971 resultados para Toxoplasma gondii. Antipsychotics and retina
Resumo:
Foi comprovada a eficácia da azitromicina e da pirimetamina no tratamento da infecção experimental de camundongos pelo Toxoplasma gondii. Houve administração cotidiana, pela via oral de 200mg/kg e 12,5mg/kg, respectivamente durante dez dias. O uso dos medicamentos ocorreu mediante associação ou não e o emprego concomitante proporcionou o melhor resultado e convirá efetuar investigação semelhante com cepa cistogênica do parasita.
Resumo:
A sorologia tem sido o método de escolha para o diagnóstico da toxoplasmose. Devido a isto, padronizamos um ensaio imunoenzimático (ELISA) e comparamos seus resultados com a técnica de imunofluorescência indireta (IFI). A técnica padronizada apresentou na pesquisa de IgG sensibilidade (S) de 96,7% e especificidade (E) de 75%, com valor de predição de positividade (VPP) de 83,3% e de negatividade (VPN) de 94,7%, com uma concordância ajustada (K) de 73,5%. A IFI apresentou S de 83,8%, E de 79,1% com VPP de 83,8 % e VPN de 79,1% com K de 63%. A concordância bruta entre os dois testes (ELISA/IFI) foi de 88,3% para pesquisa de IgG e de 81,5% para pesquisa de IgM, sendo o K de 70,8% para IgG e de 1,3% para IgM, sendo o índice de correlação (r) de 0,556 para IgG e de -0,023 para IgM. Podemos concluir que a ELISA-IgG padronizada é indicada nos processos de triagem sorológica, sendo a ELISA-IgM desaconselhada uma vez que apresentou baixos índices de concordância ajustada com a técnica de referência, sugerindo pouca confiabilidade dos resultados.
Resumo:
Este estudo determinou a ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em população indígena do Mato Grosso, os Enawenê-Nawê. Estes habitam uma vasta região selvagem, com raros contatos com não-índios. Não apresentam animais domésticos, inclusive gatos. A dieta é baseada em insetos, mandioca, milho, mel e fungos e não se alimentam de carne, exceto de peixe. Com base no exposto, desenvolveu-se análise sorológica, por meio de ELISA - IgG e IFI - IgG e IgM. De 148 soros, 80,4% foram ELISA ou IFI- IgG positivos. Não foram detectados casos de IgM reagentes. Nesse grupo as taxas de soropositividade aumentaram significativamente com a idade, de 50% a 95%. Analisando-se os hábitos e costumes, aliados à alta soropositividade encontrada, sugere-se que a presença de felinos silvestres nas imediações da aldeia e coleções de água poderia ter papel importante como fonte de infecção, contaminando o solo e, conseqüentemente, os insetos e fungos consumidos pelos índios.
Resumo:
Foi colhido um total de 442 soros em rebanhos caprinos de sete regiões do Estado de São Paulo e testados para anticorpos contra Toxoplasma gondii pela reação de imunofluorescência indireta. Em todos os rebanhos, foram encontrados caprinos reagentes, totalizando 64 (14,5%) animais com sorologia positiva em diferentes capris.
Resumo:
Foi avaliada a eficácia da administração prolongada de azitromicina e pirimetamina em camundongos infectados com cepa cistogênica de Toxoplasma gondii. Os animais foram inoculados intraperitonealmente com um cisto de T. gondii e, após 20 dias, divididos em quatro grupos: GI infectados não tratados, GII infectados e tratados concomitantemente com pirimetamina (12,5mg/kg/dia) e azitromicina (100mg/kg/dia), GIII infectados e tratados com a mesma dose de pirimetamina e GIV infectados e tratados da mesma forma com azitromicina. O tratamento, via oral, estendeu-se por 120 dias; após este período os animais foram sacrificados e foi feita a contagem dos cistos no cérebro. A associação de ambos os medicamentos proporcionou melhores resultados, diminuindo a contagem de cistos no cérebro dos animais tratados de forma concomitante.
Resumo:
Foi realizada pesquisa de anticorpos IgG, IgM e IgA anti-Toxoplasma gondii no soro e fluidos intra-oculares (humor aquoso e vítreo) de pacientes com toxoplasmose ocular. A partir dos resultados obtidos verificou-se que anticorpos IgG e IgA intraocular anti-Toxoplasma gondii podem vir a ser importantes marcadores no diagnóstico de toxoplasmose ocular.
Resumo:
Para verificar a ocorrência da toxoplasmose em Cascavel, Paraná, cidade próxima a região onde ocorreu o maior surto epidêmico descrito mundialmente, 334 amostras de soros de gestantes foram triadas pelo ensaio imunoenzimático comercial IgG no Laboratório Municipal de Cascavel, e confirmadas no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo por imunofluorescência IgG, ensaio imunoenzimático e avidez de IgG in house. A soropositividade pelo IgG comercial foi 54,2%, pela imunofluorescência 54,8% e pelo IgG in house 53,9%, com boa concordância entre imunofluorescência/IgG comercial (Kappa=0,963781; co-positividade=97,8%; co-negatividade=98,7%) e imunofluorescência/IgG in house (Kappa=0,975857; co-positividade=97,8%; co-negatividade=100%). A evidência de infecção aguda nas gestantes foi similar tanto pela avidez de IgG (2,4% ao ano) como pela análise estatística de tendência (teste χ2) por faixa etária (2% ao ano), sugerindo que a triagem sorológica pré-natal e a vigilância epidemiológica são imprescindíveis para redução do risco da toxoplasmose na região, embora sem evidência de surto epidêmico.
Resumo:
A toxoplasmose é uma antropozoonose de distribuição mundial que afecta quase um terço da população humana, bem como os animais e é causada por um protozoário intracelular obrigatório, Toxoplasma gondii. A prevalência desta parasitose na população humana varia com os hábitos alimentares, nível sócio-económico e com o clima. A transmissão ao homem está associada à ingestão de oocistos infecciosos (esporulados) provenientes das fezes dos gatos, a partir da água, de alimentos e do solo contaminados, ingestão de quistos na carne crua ou mal cozida, via congénita ou transfusional e por transplante de órgãos e/ou de tecidos de dadores infectados com o parasita e, mais raramente, através do leite não pasteurizado. A transmissão materno-fetal do parasita só ocorre quando a infecção é adquirida pela primeira vez na gravidez, podendo provocar sequelas graves para o feto, nomeadamente, atraso mental e morte fetal. O objectivo deste trabalho foi determinar a prevalência e os factores de risco associados à infecção por T. gondii em grávidas seguidas no Hospital Garcia de Orta. Este estudo teve a duração de 8 meses (Abril de 2010 a Janeiro de 2011) e foram contactadas 163 grávidas, das quais 140 (85,89 %) responderam ao questionário, tendo sido possível recolher soros de 155 (96,88%) grávidas. Os soros recolhidos foram testados para os anticorpos IgG anti-T. gondii pelo kit comercial Toxo-Screen Da e para os anticorpos IgM anti-T. gondii pelo kit comercial Toxo-ISAGA, ambos da bioMérieux®. Nas amostras seropositivas para o anticorpo IgM anti-T. gondii realizou-se a avidez dos anticorpos IgG anti-T. gondii através do kit NovaLisa - Toxoplasma gondii IgG Avidity Test da Novatec™. Foi efectuada a análise descritiva dos dados, centrada essencialmente em frequências absolutas para cada variável. Para testar a associação entre as variáveis utilizou-se o teste Qui-Quadrado de Pearson ou o teste exacto de Fisher (IC 95%, p≤0,05). A prevalência da toxoplasmose nas grávidas, neste estudo, foi de 21,94% (34), dos quais 50% (17) correspondem a grávidas seropositivas só para os anticorpos IgG (imunidade) e os outros 50% (17) correspondem a grávidas seropositivas para os anticorpos IgG/IgM. Neste último grupo, realizou-se a avidez e verificou-se que todas as grávidas eram portadoras de uma infecção antiga. Também, constatou-se que 78,06% das grávidas eram susceptíveis para a toxoplasmose, com risco de adquirirem a doença durante a gravidez. Na análise estatística entre os factores de risco e a infecção por T. gondii nas grávidas verificámos uma associação significativa (p<0,05) entre o número de partos, o conhecimento da toxoplasmose, o contacto com gatos de familiares/amigos e o consumo de carne proveniente da caça (pássaros, coelhos, javalis etc.). Estes factores parecem ser de grande importância na aquisição da infecção por T. gondii nas grávidas, deste estudo, dentre os vários factores investigados. vii Este trabalho pode constituir um alerta para que os profissionais de saúde insistam na prevenção primária, fornecendo informação (escrita e oral) sobre como evitar a infecção por T. gondii durante a gravidez e efectuar uma vigilância serológica, apenas quando esta se torna necessária, ou seja, nas grávidas não imunes à toxoplasmose.
Resumo:
Magdeburg, Univ., Fak. für Naturwiss., Diss., 2015
Resumo:
Quatro grupos de 6 gatos (24 gatos) recém-nascidos e desmamados receberam "per os", respectivamente, suspensões de toxoplasmas de camundongos com 3-4 dias de infecção, de 4 amostras de T. gondii. Cada grupo teve um gato testemunha. Nenhum dos gatos de experiência eliminou oocistos atribuíveis a T. gondii, em períodos de observação de 6 a 20 dias; e suas fezes, conservadas 2-4 dais em bicromato de potássio a 2,5% e ministradas "per os" a camundongos, não induziram toxoplasmose nesses roedores. Com exceção dos que eram portadores de Isospora, os gatos não mostraram formas evolutivas de coccídios no epitélio intestinal. Em todos os grupos a infecção toxoplásmica foi comprovada pela positividade da reação de Sabin & Feldman (1:16 a 1:1024); e pelo isolamento de toxoplasmas pela inoculação de triturados dos seus principais órgãos em camundongos indicadores. De um modo geral, os gatos mais crescidos não mostraram sinais de doença, porém os outros, e principalmente os recém-nascidos adoeceram e vários morreram de toxoplasmose sistêmica: esplenite, hepatite, enterite, penumonia e, mais raramente, miocardite e encefalite. Os toxoplasmas foram encontrados em todos esses órgãos e, tamém, nos rins e supra-renais.
Resumo:
Como a produção de oocistos pelo T. gondii no gato parece vinculada à forma cística, uma vez que ela não ocorre pela ministração de formas vegetativas (17), cérebros de camundongos e ratos, com infecção crônica de T. gondii, forma ministrados "per os" a um total de 32 gatos. Com uma amostra (TC1) nenhum dos 8 gatos experimentados eliminou oocistos atribuiíveis a T. gondii; e com as outras 3 amostras a produção de oocistos foi de 25% ("pombo") e 37,5% ("sonia" e "AS-28"). Esses resultados forma atribuídos, em parte, à pobreza de cistos nos cérebros ministrados aos gatos; e, em parte, à existência em condições naturais de amostras de "T. gondii" oocistogênicas, paucloocistogênicas e noocistogênicas. Ao contrário dos gatos infectados com formas vegetativas (17), nenhum gato morreu de toxoplasmose; microscopicamente as lesões com toxoplasmas foram de pouca intensidade e o número de reações de Sabin-Feldman (RSF) negativas foi, relativamente, elevado. Foram vistas raras formas evolutivas do T. gondii no epitélio intestinal de um gato, não parasitado por Isospora as quais são menores que as de I. felis e I. rivolta, do mesmo modo que os seus oocistos. Assim como parece não existir imunidade entre as Isospora (I. felis e I. rivolta), também parece não existir imunidade entre estas e o T. gondii. Em 185 gatos examinados, foi encontrado um deles com oocistos de T. gondii em condições naturais (0,54%). É discutida a importância do gato na epidemilogia da toxoplasmose, destacando-se que a descoberta do ciclo sexuado, decisiva para a classificação do parasito, parece não ter tido repercussão semelhante na epidemiologia.
Resumo:
Utilizaram-se 4 diferentes cepas de Toxoplasma gondii como antigeno para reação de imunofluorescência indireta (RIFI), para verificar se há influência da cepa nos títulos de anticorpos séricos observados. As 4 cepas foram isoladas de casos humanos. Uma das cepas (cepa "C") foi isolada de um caso de toxoplasmose congênita e as outras 3 isoladas de casos de toxoplasmose linfoglandular (cepas "1", "S" e "E"). Dos 72 soros humanos examinados pela RIFI, foi observado que 13 deles eram não reatores à diluição 1:16 ao utilizar-se cada uma das 4 cepas como antígeno. Em apenas 5 soros encontrou-se concordância dos títulos de anticorpos ao serem utilizadas as 4 cepas como antígeno, sendo um deles concordante á diluição 1:16 e 4 deles à diluição 1:64. Nos outros 54 soros examinados, observaram-se títulos diferentes em uma a três diluições ao quádruplo, conforme a cepa utilizada como antígeno. Pela aplicação de testes estatísticos, verificou-se que em relação à cepa "C" essas diferenças eram significantes, enquanto que ao se comparar os resultados encontrados com as cepas "1", "S" e "E", as diferenças não se mostraram significantes em um nível de 5%. A tendência a títulos de anticorpos séricos mais elevados ao utilizar-se a cepa "C" pode estar relacionada a diferenças antigênicas. Para uma boa reprodutibilidade dos resultados pela RIFI, torna-se necessária a padronização não apenas das técnicas da reação, equipamentos ópticos e reagentes, mas também do antígeno empregado.
Resumo:
Através de Reação de Hemaglutinação Indireta para toxoplasmose foram examinadas amostras de sangue de dez diferentes espécies de animais domésticos e silvestres, de um grupamento humano da cidade de Manaus-Amazonas e de um grupamento humano indígena de área distante, no território de Roraima. Em 108 animais domésticos, o exame sorológico foi reagente em 90,6% dos gatos (Felis catus), 68,4% dos cães (Canis familiaris), 60,0% dos bovinos (Bos sp), 41,2% dos galináceos (Gallus sp) e 40,0% dos palmípedes (Cairina sp). Nos 104 animais silvestres foram reagentes 75,0% dos felídeos (Felis sp), 63,6% dos marsupiais (Didelphis marsupialis e Marmosa sp), 63,3% dos primatas (Saimiri sp) e 61,1% dos roedores (Proechimys). Entre os dois grupos humanos a prevalência foi de 70,6% nos 51 habitantes da área de Manaus, 64,8% nos 37 silvícolas de Roraima. Os autores discutem os resultados obtidos, assim como os diversos aspectos envolvidos na epidemiologia da toxoplasmose e chamam a atenção para a existência de mecanismos de transmissão ainda não esclarecidos, enfatizando a necessidade de maiores estudos dessa zoonose.