999 resultados para Síndrome metabólica Mulheres
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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia da Síndrome Climatrica (SC) em mulheres de So Lus, Maranho, uma das regies menos desenvolvidas do Nordeste brasileiro.MTODOS: Estudo descritivo e exploratrio de corte transversal, tipo inqurito populacional domiciliar. Foram selecionadas 1.210 mulheres climatricas de 45 a 60 anos de idade em So Lus, Maranho, Brasil. As entrevistas foram aplicadas por meio de questionrios, no perodo de abril a julho de 2008, contendo variveis sociodemogrficas, status menopausal e intensidade dos sintomas climatricos (ndices circulatrio e psicolgico), sendo que para estes ltimos foi realizada a sua associao com os perodos pr e ps-menopausal. A tcnica de Anlise Correspondncia Mltipla (ACM) foi utilizada para avaliar a inter-relao entre os sintomas climatricos.RESULTADOS: A maioria das pacientes tinha entre 55 a 60 anos (35,3%), era de cor parda (37,9%), com 9 a 11 anos de escolaridade (39,8%), com parceiro (56%), catlica (73,9%) e de classe social C (51,1%). A prevalncia da SC foi de 85,9%, destacando-se fogachos (56,4%) e sudorese (50,4%) como os sintomas vasomotores mais prevalentes. Os sintomas psicolgicos mais frequentes foram nervosismo (45%) e irritabilidade (44,8%). Houve predomnio do ressecamento vaginal (62,7%) como a queixa urogenital mais prevalente. A intensidade dos sintomas vasomotores e psicolgicos foi significativamente mais elevada nas fases de peri e ps-menopausa (p<0,05).CONCLUSO: A prevalncia da SC foi elevada em mulheres dessa cidade do Nordeste do Brasil.
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OBJETIVO:Avaliar a presena de calcificaes arteriais em mamografias de mulheres menopausadas e a sua associao com fatores de risco para doenas cardiovasculares.MTODOS:Trata-se de um estudo de corte transversal e retrospectivo, em que foram analisados as mamografias e os pronturios mdicos de 197 pacientes atendidas no perodo entre 2004 e 2005. As variveis do estudo foram: calcificao arterial mamria, acidente vascular cerebral, síndrome coronariana aguda, idade, obesidade, diabetes mellitus, tabagismo e hipertenso arterial sistmica. Para a anlise estatstica dos dados, utilizaram-se os testes de Mann-Whitney, χ2 e Cochran-Armitage, sendo tambm avaliadas as razes de prevalncia entre as variveis descritas e calcificao arterial mamria. Os dados foram analisados com o software SAS, verso 9.1.RESULTADOS:Dos 197 exames e pronturios analisados, observou-se a prevalncia de 36,6% para calcificaes arteriais nas mamografias. Entre os fatores de risco para doena cardiovascular avaliados, os mais frequentes foram: hipertenso (56,4%), obesidade (31,9%), tabagismo (15,2%) e diabetes (14,7%). A síndrome coronariana aguda e o acidente vascular cerebral tiveram prevalncias de 5,6 e 2,0% respectivamente. Entre as mamografias de mulheres diabticas, a maior ocorrncia foi de calcificao arterial mamria com razo de prevalncia de 2,1 (IC95%1,0-4,1) e valor p de 0,02. Por outro lado, nas mamografias de pacientes fumantes, foi menor a ocorrncia de calcificao arterial mamria com razo de prevalncia de 0,3 (IC95% 0,1-0,8). Hipertenso arterial sistmica, obesidade, diabetes mellitus, acidente vascular cerebral e síndrome coronariana aguda no apresentaram associao significativa com calcificaes mamrias.CONCLUSO:A ocorrncia de calcificao arterial mamria foi associada ao diabetes mellitus e mostrou associao negativa com o tabagismo. A presena de calcificao revelou-se independente dos demais fatores de risco para doena cardiovascular analisados.
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OBJETIVO: Investigar a influncia de anticoncepcionais hormonais (ACH) orais em indicadores bioqumicos relacionados utilizao metabólica e distribuio de zinco e ao turnover sseo em mulheres adultas jovens.MTODOS: Estudo transversal. Amostras de sangue e urina de no usurias (-ACH; controle; n=69) e usurias h pelo menos trs meses de contraceptivos hormonais orais (+ACH; n=62) foram coletadas em condies padronizadas. Foram analisados os indicadores de homeostase de zinco e de turnoversseo em soro ou plasma (zinco total e nas fraes de albumina e α2-macroglobulina, albumina e atividade de fosfatase alcalina total e de origem ssea), em eritrcitos (zinco e metalotionena) e em urina (zinco, clcio e hidroxiprolina). Ingestes habituais de zinco e clcio foram avaliadas por questionrio de frequncia de consumo.RESULTADOS: A ingesto alimentar de zinco foi semelhante nos grupos e, em mdia, acima do recomendado, enquanto que a ingesto de clcio foi similarmente subadequada em +ACH e -ACH. Comparadas s controles, as +ACH apresentaram menores concentraes de zinco em soro, total e ligado α2-macroglobulina (11 e 28,5%, respectivamente, p<0,001); albumina em soro (13%, p<0,001); atividade de fosfatase alcalina em plasma, total e de origem ssea (13 e 18%, respectivamente, p<0,05); metalotionena em eritrcitos (13%, p<0,01) e zinco urinrio (34%, p<0,05).CONCLUSES: O uso de ACH reduz o zinco srico, altera a distribuio de zinco nas principais protenas ligantes do soro com possveis efeitos na captao tecidual, aumenta a reteno de zinco no organismo e reduz o turnover sseo. O uso prolongado de ACH poderia levar a menor pico de massa ssea e/ou prejudicar a manuteno de massa ssea em mulheres jovens, principalmente com ingesto marginal de clcio. Os efeitos de ACH verificados foram mais evidentes nas mulheres <25 anos de idade e nas nulparas, as quais merecem especial ateno em estudos posteriores.
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A síndrome do cabrito mole (Floppy Kid) uma doena aguda, de causa desconhecida que afeta cabritos com 3 a 10 dias de idade. Caracteriza-se clinicamente por depresso profunda, paralisia flcida, dilatao do abdome e acidose metabólica, sem desidratao (acidose paradoxal). Foi descrita pela primeira vez nos EUA em 1987 e, posteriormente, no Canad e diversos pases da Europa (Tremblay et al. 1991, Meier 2002). Este trabalho tem o objetivo de divulgar as caractersticas da doena, que j foi diagnosticada na Paraba, e provavelmente ocorra em outras regies do Brasil, para que os veterinrios e pesquisadores possam reconhec-la e fornecer informaes para contribuir ao esclarecimento dos aspectos etiolgicos e patognicos da mesma. Adicionalmente, so descritos a epidemiologia, os sinais clnicos e a patologia de quatro surtos da síndrome do cabrito mole em Paraba.
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OBJETIVO: Avaliar o efeito da correo da acidose metabólica no estado nutricional de pacientes em hemodilise. MTODOS: Foram estudados, durante seis meses, 20 pacientes com acidose metabólica, definida pela mdia de trs mensuraes de bicarbonato srico pr-dilise < 22 mEq/L. Os pacientes dialisavam h, pelo menos, seis meses, utilizando bicarbonato de 35 mEq/L no dialisato. A correo da acidose metabólica foi feita mediante elevao do bicarbonato no dialisato para valores que no ultrapassaram 40 mEq/L, objetivando um bicarbonato srico entre 22-26 mEq/L. Foram avaliados no incio e no final do estudo: avaliao antropomtrica, diettica, bioqumica e Avaliao Subjetiva Global (ASG). RESULTADOS: A avaliao nutricional na fase inicial do estudo demonstrou ndice de massa corporal normal (24,23 3,83 kg/m). A circunferncia muscular do brao, a prega cutnea tricipital e a ASG classificaram homens e mulheres como desnutridos. Os consumos de calorias e protenas foram 29,7 10,1 kcal/kg/dia e 1,31 0,35 g/kg/dia, respectivamente. A avaliao bioqumica observou albumina srica normal e colesterol reduzido. Aps correo, bicarbonato srico e pH aumentaram de 18,2 1,64 para 22 1,70 (p < 0,001), e de 7,32 0,45 para 7,37 0,41 (p < 0,001), respectivamente. Houve melhora da ASG (21,7 6,4 versus 16,8 6,6, p < 0,001) e aumento na ingesto calrica (1.892,61 454,30 versus 2.110,30 869,24, p < 0,05). CONCLUSO: A suplementao de bicarbonato na soluo de hemodilise foi mtodo efetivo para a correo da acidose metabólica, determinando aumento da ingesto calrica e melhora nos escores da ASG.
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INTRODUO: A síndrome de Lowe, ou distrofia oculocerebrorrenal (OCRL), tem herana recessiva ligada ao cromossomo X. Apresenta-se com catarata, glaucoma, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), dficit cognitivo e síndrome de Fanconi. OBJETIVO: Descrever a evoluo de cinco pacientes peditricos atendidos no ambulatrio de tubulopatias do Departamento de Nefrologia Peditrica da Universidade Federal de So Paulo-Escola Paulista de Medicina Unifesp (Unifesp-EPM). MTODOS: Estudo retrospectivo de cinco pacientes masculinos atendidos no ambulatrio de tubulopatias. RESULTADOS: A mdia de idade na primeira consulta foi de 76,5 meses; o tempo mdio de acompanhamento, de 30,5 meses (mnimo de 8 meses e mximo de 53 meses). Os sintomas e os sinais clnicos incluram catarata e nistagmo. Atraso no DNPM e dficit de peso e de estatura estiveram presentes em todos os casos, bem como poliria, polidipsia, constipao, acidose metabólica, fosfatria, bicarbonatria, proteinria, hipercalciria e hiperuricosria. Nefrocalcinose foi identificada em um paciente; litase renal, em trs; e reduo do tamanho renal, em dois. Fraturas patolgicas e raquitismo foram observados em dois pacientes; rarefao ssea e atraso na idade ssea, em todos os pacientes. Um deles apresentou reduo no ritmo de filtrao glomerular. Terapeuticamente, todos receberam lcalis, fsforo e reposio com vitamina D, alm de orientao diettica para suas necessidades. CONCLUSO: Este estudo preconiza a necessidade do diagnstico precoce e do acompanhamento mdico e nutricional desses pacientes para evitar complicaes relacionadas com distrbios metablicos.
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ResumoA síndrome de Gitelman (SG) uma forma rara de nefropatia autossmica recessiva perdedora de sal, caracterizada classicamente por hipocalemia, hipomagnesemia, hipocalciria, alcalose metabólica e presso arterial baixa. Fadiga, fraqueza muscular e paralisia muscular esto entre seus sintomas mais comuns. Alm dos distrbios eletrolticos tpicos, outros achados laboratoriais incluem a hiperreninemia e o hiperaldosterismo secundrio. Nefrocalcinose bilateral pode ocorrer. O tratamento consiste basicamente na reposio de potssio e uso de antagonistas da aldosterona. A melhor abordagem para gestantes portadoras de SG ainda est por ser definida. Entretanto, enfatiza-se a necessidade de suplementao dos ons, o controle do peso como ferramenta clnica de avaliao do balano hdrico e a monitorizao frequente do feto e dos nveis de lquido amnitico. O risco cirrgico associado cesariana em paciente com SG no est definido. Apesar dos riscos associados s crises sintomticas de hipocalemia/hipomagnesemia, a SG apresenta bom prognstico quando adequadamente tratada. A gravidez impe a necessidade de controle mais intenso da doena, mas apresenta bom prognstico para o binmio materno-fetal.
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Resumo Introduo: A síndrome nefrite tubulointersticial e uvete (síndrome TINU) uma entidade clnica incomum e a maioria dos pacientes so adolescentes e mulheres jovens. O caso relatado a seguir refere-se a uma paciente idosa com manifestaes oftalmolgicas que antecederam s renais, sendo provavelmente o primeiro caso descrito no Brasil. Relato de Caso: Paciente feminina, 60 anos, procurou atendimento mdico por queixa de "olhos vermelhos". Trs meses aps o primeiro episdio do quadro ocular, a paciente cursou com sintomas sistmicos e disfuno renal. A bipsia renal evidenciou nefrite tubulointersticial com sinais de atividade. Discusso: A fisiopatologia da síndrome TINU permanece pouco entendida, provavelmente envolvendo a imunidade celular e humoral. Essa síndrome pode ser diferenciada de condies sistmicas associadas uvete e nefrite, sendo necessria a excluso de outras doenas antes de se confirmar seu diagnstico, especialmente na presena de achados oftalmolgicos. Concluso: A suspeio clnica e o conhecimento do manejo desta patologia por nefrologistas, internistas e oftalmologistas so mandatrios no tratamento do paciente com Síndrome TINU.
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A síndrome do Ovrio Poliqustico (SOP) uma doena endcrina, que se desenvolve nas mulheres em idade reprodutiva. A sua etiologia ainda no est bem esclarecida, pelo que necessrio desenvolver mais estudos neste mbito. Esta doena tem vrias implicaes na mulher, a nvel fisiolgico, psicolgico e socioeconmico, afetando a sua qualidade de vida. As manifestaes clnicas que caracterizam a SOP so a acne, o hirsutismo, a infertilidade, a anovulao, ovrios poliqusticos e hiperandrogenia. O tratamento consiste, principalmente, por tratar as alteraes hormonais a que a mulher fica sujeita, reduzindo os nveis de andrognio, no rgo feminino. No entanto, a teraputica utilizada tambm eficaz no tratamento das implicaes metabólicas e psicolgicas, como a resistncia insulina e a depresso e ansiedade.
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O Burnout, ou Síndrome de Exausto, conhecido desde que surgiram os estudos iniciais acerca deste fenmeno como um estado de esgotamento fsico e mental cuja causa est intimamente ligada vida Profissional (Freudenberger, 1976). O objetivo desta dissertao foi o estudo da relao entre o Burnout e Desporto. um estudo de carcter exploratrio, que visa comparar os resultados ao nvel da prtica de atividade fsica no geral, excluindo o desporto federado e de alta competio, e da relao com nveis de Burnout, sendo apresentado um estudo relativo s variveis sociodemogrficas. A amostra de convenincia, 144 homens e mulheres, entre os 18 e os 64 anos, Pessoalmente ativos, de vrias categorias profissionais. Foram aplicados o Maslach Burnout Inventory General Survey (MBI - GS), para recolha de dados acerca dos ndices de Burnout, e um questionrio sociodemogrfico para caraterizar a amostra e seus hbitos desportivos. A aplicao dos questionrios e recolha de dados foi feita online, durante o ms de maio do corrente ano.Os resultados indicam que existe relao, eventualmente condicionante, entre os nveis de Burnout e prtica de atividade fsica e que esta relao apresenta variaes em funo de variveis sociodemogrficas; indicam que os nveis de Burnout variam de acordo com o tipo de atividade fsica; e indicam uma diferena explcita de variao de nveis de Burnout, em funo do gnero. Foram retiradas implicaes para os processos de preveno e interveno na síndrome de Burnout.
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Resumo no disponvel.
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A insuficincia renal crnica (IRC) uma síndrome caracterizada pela perda geralmente progressiva e irreversvel da funo renal. O tratamento da IRC terminal envolve alguma forma de dilise ou transplante renal. O objetivo deste estudo foi avaliar a repercusso de uma sesso de hemodilise (HD) na funo pulmonar e estresse oxidativo de doentes renais crnicos. Foram estudados 33 pacientes, 17 mulheres e 16 homens com mdia de idade 42,76 14,25 anos, que realizavam HD na Unidade de Nefrologia do Hospital de Clnicas de Porto Alegre. Para participar do estudo, os pacientes no podiam apresentar doena pulmonar de base e nenhum episdio respiratrio nos seis meses que o antecederam. A avaliao respiratria deu-se atravs de exames de espirometria, manovacuometria, oximetria e gasometria, realizados antes e aps uma sesso de HD. As variveis espiromtricas foram analisadas em percentagens de valores de referncia em substituio a valores absolutos com o objetivo de eliminar efeitos de idade, altura e sexo. A capacidade vital forada (CVF), o volume expiratrio forado no primeiro segundo (VEF1) e o pico de fluxo expiratrio (PFE) apresentaram um aumento significativo aps sesso de HD. O fluxo expiratrio forado, 25 a 75% da manobra de capacidade vital forada (FEF25-75%), tambm apresentou melhora aps HD, porm, esta no foi estatisticamente significativa O aumento observado nas variveis espiromtricas se refletiu numa variao nos laudos espiromtricos em 27% dos pacientes, ocorrendo principalmente naqueles que apresentavam quadro de distrbio ventilatrio restritivo. Houve um aumento significativo no nmero de espirometrias normais, passando de 12 (37%) para 17 (52%). A manovacuometria foi utilizada para medir a fora muscular respiratria e os dados foram analisados em percentagens de valores previstos. A fora muscular inspiratria e expiratria, medida pela presso inspiratria mxima (PImx) e presso expiratria mxima (PEmx) respectivamente, apresentaram aumento significativo. A oximetria no acompanhou as variveis espiromtricas e fora muscular respiratria, permanecendo inalterada aps HD. Isso pode ser explicado pelos resultados encontrados na gasometria, aps HD houve um aumento substancial no pH e nos nveis de bicarbonato, caracterizando um quadro de alcalose metabólica. Observou-se tambm queda na presso parcial de oxignio e aumento na presso parcial de dixido de carbono, provavelmente na tentativa de restabelecer o valor do pH Assim, constatou-se que, mesmo sem apresentar sintomas respiratrios, pacientes renais crnicos, na maioria das vezes, apresentam alterao na funo pulmonar que melhora aps tratamento com HD. Dos 33 pacientes avaliados do ponto de vista respiratrio, 17 foram selecionados para anlise de estresse oxidativo. Utilizaram-se como critrios de excluso, pacientes com doenas hepticas, processos inflamatrios crnicos, doena cardaca conhecida, tabagistas e alcoolistas. Como no existem valores de referncia para estresse oxidativo, 18 indivduos saudveis e no fumantes formaram o grupo controle. A lipoperoxidao (LPO) em eritrcitos foi medida por quimiluminescncia (QL). Os doentes renais crnicos apresentaram nveis expressivamente maiores que os controles, que permaneceram os mesmos aps uma sesso de HD. O dano s protenas no plasma observado atravs da tcnica das carbonilas, no mostrou variao relevante aps sesso de HD, e os nveis apresentados pelos pacientes foram significativamente superiores aos observados nos controles. Nos eritrcitos, o sistema antioxidante enzimtico, foi verificado atravs da atividade das enzimas superxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). Ambas apresentaram o mesmo perfil: atividade consideravelmente diminuda quando comparada com controles, no modificando aps uma sesso de HD. No plasma, a capacidade antioxidante total (TRAP), foi muito superior nos pacientes quando comparados aos controles, com importante reduo aps sesso de HD Analisou-se tambm o metabolismo do xido ntrico (NO) atravs de seus metablitos: nitritos e nitratos. Os nitritos mostraram-se expressivamente aumentados nos doentes renais, e ainda mais aps sesso de HD. Os nitratos quando comparados aos controles, apresentaram valor semelhante. Seus nveis aumentaram aps tratamento, porm, de forma estatisticamente irrelevante. Portanto, aps HD, houve incremento no estresse oxidativo caracterizado por elevao nos nveis de nitritos e reduo do TRAP, apesar do dano a lipdios e protenas no ter aumentado neste tempo de avaliao.
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A prolactina (PRL) um hormnio peptdico sintetizado e secretado, principalmente, pelas clulas lactotrficas da glndula hipfise anterior, tendo como principal funo a induo e manuteno da lactao. Existem trs formas moleculares de PRL na circulao: PRL monomrica (little prolactin) com massa molecular de cerca de 23KDa, PRL dimrica (big prolactin) com 45 a 50KDa, e macroprolactina (big big prolactin) maior do que 150KDa. Esta ltima est geralmente ligada a imunoglobulinas G. Em condies normais, ou em pacientes com hiperprolactinemia sintomtica, predomina em circulao a forma monomrica. A hiperprolactinemia uma das disfunes endcrinas hipotlamo-hipofisrias mais comuns em mulheres em idade reprodutiva. Ocorre mais freqentemente por adenomas hipofisrios (prolactinomas) e secundria ao uso de drogas com ao central. Na ausncia de causas conhecidas, a hiperprolactinemia considerada como idioptica. Finalmente, pode estar associada ao predomnio de macroprolactina no soro, sendo denominada macroprolactinemia. A suspeita de macroprolactinemia ocorre quando um paciente com hiperprolactinemia no apresenta os sintomas tpicos e/ou no tem evidncias radiogrficas de tumor na hipfise, embora a macroprolactinemia possa estar ocasionalmente associada a prolactinomas. Os objetivos deste trabalho foram: avaliar a freqncia de macroprolactinemia, atravs da precipitao com PEG, numa amostra de mulheres com hiperprolactinemia; descrever associaes da macroprolactinemia com variveis clnicas, hormonais e de imagem da hipfise; e caracterizar a evoluo clnica e dos nveis de prolactina durante o seguimento desta coorte. Realizou-se um estudo descritivo, onde foi estudada uma coorte de pacientes do sexo feminino (n = 32), consultando no HCPA de 1989 a 2005, com diagnstico de hiperprolactinemia (>26ng/mL) e seguimento com agonistas da dopamina. Aps um perodo de 3 meses sem tratamento (washout), as pacientes dosaram prolactina para investigao dos nveis sricos e presena de macroprolactina, e foram classificadas como aquelas que normalizaram os nveis sricos de prolactina durante estes anos de seguimento (Grupo Hprl prvia) e as que continuaram hiperprolactinmicas. Estas foram reclassificadas como grupo de hiperprolactinmicas cuja forma circulante predominante a prolactina monomrica (Grupo Hprl mono) e o grupo de hiperprolactinmicas com predominncia de macroprolactina (Grupo Hprl macro). O percentual de macroprolactina foi calculado atravs dos valores de PRL totais obtidos das amostras ntegras em comparao com os nveis de PRL encontrados nas amostras precipitadas com PEG. Recuperaes de prolactina monomrica > 50% classificaram a amostra como tendo predomnio de formas monomricas, o percentual de recuperao 40% foi considerado como predomnio de formas de alto peso molecular (macroprolactinemia), e recuperao entre 40 e 50% indicou indefinio da forma predominante de PRL. A freqncia de macroprolactina foi de 28,1% (n = 32). Pacientes hiperprolactinmicas com macroprolactinemia so significativamente mais jovens do que as hiperprolactinmicas com a forma monomrica. Como esperado, tanto as pacientes do grupo Hprl macro como Hprl mono apresentam nveis de prolactina significativamente mais elevados que as pacientes Hprl prvia. Atravs do mtodo de precipitao com PEG, identificou-se a forma predominante de prolactina na circulao em 71,8% dos casos (n = 32). Verificamos ainda que as pacientes com predominncia de macroprolactina no apresentam os sintomas da síndrome hiperprolactinmica, e na maioria dos casos, possuem exames de imagem por TC normal.
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A Síndrome do lcool Fetal (SAF) se refere a um conjunto de malformaes que podem estar presentes em crianas, filhas de mes que consumiram bebida alcolica durante a gestao. Esta síndrome apresenta um conjunto distinto de anomalias onde as mais freqentes so fissura palpebral estreita, lbio superior fino, filtro liso, restrio de crescimento e anomalias do sistema nervoso central. A exposio pr-natal ao lcool pode trazer srias conseqncias que permanecem a vida toda. Sua incidncia, nos Estados Unidos, chega a 1 em cada 100 nascimentos, mas esta estimativa varia de pas para pas devido a diferenas culturais, genticas e do mtodo de avaliao. O crebro o rgo mais vulnervel do corpo aos efeitos da exposio pr-natal ao lcool. O dano causado ao sistema nervoso central por tal exposio resulta em danos neurolgicos permanentes, incluindo anomalias de comportamento e atraso de desenvolvimento. A reduo no intelecto a manifestao comportamental mais comum observada do dano causado ao sistema nervoso central. Apesar disto, o dficit de comportamento social est se tornando uma seqela frequentemente encontrada em indivduos expostos. Recentemente, vrios estudos tm sugerido que crianas com SAF apresentam dificuldades emocionais e comportamentais que podem levar a uma srie de problemas secundrios. Este estudo tem como objetivo avaliar o consumo de lcool materno durante a gestao e verificar a presena de sinais relacionados SAF em adolescente e jovem adultos, de escolas pblicas, e comparar com uma amostra de indivduos institucionalizados. Tambm, analisar fatores de risco ambiental que possam estar relacionados com o comportamento antisocial observado nestes adolescentes. Cento e quarenta e cinco estudantes (controles) e 262 adolescentes da Fundao de Atendimento Scio-Edudativo - FASE (probandos) foram avaliados em relao a caractersticas maternas, histria familiar, consumo materno de lcool durante a gestao, exame fsico e teste de QI. Quase 40% dos controles e 49% dos probandos tiveram exposio pr-natal ao lcool. Todas as anlises estatsticas foram feitas comparando as variveis previamente citadas com a quantidade de ingesta materna de lcool durante a gestao: nenhuma, espordica e muita. Entre os estudantes, no encontramos diferenas significantes nas caractersticas gestacionais e de ambiente familiar quando comparadas entre os padres de consumo materno de lcool. No que diz respeito aos sinais fsicos da SAF, as seguintes medidas foram estatisticamente diferentes: permetro ceflico e fissura palpebral. Em relao aos adolescentes institucionalizados, diferenas foram encontradas entre as caractersticas de ambiente familiar: no amamentar mais comum entre as mulheres que bebem, bem como ter um membro da famlia condenado ou preso. A violncia domstica, criminalidade familiar, abuso infantil e alcoolismo familiar so as quatro variveis que predizem o uso de lcool durante a gestao. Quando comparamos ambos os grupos juntos como uma nica amostra constatou-se que algumas caractersticas do ambiente familiar eram muito importantes, como criminalidade familiar e abuso infantil; as medidas antropomtricas no foram diferiram entre expostos e no expostos, exceto pelo permetro ceflico. Estas particularidades do ambiente familiar esto influenciando o comportamento anti-social de modo a tornar os efeitos do consumo materno de lcool menos evidente entre os caracteres fsicos. Mesmo assim, todos os indivduos com sinais de SAF mostraram caractersticas similares: crescimento e desenvolvimento pobre, algumas dismorfias faciais e baixo escore no teste de QI.