are frequent, but usually mild in patients with Chagas dilated cardiomyopathy. The degree of pulmonary congestion correlates with Doppler echocardiographic left and right ventricular dysfunction and with color M-mode velocity.
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INTRODUCTION: To evaluate physical capacity as determined by the six-minute walk test (6MWT) in patients with chronic heart failure due to Chagas' disease associated with systemic arterial hypertension (Chagas-SAH). METHODS: A total of 98 patients routinely followed at the Cardiomyopathy Outpatient Service were recruited. Of these, 60 (61%) were diagnosed with Chagas disease and 38 (39%) with Chagas-SAH. RESULTS: The distance walked during 6 min was 357.9 ±98 m for Chagas-SAH patients and 395.8 ± 121m for Chagas cardiomyopathy patients (p >0.05). In patients with Chagas-SAH, a negative correlation occurred between the 6MWT and the total score of the Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (r= -0.51; p=0.001). No other correlations were determined between 6MWT values and continuous variables in patients with Chagas-SAH. CONCLUSIONS: The results of the 6MWT in Chagas-SAH patients are similar to those verified in Chagas cardiomyopathy patients with chronic heart failure. Coexistence of SAH does not seem to affect the functional capacity of Chagas cardiomyopathy patients with chronic heart failure.
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INTRODUCTION: The purpose of this study was to determine digoxin serum concentrations in patients with Chagas' cardiomyopathy with chronic heart failure, because little is known concerning this laboratory test in patients with this condition. METHODS: This study focuses on 29 (29%) out of 101 patients with chronic heart failure secondary to Chagas' cardiomyopathy receiving digoxin therapy. Digoxin was measured by the immune-enzymatic method. RESULTS: New York Heart Association Functional Class III/IV was noted in 13 (45%) patients. The mean potassium serum level was 4.3± 0.5mEq/L, mean creatinine serum levels 1.4± 0.3dg/100ml, and left ventricular ejection fraction 34.7± 13.8%. The median digoxin serum level was 1.27 (0.55; 1.79)ng/ml. Sixteen (55%) patients had digoxin serum levels higher than 1.0ng/ml. Abnormal digoxin serum levels were verified in 13 (45%) patients. Digoxin serum levels correlated moderately with creatinine serum levels (r = 0.39; p< 0.03) and negatively with sodium serum levels (r= -0.38; p= 0.03). CONCLUSIONS: Digoxin serum concentration should be measured in patients with Chagas' cardiomyopathy with chronic heart failure receiving digoxin therapy due to the potential for digoxin toxicity.
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INTRODUÇÃO: Foi realizado estudo radiológico do cólon em pacientes de zona endêmica da doença de Chagas usando-se a técnica do enema opaco simplificado de Ximenes e cols. MÉTODOS: Participaram 291 pacientes, com idade media de 48,8 (±12,5) anos, sendo 222 soropositivos para doença de Chagas. Fizeram radiografias na posição ântero-posterior, póstero-anterior e perfil lateral esquerdo, que foram analisadas por inspeção visual e medida do maior diâmetro em centímetros do reto e sigmoide. RESULTADOS: À inspeção visual, foi possível diagnosticar megacólon em 14 (6,3%) pacientes chagásicos. A média do diâmetro da ampola retal dos chagásicos 6,3 (±1,0)cm foi semelhante a dos não-chagásicos 6,2 (±1,0)cm (p=0,391) e o diâmetro médio da alça sigmoide dos chagásicos 5 (±1,6)cm foi maior que o dos não chagásicos 4,4 (±0,8 )cm, (p=0,001). CONCLUSÕES: Excluindo-se os casos de megacólon evidente e de provável megacólon, a população chagásica continuou com o diâmetro médio do sigmoide significantemente maior (p=0,003) que a não chagásica.
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INTRODUÇÃO: No Estado do Maranhão, a doença de Chagas não apresenta o padrão clássico de transmissão endêmica. No entanto, inquérito entomológico prévio constata altos índices de infecção natural dos vetores e casos agudos têm sido registrados nas últimas décadas, o que motivou o presente estudo que tem por objetivo avaliar as condições sociodemográficas e ambientais envolvidas na transmissão. MÉTODOS: Foram estudados os casos agudos de doença de Chagas de 1994 a 2008. Os dados relacionados aos pacientes foram obtidos do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, dos livros de registros de endemias da Fundação Nacional de Saúde e de prontuários médicos. Investigação entomológica foi realizada a partir de 2002. RESULTADOS: Foram identificados 32 casos, procedentes de 17 municípios, sendo 84,4%, da zona rural. O sexo masculino foi acometido em 67% dos casos. A ocupação mais frequente foi a de estudante (38,9%), seguida pela de lavrador e de caçador (27,8%). CONCLUSÕES: Os dados analisados sugerem que a transmissão foi, predominantemente, vetorial nos ambientes silvestre e peridomiciliar.
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INTRODUÇÃO: O esôfago e os cólons foram investigados em pacientes na fase aguda da doença de Chagas, entre 1956 e 1989. MÉTODOS: A deglutição e o exame radiológico do esôfago foram explorados em 94 (90,4%) pacientes, sendo excluídas 10 crianças em virtude de tenra idade. O enema opaco foi realizado em 59 (56,7%) pacientes. RESULTADOS: A deglutição foi referida como normal em 86 (91,5%) pacientes, 5 dos quais apresentaram aperistalse do grupo I, enquanto a disfagia incipiente foi referida por 8, dos quais 7 apresentaram exame radiológico normal e apenas um, aperistalse do grupo I. Um segundo exame radiológico, realizado em 4 dos 6 casos, 6 meses após o primeiro, mostrou-se normal em 3 e permaneceu inalterado em um, o único que recebeu tratamento (benzonidazol) e considerado como curado da infecção. O ritmo intestinal resultou normal em 96 (92,3%) pacientes, obstipado em 7 (6,7%) e diarreico em um (1%). O enema evidenciou resultado normal em 54 (91,5%) pacientes, dolicossigmoide em 4 (6,8%) e dolicorretomegassigmoide em um (1,7%), que a eletromanometria demonstrou ser de natureza funcional. CONCLUSÕES: Para explicar a regressão da aperistalse, aventaram os autores duas hipóteses que não se excluem. A primeira,é a de que o processo inflamatório intramural na fase inicial da infecção poderia interferir na motilidade esofagiana, enfraquecendo a onda peristáltica; com a regressão do processo inflamatório, o peristaltismo voltaria ao normal, desde que a desnervação fosse limitada; a segunda hipótese é a de que tenha havido real re-inervação, com recuperação normal da onda peristáltica.
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INTRODUÇÃO: A transfusão sanguínea é uma fonte potencial importante para transmissão da doença de Chagas. MÉTODOS: Foi verificado, nos arquivos do Hemonúcleo Regional de Araraquara, o resultado dos exames para doença de Chagas entre janeiro de 2004 e dezembro de 2008. RESULTADOS: Foram diagnosticadas com sorologia positiva 0,04% das 49541 doações de sangue realizadas. A idade dos soropositivos situou-se entre 51 e 60 anos. CONCLUSÕES: O baixo índice de doadores soropositivos pode reduzir o risco de transmissão via transfusional da doença de Chagas. A alta ocorrência de resultados inconclusivos indicam que os métodos diagnósticos devem ser melhorados.
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INTRODUCTION: Chagas disease (ChD) is a chronic illness related to significant morbidity and mortality that can affect the quality of life (QoL) of infected patients. However, there are few studies regarding QoL in ChD. The objectives of this study are to construct a health-related QoL (HRQoL) profile of ChD patients and compare this with a non-ChD (NChD) group to identify factors associated with the worst HRQoL scores in ChD patients. METHODS: HRQoL was investigated in 125 patients with ChD and 21 NChD individuals using the Medical Outcomes Study 36-item Short-Form (SF-36) and the Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLWHFQ). Patients were submitted to a standard protocol that included clinical examination, ECG, Holter monitoring, Doppler echocardiogram and autonomic function tests. RESULTS: HRQoL scores were significantly worse among the ChD group compared to the NChD group in the SF-36 domains of physical functioning and role-emotional and in the MLWHFQ scale. For the ChD group, univariate analysis showed that HRQoL score quartiles were associated with level of education, sex, marital status, use of medication, functional classification and cardiovascular and gastrointestinal symptoms. In the multivariate analysis, female sex, fewer years of education, single status, worst functional classification, presence of cardiovascular and gastrointestinal symptoms, associated illnesses, Doppler echocardiographic abnormalities and ventricular arrhythmia detected during Holter monitoring were predictors of lower HRQoL scores. CONCLUSIONS: ChD patients showed worse HRQoL scores compared to NChD. For the ChD group, sociodemographic and clinical variables were associated with worst scores.