923 resultados para 349901 Political Economy


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O objetivo central desta tese foi analisar em que medida, no contexto das décadas de 1990 e 2000, o agronegócio, ao mitigar desajustes nas contas externas e contribuir para o esforço de estabilização dos preços, recebeu incentivos públicos e também benefícios privados, para isso valendo-se da intermediação política de seus representantes em atividade no Congresso Nacional. Inspirada em trabalhos dedicados ao estudo da distribuição de recursos necessários à modernização da produção agrícola, a análise explora explicações possíveis para dados recentes da distribuição do crédito rural subsidiado com base em variáveis de concentração da propriedade de terras e outras, com destaque para aquelas referentes à localização geográfica das propriedades rurais, ao nível educacional dos seus gestores e ao grau de organização dos mesmos. São ainda analisados debates no Congresso que revelam como a escassez de recursos fiscais pode ter acirrado disputas que trouxeram à tona a preocupação diferenciada dos chamados deputados ruralistas com o apoio governamental de que a agricultura empresarial ainda se faz dependente. As mudanças observadas no crédito rural brasileiro desde os anos 1980 revelam uma semitransição no sentido da maior participação de recursos privados e de uma concentração menor de recursos controlados entre grandes produtores. Porém, o processo não eliminou efeitos da capacidade de captação de recursos financeiros de grandes proprietários, que nela parecem ter encontrado compensações em um ambiente hostil criado por políticas de ajuste macroeconômico. Em perspectiva mais ampla, o arcabouço institucional da economia política do agronegócio constitui uma das variáveis básicas para uma caracterização do modus operandi do capitalismo brasileiro. A dependência do setor em relação a recursos controlados e subsidiados pelo Sistema Nacional de Crédito Rural põe em questão a retórica que outrora associava ao Estado apenas as mazelas do da economia e nenhuma de suas virtudes. sendo paradigmático o caso do agronegócio no Brasil, tratado muitas vezes como exemplo de sucesso exclusivo da aliança entre o espírito de empresa do setor privado e as vantagens comparativas do País em termos de recursos naturais. Ao mesmo tempo, a centralidade da intervenção do Estado no desenvolvimento econômico observado no Brasil é o elemento que mais fortemente questiona tentativas de detectar correspondências dominantes com economias liberais tipicamente anglo-saxônicas ou economias tipicamente eurocontinentais.

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Esta dissertação analisou as Empresas Promotoras de Salud (EPS), seguradoras de saúde introduzidas no sistema de saúde colombiano através da reforma sanitária instaurada com a Lei n 100/1993, desde uma perspectiva de economia política crítica, através do método de análise documental. A maioria delas são empresas privadas com finalidade lucrativa que conformaram rapidamente um oligopólio que reproduziu problemas dos modelos de Managed Care e Managed Competition já conhecidos internacionalmente. Esta dissertação analisou as relações entre os processos de financeirização do sistema capitalista e o processo de ajuste estrutural na Colômbia, com a reforma sanitária e a dinâmica financeira das EPS. Também foi analisada a introdução de mecanismos próprios do processo de financeirização na gestão financeira das EPS, como: a alavancagem; a reprodução ampliada de capital através da dívida pública; e os investimentos em ativos securitizados. Dado que o sistema de saúde atual se caracteriza por altos níveis de inequidade e injustiça, as consequências da finalidade lucrativa neste, com suas expressões concretas de sofrimento e morte na população, foram preocupações transversais deste trabalho. Os resultados desta dissertação demonstraram a concentração oligopólica do mercado de seguros privados de saúde, cujas empresas se organizaram como um cartel, dificultando o acesso aos serviços de saúde para seus segurados, o que contribuiu para a piora de indicadores de saúde da população. Quando a mobilização social obrigou a aumentar o controle sobre as EPS, estas começaram a sair do mercado declarando-se em falência, ou entrando subitamente em balanços financeiros negativos.

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A construção do SUS se dá no momento da contrarrevolução monetarista, em curso desde a década de 1970 em vários países, que alcança o Brasil na década de 1990 e rapidamente se torna hegemônica em todo o mundo. A relação histórica entre público e privado no setor de saúde brasileiro, intercedida pelo papel do Estado e do fundo público na sua regulação e financiamento, irá, então, ganhar novos formatos e novas determinações. A proposta do trabalho foi investigar, por meio dos dados do orçamento público brasileiro e de três municípios, os mecanismos atualmente utilizados pelo capital no setor saúde para se apropriar do fundo público como mecanismo essencial para sua permanente valorização. Essa apropriação de fundo público dá suporte ao processo de subsunção real do conjunto de atividades do setor saúde ao capital no Brasil, no qual se incluem os serviços, processo que ainda está em curso.

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Bain, William, 'One Order, Two Laws: Recovering the 'Normative' in English School Theory', Review of International Studies, (2007) 33(4) pp.557-575 RAE2008

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This paper develops a framework for estimating household preferences for school and neighborhood attributes in the presence of sorting. It embeds a boundary discontinuity design in a heterogeneous residential choice model, addressing the endogeneity of school and neighborhood characteristics. The model is estimated using restricted-access Census data from a large metropolitan area, yielding a number of new results. First, households are willing to pay less than 1 percent more in house prices - substantially lower than previous estimates - when the average performance of the local school increases by 5 percent. Second, much of the apparent willingness to pay for more educated and wealthier neighbors is explained by the correlation of these sociodemographic measures with unobserved neighborhood quality. Third, neighborhood race is not capitalized directly into housing prices; instead, the negative correlation of neighborhood percent black and housing prices is due entirely to the fact that blacks live in unobservably lower-quality neighborhoods. Finally, there is considerable heterogeneity in preferences for schools and neighbors, with households preferring to self-segregate on the basis of both race and education. © 2007 by The University of Chicago. All rights reserved.

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The marginalization of popular culture in radical scholarship on Palestine and Israel is symptomatic of the conceptual limits that still define much Middle East studies scholarship: namely, the prevailing logic of the nation-state on the one hand and the analytic tools of classical Marxist historiography and political economy on the other. This essay offers a polemic about the form that alternative scholarly projects might take through recourse to questions of popular culture. The authors argue that close allention to the ways that popular culture "articulates" with broader political, social, and economic processes can expand scholarly understandings of the terrain of power in Palestine and Israel, and hence the possible arenas and modalities of struggle. © 2004 by the Institute for Palestine Studies. All rights reserved.

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How do our everyday actions shape and transform the world economy? This volume of original essays argues that current scholarship in international political economy (IPE) is too highly focused on powerful states and large international institutions. The contributors examine specific forms of â everyday' actions to demonstrate how small-scale actors and their decisions can shape the global economy. They analyse a range of seemingly ordinary or subordinate actors, including peasants, working classes and trade unions, lower-middle and middle classes, female migrant labourers and Eastern diasporas, and examine how they have agency in transforming their political and economic environments. This book offers a novel way of thinking about everyday forms of change across a range of topical issues including globalisation, international finance, trade, taxation, consumerism, labour rights and regimes. It will appeal to students and scholars of politics, international relations, political economy and sociology.

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From 2008-2012, a dramatic upsurge in incidents of maritime piracy in the Western Indian Ocean led to renewed global attention to this region: including the deployment of multi national naval patrols, attempts to prosecute suspected pirates, and the development of financial interdiction systems to track and stop the flow of piracy ransoms. Largely seen as the maritime ripple effect of anarchy on land, piracy has been slotted into narratives of state failure and problems of governance and criminality in this region.

This view fails to account for a number of factors that were crucial in making possible the unprecedented rise of Somali piracy and its contemporary transformation. Instead of an emphasis on failed states and crises of governance, my dissertation approaches maritime piracy within a historical and regional configuration of actors and relationships that precede this round of piracy and will outlive it. The story I tell in this work begins before the contemporary upsurge of piracy and closes with a foretaste of the itineraries beyond piracy that are being crafted along the East African coast.

Beginning in the world of port cities in the long nineteenth century, my dissertation locates piracy and the relationship between trade, plunder, and state formation within worlds of exchange, including European incursions into this oceanic space. Scholars of long distance trade have emphasized the sociality engendered through commerce and the centrality of idioms of trust and kinship in structuring mercantile relationships across oceanic divides. To complement this scholarship, my work brings into view the idiom of protection: as a claim to surety, a form of tax, and a moral claim to authority in trans-regional commerce.

To build this theory of protection, my work combines archival sources with a sustained ethnographic engagement in coastal East Africa, including the pirate ports of Northern Somalia, and focuses on the interaction between land-based pastoral economies and maritime trade. This connection between land and sea calls attention to two distinct visions of the ocean: one built around trade and mobility and the other built on the ocean as a space of extraction and sovereignty. Moving between historical encounters over trade and piracy and the development of a national maritime economy during the height of the Somali state, I link the contemporary upsurge of maritime piracy to the confluence of these two conceptualizations of the ocean and the ideas of capture, exchange, and redistribution embedded within them.

The second section of my dissertation reframes piracy as an economy of protection and a form of labor implicated within other legal and illegal economies in the Indian Ocean. Based on extensive field research, including interviews with self-identified pirates, I emphasize the forms of labor, value, and risk that characterize piracy as an economy of protection. The final section of my dissertation focuses on the diverse international, regional, and local responses to maritime piracy. This section locates the response to piracy within a post-Cold War and post-9/11 global order and longer attempts to regulate and assuage the risks of maritime trade. Through an ethnographic focus on maritime insurance markets, navies, and private security contractors, I analyze the centrality of protection as a calculation of risk and profit in the contemporary economy of counter-piracy.

Through this focus on longer histories of trade, empire, and regulation my dissertation reframes maritime piracy as an economy of protection straddling boundaries of land and sea, legality and illegality, law and economy, and history and anthropology.

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Contemporary globalization has been marked by significant shifts in the organization and governance of global industries. In the 1970s and 1980s, one such shift was characterized by the emergence of buyer-driven and producer-driven commodity chains. In the early 2000s, a more differentiated typology of governance structures was introduced, which focused on new types of coordination in global value chains (GVCs). Today the organization of the global economy is entering another phase, with transformations that are reshaping the governance structures of both GVCs and global capitalism at various levels: (1) the end of the Washington Consensus and the rise of contending centers of economic and political power; (2) a combination of geographic consolidation and value chain concentration in the global supply base, which, in some cases, is shifting bargaining power from lead firms in GVCs to large suppliers in developing economies; (3) new patterns of strategic coordination among value chain actors; (4) a shift in the end markets of many GVCs accelerated by the economic crisis of 2008-09, which is redefining regional geographies of investment and trade; and (5) a diffusion of the GVC approach to major international donor agencies, which is prompting a reformulation of established development paradigms. © 2013 © 2013 Taylor & Francis.