1000 resultados para Vegetação Secundária
Resumo:
No presente trabalho foram analisados a dinâmica de sucessão, o crescimento e a produção de uma Floresta Ombrófila Densa secundária, após corte de cipós. O tratamento silvicultural foi executado com o objetivo de promover o rápido retorno da floresta às suas condições primárias ou, no mínimo, diminuir o intervalo de tempo entre dois ciclos de corte sucessivos. Os dados foram provenientes de um experimento implantado em 1989 e medido bienalmente na Reserva Natural da Companhia Vale do Rio Doce S.A., localizada entre os municípios de Linhares e Jaguaré, ES, Brasil. Foi empregada amostragem sistemática, tendo sido considerados como indivíduos da regeneração natural todos aqueles com dap < 5,0 cm. Foram analisadas as estimativas dos parâmetros da composição florística, a diversidade de espécies e a estrutura da regeneração natural, em cada ocasião de monitoramento. As análises permitiram concluir que, para todas as categorias analisadas, houve grandes variações positivas nas taxas de regeneração natural e aumento da área basal desses indivíduos ao longo do período de monitoramento, indicando ser este compartimento da floresta o mais beneficiado pela aplicação do tratamento e, indiretamente, o estrato arbóreo, ao receber o ingresso desses indivíduos. Assim, o corte de cipós favoreceu a dinâmica de sucessão secundária, diminuindo a concorrência por espaço, nutrientes e luz, o que proporciona importante desenvolvimento da regeneração natural e grande elevação da taxa de ingresso de novos indivíduos no estrato arbóreo.
Resumo:
O eucalipto é a espécie florestal mais plantada no Brasil, e por pertencer à família Myrtaceae sofre ataques de insetos que migram de hospedeiros nativos dessa planta, entre os quais Oxydia vesulia (Lepidoptera: Geometridae), espécie responsável por danos significativos a plantas desse grupo, em várias regiões do País. O estabelecimento e a preservação de reservas nativas têm sido uma das alternativas para reduzir a ação de agentes daninhos, pois promovem o aumento da diversidade ecológica e, conseqüentemente, favorecem a multiplicação e diversidade de inimigos naturais. Neste estudo, a coleta dos Lepidoptera foi realizada em duas situações, ou seja, em povoamentos de eucalipto sem e com faixas de vegetação nativa, utilizando armadilhas luminosas, dispostas em cinco diferentes situações de composição vegetal: 1 - no interior de uma área de cerrado a 100 m de sua borda; 2 - na zona de contato entre o cerrado e o eucaliptal; 3 - no interior do eucaliptal a 250 m de sua borda; 4 - no centro da faixa de cerrado, portanto a aproximadamente 500 m da borda; e 5 - no interior do eucaliptal a 750 m de sua borda. O. vesulia apresentou 329 indivíduos, sendo mais abundante no sistema sem faixas, com 266 indivíduos, e apenas 63 indivíduos no sistema com faixas. Essa espécie foi constante (51,43%) no sistema sem faixas e acessória (45,71%) no com faixas, com freqüência de 1,15 e 1,66%, respectivamente, com coleta de maior número de indivíduos dessa espécie a partir da segunda quinzena de fevereiro, em ambos os sistemas. No sistema com faixas, O. vesulia foi mais coletada no interior do eucaliptal a 250 m da borda, com 31 indivíduos, enquanto no sem faixas o maior número de indivíduos dessa espécie foi registrado no interior do eucaliptal a 750 m de sua borda.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi analisar a dinâmica da composição florística de uma Floresta Ombrófila Densa secundária, após o corte de cipós. O tratamento silvicultural foi executado com o objetivo de promover o rápido retorno da floresta às suas condições primárias ou, no mínimo, diminuir o intervalo de tempo entre dois ciclos de corte sucessivos. Os dados foram provenientes de um experimento implantado em 1989 e medido bienalmente na Reserva Natural da Companhia Vale do Rio Doce S.A., municípios de Linhares e Jaguaré-ES, Brasil. A amostragem foi sistemática (35 parcelas permanentes retangulares), tendo sido considerados como indivíduos adultos as árvores com dap ³ 5,0 cm. Foram avaliados os efeitos da aplicação do tratamento sobre a composição florística e a diversidade de espécies, em cada ocasião de monitoramento. No tocante às espécies arbóreas, o tratamento pouco influenciou a dinâmica da composição florística. Embora a diversidade tenha aumentado (0,55% pelo índice de Shannon-Weaver), os demais índices apresentaram decréscimo, o que indica que houve elevada taxa de ingresso das espécies preexistentes na área, ou seja, o aumento do número de indivíduos na população está ocorrendo em taxas maiores do que o incremento no número de espécies. Já a estrutura da floresta (estrato arbóreo) foi bastante influenciada, pois os substanciais aumentos em número de árvores e área basal indicam que as taxas de recrutamento e crescimento estão superando as de mortalidade. Da mesma forma, os grupos ecofisiológicos das secundárias tardias e climáxicas foram os mais beneficiados, sendo mais um indicativo de que o tratamento está favorecendo a dinâmica de sucessão secundária.
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O objetivo do presente estudo foi analisar a estrutura da regeneração natural de uma floresta explorada de várzea baixa localizada no município de Afuá, no norte do Estado do Pará. Foram amostradas 25 subparcelas de 100 m², nas quais foram medidos a altura de todos os indivíduos das espécies arborescentes com altura (h) ³ 0,30 m e diâmetro a 1,30 m do nível do solo (DAP) < 15,0 cm e o diâmetro das espécies com h ³ 3,0 m e DAP < 15,0 cm, além de ter sido realizada a identificação botânica. Foram amostrados 13.380 indivíduos/ha, distribuídos em 63 espécies, 51 gêneros e 23 famílias botânicas. As espécies mais importantes da fitocenose foram: Euterpe oleracea, Astrocaryum murumuru, Crudia bracteata, Gustavia augusta e Inga edulis. Mais de 60% das espécies estudadas apresentaram padrão de distribuição agregado, e o índice de diversidade de Shannon-Weaver (H') foi de 3,05.
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Foram mapeados o uso do solo e as alterações das áreas de vegetação natural da Fazenda Experimental Edgardia, localizada em região de Cuesta no município de Botucatu-SP, em dois períodos (1978 e 1997), com o auxílio do sistema de informações geográficas ILWIS v.2.2 para Windows, de fotografia aérea e de imagens dos satélites Spot e Landsat-5. Cruzaram-se as informações de ocorrência da vegetação natural nas duas épocas, derivando-se um mapa temático que permitiu verificar a variação temporal das áreas dos fragmentos florestais, assim como foram observadas as associações da vegetação natural com a declividade e as unidades de solo. Analisado o intervalo de 19 anos, foram detectadas uma regeneração significativa de áreas de Floresta Estacional Semidecidual, na frente da Cuesta, em unidades de Neossolo Litólico, e uma pequena regeneração da tipologia cerradão, na depressão periférica, onde ocorrem solos de textura arenosa.
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Os objetivos deste estudo foram avaliar a viabilidade econômica de manejar a vegetação nativa do cerrado submetida a seis diferentes níveis de intervenção, levando-se em conta alterações nos parâmetros valor da terra, nível de produtividade, custo de produção e preço da madeira, e comparar, em termos econômicos, duas opções para uso de terras originalmente ocupadas com vegetação de cerrado: produção de madeira (lenha) para energia, manejando a vegetação do cerrado, e retirada da vegetação para plantio de eucalipto. Os dados foram obtidos em Coração de Jesus-MG, em experimento instalado em uma área de 30 ha, submetida a seis tratamentos (retirada de 50, 70, 80, 90 e 100% da área basal e testemunha), com cinco repetições cada. Para avaliação econômica usou-se o valor presente líquido, considerando um horizonte de planejamento infinito. Concluiu-se que o ciclo de corte ótimo econômico é de 10 anos. Todos os regimes de manejo foram viáveis economicamente, exceto a retirada de 50% da área basal. O custo da terra é significativo na formação do custo de produção da vegetação do cerrado, o que evidencia que planos de manejo podem ser mais lucrativos se forem implantados em regiões onde o preço da terra é baixo. Variações na produtividade, nos custos de produção e no preço da madeira também afetaram de maneira significativa a viabilidade econômica dos regimes de manejo. Do ponto de vista econômico, investir no plantio de eucalipto em regiões de cerrado, visando produzir madeira para energia, só é mais interessante que manejar a vegetação do cerrado se a produtividade do eucalipto for maior do que 45 st/ha.ano.
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Estudou-se um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual Submontana, localizado no município de Viçosa (de 20º35' a 28º50'S e de 42º45' a 43º00'W), Estado de Minas Gerais, com os objetivos de identificar e analisar as alterações florísticas entre levantamentos realizados em 1984 e 1998. A listagem florística foi determinada a partir de um estudo fitossociológico no qual foi utilizado o método de parcelas contíguas, cobrindo uma área de 1 ha, tendo sido amostrados os indivíduos que apresentassem no mínimo 15 cm de CAP. Em 1998 foram encontradas 94 espécies, distribuídas em 77 gêneros e 32 famílias botânicas. Comparando os levantamentos de 1984 e 1998, constatou-se que dez espécies entraram no perfil, sendo cinco secundárias tardias e cinco secundárias iniciais.
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Com o objetivo de avaliar a existência e a magnitude da variabilidade genética para a eficiência de utilização de fósforo, conduziu-se o experimento em casa de vegetação, usando 18 famílias de meios-irmãos de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden, submetidas a três doses de fósforo (0, 200 e 400 mg/dm³ de P2O5). O experimento foi disposto em delineamento inteiramente casualizado, no esquema fatorial 18 x 3, num total de 54 tratamentos, com três repetições de duas plantas, e foi conduzido em vasos com 7 dm³ de solo. Aos 120 dias após o transplantio das mudas, foram avaliados a altura e o diâmetro do coleto; a massa seca de raízes, caule, galhos, folhas, parte aérea e total, a relação raiz-parte aérea; e o teor, o conteúdo e a eficiência de utilização de fósforo nas folhas e no caule das plantas. As famílias responderam positivamente à adubação fosfatada, porém de forma diferenciada para cada característica, apresentando tendência de estabilização na maior dose testada. A adição de 400 mg/dm³ de P2O5 causou maior absorção de P, porém não proporcionou a maior produção de matéria seca, resultando em menor eficiência de utilização de P nesta condição. Em geral, o material testado apresentou baixa variabilidade genética, mas foi possível identificar materiais promissores para as características avaliadas.
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Doses crescentes de fertilizante de liberação controlada (FLC) foram comparadas com fertilização convencional e tratamento sem fertilização. Estes tratamentos foram testados em mudas das pioneiras Guazuma ulmifolia (mutambo), Eucalyptus grandis e Pinus caribaea var. caribaea, da secundária inicial Peltophorum dubium (canafístula) e da clímax Calycophyllum spruceanum (mulateiro), as quais cresceram em casa de vegetação. As mudas foram cultivadas em tubetes de 50 cm³ de capacidade, tendo como substrato uma mistura contendo 50% de húmus de minhoca, 30% de casca de eucalipto decomposta e 20% de casca de arroz carbonizada, em base volumétrica. Aos 125 dias após a semeadura, as mudas de G. ulmifolia, E. grandis e P. dubium submetidas à fertilização convencional apresentaram maior crescimento em altura e biomassa seca da parte aérea comparados aos dos tratamentos que receberam FLC. Contudo, para estas espécies, a biomassa seca da raiz das mudas submetidas ao tratamento convencional foram semelhantes à das mudas produzidas com as duas maiores doses de FLC (4,28 e 6, 42 kg/m³ de substrato), e a razão entre raiz e parte aérea foi maior para a dose de 6,42 kg/m³ (FLC), comparada à do tratamento convencional para as duas primeiras espécies. O Calycophyllum spruceanum e o Pinus caribaea var. caribaea tiveram pequeno desenvolvimento em todos os tratamentos, aos 125 dias.
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O local de estudo é uma mata secundária, com área de 39,81 ha, localizada no município de Viçosa, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, nas coordenadas de 20º45' S e 42°55' W, e 680 m de altitude. A temperatura média anual da região varia de 14,6 a 21,8 ºC e a precipitação média anual é de 1.220 mm. A vegetação caracteriza como Floresta Estacional Semidecidual. No levantamento florístico realizado observaram-se 197 espécies, distribuídas em 53 famílias botânicas e 134 gêneros. A florística encontrada foi comparada de forma qualitativa à de outros trabalhos da flora arbórea realizados nas Regiões Sudeste e Sul do Brasil.
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A história de uso do solo exerce influência na composição de espécies e, portanto, deve se refletir na diversidade da vegetação em regeneração depois do fogo. Para testar essa hipótese foram comparadas comunidades vegetais em terraços, áreas utilizadas agricolamente, com comunidades em ladeiras livres do uso agrícola, em Valença, Espanha. A regeneração da vegetação de matorral com Ulex parviflorus foi amostrada aos 3, 9, 15 e 21 meses depois do incêndio. Foram estimados o número de espécies, o recobrimento vegetal e a diversidade e analisadas as curvas dominância-diversidade e espécies-área. Nas comparações entre os dois habitats (terraço e ladeira), não houve diferença no número de espécies nem na diversidade. Entretanto, o recobrimento vegetal foi maior nos terraços (62,6%) que nas ladeiras (39,9%). As curvas de dominância-diversidade dos dois habitats caracterizaram-se por pendentes acentuadas na parte superior e concentração de mais da metade das espécies com recobrimento inferior a 1% na parte inferior, explicável pelo fenômeno biológico da dominância. O modelo que relacionou o ganho de espécies com o aumento da área da amostra evidenciou que aos três meses depois do fogo o número de espécies nas ladeiras foi mais elevado que nos terraços.
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Os estudos sobre fenologia reprodutiva das espécies arbóreas geram conhecimentos que são necessários para definição de estratégias de conservação e manejo florestal. Assim, o presente trabalho teve como objetivo a caracterização da fenologia reprodutiva de espécies para produção de madeira ou lenha em formações secundárias da Floresta Ombrófila Densa. Entre junho de 1998 e julho de 1999, foram avaliados os períodos de floração e frutificação de no mínimo 5 até 41 plantas arbóreas reprodutivas, pertencentes a 19 espécies, em uma área localizada no município de São Pedro de Alcântara, Santa Catarina. As observações fenológicas (floração e frutificação) foram realizadas a cada 15 dias. A proporção de plantas que floresceu e frutificou variou de 5,5 a 80,0% (média de 28,4%), dependendo da espécie. Também, existem diferenças entre espécies em relação ao DAP mínimo para floração, que variou de 5,6 a 21,5 cm. A floração da maior parte das espécies ocorreu no período de outubro a janeiro. A frutificação concentrou-se nos meses de janeiro a março. Além destes fatores, as fenofases reprodutivas também são dependentes do ambiente onde se desenvolvem, razão pela qual muitas espécies estudadas apresentaram períodos reprodutivos diferentes daqueles mencionados para outras regiões. Os resultados deste trabalho reforçam a necessidade de estudos específicos para elaboração de planos de manejo florestal com espécies madeireiras nativas, bem como para definir estratégias de coleta de sementes.
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A mineração das dunas litorâneas em Mataraca, Paraíba, Brasil, para obtenção de minérios titaníferos, demanda a retirada da vegetação original e resulta na posterior formação de grandes massas de areias quartzosas estéreis. Estas dunas ficam sujeitas à forte ação dos ventos, podendo se deslocar e ocasionar impactos ambientais de alta magnitude. A mineradora Millennium Inorganic Chemicals do Brasil S.A. desenvolve, desde 1987, um Programa de Reabilitação Ambiental, com o objetivo de fixar essas dunas e reabilitar o ecossistema. Neste estudo objetivou-se identificar o nível de influência dos fatores irrigação, tempo de recuperação, cobertura com bagaço de cana e adição de solo de mata (proveniente do decapeamento pré-exploratório) na revegetação dessas áreas. A vegetação foi levantada pelo método de pontos em 1.094 amostras, sistematicamente distribuídas em 13 estratos, que foram definidos pelas diferentes combinações dos fatores citados. Foram amostrados 3.153 indivíduos, pertencentes a 24 famílias e 84 espécies, que a partir de seus valores de cobertura foram submetidas, com os quatro fatores, a uma análise de correspondência canônica. Observou-se a idade como o fator que mais influiu nas relações de abundância, seguido do uso de solo de mata, enquanto a irrigação e a adição de bagaço de cana quase não influenciaram o desenvolvimento da vegetação.
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Objetivou-se comparar prognoses da distribuição diamétrica de uma floresta estacional semidecidual secundária obtidas pelos métodos da razão de movimentação, de Wahlenberg e da matriz de transição. Foram utilizados dados obtidos em dez anos de monitoramento do ensaio de produção sustentável em floresta secundária, implantado em 1986 pela companhia Vale do Rio Doce, em Rio Vermelho e Serra Azul de Minas, Minas Gerais. Foram considerados apenas os dados referentes à área sem intervenção, e as árvores foram agrupadas por classe de diâmetro de 5 cm. As análises da taxa de crescimento foram realizadas a partir dos períodos de monitoramento de 1986 a 1996, com intervalos de dois em dois anos. As prognoses da estrutura diamétrica para 1994 e 1996 foram realizadas por meio dos métodos da razão de movimentação, de Wahlenberg e da matriz de transição e comparadas com a estrutura real. A consistência da prognose obtida por cada método foi realizada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov (P = 0,05). Quanto ao número médio de árvores, as prognoses obtidas pelos três métodos foram similares a estrutura real, tanto para 1994 como para 1996. No entanto, quanto à distribuição diamétrica, os métodos não foram eficientes quando comparados com a estrutura real. Pode-se concluir que os métodos da razão de movimentação, de Wahlenberg e da matriz de transição foram eficientes na prognose do número médio de árvores/ha da floresta estudada, porém não o foram na prognose da distribuição diamétrica da mesma floresta.
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A pouco conhecida vegetação de muçununga ocorre em Florestas Ombrófilas Densas de Terras Baixas no norte do Espírito Santo e Sul da Bahia, em locais de solo arenoso, úmido e fofo. Este trabalho teve como objetivo realizar estudos florísticos e fitofisionômicos para uma avaliação de como interferências antrópicas influenciaram a composição e a estrutura das muçunungas de Caravelas (17º41'13''S e 39º28'24''W) e Mucuri (18º10'29''S e 39º53'25''W), no Estado da Bahia. Foram realizadas incursões na vegetação para coletas botânicas e construção do espectro biológico. Foram feitos perfis em quatro diferentes estratos, em ambas as muçunungas. Na muçununga de Caravelas foram relacionadas 67 espécies de 32 famílias e na de Mucuri, 53 espécies de 31 famílias. Na listagem florística ficou evidenciada a maior riqueza da muçununga de Caravelas. Nos perfis é possível perceber maior equabilidade na distribuição dos indivíduos entre as espécies da muçununga de Caravelas que entre as espécies de Mucuri. Os impactos originários da atividade humana favoreceram as formas de vida hemicriptofítica e as lianas na muçununga de Mucuri. As espécies Baccharis trimera, Blechnum serrulatum, Imperata brasiliensis e Pteridium aquilinum são indicadoras dos impactos de passagem de fogo e pastejo bovino. Os impactos antrópicos nas muçunungas foram os principais responsáveis pela diminuição da biodiversidade nesse tipo de vegetação.