932 resultados para Duplo (Literatura) História


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No romance O Idiota, Dostoivski cria, por meio do prncipe Mchkin, uma personagem com as caractersticas do Cristo. Sabe-se que a Bblia, principalmente o Novo Testamento, acompanhou o escritor desde sua infncia at o momento de sua morte. O primeiro captulo, dedicado ao referencial terico da pesquisa, lida com o universo da linguagem. Tanto o texto literrio quanto a literatura bblica procedem do mito. Neste sen-tido, religio e literatura se tocam e se aproximam. O segundo captulo foi escrito na inteno de mostrar como o Cristo e os Evangelhos so temas, motivos e imagens recorrentes na obra de Dostoivski. A literatura bblica est presente, com mais ou menos intensidade, em diversas das principais obras do escritor russo e no somente em O Idiota. A hiptese de que Dostoivski cria um Cristo e um Evangelho por meio de O Idiota demonstrada na anlise do romance, no terceiro captulo. A tese proposta : Dostoivski desenvolve um evangelho literrio, por meio de Mchkin, misto de um Cristo russo, ao mesmo tempo divino e humano, mas tambm idiota e quixotesco. Na dinmica intertextual entre os Evangelhos bblicos e O Idiota, entre Cristo e Mchkin, a literatura e o sagrado se revelam, como uma presena divina. Nas cenas e na estruturao do enredo que compe o romance, Cristo se manifesta nas aes de Mchkin, na luz, na beleza, mas tambm na tragicidade de uma trajetria deslocada e antinmica. O amor e a compaixo ganham forma e vida na presen-a do prncipe, vazio de si, servo de todos.

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A Administrao Financeira surge no incio do sculo XIX juntamente com o movimento de consolidao das grandes empresas e a formao dos mercados nacionais americano enquanto que no Brasil os primeiros estudos ocorrem a partir da segunda metade do sculo XX. Desde entoo pas conseguiu consolidar alguns centros de excelncia em pesquisa, formar grupo significativo de pesquisadores seniores e expandir as reas de pesquisa no campo, contudo, ainda so poucos os trabalhos que buscam retratar as caractersticas da produtividade cientfica em Finanas. Buscando contribuir para a melhor compreenso do comportamento produtivo dessa rea a presente pesquisa estuda sua produo cientfica, materializada na forma de artigos digitais, publicados em 24 conceituados peridicos nacionais classificados nos estratos Qualis/CAPES A2, B1 e B2 da rea de Administrao, Cincias Contbeis e Turismo. Para tanto so aplicadas a Lei de Bradford, Lei do Elitismo de Price e Lei de Lotka. Pela Lei de Bradford so identificadas trs zonas de produtividade sendo o ncleo formado por trs revistas, estando uma delas classificada no estrato Qualis/CAPES B2, o que evidencia a limitao de um recorte tendo como nico critrio a classificao Qualis/CAPES. Para a Lei do Elitismo de Price, seja pela contagem direta ou completa, no identificamos comportamento de uma elite semelhante ao apontado pela teoria e que conta com grande nmero de autores com apenas uma publicao.Aplicando-se o modelo do Poder Inverso Generalizado, calculado por Mnimos Quadrados Ordinrios (MQO), verificamos que produtividade dos pesquisadores, quando feita pela contagem direta, se adequa quela definida pela Lei de Lotka ao nvel de = 0,01 de significncia, contudo, pela contagem completa no podemos confirmar a hiptese de homogeneidade das distribuies, alm do fato de que nas duas contagens a produtividade analisada pelo parmetro n maior que 2 e, portanto, a produtividade do pesquisadores de finanas menor que a defendida pela teoria.

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Un dels aspectes ms desconeguts de la trajectria de Jaume Cabr com a escriptor s el seu inters per la literatura infantil i juvenil. Si b la dedicaci a aquest gnere consta noms de quatre obres (les novelles Galceran, lheroi de la guerra negra, La histria que en Roc Pons no coneixia i Lhome de Sau; i la nouvelle Lany del Blauet) editades entre 1978 i 1984, els textos que en resulten mostren una gran similitud, tant pel que fa al tema com a lestructura, amb la narrativa escrita per a adults, cosa que evidencia la coherncia del mn literari creat per lautor.

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Dissertao apresentada Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politcnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Mestre em Msica rea de Especializao em Piano.

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Esta dissertao tem por foco apresentar o mtodo hermenutico tipolgico como ferramenta proposta para compreender a leitura realizada pelo evangelho de Mateus 4.15-16 da profecia de Isaas 8.23 9.1 [TM]. O texto receber ateno a partir do Texto Massortico e da Septuaginta, sempre em comparao com o texto grego de Mateus. Por conseguinte, o contexto judaico do primeiro sculo ser estudado para compreender mais amplamente o ambiente em que o evangelista possivelmente se encontrava para escrever o seu evangelho. As tcnicas de interpretao contempladas em paralelo com a tipologia, consideradas de maior importncia para este trabalho so: trs tcnicas rabnicas, isto , pesher, midrah e gezerah shavah, e outras trs tcnicas de interpretao eminentemente crists, isto , duplo-cumprimento, o sensus plenior e a tipologia. Por fim, o estudo comparativo do judasmo do primeiro sculo e das tcnicas de interpretao resultar na escolha da interpretao tipolgica, mas sem um radical rompimento com as demais escolas, pelo contrrio, conflitando com alguns apontamentos dos Rolos do Mar Morto e seu apocalipticismo. A interpretao tipolgica se ocupar com as semelhanas entre o texto veterotestamentrio e o neotestamentrio, bem como semelhanas que poderiam compor um cenrio mais abrangente. Sero considerados trs temas comuns dos dois textos que estabelecem um vnculo entre ambos, ou seja, a geografia, os gentios e a interpretao da luz.

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A Epstola aos Hebreus apresenta j em seus primeiros versos Jesus Cristo assentado destra de Deus (Hebreus 1,1-4). Assim, desde o princpio a Carta aos Hebreus revela a estratgia de seu autor ao expressar Jesus Cristo em termos honrosos. Tais indcios sugerem o meio ambiente cultural tpico do mundo mediterrneo do sculo I E.C., em que honra e vergonha exerciam uma funo piv nessa sociedade. A estratgia de Hebreus apresenta a dignidade de Jesus Cristo e sustenta o controle social de seus leitores diante de uma eminente evaso do grupo religioso. Para isso, o autor de Hebreus lana mo de tradies angelolgicas amplamente conhecidas do entorno religioso judaico do perodo do segundo templo. Caracterizam principalmente essas tradies elementos gloriosos desenvolvidos pela religio judaica (anjos, figuras hipostticas, Melquisedec), que contriburam para a confisso do Cristo exaltado de Hebreus. Fazemos um estudo da História das Religies Comparadas das figuras mediadoras nos escritos do AT e da literatura pseudepgrafa, entendendo que essas figuras foram adquirindo cada vez mais caractersticas divinizadas possibilitando a elaborao da Cristologia angelomrfica de Hebreus 1.1-14; 2.5-18; 7.1-10. Alm disso, uma aproximao scio-retrica Hebreus garante resultados mais claros no que diz respeito estratgia pretendida por seu autor.

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A ideia de um protestantismo rural caracterizada pela relao dos crentes com o ldico e a familiaridade com o sagrado. Este tipo protestante tupiniquim, genuinamente brasileiro, se desenvolveu em locais de pouca ou nenhuma resistncia por parte do catolicismo, religio hegemnica no contexto brasileiro, fator que possibilitou arranjos e rearranjos que o diferenciam do protestantismo dito oficial. Esta pesquisa procura, pois, identificar algumas caractersticas deste protestantismo rural, principalmente sua interao com as culturas populares tradicionais no contexto fundante da Igreja Presbiteriana de Cabeceira Grande-MG. Atravs da metodologia de pesquisa em história oral e micro-história, o foco do estudo ser aproximado vida de duas importantes figuras que se destacaram neste contexto: o lavrador Manoel Moises e a parteira Me Bela. Manoel Moises, pioneiro protestante, chega regio em 1947, trazendo a sua mudana em um carro de bois. A origem da Igreja Presbiteriana em Cabeceira Grande deve-se s atividades deste pregador leigo e autnomo. Posteriormente, a comunidade j formada recebe a visita de pastores vinculados s Agncias Missionrias estrangeiras atuantes na regio. Assim como Manoel Moises referncia constante nas memrias locais, Me Bela, uma das primeiras convertidas ao protestantismo naquele lugar, tambm lembrada por sua atuao como parteira e pelos seus conhecimentos da medicina tradicional, articulados com o imaginrio religioso local. Me Bela tambm foi a doadora do terreno em que foi construdo o templo da Igreja Presbiteriana, inaugurado em 1970.

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O tema viagem celestial , bem familiar ao mundo mediterrneo antigo fundamenta-se na crena de que o visionrio pode cruzar a fronteira entre a humanidade e a divindade, uma caracterstica constante na literatura apocalptica. O misticismo judaico antigo era visto como uma importante dimenso dessa tradio, razo pela qual os msticos usaram o termo apocalipse para descrever a revelao de suas experincias. A ascenso de Paulo ao cu, recontada em 2 Cor 12,1-10, o nico relato de primeira mo e a melhor evidncia para a prtica exttica de viagem celestial no judasmo do primeiro sculo. De grande interesse nos estudos do Novo Testamento o texto tem sido abordado em forma temtica que se estende desde o reconhecimento do apstolo como agradvel divindade o que lhe rendeu tal feito herico a uma experincia de punio pelos guardies dos portes celestiais por no ter sido encontrado nele mrito para aproximar-se do lugar da presena de Deus. Por muito tempo os estudos que predominavam na academia eram os de aspectos teolgicos da passagem, tais como o espinho na carne , a misso apostlica , os oponentes de Paulo , entre outros. A linguagem da passagem revela pontos importantes no considerados de forma conjunta para uma interpretao coerente do texto. O uso por parte do apstolo de expresses do crculo mstico-apocalptico judaico, tais como foi arrebatado , Terceiro Cu , ouviu palavras inefveis e um espinho na carne precisa ser investigado para a compreenso do que Paulo tinha em mente ao utilizar tais terminologias. Outro problema a omisso do enfoque experimental descrito na passagem. O apstolo revela que vivenciou tal experincia recontada em 2 Cor 12,1-10. Ao relatar o desconhecimento do status do seu corpo durante a ascenso ele evidencia sinais do estado alterado de conscincia, aspecto no considerado nas anlises tradicionais do texto. Esses problemas que so abordados nesta tese tomam como instrumentos da anlise a História da Religio e o da Neuroteologia. Modelos foram construdos tentando demonstrar uma correlao entre a atividade cerebral e a experincia mstica. H que se destacar, nesse sentido, que o surgimento da neuroteologia ou neurologia espiritual constitui-se em um avano na rea da experincia religiosa. Pontos de difcil interpretao no texto paulino foram elucidados dentro dessa perspectiva. A proposta deste trabalho, portanto, foi construir um quadro contextual em que a experincia exttica de Paulo pudesse ser analisada. O estudo possibilitou inferir que a abordagem interdisciplinar permite alcanar um cenrio mais apropriado para a compreenso e interpretao do referido texto.

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A inaugurao de um olhar humano do ndio tupinamb, eis o que encontramos em Jean de Lry (1534-1611), um telogo e missionrio huguenote que aporta em terras brasileiras no sculo XVI com o propsito de auxiliar na implantao de uma colnia francesa e de pregar o evangelho, tanto aos franceses que aqui estavam, quanto aos ndios tupinambs. O viajante em sua obra História de uma Viagem feita Terra do Brasil, tambm chamada Amrica apresenta um olhar humano do Outro que, alm disto, tambm se apresenta como uma possibilidade de compreenso do mesmo. Os motivos que constroem esta perspectiva o que analisamos neste trabalho, a partir do conceito de heterologia proposto por Michel de Certeau. Nossa tese afirma que esta hermenutica do Outro em Jean de Lry determinada pelo sistema de pensamento teolgico calvinista. A circularidade hermenutica do viajante francs est condicionada a Escritura Sagrada, dela parte, a ela retorna. A heterologia proposta por Jean de Lry se constitui em uma cincia do Outro construda a partir do sistema de pensamento teolgico calvinista.

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Na história da humanidade, a realidade de conflitos e de guerras entre povos vizinhos tm sido comum. O que mais assusta o fato que, o discurso religioso, ao invs de desencorajar tais realidades pode incentivar e justificar os projetos de poder dessas naes. O estudo da Bblia Hebraica pode lanar luzes para o entendimento das realidades de conflito entre naes e para o papel do discurso religioso nestes. Para isto, essa pesquisa props-se a estudar narrativas que abordam a origem e o desenvolvimento de rivalidades e de conflitos internacionais. Especialmente, estudou as narrativas familiares e os orculos profticos que abordaram a rivalidade, os conflitos e o dio entre Israel/Jud e Edom para propor uma releitura capaz de encorajar projetos de paz. Os exerccios exegticos nas narrativas familiares (Gn 35-36) e nos orculos profticos contra Edom (nas colees de orculos contra as naes, no livro de Obadias, e em percopes de Is 63,1-6 e de Ml 1,2-5) abordaram o material literrio da Bblia Hebraica para investigar sobre a origem e o desenvolvimento dos conflitos entre Israel/Jud e Edom. Especial ateno foi dada ao estudo da construo histrica do dio e o papel da literatura religiosa no crescente desenvolvimento das rivalidades, animosidades e conflitos. O primeiro captulo estudou a saga de Isaque como documento histrico e teolgico que abordou a origem familiar da rivalidade entre os irmos gmeos, com diferenas significativas na construo de suas vidas e identidades. O segundo captulo estudou, na literatura proftica, os Orculos contra as Naes e, mais especificamente, os orculos contra Edom. Nesta fase estudou a importncia desse gnero literrio na construo de uma teologia mais universal que atribua a Deus o controle da história, visando maior cuidado com Israel. O terceiro captulo tambm avaliou outro material proftico que abordou o conflito e, at mesmo, o dio divino contra os edomitas (Is 63,1-6 e Ml 1,2-5). Nestes, percebeu-se o acirramento dos conflitos e a construo de um discurso religioso mais animoso contra Edom. Os estudos nas narrativas de rivalidade e de conflitos entre Israel/Jud e Edom na Bblia Hebraica procuraram destacar, na dinmica história de conflitos, as esperanas de paz para as relaes internacionais. Sobretudo, props reler esses textos para a construo de um discurso religioso-teolgico que estimule a tolerncia e a tica da paz.

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Esta dissertao procura aliar os novos pressupostos tericos e metodolgicos da Nova História Cultural ao estudo da religio a partir da atuao da Comunidade Evanglica Nova Aurora. Atravs do discurso religioso evanglico e do oferecimento de recursos bsicos, CENA tem como um de seus principais objetivos recuperar pessoas excludas e marginalizadas que vivem em ambientes precrios e principalmente nas ruas do centro velho da capital paulista. O texto reconstri o contexto e o cotidiano do projeto, intentando captar sua história atravs das mltiplas percepes dos sujeitos envolvidos. Pergunta tambm pelos deslocamentos que ocorrem no imaginrio religioso, onsiderando-se a norma institucionalizada no campo protestante. Para compor a documentao deste trabalho, nos valemos dos mtodos da história oral, colhendo depoimentos dos protagonistas desta realidade e expondo uma trajetria histrica da Comunidade a partir da memria religiosa de sujeitos normalmente esquecidos como atores histricos.(AU)

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Esta pesquisa parte do interesse de anlise da contribuio da missionria Ana Wollerman para o crescimento da denominao batista no sul de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no perodo compreendido entre os anos de 1948 a 1978. A memria religiosa e autobiogrfica da missionria apresenta experincias com o sagrado que marcam divisores de fases e temporalidades no seu recorte biogrfico e que influenciam decisivamente na postura ministerial adotada. As entrevistas com algumas pessoas que participaram das comunidades afetivas existentes e os registros nas atas lidas constatam em grande parte os dados coletados pela memria. Ana Wollerman, filha de descendentes de alemes nos E.U.A., graduou-se em Artes e psgraduou- se em Educao Religiosa. Veio para o Brasil inicialmente como missionria sem depender do sustento financeiro de uma Junta Missionria, fundou diversas escolas de ensino primrio, trabalhou na implantao de diversas igrejas e dedicou grande parte de seus esforos no ensino ministerial. Foi responsvel pela ajuda financeira no sustento de mais de uma dezena de jovens nos Seminrios de Curitiba-PR, no IBER-RJ e no Seminrio do Sul-RJ. Contribuiu tambm para que fossem destinadas grandes ofertas para a construo do Seminrio Teolgico Batista em Dourados. O trabalho procura seguir uma metodologia ainda em construo no que se refere memria religiosa e utiliza o referencial terico de Maurice Halbwachs para apresentar as memrias individuais e construo da memria coletiva, bem como tem apoio no prprio Halbwachs ao trabalhar a leitura da formao das comunidades afetivas. Aliado a estas questes se presta como um primeiro tratado sobre a historiografia da denominao batista em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, reunindo aspectos da sua gnese e do seu desenvolvimento. O resgate e a valorizao da memria do sujeito-objeto em questo, ainda em vida constitui tambm no reconhecimento que a academia pode prestar s pessoas e s comunidades que se dedicam construo de um mundo melhor.(AU)

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O objetivo deste trabalho foi analisar prticas microbianas , singulares e plurais, relativas ao tema da negritude, no cotidiano da comunidade batista Maranata, como estudo de caso de um grupo religioso no distrito Graja, periferia da cidade de So Paulo. Fazendo uso da História Oral, produzimos nossas fontes de analise documental dando voz a um grupo de pessoas dessa comunidade evanglica, que se auto declararam pretas e pardas. Detectamos em seu discurso a percepo que tm em relao temtica da negritude brasileira, sobre as polticas de aes afirmativas, sobre a presena do preconceito e discriminao racial na atual sociedade, bem como a posio da comunidade diante dessa temtica. A pergunta pelo papel da mentalidade religiosa no enfrentamento desta problemtica foi o foco orientador destes diferentes eixos de observao. Por ser um tema muito delicado e pouco discutido entre os evanglicos, percebemos que a comunidade no se sentiu muito vontade para discuti-lo. O discurso de nossos interlocutores, que aparentemente se mostrava ambguo e por vezes incoerente, pois ora admitia-se o preconceito racial, e ora ele era negado, foi uma forma encontrada por estes consumidores para encobrir os mecanismos de descriminao e excluso que tambm percebem existir dentro de sua comunidade de f e para, desse modo, sentirem-se aceitos na comunidade, criando assim tticas de sobrevivncia e espaos de pertencimento em meio s estratgias impostas pela denominao religiosa.(AU)

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A presente dissertao resultado de uma pesquisa acerca de um cisma pentecostal na Conveno Batista Brasileira, na dcada de 1960. No foco do conflito encontra-se um Movimento de Renovao Espiritual, que defendia uma experincia de xtase religioso, designada de batismo com o Esprito Santo, como confirmao da relao do crente com Deus. A progressiva adeso de comunidades batistas a tal proposta transformou-a numa rede alternativa de poder que causou instabilidade nas relaes de poder no interior da denominao batista no Brasil. A pesquisa reconstri os embates decisivos deste episdio e ofereceu uma interpretao a partir das teorias de Michel Foucault e Michel de Certeau, na medida em que tenta decifrar os mecanismos institucionais de controle em confronto com as tticas das redes de poder. No contexto histrico brasileiro de efervescncia no s religiosa, os mecanismos de vigilncia da Conveno Batista Brasileira mostraram-se insuficientes para a manuteno da unidade ameaada, uma vez que puniu os grupos opositores com a excluso.(AU)

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Essa dissertao abordou os conflitos que ocorreram no espao geogrfico denominado Norte Pioneiro . A imagem do Bom Jesus, de propriedade da famlia Pinto, foi expropriada pelo vigrio da parquia do Distrito de Salto do Itarar, padre Alfredo Simon, que reuniu cerca de vinte homens aramados para capturar esse santo. Nesse conflito religioso que ocorreu no dia 26/4/1933 duas pessoas foram mortas: o comerciante do Arraial dos Pintos, Joo Moreira, e o herdeiro do Bom Jesus, Jos Pinto de Oliveira. Esse ltimo veio a falecer meses depois do conflito. Ao redor dessa imagem foi sendo criada uma história oficial e vigiada pelos donos do poder simblico, mantenedora da ordem e da tradio. No entanto, a história do Bom Jesus foi compreendida numa concepo mais ampla, pois na esfera religiosa ocorria um fenmeno denominado de romanizao. A Igreja Catlica seguia o Cdigo de Direito Cannico de 1917, no reconhecendo o Cdigo de Direito Civil do Estado Nacional Brasileiro. Na esfera poltica, o governo paranaense colocou em prtica o sistema de terras devolutas. No setor dos transportes, a estrada de ferro RVPRSC (Rede Viria Paran Santa Catarina) j se encontrava na regio desde 1919. E nesse nterim, as novas relaes scio-culturais e econmicas foram introduzidas no campo, isto , o capitalismo agrrio.(AU)