999 resultados para percepção de tamanho
Resumo:
A compactação do solo tem sido assunto de intensivas pesquisas nos últimos anos; no entanto, os mecanismos que implicam o processo de compactação dos solos agrícolas, ainda permanecem pouco conhecidos. A contribuição do tamanho de agregados do solo, bem como o efeito do teor de água e da pressão normal aplicada na compactação e pressão de pré-compactação do solo, foi investigada em um Nitossolo Vermelho eutrófico. Amostras de solo deformado, constituídas por agregados menores que 2,5 mm e de 9,3 a 19,4 mm, foram submetidas a ensaio de compressão uniaxial drenado. O índice de vazios e a pressão de pré-compactação foram avaliados. Os resultados obtidos mostram que o tamanho de agregados teve efeito no processo de compactação do solo. A mudança da compactação do solo pode ser prevista em função do estado inicial do solo, da pressão aplicada e do teor de água.
Resumo:
O presente trabalho objetivou avaliar o espectro de gotas de pontas de pulverização hidráulicas, submetidas a diferentes pressões e composições de calda, por meio de um analisador de partículas a laser. Em delineamento inteiramente casualizado, avaliaram-se duas pontas de jato plano duplo com indução de ar (AD-IA/D 11002 e AD-IA/D 11004) e duas pontas de jato cônico vazio (MAG - 2 e MAG - 4), em esquema fatorial 3 x 2: três pressões de pulverização (207, 276 e 345 kPa para as pontas de jato plano duplo e 414; 483 e 552 kPa para as pontas de jato cônico); e duas composições de calda (água e água mais o adjuvante fosfatidilcoline + ácido propiônico). A adição do adjuvante reduziu o diâmetro da mediana volumétrica das gotas pulverizadas pelas pontas AD-IA/D 11002 e 11004; porém, teve efeito inverso com a ponta MAG - 4 e não o alterou com a ponta MAG - 2. Em condições climáticas adversas, não se recomenda o uso de pontas de jato cônico vazio, mesmo com a adição do adjuvante testado, em virtude do alto risco potencial de deriva.
Resumo:
Devido à grande diversidade de tamanhos amostrais empregados em avaliações de desempenho de mecanismos dosadores de sementes, o objetivo deste trabalho foi determinar o tamanho de amostra para experimentos em laboratório, com dosadores de sementes tipo disco alveolado horizontal e pneumático, e estudar o efeito dos tratamentos na regularidade de distribuição de sementes da cultura do milho. Para isso, foi conduzido experimento em condições de laboratório, conforme a norma ISO 7256/1. Os tratamentos compreenderam a combinação de quatro mecanismos dosadores (dois pneumáticos e dois de disco alveolado horizontal), com três velocidades de semeadura, de 0,7; 1,4 e 2,1 m s-1. Foram utilizados os métodos de determinação do tamanho de amostra, intensidade de amostragem e bootstrap adaptado. Quanto à distribuição de sementes, os mecanismos dosadores estudados não apresentam diferenças na regularidade de distribuição, cuja regularidade caiu com aumento da velocidade de deslocamento na média dos dosadores. No que se refere ao tamanho da amostra, é possível reduzir, para a cultura do milho, para 103 espaçamentos entre sementes com nível de erro de 5% da média amostral, independentemente da velocidade de semeadura e mecanismo dosador utilizado.
Resumo:
O nosso objetivo é determinar prospectivamente o número, tamanho e tipo de cálculos da vesícula biliar de trezentos pacientes consecutivos submetidos à colecistectomia. O tipo de cálculo foi correlacionado com o sexo e idade dos pacientes, o tamanho e o número de cálculos e a presença de colecistite aguda e de displasia da vesícula biliar. Cálculo de colesterol foi encontrado em 262 pacientes (87,3%), pigmentar negro em 33 (11 %) e pigmentar marrom em cinco (1,7%). Todos os tipos de cálculos foram mais comuns no sexo feminino e aumentaram com a idade. O cálculo de colesterol foi mais comum em todas as faixas etárias. O número de cálculos variou de um a 465, sendo que a metade dos pacientes apresentou menos do que cinco cálculos. Cálculo único foi encontrado em 65 dos 262 pacientes (24,8%) com cálculo de colesterol, em um dos cinco pacientes (20%) com cálculo pigmentar marrom e em nenhum paciente com cálculo pigmentar negro. A incidência de colecistite aguda foi similar para os três tipos de cálculos. Não houve diferença na incidência de displasia da vesícula biliar em relação ao número, tipo e tamanho de cálculo. Conclui-se deste estudo que os cálculos de colesterol são os mais comuns da vesícula biliar, independente da idade e do sexo dos pacientes. Apesar do número de cálculos ser extremamente variável, metade dos pacientes submetidos à colecistectomia por litíase apresenta menos do que cinco cálculos. Pacientes com cálculo pigmentar preto não apresentam cálculo único.
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Objetivo: avaliar a acurácia da percepção materna dos movimentos fetais (PMMF) na predição de alguns resultados perinatais em gestantes diabéticas. Métodos: análise retrospectiva de 209 gestantes diabéticas atendidas no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), entre junho de 1988 e maio de 1996, que tinham registro de PMMF dentro dos três dias anteriores ao parto, monitorização eletrônica da freqüência cardíaca fetal intraparto, idade gestacional > ou = 30 semanas, avaliação do recém-nascido (RN) e diagnóstico neonatal. O teste de PMMF foi considerado normal quando a mulher detectou um mínimo de 7 movimentos em 60 minutos. Resultados: a sensibilidade do teste foi de 23 e 29% para Apgar <7 aos 5 minutos e sofrimento fetal intraparto (SFI), respectivamente, e próximo a 50% para anóxia neonatal (45,5%). A especificidade foi em torno de 95% para os três indicadores e o valor preditivo negativo (VPN) foi de 80% para SFI, mas de 98 e 97% para Apgar <7 aos 5 minutos e anóxia neonatal, respectivamente. Conclusões: a PMMF é um teste de grande utilidade para rastreamento das gestantes diabéticas que precisam de avaliação fetal por técnicas mais complexas, dado o alto VPN, que indica a capacidade de separar os casos em que a condição do feto é normal.
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Objetivos: determinar a freqüência de perfuração da luva cirúrgica em procedimentos de obstetrícia e ginecologia e compará-la com a de outras especialidades. Avaliar também a percepção do fato pelo ginecologista-obstetra, comparando-se com os demais profissionais. Métodos: estudo longitudinal, no período de março a outubro de 1997. Foram analisadas para constatação de perfuração 1.525 pares de luvas utilizadas nos procedimentos médico-cirúrgicos em hospital privado. Ao final das cirurgias, as luvas eram testadas por meio do enchimento com água e suave compressão para verificação de vazamentos. Na ocasião, pessoal treinado entrevistava o cirurgião sobre o reconhecimento de furos na luva cirúrgica, no intra-operatório. Os procedimentos em ginecologia-obstetrícia (grupo de estudo) foram comparados com os das demais especialidades (grupo controle). A percepção do acidente pelo cirurgião foi comparada nos dois grupos. Resultados: nos 1.113 procedimentos em ginecologia-obstetrícia foram encontrados 19,3% de perfurações. Nos demais procedimentos agrupados a porcentagem foi de 18,7%. Não houve diferença significativa entre os dois grupos (p>0,10). A percepção do acidente com a luva pelo ginecologista-obstetra foi de 29,8%, ao passo que a dos demais especialistas agrupados foi de 31,2%. A diferença não foi estatisticamente significativa (p>0,10). Conclusões: apesar da freqüência relativamente alta de perfuração da luva cirúrgica, o ginecologista-obstetra não apresenta maior risco de exposição a doenças infectocontagiosas que os demais profissionais. Do mesmo modo, a percepção do fato pelo ginecologista-obstetra não foi diferente, na média, da dos outros especialistas. Os resultados do presente estudo atestam a importância dos cuidados no intra-operatório com a perfuração da luva cirúrgica.
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OBJETIVO: avaliar qual o melhor método entre o exame clínico (EC), a mamografia (MMG) e a ultra-sonografia (US) na determinação pré-operatória do tamanho tumoral no câncer de mama, tendo como referência o exame anatomopatológico. MÉTODOS: foram incluídas neste estudo 184 pacientes com lesões mamárias detectadas por MMG e US, palpáveis ou não, e que foram submetidas a ressecção cirúrgica do tumor, com diagnóstico histopatológico de câncer de mama. O maior diâmetro tumoral foi avaliado por EC, MMG e US por um mesmo examinador, e a medida obtida por cada método foi correlacionada com o diâmetro máximo obtido pelo exame anatomopatológico. A análise comparativa foi feita por meio do coeficiente de correlação de Pearson (r). RESULTADOS: o coeficiente de correlação de Pearson encontrado entre o exame anatomopatológico e o EC foi 0,8; entre o exame anatomopatológico e a MMG foi 0,7 e entre o exame anatomopatológico e a US foi 0,7 (p<0,05). Foram calculados também os coeficientes de correlação de Pearson entre os métodos avaliados, obtendo-se r=0,7 entre o EC e a MMG, r=0,8 entre o EC e a US e r=0,8 entre a MMG e a US (p<0,05). CONCLUSÕES: o EC, a MMG e a US apresentaram acentuada correlação com a medida anatomopatológica, além de forte correlação entre si, mostrando-se equivalentes como métodos na determinação pré-cirúrgica do tamanho do tumor mamário. No entanto, devido às limitações específicas de cada método, o EC, a MMG e a US devem ser considerados complementares entre si para obtenção de uma medida mais acurada do tumor no câncer de mama.
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OBJETIVO: Identificar o conhecimento e a percepção dos profissionais da saúde em relação à legislação brasileira sobre o aborto provocado. MÉTODOS: Envelopes selados não identificados contendo os questionários foram enviados a todos os profissionais (n=149) que trabalham no Departamento de Obstetrícia de hospital universitário e de hospital público da periferia de São Paulo. Responderam ao questionário 119 profissionais. Para análise dos dados, utilizou-se intervalo de confiança de 0,05 e os testes exatos de Fischer e χ². RESULTADOS: Dos profissionais entrevistados, 48,7% eram médicos, 33,6% profissionais da área de enfermagem e 17,6% eram profissionais de outras áreas (psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, administrativos e técnicos de laboratórios). Constatou-se diferença significativa (p=0,01) na proporção de profissionais que acreditam que o aborto por malformação fetal não letal e no aborto decorrente de gestações não planejadas deveriam ser incluídos na legislação brasileira. Observou-se que o conhecimento da legislação e da descrição das situações permitidas por lei acerca do aborto foi significativamente diferente na comparação entre os profissionais de saúde (p=0,01). Quando questionados sobre as situações em que a legislação brasileira permite o aborto, observou-se que 32,7% dos médicos, 97,5% profissionais da área de enfermagem e 90,5% dos demais profissionais desconhecem a legislação vigente. CONCLUSÃO: Neste estudo, evidenciou-se o desconhecimento dos profissionais de saúde com relação à legislação brasileira, em menor proporção entre obstetras e em maior proporção entre os profissionais da área de enfermagem. Foram constatadas atitudes de discriminação, julgamento e preconceito na assistência prestada às mulheres que provocam o aborto.
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OBJETIVO: Verificar, em gestantes de baixo risco, a concordância entre a percepção materna dos movimentos fetais e os movimentos constatados simultaneamente pela ultrassonografia. MÉTODOS: Foram avaliadas 20 gestantes com os seguintes critérios de inclusão: feto único e vivo; idade materna entre 18 e 35 anos; idade gestacional entre 36 e 40 semanas completas; morfologia fetal normal ao exame ultrassonográfico; ausência de morbidades clínicas ou obstétricas. A gestante foi avaliada por dez minutos, período em que foi monitorada com aparelho de cardiotocografia para registro dos movimentos fetais acionados com o marcador de eventos, com a velocidade do papel ajustada para 3 cm/min. Simultaneamente foi realizada observação dos movimentos fetais pela ultrassonografia. RESULTADOS: A análise de concordância interobservador pela análise de kappa obteve o índice de 0,62, caracterizando boa concordância (IC95% 0,45 - 0,79). O coeficiente de correlação intraclasse foi de 0,82 (IC95% 0,61 - 0,92). A análise pelo gráfico de Bland & Altman indicou boa concordância. A análise pela regressão linear demonstrou correlação significativa entre a percepção materna (x) e a observação pela ultrassonografia (y) (r²=0,71; p<0,001; equação: y= 5,31+0,66x). CONCLUSÕES: A concordância da percepção materna e ultrassonográfica dos movimentos fetais é boa, o que permite o uso da contagem de movimentos fetais na avaliação da vitalidade fetal.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a recuperação funcional de 37 cães com diagnóstico de doença do disco intervertebral (DDIV) toracolombar, sem percepção da dor profunda superior a 48 horas e não submetidos ao tratamento cirúrgico. Os dados identificados foram: raça, idade, sexo, localização da lesão, perda da percepção da dor profunda, duração dos sinais clínicos, recuperação funcional, retorno da percepção da dor profunda, recidivas, eutanásias ou morte. Foi observada recuperação funcional em 11 cães (55%), sendo seis deles entre 30 e 60 dias após o início dos sinais clínicos. Dos onze cães que tiveram recuperação funcional satisfatória, dois (18%) não tiveram retorno da percepção à dor profunda. Pode-se concluir que cães com diagnóstico de DDIV sem percepção à dor profunda superior a 48 horas e não submetidos ao tratamento cirúrgico podem apresentar recuperação funcional satisfatória e são necessários, no mínimo, 30 dias do início dos sinais clínicos para estabelecer um prognóstico quanto ao retorno dos movimentos voluntários.
Resumo:
O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar a recuperação funcional de cães paraplégicos sem percepção à dor profunda (PDP) com doença do disco intervertebral (DDIV) toracolombar submetidos à hemilaminectomia dorsolateral. Foram incluídos somente cães com DDIV entre os segmentos da medula espinhal T3 e L3, que estavam paraplégicos sem PDP submetidos à cirurgia descompressiva. Foi observada recuperação funcional satisfatória em 73,3% dos cães (n=11), sendo um, aos cinco dias, sete entre 15 e 30 dias e três acima de 30 dias do procedimento cirúrgico. A duração da perda da PDP antes da cirurgia em cinco cães recuperados foi entre 12 e 48 horas e, em seis cães, acima de 48 horas. Cães paraplégicos sem PDP em decorrência da DDIV toracolombar podem apresentar recuperação funcional satisfatória quando submetidos ao tratamento cirúrgico mesmo sem percepção a dor profunda com tempo superior a 48 horas. Futuras pesquisas serão necessárias para avaliar a eficiência do tratamento cirúrgico, principalmente para aqueles que perderam a PDP acima de 48 horas.