648 resultados para psicoterapia psicanalítica


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A presente tese tem como propósito discutir a· amplitude dos meios utilizados pelas empresas (do pólo industrial de São Paulo) para motivar seus funcionários, quando estes participam da decisões. O objetivo é identificar e analisar os meios utilizados para motivar os indivíduos a produzirem cada vez mais em quantidade e qualidade, nas empresas que adotam o sistema de gestão participativa. Aborda as principais teorias sobre o processo motivacional de orientações behaviorista, cognitivista e psicanalítica, bem como, as teorias que tratam da motivação sob o prisma organizacional, as quais contribuem para a intersecção entre os estudos da psicologia e da administração. Aborda também, teorias comprometidas com o interesse emancipatório do indivíduo, dentre estas a teoria da ação comunicativa de Habermas o que delineia uma tonalidade original neste trabalho.

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Fundamentação: A terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) e os inibidores da recaptação da serotonina (IRS) apresentam eficácia comprovada em reduzir os sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Ainda é uma questão em aberto qual destas modalidades de tratamento é a mais efetiva. Este estudo foi conduzido para avaliar a eficácia da TCCG em relação à da sertralina na redução dos sintomas do TOC. Metodologia: Cinqüenta e seis pacientes com diagnóstico de TOC, de acordo com os critérios do DSM-IV, participaram do ensaio clínico randomizado: 28 recebendo 100 mg/dia de sertralina e 28 realizando TCC em grupo por 12 semanas. A eficácia dos tratamentos foi avaliada pela redução nos escores das escalas Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS) e Clinical Global Impression (CGI). Resultados: Ambos os tratamentos foram efetivos, havendo uma tendência de superioridade da TCCG em relação à sertralina na redução dos sintomas obsessivo-compulsivos (F= 3,1; GL= 1; p= 0,083). Os pacientes tratados com TCCG obtiveram uma redução percentual média dos sintomas de 43%, enquanto os tratados com sertralina obtiveram somente 28% de redução (p= 0,039). A TCCG também foi significativamente mais eficaz na redução na intensidade das compulsões (p= 0,030). Além disso, oito pacientes (32%) tratados com TCCG apresentaram remissão completa de sintomas do TOC (Y-BOCS ≤8) contra apenas 1 (4%) entre os que receberam sertralina (p= 0,023).

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Esta tese procura discutir a atualidade do paternalismo enquanto traço cultural das organizações brasileiras. Resgatando as raízes culturais brasileiras e apoiando-se em trabalhos de fundamentação antropológica, sociológica e psicanalítica, estabelece uma hipótese central de que o paternalismo possa ser encontrado hoje, no Brasil, tanto em empresas pequenas, onde predomina o controle de tipo paterno, quanto em empresas maiores e mais complexas, com tendência ao desenvolvimento de um sistema de controle de tipo materno, onde o paternalismo daria origem a uma versão abrasileirada deste. Pesquisa de campo de cunho etnográfico, realizada em três empresas de portes distintos do Pólo Têxtil de Americana-SP, mostrou indícios favoráveis à hipótese central, apresentando, todavia, importantes peculiaridades que, ao passo que permitem refiná-la, indicam trilhas para novos estudos. Na empresa de menor porte e complexidade, o paternalismo mostrou-se da maneira mais conhecida, nas práticas ora carinhosas, ora severas dos diretores da empresa. Nas empresas mais complexas, pudemos notar a expressão da ação dos pais que regulam o gozo dos filhos. A face protetora e a face violenta se revelam na medida em que se dá ou se restringe acesso ao amor da mãe. Nos três casos estudados, o paternalismo aparece com sua face afetiva predominado significativamente em relação à face violenta, o que parece ser elemento associado ao sucesso experimentado por tais empresas.

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Este estudo investigou o processo de tornar-se mãe em mulheres primíparas. Foram examinados quatro estudos de casos em três momentos: no final da gestação e no terceiro e oitavo mês de vida do bebê. As entrevistas realizadas nestes momentos foram analisadas com base na teoria psicanalítica, utilizando-se de quatro eixos teóricos interpretativos. O primeiro deles, o narcisismo, refere-se à necessidade de a mãe atualizar e reeditar o narcisismo infantil na relação com o seu bebê. O segundo, o mito familiar, refere-se ao lugar revelado através do discurso dirigido ao personagem que o bebê encarna e que será determinante para a constituição subjetiva dessa criança em particular. O terceiro, o Complexo de Édipo, refere-se ao destino possível para a maternidade esboçado pela herança identificatória infantil. Por fim, o quarto, o bebê imaginado (na gestação) e características do bebê (depois do nascimento), relacionam-se ao processo imaginativo materno sobre o futuro bebê e às atualizações do bebê imaginado ao bebê da realidade. Além de enfatizarem o momento atual, os relatos das mães durante as entrevistas acentuaram questões da própria infância e a relação com os próprios pais ou substitutos, o que permitiu compreender as atualizações e reedições da sua história constitutiva na relação com o bebê. Discutidos à luz da literatura os relatos e análises permitem pensar o processo de tornar-se mãe como uma reconstituição psíquica das mães pela atualização e reedição da própria constituição infantil.

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Esta pesquisa tem como tema central a operação de inscrição psíquica como estruturante do sujeito. É uma pesquisa psicanalítica e, portanto, possui um campo conceitual e método próprios. Seu fio condutor é o caso Julia, que é uma construção de caso concebida a partir da metodologia proposta por Fédida (1992, 1999), que possibilitou a formulação de um ensaio metapsicológico. Trata-se de um ensaio sobre o registro psíquico, construído a partir da noção freudiana de ação específica (spezifische Aktion), que é desenvolvida em sua relação com a percepção, relação esta suscitada pela clínica da pesquisadora e articulada à proposta de Chemama (2002) a propósito do conceito de forclusão do falo. A noção freudiana é também articulada ao conceito de transtitivismo proposto por Bergès e Balbo (2001, 2002, 2003) e ainda à possibilidade de sua ocorrência na situação psicanalítica de tratamento. A pesquisa aborda aspectos técnicos a serem ressaltados no tratamento de analisantes que se aproximam do caso Julia, sendo esta a contribuição desta pesquisa para a comunidade psicanalítica. A idéia de que o psicanalista com seu presencial, em uma postura não apática, através do golpe de força, pode entrar no jogo de posições necessário para que o analisante inscreva algo de sua vivência parece ser pertinente nesse tipo de problemática.

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Este trabalho tem como finalidade, caracterizar os componentes disfuncionais do comportamento gerencial na tomada de decisão. Para isso, foram analisadas as teorias vigentes acerca da neurose, segundo alguns de seus expoentes como Freud (1938), Anna Freud (1983), Horney (1969); como também foram estudadas as tipologias decisórias de acordo com Mintzberg(1976), Vieira (1987), Correa (s. d.) e outros. Os comportamentos gerenciais são associados, no decorrer da dissertação, às tipologias decisórias conforme as condições observadas pelos autores citados. Esses comportamentos, de acordo como se apresentam na tomada de decisão, são caracterizados, pela teoria psicanalítica, como neuróticos. Eles são exemplificados através das entrevistas e observações feitas. A partir dessa matriz classificatória, o estudo propõe algumas saídas para as neuroses gerenciais.

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O brincar é uma atividade construtiva através da qual a criança elabora a sua percepção do mundo e, conseqUentemente, a estruturação de sua personalidade. Os brinquedos podem ser utilizados como instrumentos de criação, quando permitem ã criança liberar suas fantasias, ou de dominação, ao reforçarem a reprodução de idéias, valores e papéis sociais. ~ preciso conhecer o universo circundante da criança: a família e a sociedade na qual ela vive, para se poder avaliar os brinquedos que são colocados no mercado, o comportamento dos pais em relação ao brincar da criança e a opção de escolha que os pais fazem ao presentearem os filhos com brinquedos. Atualmente, a sociedade coloca ã disposição da criança brinquedos que trazem em si mensagens que reforçam condutas sociais, atuando, desde cedo, no estabelecimento de um modo de pensar tipicamente capitalista. O objetivo é desenvolver nas brincadeiras um tipo de "modelização do comportamento" da criança que é, ao mesmo tempo, lúdico e semiótico. Para melhor entender "as regras deste jogo", as características da sociedade foram examinadas com base nas categorias marxistas: trabalho, alienação e mercadoria. Na tentativa de se interpretar esta versão do "brincar da criança" utilizou-se, ainda, os referenciais tempo, simulacro, publicidade e consumo. Este com destaque, por ser a base de sustentação da sociedade capitalista. Consumir passou a ser um imperativo do nosso tempo. Todas são capturados: homens, mulheres e crianças. O desejo é a matéria-prima geradora de consumo. ~ ele que conduz o homem na sua busca incessante pelo objeto ideal. O desejo pode ser visto como formação de uma carência, constituída nos primeiros anos de vida da criança, que arrasta o indivíduo numa procura in[indivel (visão psicanalítica), ou como produção coletiva do homem, processo de ruptura do sistema que o oprime, de acordo com Deleuze e Guattari. A "apropriação" do desejo da criança através do brinquedo é, certamente, um instrumento poderoso, que leva não só à exploração do consumo mas, principalmente, a uma subjetividade construída sob valores que estão voltados, unicamente, para a economia de mercado.

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Este trabalho procede a um exame arqueológico das atitudes terapêuticas ao longo do desenvolvimento da teoria Rogeriana. Estuda-se o processo evolutivo que compõe o referido corpo teórico. Inicialmente, é feita uma breve apresentação de Carl Rogers, precursor da Abordagem Centrada na Pessoa. São discorridos aspectos pessoais e profissionais do autor assim como suas principais contribuições no campo da Psicologia clínica. A teoria é decomposta em três fases principais: pré história da empatia, e empatia propriamente dita e da experienciação (experiencing) que correspondem a momento históricos diferentes. Cada capítulo inclui o estudo pormenorizado de cada uma dessas fases e a análise é feita em torno de três variáveis principais: teoria da personalidade, processo terapêutico e atitudes do terapeuta. Ressalta-se, de modo especial, este último tópico. Mostra-se como as posturas e "técnicas" do terapeuta se ampliam paralelamente aos progressos teóricos. Na última fase, a da experienciação, apresentam- se as contribuições de Eugene Gendlin, que permitem compreender a abordagem rogeriana numa perspectiva fenomenológica. Finalizando, faz-se uma conclusão onde são sintetizados os marcos mais importantes do estudo, referente às atitudes do terapeuta.

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Este trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisa realizada em escolas públicas do Município do Rio de Janeiro. Procedeu-se à Análise de Discurso de professores e alunos das séries iniciais do Primeiro Grau, bem como técnicos das escolas, dos Distritos Educacionais e da secretaria de Educação. As enunciações registradas tiveram como tema principal a alfabatização, e foram analizadas com base no modelo proposto por Pêcheux, que articula três regiões do conhecimento científico: a ideológico-cultural, a linguística e a discursiva, relacionando-se o discurso e suas condicões de produção, e situando os protagonistas e o objeto do discurso. A fundamentação teórica da análise partiu das teorias linguísticas de Saussure e Beneviste, utilizando-se também os trabalhos de Baktin, Blikstein, Vital Brazil e Orlani. Segue-se a discussão em torno de aspectos da teoria da subjetividade, de natureza psicanalítica, onde foram utilizadas as teorias de Freud e Lacan. À alienação do sujeito na ordem da linguagem associa-se a alienação do trabalho, considerada por Marx e discutida no trabalho de Meszaros. As relações do sujeito com o trabalho e com a produção são também pensadas a partir dos pontos de vista de Baudrillard e Giannotti. A partir da análise das falas, propõe-se a desconstrução do simbólico e o estabelecimento dee uma nova prática, de novas relações institucionais que possam transformar o cotidiano escolar, livrando alunos e professores do assujeitamento a que ficam submetidos.

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O tema dessa dissertação ê uma comparaçao o sujeito da teoria psicaüalítica e o sujeito tal concebido pela psicologia escolar. entre qual ê Buscou-se, inicialmente, descrever o sujeito da psicanálise a partir da leitura de alguns textos freudianos, que demonstraram, ser o sujeito, o inconsciente, psicanaliticamente falando. Procurou-se mostrar que, do ponto de vista da teoria psicanalítica, sendo o sujeito, o inconsciente, a ele não se tem acesso através da lógica ou do bom senso. A outra etapa do trabalho foi, a partir de uma pesquisa de campo e de uma pesquisa bibliográfica, a tenta tiva de descobrir quem ª o sujeito para a psicologia escolar. O que ficou claro, como resultado dessas pesquisas, foi que, com pouquíssimas exceções, este sujeito em nada se aproxima do sujeito da teoria psicanalítica. A psicologia escolar. dirige-se, eminentemente, ao indivíduo enquanto sujeito consciente. E, por fim, o que se procurou foi realizar alguns comentários a respeito do confronto entre a visão que a psicanálise apresenta do sujeito e a visão da psicologia escolar. Viu-se, então, que de acordo com alguns autores o papel do psicólogo escolar seria o de contribuir para queo individuo, com o qual lida pudesse tornar-se mais crítico em relação ao sistema social e político ao qual está i~ serido; enquanto que a pesquisa de campo e alguns outros autores mostraram a psicologia escolar como um veículo da melhor adaptação do indivíduo àquilo que se considera como ideal.

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Este trabalho se propôs a apresentar um estudo teórico, cujo objetivo central foi refletir a relação entre a alienação produzida pelo sistema capitalista e a esquizoidia dos indivíduos. Estruturou-se em três partes. Na primeira, a alienação e a esquizoidia foram estudadas ao nível do indivíduo. Na segunda, ao nível social. Na terceira, ao nível do Serviço de Liberdade Assistida do Juizado de Menores da Comarca do Rio de Janeiro. Não foi realizado uma revisão exaustiva da literatura. Esta preocupou-se apenas em justificar a hipótese. Entre os autores utilizados, Fairbairn e Fromm receberam um destaque especial. O primeiro, com seu conceito de esquizoidia. O segundo, com sua análise sobre a alienação produzida pelo capitalismo. Alguns dados empíricos foram apresentados. Parte deles resultoud experiência clínica (psicoterapia de adolescentes, adultos, famílias e casais) do autor deste trabalho. Outros constituiram estatísticas extraídas da revisão da literatura em termos de pesquisas sobre o assunto. Concluiu-se a existência de uma patologia ao nível do social. Como proposta para fazer frente a tal patologia, sugeriu-se as terapias social e institucional.

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Que corpo é esse? é o título desta dissertação, que encontra uma poética referenciada nos meus desenhos. É o resultado da investigação realizada no mestrado, tendo como objeto de estudo a minha produção plástica do período entre 2001 e 2004. A utilização do desenho como meio para a realização das minhas intenções (idéias, vontades e desejos) foi o instrumento que permitiu a investigação do corpo nos seus mais diferentes aspectos: a representação e apresentação do corpo humano, o meu próprio corpo enquanto artista que realiza o gesto, a ação no desenho, e o corpo do trabalho, que é o desenho propriamente dito. Ressalto que essa reflexão encontrou subsídio teórico em autores como Flávio Gonçalves e Edith Derdyk, que abordam os processos fenomenológicos do desenho. Já para a temática do corpo, tive o embasamento teórico de autores como Paul Schilder, dentro de um viés da concepção de corpo mais holística, e Juan-David Nasio, numa vertente psicanalítica. Como referencial artístico, estabeleci relações da minha produção plástica com o trabalho de Louise Bourgeois e Kiki Smith.

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O tema desta dissertação é a atividade lúdica, analisada sob diversas perspectivas da Psicologia, contemporânea e avaliada em termos de seus reflexos sobre a conduta nas diversas formas de ação e fases do desenvolvimento humano. Três dimensões foram destacadas como essenciais para alicerçar esta análise uma no eixo cognição - emoção, outra no eixo realidade - fantasia e uma terceira envolvendo a própria evolução temporal pela idade. O estudo de algumas teorias sobre o jogo, com o objetivo de tentar uma compatibilização entre concepções distintas ou até mesmo divergentes, evidenciou uma concomitância de fatores da área emocional e da cognitiva em termos de uma exercitação para a própria vida. Duas posições mereceram destaque: a psicanalítica que confere ao jogo um enfoque essencialmente catártico, realçando os aspectos irracionais que se projetam e se coordenam na atividade lúdica e a cognitivista - com destaque à Epistemologia Genética - que se caracteriza pelos aspectos reais ou virtuais de transformação do mundo e do próprio indivíduo sob a trajetória da cognição. O estudo de tais posições sugeriu que a atividade lúdica oferece oportunidade de experiências que servirão de base para exercitar o controle motor, o auto-conhecimento e a socialização e para aprender a descarregar tensões, a criar, a fantasiar, a obedecer e a respeitar os outros. Consequentemente foram destacadas seis funções do jogo: construção imaginaria, ficção, catarse, exploração, elaboração da regra e socialização. O esforço de superação de limites existenciais (ponte entre o real e o imagário) implícito nas atividades lúdicas, leva a um aperfeiçoamento constante voltado para a aquisição de poderes no campo das emoções, das relações sociais e da cognição. A atividade lúdica e finalmente avaliada como um treino de transformação simulada sobre ideias, pessoas e coisas, que não se esgota na infância, mas que se reflete, inclusive, no campo do trabalho adulto. Seus conteúdos, no entanto, variam dentro de uma sintaxe básica alicerçada por um conjunto de linhas e de papeis entrelaçadas e direcionados para um objetivo. Neste ponto as condutas lúdicas e as laborais se confundem. O jogo e uma atividade construtiva e o trabalho pode ser fonte de realização. O individuo atua no jogo transformando-se, enquanto que no trabalho, o mundo passa a ser transformado em termos de uma realidade que resume as metas de um jogo.

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Os discursos familiares encerram, no seu bojo, mitos sociais, sentimentos e fantasias inconscientes a eles conectados, que permaneceram secretos e poderosos através de sua historicidade e que vão se inscrever na matéria-prima pura: o recém-nascido, que deve ser moldado mediante o processo de identificação, investimentos libidinais e registro do discurso das pulsões e seus representantes. A partir de uma abordagem psicanalítica dos sintomas psicossomáticos, estudamos os primórdios da constituição do sujeito do inconsciente, recorrendo à estruturação do narcisismo e do inconsciente, construindo-se como uma linguagem ao encadear os significantes por contiguidade ou semelhança, respectivamente, por deslocamentos e condensações, isto é, construindo-se numa cadeia como metonímias e metáforas que se organizam num discurso. O narcisismo seria a causa do corpo. Este último, suporte biológico, que se torna erógeno a partir do discurso materno cujo desejo antecipa uma gestalt à imagem, organizando e delimitando o corpo despedaçado e anárquico do bebê. Como estrutura narcísica relacionamos a articulação das pulsões, das zonas erógenas, do desejo, do recalcamento fixando os representantes que irão constituir um Ego corporal. O sintoma no real do corpo apareceria como efeito de uma desorganização na articulação dos significantes do desejo materno como legalidade de um discurso, dificultando a inscrição simbólica da significação dos limites e fronteiras do corpo erógeno do bebê, cujo representante da pulsão evidencia-se como demanda de significação.

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O fenômeno religioso entendido em seus componentes essenciais, o mito e a moral, foram alvo de estudo do presente trabalho. A genese psicológica e o sentido psicossocial da religião foram investigados à luz da perspectiva psicanalítica e, particularmente, da abordagem freudiana. Quanto à genese, o mecanismo de sublimação mereceu grande destaque, focalizando-se também o papel dos mecanismos patogênicos presentes nas manifestações da magia, na origem da culpa e moral e nas regras oriundas da religião (formações reativas), nos mitos e na imagem dos deuses (projeção, onipotência e imaginação). A origem do fenômeno religioso também configura-se como importante explicação das normas e regras sociais que controlam a vida coletiva. Tal controle caracteriza-se como eficaz na medida em que a censura imposta já está inserida na memória dos indivíduos, manifestando-se como verdade de gerações passadas, e não permitindo qualquer questionamento do mito. A origem do conceito de Deus é analisada dentro da mesma linha: quer a partir do assassinato do pai primevo, quer como busca de proteção e salvação pelo pai. A análise desses fundamentos teóricos centrados em Freud, Fromm e parcialmente em Marcuse é seguida de uma tentativa de discussão e crítica desses pressupostos.