965 resultados para nested multinomial logit


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Esta tese aborda as práticas e as representações de mulheres em idade fértil, que vivem em contextos sociais de pobreza. As práticas sobre o acesso e as formas de utilização dos cuidados de saúde reprodutiva. As representações das mulheres relativamente à maternidade e/ou fecundidade, verificando de que forma estas influenciam a utilização de cuidados de saúde reprodutiva (saúde materna e planeamento familiar). E as representações dos profissionais de saúde e técnicos de serviço social sobre os comportamentos de fecundidade e as formas como as mulheres (pobres e não pobres) utilizam os cuidados de saúde reprodutiva. Devido à natureza do objecto de estudo e à complexidade inerente, optou-se por utilizar uma combinação de métodos qualitativos e quantitativos e respectivas técnicas de recolha e análise de dados, num mesmo desenho de estudo, tendo em vista a triangulação metodológica, que ajudou à compreensão mais profunda da realidade em estudo. Como tal dividiu-se a investigação em três estudos: 1) o estudo exploratório; que apoiou nas decisões, nomeadamente na delimitação do objecto de estudo, dos objectivos gerais e específicos, das hipóteses centrais de investigação e dos aspectos metodológicos relacionados com o estudo de caso-controlo e o estudo qualitativo; 2) o estudo de caso-controlo (quantitativo); 3) o estudo qualitativo. Estudo de caso-controlo O estudo de caso-controlo foi realizado com mulheres em idade fértil, em que os casos são mulheres consideradas “muito pobres”, havendo dois controlos para cada caso: os controlos 1, que são mulheres consideradas “pobres” e os controlos 2, que são mulheres consideradas “não pobres”. Este estudo foi planeado com uma amostra de 1513 mulheres em idade fértil, com 499 casos seleccionados segundo um esquema de amostragem estratificada proporcional (de mulheres consideradas muito pobres) seleccionados da base de dados de beneficiários de RSI, da SCML. E 1014 controlos (de mulheres não consideradas como muito pobres): os controlos 1 foram seleccionados também segundo um esquema de amostragem estratificada proporcional dos restantes beneficiários da SCML; os controlos 2 foram seleccionados de forma bi-etápica, primeiro procedeu-se a uma amostragem aleatória simples de quatro Centros de Saúde e de seguida optou-se por uma regra sistemática de selecção das utentes desses Centros de Saúde, mediante a aplicação de um formulário de critérios de inclusão. Os dados foram recolhidos através de um questionário semi-quantitativo aplicado por entrevista. Responderam ao questionário um total de 1054 mulheres, sendo que o total de respondentes distribui-se pelos grupos em estudo, isto é, 304 referentes aos casos (muito pobres), e 750 respeitantes aos controlos [293 pertencentes ao grupo de controlos 1 (pobres) e 457 provenientes do grupo de controlos 2 (não pobres)]. Os dados foram analisados utilizando técnicas estatísticas bivariadas e multivariadas. Concretamente, começou-se pela análise descritiva (frequências absolutas e relativas; medidas de tendência central: moda, média, mediana, média aparada a 5%) das variáveis demográficas e das variáveis de fecundidade (representações, tensões, práticas e controlo de fecundidade) em função das variáveis de condição social (gradientes de pobreza segundo os grupos em estudo). Seguiu-se a análise de comparação e associação - o teste de Qui-quadrado para testar a homogeneidade e para testar a homogeneidade de variâncias aplicou-se o teste de Levene e a normalidade da variável quantitativa, nos grupos em estudo, foi testada através do teste de Kolmogorov Smirnov e o teste de Shapiro-Wilk. Sempre que as condições de aplicação da ANOVA não se verificaram, aplicou-se a alternativa não paramétrica: o teste de Kruskal-Wallis. O cálculo do odds ratio da variável “ter gravidez e filhos” foi efectuado de acordo com o proposto por Mantel-Haenszel aplicado nas situações em que existem dois controlos por caso. Foram ainda utilizados modelos de regressão logística (pelo método Forward: LR) para avaliar a probabilidade de ser do grupo de casos (muito pobre), relativamente a ser do grupo de controlos 1 (pobre) e ser do grupo de controlos 2 (não pobre). E dois modelos de regressão logística multinomial para estudar a relação entre uma variável dependente de resposta qualitativa não binária [no presente estudo com três classes - os três grupos em estudo: casos (muito pobres), controlos 1 (pobres) e controlos 2 (não pobres)] e um conjunto de variáveis explicativas (predictor variables), que podem ser de vários tipos. A análise efectuada confirma a existência de gradientes de pobreza e a sua associação a gradientes de fertilidade, que se reflectem em termos de acesso à saúde e nos padrões de utilização de cuidados de saúde reprodutiva. O facto de as mulheres terem tido filhos (variável “ter gravidez e filhos”) aumenta a probabilidade (OR=1,17; p<0,001; IC = 1,08 – 1,26) de serem muito pobres, comparativamente a serem pobres e não pobres. Isto é, a maternidade configura-se como um factor explicativo da pertença social das mulheres, sobretudo quando interligado com outros factores. Concretamente, verifica-se através da análise dos modelos de regressão logística que existe uma interligação entre a condição social das mulheres e um conjunto de características sóciodemográficas, que se configuram como factores de risco de pobreza, como sejam o baixo rendimento dos agregados, a dimensão dos agregados familiares, a baixa escolaridade e as pertenças étnicas. Quanto ao acesso económico, constata-se que as mulheres muito pobres apresentam incapacidades financeiras para comportar custos com a compra de medicamentos muito superiores às restantes, constituindo-se esta como uma característica forte para explicar a sua condição social actual. Em termos de utilização de cuidados de saúde reprodutiva percebe-se que as mulheres muito pobres são caracterizadas por baixa frequência das consultas de revisão do parto, com todas as eventuais implicações no seu estado de saúde. Um aspecto pertinente prende-se com a sistemática aproximação das mulheres pobres às muito pobres, distanciando-se em quase tudo das mulheres não pobres. Ou seja, existe um número considerável da nossa população “média” com vulnerabilidades, que deveriam merecer uma atenção prioritária em termos de políticas sociais (nomeadamente, na área da saúde, do trabalho e do apoio social). Assim, é de enfatizar a importância de haver uma adequação das políticas de saúde no sentido de assegurar que as populações mais vulneráveis consigam utilizar de forma apropriada os cuidados de saúde reprodutiva. Estudo Qualitativo Foi efectuado um estudo qualitativo, através de realização de entrevistas e grupos focais. Concretamente, foram feitas oito entrevistas e dois grupos focais a mulheres provenientes de diferentes contextos socioeconómicos (pobreza e não pobreza), num total de 18 indivíduos. Foram conduzidos dois grupos focais a profissionais de saúde (enfermeiros e médicos), num total de 15 participantes. E realizados quatro grupos de discussão a técnicos de serviço social, num total de 36 participantes. Todas as entrevistas e grupos focais foram gravados, seguindo-se a sua transcrição integral. Os dados foram analisados com base nos procedimentos de análise de conteúdo habituais no âmbito de abordagens qualitativas. No que diz respeito aos grupos focais, procedeu-se a uma análise categorial temática. Através da análise das representações de fecundidade percebe-se que para as mulheres, independentemente do grupo socioeconómico a que pertencem, o melhor e o pior dos filhos, envolve três níveis: os sentimentos, o desempenho das funções parentais e as privações. E a maioria das mulheres assume que foi através de amigos, dos media e/ou de vizinhos que obteve as primeiras informações sobre os métodos contraceptivos. Revelando ainda a inexistência de influência familiar, especialmente das mães, na transmissão desses conhecimentos e informações sobre contracepção, em todos os grupos socioeconómicos. Aliás, a percepção generalizada é de que o sexo foi um assunto tabu na educação destas mulheres. Muitas das mulheres no estudo descrevem uma preparação inadequada para o sexo e contracepção na primeira gravidez, acontecendo esta como resultado de impreparação e não de planeamento. Encontram-se semelhanças entre as mulheres provenientes de diferentes gradientes sociais, mas também se encontram diferenças, nomeadamente, acerca do papel do parceiro masculino no planeamento familiar e no planeamento das gravidezes. Existe uma diferença entre mulheres provenientes de grupos socioeconómicos distintos (muito pobres e pobres vs. não pobres) relativamente ao papel do parceiro na contracepção: não utilização do preservativo porque companheiros “não aceitam” vs. as mulheres que assumem que as decisões quanto à contracepção são e foram sempre da sua responsabilidade. Os resultados vêm mostrar a importância atribuída ao sexo do médico e a vergonha envolvida na utilização dos cuidados de saúde materna, cujas consequências se revelaram impeditivas de realização das consultas pós-parto. Vários estudos já apontaram o desconforto durante o encontro biomédico nos cuidados pré-natais resultando de uma incapacidade da mulher para lidar com certas características do profissional de saúde, que podem incluir idade, género e linguagem (cfr. nomeadamente, Whiteford e Szelag, 2000). Um outro aspecto em que há diferenças entre grupos socioeconómicos nos resultados do estudo de caso-controlo, e que vem ser ainda mais aprofundado através do estudo qualitativo, está relacionado com os apoios recebidos quando os filhos nascem e quando existe uma situação de doença. As mais pobres encontram-se numa posição de vulnerabilidade acrescida, porque não podem colmatar a falta de apoios, por exemplo com amas para tomar conta dos filhos, como é admitido, por exemplo, por uma mulher de etnia cigana. Mas emerge uma semelhança entre as mulheres dos diferentes grupos socioeconómicos, quando reivindicam a necessidade de existir mais apoio, nomeadamente uma rede de creches. Os profissionais (saúde e social) demonstram nas suas representações as influências do modelo biomédico de saúde. Quanto às mulheres, consoante o seu contexto cultural, elas tendem a integrar num “modelo próprio” a sua relação com os cuidados de saúde, especificamente com os cuidados pré-natais. Modelo esse que não exclui o uso dos serviços biomédicos durante a gravidez, o que acontece é que as mulheres conservam as suas crenças e algumas práticas tradicionais em face de novas. Deixando em aberto a possibilidade de negociação e transmissão de conhecimentos por parte dos profissionais de saúde, processo facilitado com existência de diálogo e abertura dos profissionais de saúde para as especificidades culturais (cfr. outros estudos, nomeadamente, Atkinson e Farias, 1995; Whiteford e Szelag, 2000). Os profissionais atribuem ao “pobre” uma característica-tipo: o imediatismo. Este condiciona a actuação dos indivíduos “pobres” nas práticas de planeamento familiar e nas formas de utilização de cuidados de saúde reprodutiva. Por exemplo, para os profissionais de saúde e técnicos de serviço social a utilização correcta da contracepção dependerá do nível educacional da mulher. Mas não se comprova tal facto nos estudos, havendo mesmo indício de uma certa transversalidade nas “falhas” de utilização, por exemplo da pílula. Através do estudo de caso-controlo comprovase que a pílula era o contraceptivo mais usado no momento em que as mulheres engravidaram do último filho, sendo que aparentemente algo terá falhado (dosagem, esquecimento, toma simultânea de antibiótico), não existindo diferenças entre os grupos socioeconómicos. A análise reflecte a existência de representações nem sempre coincidentes entre mulheres e profissionais de saúde, no que diz respeito à maternidade, à gravidez e à fecundidade, mas também às necessidades e formas de utilização dos cuidados de saúde reprodutiva (saúde materna e planeamento familiar). Chama-se a atenção para a importância dos decisores terem estes factos em atenção de forma a adequar as políticas de saúde às expectativas e percepções de necessidade por parte das populações vulneráveis, procurando atingir o objectivo de utilização adequada de cuidados de saúde reprodutiva e, em última análise, promover a equidade em saúde. Conclusões Gerais Esta investigação insere-se numa lógica de perceber as características associadas no continuum de pobreza, procurando-se os factores que explicam a posição relativa dos grupos nesse mesmo continuum. Em termos de saúde, contata-se existir uma associação entre a não realização de consultas de revisão do parto e as chances superiores de pertencer a um grupo socioeconómico mais pobre. Haverá aqui lugar a um cuidado acrescido em termos de organização de cuidados de saúde para que estas mulheres, com vulnerabilidades de vária ordem, sejam devidamente acompanhadas, orientadas, apoiadas para a realização deste tipo de consultas, envolvendo uma sensibilização para “gostar de si própria”, de valorização individual, mesmo depois do nascimento dos filhos. As redes de sociabilidade são distintas consoante a posição que a mulher ocupa em termos de gradiente social, sendo que a posição é mais vulnerável para as mulheres muito pobres e pobres, quer em situação de doença, quer em situação de apoio para os filhos e ainda em termos de privação material existe um efeito em termos de diluição das sociabilidades para grupos já tão fragilizados a outros níveis. Ao descrever, analisar e caracterizar os gradientes de pobreza e privação múltipla entre os grupos de mulheres em estudo posso concluir que existem aspectos diferenciadores das mulheres pobres relativamente às mulheres não pobres.Mas elas manifestam sobretudo características que as aproximam das mulheres muito pobres. Ou seja, este grupo de pessoas está particularmente envolta numa multiplicidade de riscos sociais, uma vez que são mulheres que têm filhos, trabalham, têm redes de sociabilidade enfraquecidas e não podem contar com a ajuda do Estado em termos de medidas de apoio social, não sendo elegíveis, por exemplo, para o RSI. Urge rever as condições de atribuição de medidas, não necessariamente com a configuração actual, mas que tenham em atenção este conjunto populacional. A actividade sexual começa muito cedo nas vidas das jovens, independentemente da proveniência socioeconómica, pelo que esse é um aspecto que, penso, deverá continuar a ser considerado em termos de saúde sexual e reprodutiva por parte das diferentes entidades no que se refere à educação e promoção para a saúde. As questões relacionadas com a incapacidade para comportar custos de saúde - deixar de comprar medicamentos, sobretudo, para as próprias mulheres, não poder pagar consultas em médicos especialistas e dentistas - revelam-se sérias, na medida em que fazem emergir as diferenças em termos de grupos socioeconómicos, constituindo-se como um factor associado com as iniquidades em saúde ainda existentes em Portugal. Como é sabido pelos estudos realizados, estas são também causas de pobreza. Assim, esta é uma das áreas a merecer actuação prioritária no sentido de contribuir para que caminhemos para uma sociedade com mais equidade. A existência de diferenças na acessibilidade e no acesso geográfico e económico, marcada pelas diferenças em termos de gradientes sociais, deixa em aberto a necessidade de actuar no sentido de que o sistema de saúde tenha políticas de promoção da equidade, nomeadamente a equidade de acesso económico, na investigação desenvolvida sobre “sistemas de saúde”. Parece que fica evidente a necessidade de monitorizar quais as interacções entre as políticas, de saúde e sociais, e a variabilidade nas desigualdades sociais ao longo do tempo, ou seja, a importância de monitorizar os efeitos das políticas nos grupos vulneráveis. Só avaliando poderemos saber se as medidas devem continuar com conteúdo e formas de implementação actuais ou se, pelo contrário, deverão acontecer mudanças nas medidas de apoio para melhorar as condições sociais e de saúde das populações.

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In this paper, we present a deterministic approach to tsunami hazard assessment for the city and harbour of Sines, Portugal, one of the test sites of project ASTARTE (Assessment, STrategy And Risk Reduction for Tsunamis in Europe). Sines has one of the most important deep-water ports, which has oil-bearing, petrochemical, liquid-bulk, coal, and container terminals. The port and its industrial infrastructures face the ocean southwest towards the main seismogenic sources. This work considers two different seismic zones: the Southwest Iberian Margin and the Gloria Fault. Within these two regions, we selected a total of six scenarios to assess the tsunami impact at the test site. The tsunami simulations are computed using NSWING, a Non-linear Shallow Water model wIth Nested Grids. In this study, the static effect of tides is analysed for three different tidal stages: MLLW (mean lower low water), MSL (mean sea level), and MHHW (mean higher high water). For each scenario, the tsunami hazard is described by maximum values of wave height, flow depth, drawback, maximum inundation area and run-up. Synthetic waveforms are computed at virtual tide gauges at specific locations outside and inside the harbour. The final results describe the impact at the Sines test site considering the single scenarios at mean sea level, the aggregate scenario, and the influence of the tide on the aggregate scenario. The results confirm the composite source of Horseshoe and Marques de Pombal faults as the worst-case scenario, with wave heights of over 10 m, which reach the coast approximately 22 min after the rupture. It dominates the aggregate scenario by about 60 % of the impact area at the test site, considering maximum wave height and maximum flow depth. The HSMPF scenario inundates a total area of 3.5 km2. © Author(s) 2015.

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Resumo O vírus citomegálico humano (CMV) é o principal agente de infecção congénita, atingindo cerca de 0.2 a 2.2% de todos os recém-nascidos. As crianças que nascem infectadas por este vírus têm cerca de 11% a 12.7% de probabilidades de apresentarem sintomas e sinais de doença citomegálica ao nascimento, podendo cerca de 40 a 58% destas virem a apresentar sequelas neurológicas permanentes. Das crianças infectadas que terão infecção assintomática no período neo-natal, 5 a 15% poderão vir igualmente a sofrer de sequelas tardias, sobretudo a surdez ou o atraso mental. Em Portugal, desconhece-se a dimensão deste problema. O primeiro objectivo desta dissertação foi, desta forma, a determinação da prevalência através do recurso aos cartões do diagnóstico precoce (“Guthrie cards”), utilizando uma técnica de nested-PCR dirigida para o vírus. Foram estudados 3600 cartões, seleccionados de todo o território nacional (continente e ilhas), de uma forma proporcional ao número de nascimentos em cada distrito, dos quais 38 foram positivos, o que dá uma prevalência de 1.05% (intervalo de confiança para 95%: 0.748-1.446). A revisão sobre a experiência acumulada nos últimos 15 anos, na área do diagnóstico pré-natal, juntamente com um estudo adicional sobre a técnica da avidez, permitiu retirar algumas ilações, nomeadamente que este diagnóstico constitui uma arma diagnostica fiável para a avaliação pré-natal desta infecção congénita e que a selecção dos casos para amniocentese deverá obedecer a indicações serológicas precisas, como a “seroconversão para IgG” ou a “IgM confirmada” (devendo o método de confirmação ser a avidez das IgG com um índice <0,6) e as alterações ecográficas de etiologia não esclarecida. A possibilidade de utilizar pools de urinas para detectar a infecção congénita por CMV foi abordada na terceira parte do trabalho experimental. A metodologia aí descrita teve correlação total com o método de referência, permitindo uma redução bastante significativa nos tempos de execução e nos custos em consumíveis, pelo que abre a possibilidade da sua utilização para o rastreio da infecção congénita por CMV nos recém-nascidos.

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A infecção urogenital causada por Chlamydia trachomatis é a doença bacteriana sexualmente transmissível mais comum na Europa, tanto em homens como em mulheres. Constitui um grave problema de saúde pública devido à elevada percentagem de portadores assintomáticos, às complicações clínicas que daí podem resultar e à possibilidade de transmissão vertical. O presente trabalho teve como principais objectivos: i) avaliar a prevalência da infecção por C. trachomatis e por Neisseria gonorrhoeae num grupo de grávidas de 36 semanas atendidas na consulta externa de Obstetrícia do Hospital Amadora Sintra e nos recém-nascidos de mães infectadas, ii) identificar os serovares responsáveis pelas infecções por C. trachomatis, iii) verificar a distribuição da prevalência da infecção por C. trachomatis em função da idade e iv) avaliar a utilidade de uma técnica de PCR multiplex e de PCR multiplex em tempo real no diagnóstico desta infecção. Foram testadas 1201 amostras de urina do primeiro jacto de grávidas e 18 exsudados oculares provenientes de recém-nascidos cujas mães estavam infectadas com C. trachomatis. Cada amostra foi testada pelas técnicas de PCR multiplex e de PCR multiplex em tempo real, tendo como alvos de amplificação um fragmento do plasmídio críptico e outro do gene omp1. Todos os resultados positivos foram confirmados com uma técnica de nested PCR e posteriormente enviados para sequenciação para identificação dos serovares envolvidos. Em todas as amostras foi ainda pesquisada a presença de ADN de N. gonorrhoeae através de técnicas de PCR e de PCR em tempo real sendo que, na primeira, o alvo a amplificar foi um fragmento do gene ccpB do plasmídio pJDI e na segunda o pseudogene porA. Os resultados positivos foram confirmados por RFLP. A prevalência da infecção por C. trachomatis e por N. gonorrhoeae foi de 3,7% (45/1201) e de 0,08% (1/1201), respectivamente. Nos recém-nascidos, a prevalência foi de 0% para ambas as infecções, embora o número de recém-nascidos estudados (18/45) dificilmente seja representativo. O serovar mais prevalente foi o E (31,1%), seguido do G (15,6%), do D/Da (13,3%), do F, I/Ia e do J (11,1%). O serovar K foi identificado em 4,4% das amostras infectadas e o H em apenas 2,2%. A técnica de PCR multiplex em tempo real parece ser mais adequada para o diagnóstico da infecção por C. trachomatis do que a técnica de PCR multiplex, tendo a primeira detectado 100% dos casos de infecção por este microrganismo (45/45), enquanto que a segunda detectou apenas 71% (32/45) dos mesmos.

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Supernatant of boiled spleen saline-suspensions of Yersinia pestis experimentally infected animals were used as template for PCR amplification without DNA extraction. PCR sensitivity was enhanced by a second round of amplification (Nested). No amplification was observed from non-infected animals.

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We used a molecular method and demonstrated that treatment of the chronic human Trypanosoma cruzi infections with nitroderivatives did not lead to parasitological cure. Seventeen treated and 17 untreated chronic Chagas' disease patients, with at least two out of three positive serologic assays for the infection, and 17 control subjects formed the study groups. PCR assays with nested sets of T. cruzi DNA primers monitored the efficacy of treatment. The amplification products were hybridized to their complementary internal sequences. Untreated and treated Chagas' disease patients yielded PCR amplification products with T. cruzi nuclear DNA primers. Competitive PCR was conducted to determine the quantity of parasites in the blood and revealed < 1 to 75 T. cruzi/ml in untreated (means 25.83 ± 26.32) and < 1 to 36 T. cruzi/ml in treated (means 6.45 ± 9.28) Chagas' disease patients. The difference between the means was not statistically significant. These findings reveal a need for precise definition of the role of treatment of chronic Chagas' disease patients with nitrofuran and nitroimidazole compounds.

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This study evaluates the transmission of CMV infection in 120 children aged 1 to 15 years with Down syndrome who attended a day-care center for handicapped children in São Paulo, Brazil. A blood sample was obtained from each children at the beginning of the study for detection of IgG and IgM cytomegalovirus (CMV) antibodies by an immunofluorescence assay. Samples of saliva and urine were obtained every 3 months from the children with CMV antibodies to detect shedding of the virus by culture in human foreskin fibroblasts, by detection of pp65 CMV-antigen and by a nested PCR assay. The prevalence of anti CMV-IgG antibodies was 76.6% (92/120), and IgM anti-CMV antibodies were detected in 13% (12/92) of the seropositive children. During the first viral evaluation, CMV was detected in the urine and/or saliva in 39/90 (43.3%) of the seropositive children. In the second and third evaluations, CMV was detected in 41/89 (46%) and in 35/89 (39.3%) children, respectively. Detection of CMV was shown both in urine and saliva in 28/39 (71.8%), 19/41(46.3%) and 20/35 (57.1%) of the children excreting the virus, respectively. Additionally, in 33/49 (67.4%) of the excreters CMV could be demonstrated in urine or saliva in at least two out of the three virological evaluations carried out sequentially in a six month period. Of the 28 initially seronegative children, 26 were re-examined for anti-CMV IgG antibodies about 18 months after the negative sample; seroconversion was found in 10/26 (38.5%). Taking all 536 samples of urine or saliva examined by virus culture and pp65 antigen detection during the study into account, 159 (29.6%) were positive by virus culture and 59 (11%) gave a positive result with the pp65 assay. These data demonstrate the high prevalence of CMV shedding and the high risk of CMV infection in children with Down syndrome attending a day-care center for mentally handicapped patients. The virus culture was more sensitive than the pp65 CMV antigen assay for CMV detection in both urine and saliva samples.

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A total of 730 children aged less than 7 years, attending 8 day-care centers (DCCs) in Belém, Brazil were followed-up from January to December 1997 to investigate the occurrence of human-herpes virus 6 (HHV-6) infection in these institutional settings. Between October and December 1997 there have been outbreaks of a febrile- and -exanthematous disease, affecting at least 15-20% of children in each of the DCCs. Both serum- and- plasma samples were obtained from 401 (55%) of the 730 participating children for the detection of HHV-6 antibodies by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA), and viral DNA amplification through the nested-PCR. Recent HHV-6 infection was diagnosed in 63.8% (256/401) of them, as defined by the presence of both IgM and IgG-specific antibodies (IgM+/IgG+); of these, 114 (44.5%) were symptomatic and 142 (55.5%) had no symptoms (p = 0.03). A subgroup of 123 (30.7%) children were found to be IgM-/IgG+, whereas the remaining 22 (5.5%) children had neither IgM nor IgG HHV-6- antibodies (IgM-/IgG-). Of the 118 children reacting strongly IgM-positive ( > or = 30 PANBIO units), 26 (22.0%) were found to harbour the HHV-6 DNA, as demonstrated by nested-PCR. Taken the ELISA-IgM- and- nested PCR-positive results together, HHV-6 infection was shown to have occurred in 5 of the 8 DCCs under follow-up. Serological evidence of recent infections by Epstein-Barr virus (EBV) and parvovirus B19 were identified in 2.0% (8/401) and 1.5% (6/401) of the children, respectively. Our data provide strong evidence that HHV-6 is a common cause of outbreaks of febrile/exanthematous diseases among children attending DCCs in the Belém area.

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Trypanosoma cruzi (Schyzotrypanum, Chagas, 1909), and Chagas disease are endemic in captive-reared baboons at the Southwest Foundation for Biomedical Research, San Antonio, Texas. We obtained PCR amplification products from DNA extracted from sucking lice collected from the hair and skin of T. cruzi-infected baboons, with specific nested sets of primers for the protozoan kinetoplast DNA, and nuclear DNA. These products were hybridized to their complementary internal sequences. Selected sequences were cloned and sequencing established the presence of T. cruzi nuclear DNA, and minicircle kDNA. Competitive PCR with a kDNA set of primers determined the quantity of approximately 23.9 ± 18.2 T. cruzi per louse. This finding suggests that the louse may be a vector incidentally contributing to the dissemination of T. cruzi infection in the baboon colony.

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A total of 220 patients with arthropathy were selected in Belém, Pará between January 1994 and December 2000, and screened for the presence of human parvovirus B19 IgM and IgG antibodies by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). A subgroup (n = 132) of patients with high levels of antibodies (either IgM+/IgG+ or IgM-/IgG+) were examined for the presence of DNA by polymerase chain reaction/nested PCR. Recent/active infection (detection of IgM and/or IgG-specific antibodies and presence of viral DNA) was identified in 47.7% of the 132 individuals with arthropathy. In our study, women were significantly more affected (59.7%) than men (35.4%) (P = 0.0006). The age group of 11-20 years (84.6%), among female patients, and 21-30 years (42.1%), among male, were those with the highest incidence rates. The analysis of the temporal distribution of B19-associated arthropaties showed a cyclic pattern, with peak incidence rates occuring at 3-5 year intervals. Significant diference (P = 0.01) was observed when comparing both the highest (39.0%) and the lowest (11.0%) seropositivity rates for the years of 1995 and 2000, respectively. The interfalangial joints of hands and feet were mostly affected, with 50.0% and 48.0% of cases among both women and men, respectively. In a smaller proportion, other joints such as those of knee, ankle, pulse and shoulder were affected. As for the duration, symptoms lasted 1 to 5 days in 54.0% of the individuals, whereas in 46.0% of them the disease lasted 6-10 days, if considered the subgroup (n = 63) of patients with recent/active infection by parvovirus B19. In our study, joint clinical manifestations occurred symmetrically. Our results indicate that B19 may be an important agent of arthropathies in our region, and this underscores the need for specific laboratory diagnosis when treating patients suffering from acute arthropathy, mainly pregnant women.

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The most frequent pathway of vertical transmission of HTLV-I is breast-feeding, however bottle fed children may also become infected in a frequency varying from 4 to 14%. In these children the most probable routes of infection are transplacental or contamination in the birth canal. Forty-one bottle-fed children of HTLV-I seropositive mothers in ages varying from three to 39 months (average age of 11 months) were submitted to nested polymerase chain reaction analysis (pol and tax genes). 81.5% of the children were born by an elective cesarean section. No case of infection was detected. The absence of HTLV-I infection in these cases indicates that transmission by transplacental route may be very infrequent.

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This master’s thesis addresses the maintenance of pre-computed structures, which store a frequent or expensive query, for the nested bag data type in the high level work-flow language Pig Latin. This thesis defines a model suitable to accommodate incremental expressions over nested bags on Pig Latin. Afterwards, the partitioned normal form for sets is extended with further restrictions, in order to accommodate the nested bag model, allow the Pig Latin nest and unnest operators revert each other, and create a suitable environment to the incremental computations. Subsequently, the extended operators – extended union and extended difference – are defined for the nested bag data model with the partitioned normal form for bags (PNF Bag) restriction, and semantics for the extended operators are given. Finally, incremental data propagation expressions are proposed for the nest and unnest operators on the data model proposed with the PNF Bag restriction, and the proof of correctness is given.

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A high incidence of cytomegalovirus (CMV) infections is observed in Brazil. These viruses are causatives of significant morbidity and mortality among patients with advanced human immunodeficiency virus (HIV) infection. This work, shows the application of a PCR on determination of CMV load in the buffy coat and plasma. We analyzed the samples of 247 HIV infected patients in order to diagnose CMV infection and disease. We developed a semi-quantitative PCR that amplifies part of the glycoprotein B (gB) gene of CMV. The semi-quantitative PCR was carried out only in positive clinical samples in a qualitative PCR confirmed by a nested-PCR. CD4 lymphocyte count, HIV viral load and CMV disease symptom were correlated with CMV load. CMV genome was detected in the buffy coat of 82 of 237 (34.6%) patients, in 10 of these the CMV load was determined varying between 928 and 332 880 viral copies/mug DNA. None of these 237 patients developed any suggestive manifestation of CMV disease. For the other 10 HIV infected patients selected based on the suspicion of CMV disease, CMV genome was detected in only one case. This patient presented a high CMV load, 8 000 000 copies/mug DNA, and developed a disseminated form of CMV disease including hepatitis and retinitis. Our results were greatly influenced by the impact of the highly active antiretroviral therapy that reduced incidence of CMV viremia and occurrence of CMV disease in the HIV infected patients.

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A total of 323 patients with lymphadenopathy were selected in Belém, Brazil, between January 1996 and December 2001, and screened for the presence of human herpesvirus-6 (HHV-6) IgM- and- IgG antibodies by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). When seroprevalence is analyzed by gender, similar rates are found for female (60.6%) and male (55.7%) individuals. Seventy-seven (23.8%) patients were HHV-6-IgM-and- IgG-positive (IgM+ subgroup), with positivity rates of 29.7% and 17.7% (p = 0.0007) for female- and male individuals, respectively. Sera from a subgroup (n = 120) of these subjects, with high HHV-6 antibody levels (either IgM+ or IgG+ reactivities), were subsequently processed for the presence of HHV-6 DNA by polymerase chain reaction (PCR)/nested PCR. Active infections (IgM+ and/or IgG+ high levels specific antibodies plus detection of viral DNA) were diagnosed in 20/77 (20.0%) and 8/43 (18.6%); subgroup of the 120 individuals suspected of having HHV-6 suggestive recent infection. All (n = 28) cases of active infection were found to be associated with HHV-6 variant-A (HHV-6A), as detectable by PCR/nested PCR, using variant-specific primer that amplify regions of 195 base pairs (bp) (HHV-6A) and 423 bp (HHV-6B). Rates of HHV-6 DNA detection between female and male patients were similar (p > 0.05) in the IgM+ and IgG+ groups: 20.4% versus 35.7% and 25.0% versus 13.0%, respectively. HHV-6 DNA was detected across < 5 through 41-50-year age-groups for patients whose serum samples were IgM+, with rates ranging from 7.7% (female subjects aged < 5 years) to 80.0% (male, 11-20 years). Among patients whose serological status was IgG+, HHV-6 DNA was detected in < 5, 6-10, 21-30 and > 50 age-groups at rates that ranged from 15.4% (male, < 5 years of age) to 100.0% (female aged 11-20 years). Swelling cervical lymph nodes were the most common sign, accounting for 9 (32.0%) cases in each gender group. Among patients (n = 28) with active infection by HHV-6A variant, duration of symptoms lasted 1-5 days in 35.7% of subjects, whereas in 64.3% of them the disease lasted 6-20 days. Our data suggest that it is worth seeking for HHV-6 infection whenever a patient (infant or adult) presents with lymphadenopathy as a prominent symptom in the course of an acute febrile illness.

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Seroprevalence of HCMV in Costa Rica is greater than 95% in adults; primary infections occur early in life and is the most frequent congenital infection in newborns. The objectives of this study were to determine the genetic variability and genotypes of HCMV gB gene in Costa Rica. Samples were collected from alcoholics, pregnant women, blood donors, AIDS patients, hematology-oncology (HO) children and HCMV isolates from neonates with cytomegalic inclusion disease. A semi-nested PCR system was used to obtain a product of 293-296 bp of the gB gene to be analyzed by Single Stranded Conformational Polymorphism (SSCP) and sequencing to determine the genetic polymorphic pattern and genotypes, respectively. AIDS patients showed the highest polymorphic diversity with 14 different patterns while fifty-six percent of HO children samples showed the same polymorphic pattern, suggesting in this group a possible nosocomial infection. In neonates three genotypes (gB1, gB2 and gB3), were determined while AIDS patients and blood donors only showed one (gB2). Of all samples analyzed only genotypes gB1, 2 and 3 were determined, genotype gB2 was the most frequent (73%) and mixed infections were not detected. The results of the study indicate that SSCP could be an important tool to detect HCMV intra-hospital infections and suggests a need to include additional study populations to better determine the genotype diversity and prevalence.