470 resultados para Atribuição eotímica
Resumo:
Neste trabalho avaliamos os resultados macroeconômicos recentes da economia brasileira por meio de um instrumental analítico baseado em uma extensão geométrica e algébrica do artigo seminal de Kaldor (1971), que levou à criação do quadrado mágico. Essa abordagem permite a comparação do desempenho pré-crise (2007-2008) e durante a crise (2009-2010). Nossa análise levanta algumas dúvidas sobre as medidas de política econômica adotadas na busca por contornar a presente crise e reduzir obstáculos estruturais no processo de desenvolvimento econômico no Brasil. Concluímos que a complexidade da gestão macroeconômica tem sido subestimada. No que tange às estratégias econômicas, nossa abordagem está centrada na controvérsia entre export-led growth vs consumption-led growth. _________________________________________________________________________________ RESUMEN
Resumo:
Neste artigo, estendemos o modelo Pasinettiano de mudança estrutural e crescimento econômico para levar em consideração a possibilidade de o progresso tecnológico estar incorporado nos bens de capital. Nosso objetivo consiste em estudar os efeitos do progresso tecnológico investimento específico sobre a mudança estrutural, com especial ênfase nos seus impactos sobre variáveis macroeconômicas como o nível de emprego. Nossos achados mostram que, apesar de esse tipo de progresso tecnológico aumentar a produtividade dos bens de capital, ele impacta negativamente o nível de emprego e as condições de equilíbrio da economia. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Resumo:
Este artigo baseia-se em Resende, MFC e Teixeira, JR., “Competitividade, Vulnerabilidade Externa e Importações Totais e de Bens de Capital no Brasil: 1978/2000”, Seminário Interno da DISET. Aborda os aspectos da indústria de bens de capital brasileira, bem como a estimativa das funções de demanda de importação total e de bens de capital.
Resumo:
A descrição do papel da medicina no Livro III da República pode facilmente deixar o leitor constrangido. O trecho defende que a medicina deveria se espelhar nas práticas do tempo de Asclépio. Neste tempo, a medicina tinha um papel político de não prolongar a vida dos cidadãos tomados pela doença, nem deixá-los procriar. Frente a estas declarações, surgiram várias interpretações que vão desde o totalitarismo de Popper até a ironia de Strauss. Para uma melhor compreensão do texto, seria necessária a interlocução com a medicina hipocrática e com as práticas médicas do tempo dos séculos V e IV aEN. Contudo, a passagem em questão não se reduz ao contexto histórico, mas apresenta uma crítica válida ainda na atualidade. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT
Resumo:
A UNESCO no Brasil e a Cátedra UNESCO Archai da Universidade de Brasília (UnB) organizaram no dia 19 de novembro de 2015 um
Hangout UNESCO, programa de bate-papo online da UNESCO no Brasil, em celebração ao Dia Mundial da Filosofia 2015. O evento teve como tema os desafios da filosofia para o século XXI. A gravação video do hangout está disponível no endereço
Resumo:
A figura de Alcebíades atravessa a história de Atenas do século V e a narrativa do Banquete com sua força política dramática e sua representação de gênero desviante. O affaire Alcebíades assume assim um lugar central nas preocupações platônicas voltadas mais em geral para a revisão histórica dos anos-de-chumbo das stáseis, e mais especificamente com a ligação perigosa deste com Sócrates e o seu grupo. O sentido da incursão dramática de Alcebíades no Banquete, assim como de seu elogio a Sócrates, será lido à luz dos testemunhos de Xenofontes, Tucídides, Ândrocles e Andócides, entre outros, em busca da compreensão da lectio platônica da trajetória de uma das personagens mais marcantes da Atenas clássica. _______________________________________________________________________________ RESUMEN
Resumo:
Desde a Magna Grécia de Pitágoras, Empédocles e Parmênides, passando pelas relações “perigosas” entre a sabedoria nascente e as tradições órfico-dionisíacas, em nítida continuidade com a mitologia arcaica e as narrativas teogônicas, dialogando com as práticas médicas asclepíades, a filosofia antiga visita cavernas. A caverna da República, uma das mais poderosas e fecundas alegorias do pensamento ocidental, é simultaneamente herdeira e ponto de fuga da longa trajetória dessa metáfora. Não se pretende aqui, no entanto, compreender a imagem platônica como a consumação de uma velha tradição filosófica que “pensa em cavernas”; procura-se, antes, iluminar essa alegoria com a interpretação oferecida pela filosofia acadêmica posterior. No Antro das Ninfas, Porfírio parte de 11 versos de Homero (Od. XIII, 102-112) para habilmente desenhar uma exegese inspirada na teoria platônica da alma. A lectio porfiriana permite sugerir que a imagem da caverna revela algo mais que uma simples alegoria literária. Ela dá prova da existência de relações dialógicas e circulares entre a filosofia platônica e o imaginário religioso popular do mundo antigo. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT
Resumo:
Este paper tem como objetivo analisar o problema dos graus de separação do corpo e da alma no Fédon de Platão, em busca tanto de seus pressupostos ontológicos como de suas consequências epistemológicas. Apesar deste diálogo ser normalmente abordado como pedra miliar literária e filosófica para todos os dualismos psico‑físicos da história de nosso pensamento, entendo que é possível distinguir dois sentidos fundamentais, duas maneiras diferentes de pensar esta separação. O primeiro sentido indicaria uma separação intencional, isto é, fundamentalmente dependente do que o filósofo pensa ou com aquilo do qual o filósofo se procurar curar: o filósofo, como tal, se curaria da alma, mas não se curaria do corpo. Uma segunda maneira de pensar esta separação entre corpo e alma é aquela que privilegia a ideia de uma separação ontológica segundo a qual a alma seria, a tal ponto independente do corpo, que poderia sobreviver após a morte deste. Apesar do sucesso que ambas as abordagens tiveram ao longo da história do platonismo até nossos dias, a duplicidade dos sentidos expressos contém contudo, em si, uma irrevogável ambiguidade e tensão. O objetivo deste paper é o de propor uma solução diferente para a referida ambiguidade. A nossa proposta tem como ponto de partida, a consideração ontológica dos graus de plasticidade da alma, que Bostock (1986, p.119 @Phd. 79c), em seu comentário ao diálogo, chama ‘traços camaleônicos da alma’, isto é, como se a alma pudesse assumir feições corpóreas para conhecer a realidade sensível. A separação entre corpo e alma, antes do que pressuposto ontológico, parece precisar de um esforços permanente do indivíduo, tanto em sentido epistemológico como em sentido ético. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT
Resumo:
Os modelos gregos clássicos de associações são fundamentalmente de dois tipos: o thíasos e a hetairía. Enquanto o primeiro está mais diretamente ligado à prática comum de cultos, à partilha de ritos e saberes mistéricos, a hetairía está mais ligada à idéia de uma associação de philoí, no sentido político de aliados e confrades que se encontram em um clube privado. A comunidade pitagórica é quase que unanimamente considerada pela tradição uma hetairía, e todavia muitas de suas características remeteriam mais claramente para o modelo do thíasos. Ambas as definições não parecem dar conta das singularidades da koinonía, que caracteriza o modo de vida pitagórico. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Resumo:
À margem das apressadas generalizações aristotélicas, este artigo se propõe remastigar o prólogo do poema Sobre a Natureza de Parmênides, em busca de uma compreensão profunda da relação entre a filosofia que nasce e as práticas de katábasis, de descida ao mundo dos mortos. Ocasião para redescobrir a beleza de um diálogo, antigo entre a reflexão filosófica e o vasto mundo da sabedoria em suas formas mais arcaicas. Possibilidade de repensar as categorias fundamentais de nossa historiografia filosófica. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT
Resumo:
A história do termo arché parece apontar para uma redefinição platônico-aristotélica de um conceito arcaico, ligado inicialmente ao uso jônico do termo para expressar um ponto-de-partida cronológico. Aristóteles, em Metafísica A, transforma o significado das archaí que a passam a significar princípios explicativos do real, e neste sentido, equivalentes ao termo aitíai (causas). Apesar da maioria dos estudiosos atribuir a Aristóteles a descoberta desse uso, um estudo comparativo do termo no Corpus Hipocraticus, nos fragmentos originários do pitagórico Filolau, datados na segunda metade do V século, revela-se que esta literatura antecipa o uso da arché no sentido de princípios metodológicos para a pesquisa filosófica. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Resumo:
A presente dissertação procura apresentar um estudo aprofundado em torno dos mecanismos mágicos, atestados em contexto doméstico, que estão associados de forma mais evidente à protecção da criança e da mulher, enquanto grávida, parturiente e mãe. Neste sentido, iremos discorrer em torno dos motivos que levaram os Egípcios a desenvolver esses mecanismos, em particular a importância da criança para a sociedade egípcia, os perigos da vida quotidiana egípcia, quer para a saúde da população em geral, quer para a da mulher e a da criança e, por fim, a mortalidade infantil e materna. Consequentemente, pretendemos demonstrar de que forma a Religião Doméstica consistia numa estratégia de garantir a sobrevivência da criança. Iremos igualmente abordar os diversos mecanismos destinados a promover a fertilidade e a concepção, identificados em contexto doméstico. Entre eles constam as estruturas arquitectónicas, nomeadamente as estruturas elevadas de Deir el-Medina; as figuras com formas femininas e masculinas, no último caso de cariz erótico, e com a forma de deuses e animais; os amuletos; as camas votivas e os encantamentos mágicos associados a essas duas esferas. Análise incidirá, de igual modo, nas formas desenvolvidas para proteger a mulher e a criança durante a gravidez, o parto e o pós-parto, como outras estruturas arquitectónicas, quer os tijolos de nascimento, quer as pérgulas de nascimento; os amuletos, os objectos apotropaicos e, ainda, os encantamentos mágicos. Por fim, a dissertação focar-se-á na protecção da criança durante a «primeira infância» propriamente dita, que podia ser garantida ainda através da atribuição de nomes protectores e da recitação de encantamentos mágicos especificamente destinados a proteger a criança durante a infância. Iremos ainda destacar alguns mecanismos adicionais que, embora não tenham sido identificados em contexto doméstico, devem ser tomados em consideração. O presente estudo focar-se-á, assim, não só na «primeira infância», mas também nas fases da vida humana que a antecediam, que incluem a concepção – relacionada com a fertilidade –, a gravidez, o parto e, por fim, os momentos que o sucediam.
Resumo:
O texto propõe uma metodologia de trabalho para Mediação de Conflito de Violência Intrafamiliar (MCVI) contra pessoas idosas, de forma não jurídica, a ser desenvolvida nas Unidades de Saúde por equipe multiprofissional. Método: pesquisa social qualitativa, com o método da pesquisa ação por meio de estudo piloto. Resultados: a proposta metodológica foi construída por meio do atendimento de dez casos de violência, visando o estabelecimento de passos para nortear os profissionais de saúde, a fim de estabelecer uma rede de parcerias com os cuidadores por meio de propostas concretas de ação de cada integrante da família no intuito de resolver tais conflitos. Conclusões: essa metodologia de MCVI pode ser utilizada na Assistência Básica de Saúde e no Programa Saúde da Família, visto tratar-se de uma metodologia de fácil aplicação, baixo custo, alta resolutividade, exigindo uma equipe profissional restrita envolvida. __________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Resumo:
Este artigo trata das relações entre cuidado, emancipação e Serviço Social, com o objetivo de uma reflexão crítica sobre uma temática que tem ficado obscurecida na discussão profissional. Faz uma análise do conceito de cuidado, enquanto ajuda, trabalho familiar da mulher e ação individual, para situá-lo no contexto das relações de poder, de descaso e abandono, próprio da sociedade capitalista. Considera o cuidar em uma perspectiva teórica e histórica democrática, exigindo a construção de valores éticos e de humanização da atenção profissional articulada à existência de suportes institucionais. Volta-se ao reconhecimento do outro como sujeito individual e coletivo de direitos, na efetivação de sua autonomia, da democracia e da cidadania no contexto da história social, e nas condições do sujeito combinando atenção às suas necessidades, às suas expressões e à inclusão social com valores éticos e processos de atuação profissional explicitados. __________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Resumo:
O presente artigo discute a educação infantil como direito, defendendo-a como resultado de lutas históricas, embates, correlação de forças, em que a garantia legal não significa a efetivação destes. Realizamos uma análise dos documentos nacionais que reconhecem a educação infantil como direito que são: a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, conclui-se que se trata de um embate social e político e não apenas jurídico-legal e, apesar de avanços consideráveis, muito há que ser feito para que a educação da primeira infância se materialize. __________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT