1000 resultados para controle esquistossomose
Resumo:
Estudou-se o curso da infecção esquistossomótica experimental no rato albino, um hospedeiro singular para o Schistosoma mansoni, e quatro semanas após a infecção houve uma rápida diminuição na carga parasitária, fato esse denominado por alguns pesquisadores como ' fenômeno de autocura Contudo, após a administração de um imunossupressor - a Azatioprina - observou-se uma maior susceptibilidade dos ratos à infecção, com os animais apresentando um significativo retardamento no chamado "fenômeno de autocura A grande maioria dos vermes é recuperada nos vasos intra-hepáticos do sistema porta, sem que haja migração para as veias mesentéricas. Quando os ratos foram tratados com Azatioprina observou-se uma significativa localização mesentérica dos vermes adultos neste hospedeiro.
Resumo:
Os AA. estudaram o tipo de colágeno em cortes histológicos de fragmentos de fígado de 12 indivíduos portadores da forma hepatesplênica da esquistossomose mansoni, pela técnica de coloração pelo Sirius Supra Red F3BA. Como controle usaram cortes histológicos de 12 fragmentos de fígado de indivíduos sem doenças fibrosantes. As preparações coradas pelo Sirius Supra Red F3BA e examinadas em microscópio de polarização (Leitz) revelaram que a fibrose periportal é constituída por colágeno de tipos I e III, com predominância do primeiro.
Resumo:
Foram tratados com oxamniquine 23 esquistossomóticos com forma hepatosplênica instalada há menos de seis anos. Eles permaneceram na área endêmica, se reinfectaram e foram revistos após 2-4 anos. Houve melhora na evolução da doença em 78,3%. A melhora variou da completa reversão da hepatosplenomegalia (26%) à simples diminuição da esplenomegalia com persistência ou não das lesões nodulares hepáticas. A resposta ao tratamento não foi influenciada pelo número de ovos de S. mansoni ms fezes e nem pela repetição do tratamento. Contudo, os pacientes com idade acima de nove anos responderam melhor ao tratamento. Na hipertensão porta esquistossomótica, pelo menos na ausência de hemorragias digestivas, o tratamento especifico deve preceder qualquer indicação cirúrgica.
Resumo:
A estabilidade da contagem de ovos de Schistosoma mansoni pelo método de Kato-Katz foi avaliada em 144 pessoas residentes em uma área endêmica de Minas Gerais. Os resultados do primeiro exame foram comparados à média obtida em três exames de fezes realizados num período de 11 semanas. Os pacientes foram agrupados de acordo com a contagem de ovos obtida no primeiro exame de fezes: < 100, 100-499, 500-999 e ≥ 1000 ovos (classificação A); < 100, 100-499 e ≥ 500 ovos (classificação B); < 500, 500-999 e ≥ 1000 ovos (classificação C). A percentagem de pacientes que permaneceram no mesmo grupo no qual haviam sido enquadrados no primeiro exame foi estatisticamente semelhante nas classificações A, Be C (73-81%). O coeficiente de correlação de Pearson foi alto (r= 0,9038) e a média geométrica do número de ovos no primeiro exame (5 75,7 + 5,4) foi semelhante à obtida em três exames de fezes (556,6 + 4,4 ovos/g fezes).
Resumo:
Experimentamos o novo inseticida bendiocarb para o combate ao Panstrongylus megistus, principal vetor da doença de Chagas, em uma área endêmica do Estado da Bahia, Brasil. Uma das partes da experiência constou da aplicação de 0,4 g/m² de bendiocarb a 80% pelas equipes de guardas borrifadores oficiais. A taxa de infestação das casas foi reduzida de 18% para 7%, seis meses após a aplicação do inseticida, e a densidade de P. megistus caiu de 7 para 1,5 exemplares por hora. A outra parte constou da utilização da mão-de-obra dos habitantes na inspeção de suas casas para triatomíneos, da aplicação por meio de uma pequena bomba manual, de bendiocarb a 20%, sempre que observassem triatomíneos. A taxa de infestação das casas foi reduzida de 48% para 14% e a densidade de P. megistus caiu de 12 para menos de 1 exemplar por hora. Apesar da concentração mais fraca, o bendiocarb aplicado com a colaboração da população, apresentou resultados mais eficientes, provavelmente devido à constante vigilância com que ficou a área, havendo conseqüentemente, maior freqüência na aplicação do inseticida. O método de combate aos vetores com a participação da população mostrou-se mais eficiente e menos dispendioso. Dessa forma, se adotado pelos serviços de combate às endemias no Brasil, talvez venha a ser a solução para a descontinuidade das campanhas contra a doença de Chagas.
Resumo:
Em estudo duplo-cego observou-se que as alterações radiológicaspulmonares após tratamento com oxamniquine de pacientes com esquistossomose mansoni crônica associam-se com a presença de eosinófilos no escarro (p
Alterações clínico-radiológicas pulmonares pós-tratamento na esquistossomose mansoni aguda e crônica
Resumo:
Em 28,8% dos pacientes com esquistossomose mansoni tratados com oxamniquine ocorrem alterações radiológicas pulmonares caracterizadas por broncopneumonite (41%), pneumonite (35%), abaulamento do arco médio (17%) e congestão pulmonar (7%). As alterações são transitórias, com início até 3 dias após a terapêutica, em 50,7% regredindo em 15 dias, completa e espontaneamente. Predominam na faixa etária entre os 4 aos 12 anos, não dependem, de padrão radiológico pré-tratamento, cor, sexo, naturalidade ou fase/forma da doença. As alterações clínicas associadas às anormalidades radiológicas pós-tratamento são inexpressivas na forma aguda, toxêmica, enquanto na fase crônica surgem como estertores crepitantes e roncos. O encontro de eosinófilos no escarro até o décimo segundo dia após o tratamento correlaciona-se com o encontro de alterações radiológicas pulmonares pós-tratamento independentemente da fase/forma da doença.
Resumo:
A bromoacetamida tem sido testada como moluscicida na República Popular da China, para tratamento de criadouros de Oncomelania, hospedeiro do Schistosoma japonicum, com bons resultados. O produto é solúvel em água, o que simplifica seu uso. Foram feitos ensaios biológicos preliminares deste produto em caramujos adultos (Biomphalaria glabrata, B. tenagophila e B. straminea), recém-eclodidos e desovas. Paralelamente foram feitos ensaios com o pentaclorofenol para avaliar a suscetibilidade dos caramujos. O produto foi testado também sobre peixes, Lebistes reticulatus. Os moluscos testados mediam 8-10 mm de diâmetro; os recém-eclodidos tinham 1-3 dias de idade e as desovas 0-1 dia de idade. A temperatura da água durante os experimentos variou de 24,3 a 27,0°C. O produto foi ativo para caramujos adultos, recém-eclodidos e desovas, em concentrações em tomo de 1 a 4 ppm. Para os peixes o produto foi menos tóxico do que para os caramujos (CLço 7,5 ppm). Estes resultados indicam que a bromoacetamida apresenta propriedades moluscicidas promissoras para o controle da Biomphalaria spp.
Resumo:
Procedeu-se a um levantamento coproscópico em alunos de 8 a 15 anos, pertencentes a 3 escolas do Alto da Boa Vista. De 155 alunos examinados, encontraram-se 4 casos positivos (2,6%) de esquistossomose. Entre 25 familiares destes, encontraram-se outros 4 casos positivos (16%). Havia na área uma população de Biomphalaria tenagophila (Orbigny, 1835), amplamente distribuída nas valas de irrigação de hortas de agrião, ligadas ao rio das Fumas. A taxa de infecção dos moluscos foi de 7 (0,29%) em 2.400 examinados. Comparando-se estes resultados com dados anteriores, observa-se que a prevalência da esquistossomose se mantém no Alto da Boa Vista há pelo menos 15 anos.
Resumo:
Para simplificar o diagnóstico da esquistossomose mansônica há interesse de utilizar exame das fezes executado com base na eclosão de miracidios. Foi analisada a sensibilidade do método idealizado por Suzuki, através de comparação com os processos de Kato-Katz, Hoffman, Pons e Janer (sedimentação espontânea em água) e Chieffi e cols. Ficou comprovado que a tática em apreço é útil, mas não suplanta os méritos das outras empregadas, apresentando todavia melhor resultado quando presentes nas fezes maiores quantidades de ovos.
Resumo:
Exemplares de Biomphalaria glabrataforam infectados com miracídios obtidos de ovos de Schistosoma mansoni, encontrados em fezes de indivíduos de 7 a 18 anos, da região de Lagoa da Pampulha, Belo Horizonte, MG. Os pacientes de fase aguda se infectaram em uma primeira visita ao foco. Os da fase crônica eram moradores próximos aos focos. Para cada caso clínico, isolou-se a respectiva amostra do parasita. Foram infectados pela cauda 55 camundongos fêmeas com 70 ± 10 cercárias. Cortes histológicos de fígados, corados por HE, tricrômico de Gomori, impregnação metálica pela prata, e PAS foram observados à microscopia óptica. Não houve diferenças estatísticas em relação às médias das mensurações dos diâmetros dos granulomas referentes às amostras e datas de sacrifícios. Os granulomas apresentaram fase exsudativa do tipo Ha (reação de inflamação mista) e IIIa (granuloma com células epitelióides). Com amostras de pacientes em fase aguda o padrão predominante foi a Ha na 7ª semana. Na 10.ª semana predominaram granulomas do tipo IIIa. Nas amostras de pacientes em fase crônica, verificou-se uma mescla de granulomas do tipo Ha e IIIa na 7ª semana. Na 10ª semana predominou o tipo IIIa. Alguns aspectos histopatológicos de fígados foram descritos e comparados com aqueles existentes na literatura.