863 resultados para Arquitectura s.XV-XVI
Resumo:
A uilla romana de São Miguel de Odrinhas localiza-se na encosta sul de um pequeno outeiro no chamado “planalto de São João das Lampas”, e constitui um dos numerosos lugares do antigo ager Olisiponensium onde se encontraram vestígios romanos. A primeira notícia conhecida acerca destas ruínas remonta ao século XVI, quando André de Resende mencionou um velho templo, do qual ainda subsistia uma cúpula. Apesar de conhecidas desde há séculos, as ruínas romanas de São Miguel de Odrinhas apenas foram cientificamente intervencionadas pela primeira vez em 1949, sob orientação de Camarate França, que descobriu algumas sepulturas medievais, troços de paredes romanas e uma inscrição romana tardia. Mais tarde, em 1957, D. Fernando de Almeida retomou os trabalhos que se alongaram até cerca de 1960. Escavou, então, uma grande área da necrópole medieval, da pars urbana da uilla romana e definiu os limites da abside e, entre outros materiais e estruturas recolheu abundantes tesselas - algumas de pasta vítrea -, fragmentos e/ou troços de mosaicos e um pavimento, praticamente intacto, mas que ainda não foi devidamente estudado. As estruturas e materiais recolhidos permitem concluir que esta uilla foi fundada na segunda metade do século I a.C.; no século IV foi alvo de uma grande reforma, datando o seu abandono, provavelmente, dos finais do século V.
Resumo:
Objecto de intervenção arqueológica desde 1987, as ruínas arqueológicas de Dume, correspondentes aos vestígios da basílica cristã de meados do século VI e de parte do mosteiro fundado por São Martinho de Dume, reaproveitando parte de uma uilla romana, viram reconhecidas a sua importância e valor histórico, cultural e científico, tendo sido classificadas como Monumento Nacional - Decreto n.º 45/93, de 30-11. Apresenta-se uma síntese dos resultados obtidos, contextualizando-os no quadro da arquitectura cristã antiga de Braga e da Antiguidade Tardia do Noroeste de Portugal. Abordaremos ainda o projecto de valorização em curso, com o qual se pretende criar um pólo cultural e lúdico, que funcione como centro de interpretação do sítio, podendo receber visitas organizadas de público escolar, público indiferenciado e especialistas em Arqueologia e História.
Resumo:
Este artigo traça a história da invenção e construção de dois lugares museológicos (um literário e outro real) na Florença da segunda metade do século XVI, chamando a atenção para o seu significado no contexto do saber da época. O projecto cosmográfico para o Guarda-roupa novo do Palazzo Vecchio e as Salas da Cosmografia e das Matemáticas nos Uffizi oferecem a possibilidade de explorar dois sistemas semióticos que permitem explorar os processos de invenção e criação do museu como lugar – literário, imaginário, arquitectónico, epistemológico – no qual e através do qual se ordena e representa o mundo. O primeiro destes espaços é o projecto cosmográfico idealizado por volta de 1560 por Cosimo I, Giorgio Vasari e Miniato Pitti para o Guarda-roupa novo do Palazzo Vecchio, actualmente conhecido, impropriamente, como “Sala das cartas geográficas”. O projecto nunca foi concluído; porém existiu e continua a existir e a fascinar como “espaço literário” através de uma página visionária na segunda edição das Vite de Giorgio Vasari. O segundo lugar é a Sala da Cosmografia, mandada construir por Ferdinando I em 1589, juntamente com a contígua Sala das Matemáticas o da Arquitectura Militar na Galleria degli Uffizi. No centro do novo projecto expositivo, totalmente concluído, pela primeira vez, foram colocados os instrumentos e livros científicos e, implicitamente, o Homem como observador e demiurgo do mundo.
Resumo:
No período moderno, tornando‑se a edificação em arte e ciência, alguns dos seus distintos aspectos desenvolveram‑se segundo necessidades sobretudo funcionais, que definiram ciclos identificáveis na arquitectura portuguesa através de formas e concepções sóbrias. Considerando‑se a génese do Classicismo desde meados do século XVI e a influência do fomento de programas de fortificação militar do século XVII na redefinição urbana, apresenta‑ se o caso da edificação da Vila de Mourão (Alentejo), como exemplo de arranjo a partir da nova fortificação sobre o aglomerado medieval entretanto arrasado, que veio a conservar elementos de classicismo depurado, num contexto que é, porém, de viragem para a afirmação do Barroco, mas introduzindo sinais tendentes à concepção que transforma os focos urbanos em cenários de expressão social, a que concorrem traçados de fachadas, ruas e praças.
Resumo:
A revista Arquitectura foi criada em Portugal em 1927 e publicou‑se até 1939. Em 1948 foi comprada por um grupo de arquitectos denominado ICAT (Iniciativas Culturais Arte e Técnica) que, até 1957, a edita como um meio de divulgação da arquitectura moderna, sob a orientação decisiva de Francisco Keil do Amaral. O número 57/58, de Janeiro/Fevereiro de 1957, é o primeiro a ser editado por uma nova geração de arquitectos, que procurava exprimir as tendências de revisão do Movimento Moderno que começavam a dominar o debate internacional, e o número seguinte é o primeiro da 3.ª série. Na viragem dos anos 50 para os anos 60 as revistas Architectural Review e Casabella protagonizavam o debate arquitectónico na Europa. Neste artigo, a partir da leitura de alguns textos chave de Carlos Duarte e Nuno Portas publicados nos primeiros números da 3.ª série da revista portuguesa, é analisada a influência que tiveram as duas principais publicações internacionais sobre os editores de Arquitectura.
Resumo:
Como noutros países europeus, também em Portugal a arquitectura popular foi ao longo do século XX objecto privilegiado do interesse de intelectuais de extracção variada, especialmente de arquitectos e antropólogos. Esse interesse começou por se desenvolver entre os arquitectos ligados ao movimento da “Casa Portuguesa”, liderado por Raul Lino. Tendo-se iniciado na viragem do século XIX para o século XX, o movimento da “Casa Portuguesa” estava ainda activo nos anos 1940 e 1950 e foi central tanto nas tentativas do Estado Novo de impor um estilo arquitectónico oficial, como nos modos de representação do cultura popular promovidos pelo regime. As principais ideias defendidas pelo movimento da “Casa Portuguesa” viriam entretanto a ser postas em causa por outras aproximações ao tema, como aquelas que foram propostas: (a) pelo “Inquérito à Habitação Rural”, que teve lugar no início dos anos 1940 e foi conduzido por um grupo de engenheiros agrónomos preocupadas com as condições habitacionais existentes nas áreas rurais portuguesas; (b) pelo “Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal” organizado no final dos anos 1950 por um grupo diversificado de arquitectos modernos hostis ao movimento da “Casa Portuguesa”; (c) e, finalmente, pelas pesquisas conduzidas pelo antropólogo Ernesto Veiga de Oliveira e seus colaboradores no Museu de Etnologia entre 1950 e 1960. O objectivo deste livro é analisar as diferentes aproximações à arquitectura popular em cada um dos estudos mencionados como momentos de uma espécie de “guerra cultural” opondo diferentes visões da arquitectura e da cultura populares e distintos modos de tratamento do laço entre cultura popular e identidade nacional durante os anos do Estado Novo. As visões da ruralidade prevalecentes em cada uma destes estudos sobre arquitectura popular, as tensões entre nacionalismo e modernismo na percepção das virtualidades da arquitectura popular, as discussões sobre unidade e diversidade do país no tocante à arquitectura popular, são alguns dos tópicos que serão tratados com mais detalhe.
Resumo:
A antropologia e a arquitectura são disciplinas que se têm frequentado com alguma assiduidade, algumas vezes de forma consciente, outras sem que disso se tenham necessariamente dado conta. Uma das mais assíduas plataformas de encontro entre ambas as disciplinas tem sido fornecida pela arquitectura variavelmente designada de “popular”, “vernácula” ou “tradicional”. Por vias diferentes, sobretudo no decurso dos anos 1960, tanto a antropologia como a arquitectura fizeram da arquitectura popular um objecto comum de estudo, analisado de acordo com uma preocupação dominante por formas genuínas e autênticas, marcadas pelo peso da tradição. E por vias diferentes, tanto a antropologia como a arquitectura, retendo embora uma preferência pelo popular, trocaram, a partir dos anos 1980, essas ideias de genuinidade e autenticidade por uma conceptualização do popular enquanto matéria híbrida e impura. Learning from Las Vegas (1977) de Robert Venturi, do lado da arquitectura, e Culturas Híbridas (1989) de Nestor García Canclini, do lado da antropologia, são duas obras marcantes nessa viragem. É a partir delas que esta comunicação se propõe interrogar o modo como no Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal se pode surpreender uma tensão entre o popular como autêntico e formas mais misturadas do popular, resolvida então a favor da autenticidade, que se projecta, de forma contraditória, na actualidade.
Resumo:
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Conservação e Restauro. Especialização em documentos gráficos
Resumo:
Dados sobre a leucina aminopeptidase durante o desenvolvimento ontogenético em Anopheles nuñez-tovarìevidenciaram seis zonae de atividade, eendo a LAP1, LAP2, LAP4 e LAP5 presentes nos estádios larvais, pupae e adultos e a LAP3 e LAP6 características desses dois últimos estágios. Diferenças na intensidade de coloração foram detectadas conforme o estágio considerado. A LAP1 e LAP5 apresentam intensidade fraca em todos os estágios e a LAP2 e LAP4 mostram atividade intensa nos estádios larvais, diminuindo nos dois estágios subseqüentes. Considerando-se as funções das enzimas, foi admitido que a LAP3, no estágio de pupa, possa estar relacionada com a histólise dos tecidos larvais. Dos seis locidetectados, variação alélica foi constatada apenas para o locus LAP5,sendo detectados dois alelos de ação codominante. As freqüências genotípicas de progênies de fêmeas inseminadas naturalmente desviam-se significativamente do equilíbrio de Hardy-Weinberg.
Resumo:
It has been the main concern of CEHUM, as a Research Centre within the Humanities which operates in an inter and transdisciplinary structure to listen attentively to the “noise of the world” and attempt a global interpretation of the signs of the times issuing from the world around us, as vibrant echoes of many social and cultural pressing issues. Every year each new Colóquio de Outono attempts to give evidence of that concern through the topic chosen for debate, ample enough and challenging enough to trigger a lively multidisciplinary dialogue amongst the diff erent research groups that compose this centre, the participants and our invited guest speakers. Throughout the three days of this 16th Colóquio de Outono we had the privilege to debate the propositions of a vast number of national and international specialists in the manifold fi elds of inquiry here represented, engaging keynote speakers, project advisors, members of research teams and external researchers attached to the various research projects currently running in CEHUM, in the fi elds of literature, linguistics, philosophy, ethics, visual arts, cultural studies, music and performance. Each specifi c fi eld of studies was however never seen isolated, but always embodied in a geo-cultural context and within the scope of a wide variety of critical debates and current theories of knowledge, as a signal of our understanding of the Humanities as a rich and plural territory which engages us all, scholars, researchers, students.
Resumo:
Teses de Doutoramento em Arquitectura.
Resumo:
La Región Norte de la Provincia de Córdoba cuenta con un Patrimonio Cultural de alta significación histórica, arquitectónica y urbanística, como son los Poblados Históricos, las postas que nacieron a la vera del Camino Real al Alto Perú, capillas y sitios inalterados desde el Siglo XVI, viviendas y museos de sus moradores ilustres que forjaron la identidad del país. También contiene un valioso Patrimonio Arqueológico como el Cerro Colorado y un importante Patrimonio Natural, aunque muy modificado por la acción del hombre, con relictos de vegetación natural y lugares de singular conformación como las cuevas de Ongamira. Además incorpora parte del recientemente declarado por la UNESCO Patrimonio de la Humanidad, conformado por el sistema de Estancias Jesuíticas, de las cuales se encuentran en el área las de Jesús Maria, Caroya y Santa Catalina. Algunos de los problemas detectados son de resolución tipológica. En este nuevo proyecto pretendemos profundizar una de estas unidades: la epistemología y transferencia al medio. Se trata de la implementación de un corredor biogeográfico en cuya intersección con un nodo de concentración de actividades turísticas, se localiza el "Centro de Interpretación del Norte: Ambiente y Cultura" que permitirá la comprensión de la temática y la inducción a la experimentación, exploración y disfrute. Este centro deberá actuar como irradiador de actividades, eventos y recursos humanos.
Resumo:
Se intenta que esta investigación contribuya a crear parte de las bases de una historia de la provincia de Córdoba, incorporando antecedentes de otros trabajos parciales ya realizados y complementándolo con el estudio de pueblos y ciudades que parezcan de interés y que aún faltan estudiar, en un trabajo integrado desde dos puntos de vista diferentes: el histórico que es el que aquí presentamos y el urbanístico del proyecto dirigido por la Arq. Foglia. (...) nos proponemos estudiar los significados de esas huellas físicas o vitales que a lo largo del tiempo la ciudad conserva, las que va generando en su proceso de crecimiento, en el hacer su propia identidad y su historia, construyendo así la base para recobrar la escena urbana, para sentirla como propia y permanente y sobre todo como principal centro de la actividad social. (...) Objetivos Generales * Caracterizar los tipos de ciudades que la sociedad generó históricamente para la ocupación del territorio cordobés, estableciendo la evolución del pensamiento urbanístico arquitectónico que definió sus configuraciones a efectos de detectar los rasgos de su identidad histórica ambiental y orientar pautas de intervención para su desarrollo futuro que rescaten su significado cultural. * Contribuir a la formulación de los lineamientos para una historia urbana de Córdoba. Objetivos Específicos * Caracterizar los rasgos urbano arquitectónicos y ambientales de las configuraciones urbanas, tanto a nivel total como de los espacios arquitecturizados, su paisaje y su patrimonio significativo. * Definir los distintos tipos de configuraciones comunes por períodos históricos y por regiones y los fundamentos históricos y culturales que contribuyeron a generarlos, analizándolos en relación a los rasgos particulares de cada uno de ellos. Estudiar los casos de centros urbanos no tipificables. * Analizar las respuestas que a modo de apropiación o no del espacio público han hecho los habitantes en cada período. * Definir posibles pautas de intervención desde el campo de la historia y compatibilizados con el equipo de urbanistas, contribuyan a conservar sus rasgos originales y/o adquiridos a lo largo de la historia que encaminen un desarrollo armónico.
Resumo:
La fundación de la ciudad de Córdoba implicó la instalación en estas regiones de todas las instituciones propias de la vida urbana hispanoamericana. Entre ellas se encontraba también la Iglesia Católica, interesada principalmente en la conversión, educación y civilización de los naturales. Sin embargo, durante los primeros tiempos y mientras las relaciones con los aborígenes se iban estableciendo de manera definitiva, su principal labor la llevó a cabo entre los españoles. Aún después de iniciada la evangelización de los indios, la atención espiritual de la población de origen europeo y luego la criolla consumió buena parte de su energía y de sus recursos, tanto materiales como humanos. (...) En íntima relación con la actividad evangelizadora -de la cual es, al mismo tiempo, causa y efecto-, se desarrolló entre la población hispanocriolla de Córdoba una profunda religiosidad individual y colectiva que influyó en la adopción de una actitud ante el mundo y ante la vida marcada, en distinto grado, por los principios cristianos. De todo esto es lícito deducir que la labor desarrollada por la Iglesia en la jurisdicción cordobesa - y, dentro de ella, tanto el clero como los fieles laicos- parece haber tenido resultados positivos en orden a conservar en la sociedad local los valores cristianos que la han caracterizado durante siglos. (...) Objetivo General El trabajo se propone estudiar las actividades desarrolladas por la Iglesia cordobesa entre la población hispanocriolla, a fin de consolidar en ellos la religión católica, atendiendo tanto a la profundización de los aspectos doctrinales como a las prácticas de piedad y a la incorporación de normas morales y pautas de conducta acordes con la religión católica. Así mismo, esta investigación procura conocer las diferentes manifestaciones de la religiosidad pública y privada, su origen, sus efectos en a vida cotidiana de la población y su influencia en la determinación de ciertas pautas de conducta social. Objetivo Específico En el período de doce meses para el cual se solicita e apoyo se aspira a relevar el material documental existente en los diferentes archivos y elaborar algunas conclusiones parciales que se vertirán en monografías y comunicaciones a congresos o jornadas científicas sobre el tema.