1000 resultados para Assis, Machado, 1839-1908 Crítica e interpretação
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Ps-graduao em Estudos Literrios - FCLAR
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Este trabalho, que escolheu como tema a presena da tradio no romance Maraj de Dalcdio Jurandir, procura investigar como a escritura do romance citado dialoga intertextualmente com a tradio literria, mitolgica e oral, sem anular o carter social da fico dalcidiana. Defendo a hiptese de que o jogo intertextual presente na obra no est a favor de uma exaltao das fontes ou como mera transposio de influncias, mas se projeta como diferena. A base terica do trabalho se fundamentou, sobretudo, a partir das discusses sobre fonte e influncia estabelecidas pela literatura comparada nas figuras de autores como Tania Franco Carvalhal e Silviano Santiago e de algumas consideraes de escritores importantes da literatura moderna como T. S. Eliot e Jorge Luis Borges, reconhecidos como os iniciadores das discusses acerca do legado da tradio, retomada pela literatura modernista. A escolha da literatura comparada possibilitou a presente leitura, uma abertura terica em que entram em cena, na abordagem, a Psicanlise freudiana, a escritura-jogo de Roland Barthes, Jlia Kristeva e Jacques Derrida, alm de outros pressupostos analticos de pesquisadores da fico de Dalcdio Jurandir como os professores Vicente Salles, Marli Tereza Furtado, Paulo Nunes, Audemaro Taranto Goulart e Pedro Maligo e estudiosos da tradio como Anthony Giddens, Homi Bhabha, Stuart Hall e Walter Benjamin.
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O romance As Meninas suscita relevante discusso sobre a produo ficcional introspectiva de Lygia Fagundes Telles. Suscita tambm implicaes de cunho sociolgico, poltico e literrio, indicadores da manifestao artstica da autora em sintonia com a perspectiva do homem contemporneo, que vive as agruras do confronto entre si mesmo e as convenes coletivas, concomitante, o desalento desse mesmo homem na busca de sua identidade enquanto ser humano numa sociedade cujos valores sociais, polticos e humanos so decadentes. Nesse sentido, alm de refletirmos sobre a importncia cannica de Lygia Fagundes Telles no espao literrio brasileiro contemporneo, refletimos ainda sobre manifestaes de choque entre indivduo e as convenes coletivas (indivduo x mundo), e os aspectos sociolgicos subjacentes obra. As Meninas. Assim, baseando-nos nos estudos de Lucien Goldmann e Georg Lukcs, mas, principalmente, nos estudos de Antonio Cndido, procuramos analisar as relaes literrio-poltico-sociais, as quais interferem e contribuem para a ruptura entre indivduos e convenes sociais estabelecidas em As Meninas, de Lygia Fagundes Telles.
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Ps-graduao em Histria - FCHS
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Ps-graduao em Histria - FCHS
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Este trabalho no pretende discutir as inmeras leituras que as obras de Dalcdio Jurandir vem merecendo ao longo dos anos; deseja, to somente, apresentar uma proposta de leitura do romance Passagem dos Inocentes, na perspectiva do Materialismo histrico-dialtico. A nfase do trabalho reside na metfora que aproxima semanticamente o ttulo do romance ao processo de emancipao crítica verificado em seu protagonista. As fases dialticas da tese, anttese e sntese, no processo de auto-realizao verificado em Alfredo, processam-se numa cadeia contnua a partir dos seguintes estgios: iluso ideolgica; decepo com a urbs e, por ltimo, auto-realizao com a construo de um percurso contrrio a urbs.
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Ps-graduao em Histria - FCLAS
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O conto - O Rebelde, da obra Contos Amaznicos (1893), do escritor Ingls de Sousa, apresenta em seu enredo um fato da histria paraense, a Cabanagem. Na narrativa os personagens vivenciam as primeiras manifestaes dos revoltosos em 1832. Foi a partir da constatao desse fato histrico, no conto, que se desenvolveu a pesquisa em questo, atentando para o jogo estabelecido entre o real e o ficcional, ou seja, como um fato histrico foi recriado no universo ficcional inglesiano. Nesse sentido, foram observados os discursos da histria, nos sculos XIX e XX, nas obras Motins Polticos (1865-1890) de Domingos Antnio Raiol, Cabanagem: o povo no poder (1984) de Julio Jos Chiavenato, e Cabanagem: a revoluo popular da Amaznia (1985) de Pasquale Di Paolo, e o discurso da literatura, em - O Rebelde do sculo XIX, na construo das verses sobre a Cabanagem, com o objetivo de verificar como cada historiador e literato se posicionou sobre a Cabanagem elegendo vtimas, viles e heris; alm de verificar como as vozes dos personagens e do narrador do conto se posicionam condenando ou justificando a ao cabana. A discusso apresenta os pressupostos tericos baseados em Paul Ricoeur (1999), Jacques Le Goff (2005), Beatriz Sarlo (2007) e Umberto Eco (2004).
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No presente estudo pretendemos analisar o romance O Vice-cnsul, de Marguerite Duras, a partir dos temas memria e espao, em que a relao entre esses temas perece ser desvendada medida que percorremos a trajetria das principais personagens mendiga, Anne-Marie Stretter e vice-cnsul. Nossa pesquisa faz tambm referncia a diversas obras da autora como O Amante, O deslumbramento de Lol V. Stein, Les lieux de Marguerite Duras, Boas falas: conversas sem compromisso que servem de suporte a nossa anlise, principalmente por que tais obras trazem tona o universo literrio durassiano que, em nosso entendimento, est vinculado s memrias da infncia e da adolescncia, fase que corresponde ao perodo passado na Indochina. Lugares e personagens, portanto, so constantemente reencontrados tendo suas histrias sempre utilizadas como matria-prima para uma nova criao, negando inclusive qualquer fronteira entre as artes.
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Esta dissertao analisa os aspectos sociais do romance Safra (1937) de Abguar Bastos, que aborda a economia da castanha na Amaznia no incio do sculo XX, perodo em que a semente foi uma das poucas alternativas para os produtores aps a falncia da atividade de extrao da borracha. A situao dos personagens, principalmente os mais pobres, da vila de Coari revela no s uma obra com tom de denncia, como uma reflexo sobre o ser humano, o poder e as suas consequncias. Nesta exposio observam-se trs pontos inseparveis. O primeiro o contexto histrico poca em que os dois produtos, a borracha e a castanha, foram as principais fontes de lucro para a populao e como se deu a passagem de uma para a outra. O segundo indica o romance como regionalista da 2 gerao modernista do Brasil, por isso a carreira do escritor apresentada com intuito de observar o percurso feito por ele, quais as idias do movimento e qual posio poltica assumida em seu trabalho. Por fim, a terceira parte aborda a maneira como a populao foi retratada no livro, as caractersticas do protagonista e quais os discursos esto escondidos na narrativa.
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Este trabalho apresenta o processo de construo da memria da personagem Dona Cec, do romance Passagem dos Inocentes, de Dalcdio Jurandir. luz da narratologia, em consonncia com aspectos histricos e sociolgicos, intenciona-se desvendar as transformaes fsicas e psicolgicas pelas quais ela passa ao longo de sua existncia. Busca-se compreender como os elementos da estrutura narrativa - foco narrativo, tempo, espao, linguagem - no so meros indicadores do processo da histria contada, e sim, a representao do feminino, sua memria e identidade. Paralelo a isso, focaliza-se tambm a vivncia de Alfredo, personagem que divide com Dona Cec o protagonismo dessa obra, quando ento volta para Belm, a fim de continuar os estudos colegiais.
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Este trabalho trata de duas artes, Literatura e Cinema. Embora autnomas e especficas, traduzem-se em textos distintos, relaes de identificao e ao mesmo tempo afastamento de uma obra em relao outra. Nossa abordagem tem, como ponto de partida, o texto literrio "O Leopardo", do escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa e, como ponto de chegada, a obra cinematogrfica homnima do cineasta, tambm italiano, Luchino Visconti. Lampedusa produziu uma obra que s ganharia reconhecimento postumamente. Nela, criou um discurso narrativo atravs do qual pe em destaque a Histria e a representao da sociedade. Apesar de ter nos legado uma obra pequena, caracteriza-se por apresentar um estilo prprio, marcado por requintes de liberdade e recriao da palavra. Luchino Visconti, o mais requintado criador da stima arte de seu tempo, transps, com rigor, para a tela, importantes obras de renomados escritores. Seus filmes traduzem uma precisa viso histrica e aristocrtica. A narrativa cinematogrfica mescla ousadia e criatividade, desafiando a escritura ao arquitet-la em magnficas imagens, cumprindo com o (quase) intuito da fidelidade a abstrao da imagem literria.
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O presente trabalho aborda o romance Galvez Imperador do Acre, publicado em 1976, pelo escritor amazonense Mrcio Souza, estabelecendo as relaes entre o texto literrio e as propostas estticas das vanguardas modernistas, tanto europias quanto brasileiras, propondo, assim, a investigao das relaes entre modernismo e ps-modenismo, bem como as relaes entre literatura, sociedade, histria e cultura. Abordaremos questes como a ressignificao de textos literrios ou no em Galvez imperador do Acre por meio do processo de colagem e intertextualidade, as relaes entre o romance e o momento histrico que retoma e com aquele em que foi produzido, a operao de retomada do passado de forma crítica e transformadora e as possibilidades de leitura do texto literrio com vista a algumas teorias ps-modernistas e ps-colonialistas. Observaremos, assim, a maneira como o mesmo retoma a Belle poque e a extrao do ltex na Amaznia e sua esttica fragmentria, constituda de diversas citaes de autores cannicos, investigando o funcionamento da colagem e da antropofagia como principais ferramentas de denncia e subverso ao processo cultural de importao de valores europeus vivido pelas capitais amaznicas no momento representado pelo romance e cuja crítica pode ser extrapolada para todo um processo de formao cultural no Brasil e na Amaznia. Para isso, poremos em causa as teorias de Jaques Derrida, Walter Benjamim, Claude Levi-Strauss, Fredric Jameson, Luiz Costa Lima, Antonio Candido, Aijaz Ahmad, Homi Bhabha, Stuart Hall, Canclini, Silviano Santiago, Angel Rama, Linda Hutcheon, Antoine Compagnon, entre outros, afim de, a partir do romance em anlise, aprofundarmos a discusso terica acerca das relaes comparativas entre textos literrios e entre os Estudos Literrios e outros campos de estudo.
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O presente trabalho tem como objeto de investigao a escrita de Haroldo Maranho, buscando compreender os aspectos que influenciaram na formao deste autor, bem como a particularidade de sua escrita, repleta de traos eruditos e, paralelamente, apresentando expresses obscenas e de valor popular. Para tanto, pautou-se a presente anlise na obra O Tetraneto Del-Rei, que apresenta com riqueza de detalhes, aspectos relacionados ao perodo de nossa colonizao, porm sob um prisma diferenciado e reinterpretativo, a partir dos diversos signos e elementos manifestados na obra de Haroldo. Converge, portanto, ao carter reinterpretativo, a figura do Torto, colonizador portugus que protagoniza momentos de fraqueza, angstia, desejos e medos, sentimentos esses que no constam em obras que disseminaram em prosa e verso o imaginrio de um heri. Como subsdio conceitual e literrio, apresentamos autores precursores a Haroldo Maranho, buscando identificar as relaes deste com o estilo daqueles. Por fim, a investigao buscou demonstrar a presena de trs elementos intertextuais na obra O Tetraneto Del-Rei, a saber: releituras da colonizao, o significado do chapu e as interpretaes do obsceno.
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A obra Gostosa Belm de outrora (1966) do literato Jos Sampaio de Campos Ribeiro (1901-1980) apresenta crnicas de teor memorialstico que retratam o cotidiano de Belm das primeiras dcadas do sculo XX, enfatizando em suas narrativas os principais problemas socioeconmicos enfrentados por alguns personagens do contexto citadino, como as vendedeiras de amor , os pregoeiros e os professores. Tomando por base as contribuies tericas da Histria Nova, que consistiu em uma renovao no mbito historiogrfico e sugere que se utilize outras fontes, a exemplo do texto literrio, a fim de se chegar a uma compreenso histrica, o presente trabalho busca, a partir das leituras das crnicas, traar um panorama histrico-social de Belm ps Belle poque.