960 resultados para Teoria do campo social - Pierre Bourdieu
Resumo:
A inserção das novas religiões japonesas no Brasil, entre elas a Seicho-No-Ie, está diretamente ligada à imigração japonesa, iniciada em 1908. Esses imigrantes trouxeram com eles cosmovisões e práticas religiosas, que faziam parte de um antigo e rico legado cultural. No Japão, o surgimento dessas novas religiões se deu, principalmente, em decorrência da Restauração Meiji (1868-1912), um período de modernização daquele país. Nessa época apareceram a Oomoto, Tenrikyô, Soka Gakkai, Igreja Messiânica Mundial e a Seicho-No-Ie. Masaharu Taniguchi (1893-1985) fundou a Seicho-No-Ie em 1930, um movimento filosófico-religioso, cujo nome significa lar do progredir infinito . A sua base doutrinária está fundamentada nas tradições budistas e xintoístas mescladas, posteriormente, com preceitos do cristianismo. O fato fundante dessa nova religião são as revelações que Taniguchi afirma ter recebido de uma divindade xintoísta. Foi, no entanto, a divulgação de seus ensinamentos, por meio de uma revista, que deu início à sua expansão no Japão e depois em várias partes do mundo. Taniguchi foi um líder profético e carismático, que instaurou um sistema de dominação simbólica peculiar, mas passível de ser analisada à luz das teorias de Max Weber e Pierre Bourdieu. O processo de institucionalização tomou a família Taniguchi como o modelo ideal, articulando-se a partir dela um sistema de dominação misto de patriarcal, carismático e burocrático. Assim se formou um legado, inicialmente inspirado na tradição imperial japonesa, em que o papel feminino está subordinado à ordem androcêntrica. Esse fator privilegiou a sucessão do Mestre Taniguchi por seu genro, Seicho Arachi, que adotou o sobrenome do sogro e, anos mais tarde, se reproduziu na ascensão do primogênito do casal Seicho e Emiko, Masanobu Taniguchi. No Brasil, os imigrantes japoneses, já no início dos anos 30, descobriram a Seicho-No-Ie, graças ao recebimento do mensário editado no Japão por Taniguchi. Foi, entretanto, o trabalho missionário dos irmãos Daijiro e Miyoshi Matsuda, imigrantes japoneses no Brasil, que a Seicho-No-Ie aqui se estabeleceu e se desenvolveu, obtendo o seu reconhecimento oficial como filial da sede japonesa, em 30/05/51. Inicialmente a Seicho-No-Ie se restringiu às fronteiras étnicas e culturais da colônia japonesa, porém, a partir de 1960, passou a atrair brasileiros, enquanto buscava aculturar as suas atividades doutrinárias. Busca-se neste estudo descrever a organização assumida no Brasil pela Seicho-No-Ie, a sua estrutura doutrinária e administrativa, apresentando-as como uma reprodução da Sede Internacional situada no Japão. Procuramos valorizar o discurso religioso da Seicho-No-Ie contido nos livros e revistas publicados, e atualmente, em programas de televisão. Acreditamos serem esses meios, ao lado dos ensinamentos transmitidos por um seleto corpo de preletores, as principais formas de reprodução desse legado que Masaharu Taniguchi deixou aos seus seguidores, japoneses, brasileiros e de outras nacionalidades.
Resumo:
O envolvimento de adolescentes com a prática de atos infracionais, no Brasil, ocupa espaço significativo no debate público. No entanto, tal debate carece de profundidade, pois pouco se relaciona ao conhecimento cientificamente produzido sobre o fenômeno. De acordo com a literatura acadêmica especializada no tema, um melhor conhecimento dos fatores associados à pratica de atos infracionais permitiria não só auxiliar na proposição de políticas públicas voltadas à prevenção deste problema, mas também no desenvolvimento de formas mais eficientes de intervenção, baseadas nas necessidades específicas apresentadas pelos adolescentes em conflito com a lei. Em meio aos diferentes fatores que devem ser pesquisados, no presente trabalho focalizam-se especificamente aqueles subentendidos sob o conceito de Normas e de Rotina, no referencial da Teoria da Regulação Social e Pessoal da Conduta, cujo autor principal é Marc Le Blanc. Divide-se assim o presente trabalho em dois estudos. O Estudo 1 trata de regulação normativa que opera por meio do mecanismo de socialização, e se refere à internalização, pelo adolescente, das normas sociais de conduta tidas como convencionais, o que promoveria um nível de constrangimento interno capaz de atuar como barreira ao envolvimento em atividades delituosas. Nesse sentido, maior adesão às normas, menos atitudes favoráveis ao comportamento divergente, mais atitudes de respeito a figuras de autoridade, maior percepção de risco de apreensão e menor utilização de técnicas de neutralização das barreiras psicológicas à emissão do comportamento indicariam um maior índice de constrangimento interno e, portanto, uma probabilidade reduzida de se engajar persistentemente em atividades divergentes/infracionais. O objetivo geral deste Estudo foi caracterizar a regulação da conduta em adolescentes pelas normas, no contexto sociocultural brasileiro. Utilizou-se o questionário de Normas proposto por Le Blanc, um questionário de caracterização sociodemográfica e a Entrevista de Delinquência Autorrevelada. Os dados foram coletados junto a 48 adolescentes Infratores e a 102 Escolares. Os resultados reforçam a importância do aspecto normativo para o melhor entendimento acerca dos fatores que explicam a conduta divergente em adolescentes. No Estudo 2 focalizou-se as atividades de rotina que podem se associar ao comportamento delituoso por meio do mecanismo de aprendizagem, na medida em que as diversas atividades nas quais o adolescente investe seu tempo constituem-se em contexto onde o comportamento divergente/infracional pode ser adquirido e reforçado. De acordo com a literatura, as atividades sem objetivos específicos, acompanhadas por pares de idade e que ocorrem na ausência de alguma figura de autoridade são aquelas que melhor explicam o comportamento delituoso de um adolescente. O objetivo geral deste Estudo foi caracterizar a regulação da conduta pela rotina em adolescentes, no contexto sociocultural brasileiro. Foram utilizados 3 instrumentos: o questionário de Rotina proposto por Le Blanc, um questionário de caracterização sociodemográfica e a Entrevista de Delinquência Autorrevelada. As análises foram feitas com base nas respostas de 102 adolescentes recrutados em escolas públicas. Os resultados comprovam a relevância das Atividades de Rotina como fator explicativo para o comportamento delituoso, com ênfase para os efeitos provocados pelos Pares, pela Família e pela frequentação de Lugares destinados aos adultos. Em síntese, ambos estudos reforçam a importância dos sistemas de regulação estudados e colocam em pauta a necessidade de outros trabalhos, que possam avançar nas questões apontadas dentro da Regulação pela Rotina e pelas Normas.
Resumo:
En esta investigación nos preguntamos por qué el desempleo se da en una división social del tiempo que, mientras produce desocupación masiva, expande e intensifica el trabajo de la población trabajadora. Nuestro objetivo es fundamentar teórica y empíricamente una explicación del desempleo que permita comprender las causas de esta división del tiempo polarizada, y que señale algunas de las vías para su posible superación. Teóricamente, nos centramos en el concepto de tiempo superfluo de Marx, siguiendo la lectura de Moishe Postone. Empíricamente, investigamos las relaciones entre el desempleo y esta paradójica división del tiempo durante la crisis en España en el periodo 2007-2013, cuando se alcanzó un 27% de paro y seis millones de parados. Mediante un enfoque elaborado a partir de categorías sociotemporales, analizamos los datos obtenidos en las Encuestas de Empleo del Tiempo, en 28 entrevistas y seis grupos de discusión realizados con parados y paradas de perfiles diversos. Comenzamos problematizando lo que llamamos la paradoja del tiempo escaso: por un lado, la población ocupada tiende a una escasez objetiva de horas que se explica por el exceso de trabajo; por otro lado, la población parada tiende a una escasez subjetiva de tiempo al tener grandes dificultades para usar significativamente su abundancia objetiva de horas desocupadas. A través de esta paradoja, cuestionamos aquellos enfoques que abordan el desempleo sin problematizar la organización social del tiempo que lo produce. Para teorizar esta paradoja, partimos de una conceptualización del tiempo, el trabajo y el desempleo basada en la interpretación de Postone de la teoría crítica de Marx, y particularmente, de su concepto de tiempo superfluo. Este enfoque permite comprender sociohistóricamente por qué los aumentos constantes de la capacidad productiva de riqueza no han conllevado tanto un ahorro de tiempo de trabajo global, sino sobre todo un ahorro de trabajadores que periódicamente se convierten en superfluos. Según esta perspectiva, la relación de trabajo es el pivote que dinamiza y polariza la división de los tiempos sociales. A partir de estos argumentos, proponemos una definición de ‘paro’ y de ‘parados’ que enlaza diferentes niveles analíticos: el sistémico, el estatal y el de las prácticas. Complementamos este marco teórico con herramientas de la sociología de Pierre Bourdieu, la sociología del tiempo, la sociología del trabajo, el feminismo o el psicoanálisis, entre otras...
Resumo:
El Empowerment se convierte en la herramienta estratégica que fortalece el liderazgo de la persona desde una filosofía motivacional. La persona decide sobre cómo se hacen las cosas y asume la responsabilidad en el proceso. Proponemos una reflexión profunda en torno a la relación que surge entre los trabajadores sociales y los usuarios “sujetos” reales de los Servicios Sociales y de Salud haciendo hincapié en ese fortalecimiento personal que queremos resaltar. De este modo, pretendemos recuperar en la intervención social con “el otro”, precisamente a ese “otro”, a ese sujeto, a su propio potencial; todo ello desde la perspectiva que engloba nuestro trabajo profesional como trabajadores sociales ejerciendo el Trabajo Social o la gestión de éste, inmerso en las instituciones ya sean de carácter público, privado, mixto, concertados, confesionales... y, en su relación con el ciudadano sobre el que definitivamente revierten y se materializan los efectos (por concesión, denegación u omisión) de los tan ampliamente deseados derechos sociales en el Estado de Bienestar del siglo XXI. Analizaremos el marco legal en materia de Servicios Sociales y Salud destacando fundamentalmente todas aquellas referencias al derecho que tiene el usuario, ciu- dadano, objeto y sujeto de la red de Servicios Sociales y de Salud, a disponer de la documentación técnica que sujeta su historia social clínica en su relación con los profesionales del campo social; además apostamos por la práctica profesional y la intervención psicocial con el cliente, desde el empowerment.
Resumo:
This Article advances a new capital framework for understanding the bargain between large law firms and their lawyers, depicting BigLaw relationships not as basic labor-salary exchanges but rather as complex transactions in which large law firms and their lawyers exchange labor and various forms of capital — social, cultural, and identity. First, it builds on the work of Pierre Bourdieu regarding economic, cultural, symbolic, and social capital by examining the concepts of positive and negative capital, exploring the meaning of capital ownership by entities, and developing the notion of identity capital — the value individuals and institutions derive from their identities. Then, the Article advances a capital theory of BigLaw, in which large law firms and their lawyers engage in complex transactions trading labor, social, cultural, and identity capital for economic, social, cultural, and identity capital. Capital analysis sheds new light on the well-documented and troubling underrepresentation of diverse lawyers at BigLaw. It shows that the underrepresentation of women and minority lawyers is not solely the result of exogenous forces outside the control of large law firms such as implicit bias, but rather the outcome of the very exchanges in which BigLaw and its lawyers engage. Specifically, large law firms take into account the capital endowments of their lawyers in making hiring, retention and promotion decisions, and derive value from their lawyers’ capital, for example, by trading on the identity of women and minority lawyers in marketing themselves as being diverse and inclusive to clients and potential recruits. Yet, while BigLaw trades for the identity capital of women and minority lawyers, it fails to offer them opportunities in return to acquire the social and cultural capital necessary for attaining positions of power, resulting in underrepresentation. Moreover, these labor-capital exchanges are often implicit and made by uninformed participants, and therefore unjust. Exactly because the capital framework describes the underrepresentation of diverse lawyers at BigLaw as an endogenous outcome within the control of BigLaw and its lawyers, however, it is a cautiously optimistic model that offers hope for greater representation of diverse lawyers in positions of power and influence. The Article suggests policies and procedures BigLaw can and should adopt to improve the quality of the exchanges it offers to women and minority attorneys and to reduce the underrepresentation of diverse lawyers within its ranks. Employing the concepts of capital transparency, capital boundary, and capital infrastructure, it demonstrates how BigLaw can (1) explicitly recognize the roles social, cultural, and identity capital play in its hiring, retention and promotion apparatuses and (2) revise its policies and procedures to ensure that all of its lawyers have equal opportunities to develop the requisite capital and compete on equal and fair terms for positions of power and influence.
Resumo:
A partir de la pregunta principal de investigación: ¿qué funciones sociales cumple la fotografía en las migraciones humanas internacionales, particularmente en la experiencia migratoria de pobladores de Tonatico, Estado de México, a Chicago, Illinois?, la tesis: (a) transcurre desde la indagación en los antecedentes de la fotografía de la migración entre México y Estados Unidos; (b) se apoya en obras de John Berger y Jean Mohr (Un séptimo hombre, y, Otra manera de contar), de Pierre Bourdieu (La fotografía: un arte intermedio, y, en Pierre Bourdieu. Argelia imágenes del desarraigo, obra concebida por Franz Schultheis y Christine Frisinghelli), y de Bruno Latour (París ciudad invisible, con fotografías de Emilie Hermant), en las que estos autores usan la fotografía ―y reflexionan sobre ese uso― para comprender la experiencia migratoria, la experiencia social, y los indicios, las huellas, los mapas y panoramas a que da lugar la fotografía ―o se hacen visibles a partir de ésta―; (c) desde la perspectiva de quien ha emigrado y de quien permanece en el lugar de origen, abunda en casos para comprender ―y aprehender― las funciones sociales que la fotografía cumple desde una experiencia migratoria de importancia histórica, social, demográfica, económica y cultural, como es la emigración de habitantes de Tonatico, Estado de México, a Chicago y el norte de su área metropolitana, particularmente a la municipalidad de Waukegan, Illinois ―ahí, y en comunión con el lugar de origen─, es donde la experiencia se concreta, se hace individual y única; ahí, en ese contexto, se define ―casi siempre― su rumbo y su destino; (d) la interpretación de la experiencia migratoria y el papel que la fotografía tiene en ésta, deviene de la mirada de los que emigraron y de los que permanecen en (o han retornado a) el lugar de origen. La fotografía da origen a la palabra de quienes viven la experiencia migratoria directamente, y su voz a las interpretaciones y supuestos que intentan recoger lo aprehendido; (e) finalmente, platea (e.1) que la fotografía de los emigrados (en su migración), y la fotografía que se hace para ellos (de su migración), se asocia a una búsqueda de sentido, de una razón práctica, objetiva, de la migración, y por tanto, de la separación y las rupturas que ésta produce. En la experiencia migratoria nada es impersonal, y cualquier conjetura involucra a las personas que la viven directamente. (e.2) que en Tonatico, si bien la experiencia migratoria es compartida socialmente, las fotografías siguen siendo fundamentalmente parte de la experiencia familiar y personal; aun en el contexto actual de producción, circulación, intercambio y almacenamiento masivo de imágenes fotográficas. (e.3) Mediante la fotografía se comunica y se comparte la experiencia social, aun en donde (como en Tonatico) la migración es tan común que no da ya lugar al asombro, pero sí a la memoria colectiva e individua. En ésta última, las fotografías más valoradas son las que no se comparten, son las que quedan reservadas al espacio privado. (e.4) La fotografía no totaliza la experiencia migratoria, pero es una forma de comunicar y significar ésta. El papel que la fotografía tiene en esa experiencia está ligado a pensamientos y sentimientos ─muchas veces impenetrables─ motivados por ausencia, distancia, zozobra, afectos, discontinuidades, pérdidas, rupturas, abandonos. La fotografía, entonces, se valora en la experiencia migratoria por su capacidad de evocar personas, lugares, tiempos, circunstancias, relaciones; de hacer las veces de alguien ausente; de animar la memoria, la nostalgia, la melancolía; de descubrir e informar novedades, advenimientos, logros, cambios, progresos, éxitos, realizaciones; de estimular o de reprimir el deseo de emigrar.
Resumo:
En Argentina la discusión referente a los contenidos de la enseñanza, ha dominado la escena de las políticas educativas de los noventa. Sin embargo, lejos de ponerse en práctica, es un debate pendiente para la Educación Corporal. Este trabajo avanza en un análisis teórico y epistemológico respecto de los saberes y prácticas en el espacio escolar y propone centrar el debate en relación a los contenidos de la enseñanza, entendidos como saberes y prácticas, históricas, situadas y políticas. Los contenidos, no forman parte de ninguna naturaleza humana, sino que conforman un continente construido, acordado y legitimado, que resulta de la historia y las luchas que caracterizan el campo escolar. Sostenemos que un contenido es a la vez un saber y una práctica, diferenciamos el saber, del conocimiento y expresamos la imposibilidad de atomizarlo, es decir, un contenido es a la vez conceptual, procedimental y actitudinal. Por último, entendemos que un contenido es aprendido cuando es incorporado. Nuestra hipótesis de trabajo consiste en analizar los saberes tomando como herramienta teórico-explicativa el concepto de habitus bourdieuano. Para hacerlo, retomamos como ejes centrales la propuesta teórico-metodológica de Pierre Bourdieu, las publicaciones de Ricardo Crisorio en relación al Problema de los Contenidos de la enseñanza y los aportes del Grupo de Estudios en Educación Corporal (UNLP)
Resumo:
Pierre Bourdieu nos ofrece una vasta teoría, con numerosas investigaciones específicamente dedicadas al tema de la educación, para interrogar los supuestos y prácticas de la educación superior. Afirma que "la institución escolar contribuye... a reproducir la distribución del capital cultural, y con ello, a la reproducción de la estructura del espacio social". Fundamentalmente, las dos instituciones que manejan el capital cultural son la familia y la escuela. Y la familia se vuelve sinónimo de origen social, ya que encierra, como institución, un conjunto de estrategias de reproducción de su ser social (estrategias matrimoniales, de sucesión, económicas, educativas). Todo aquello que comprende el concepto de origen social, adquisiciones prescriptas y adquiridas, puede ser "convertido" en capital cultural heredado. Y Bourdieu explica la lógica de esta conversión, que fundamentalmente va a cobrar brillo, en el volumen total de su capital, en un ámbito educativo. Partiendo de dicha hipótesis, y con datos sobre la escolarización de los padres de alumnos ingresantes (2009 y 2010) a la carrera de Licenciatura en Psicología en la UNSL, el presente trabajo busca aportar al análisis de la relación entre la distribución del capital cultural y la estructura del espacio social, en la educación superior argentina
Resumo:
En Argentina la discusión referente a los contenidos de la enseñanza, ha dominado la escena de las políticas educativas de los noventa. Sin embargo, lejos de ponerse en práctica, es un debate pendiente para la Educación Corporal. Este trabajo avanza en un análisis teórico y epistemológico respecto de los saberes y prácticas en el espacio escolar y propone centrar el debate en relación a los contenidos de la enseñanza, entendidos como saberes y prácticas, históricas, situadas y políticas. Los contenidos, no forman parte de ninguna naturaleza humana, sino que conforman un continente construido, acordado y legitimado, que resulta de la historia y las luchas que caracterizan el campo escolar. Sostenemos que un contenido es a la vez un saber y una práctica, diferenciamos el saber, del conocimiento y expresamos la imposibilidad de atomizarlo, es decir, un contenido es a la vez conceptual, procedimental y actitudinal. Por último, entendemos que un contenido es aprendido cuando es incorporado. Nuestra hipótesis de trabajo consiste en analizar los saberes tomando como herramienta teórico-explicativa el concepto de habitus bourdieuano. Para hacerlo, retomamos como ejes centrales la propuesta teórico-metodológica de Pierre Bourdieu, las publicaciones de Ricardo Crisorio en relación al Problema de los Contenidos de la enseñanza y los aportes del Grupo de Estudios en Educación Corporal (UNLP)
Resumo:
Este trabalho estuda a participação da Igreja Metodista no Projeto Meninos e Meninas de Rua da cidade de São Bernardo do Campo, desde a sua fundação em 1983, até 1993, quando este experimentou o distanciamento daquela instituição religiosa. Analisa a contribuição da Igreja Metodista, de suas instituições e seus agentes pastorais no cuidado das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Leva em consideração o contexto social e político vivenciado em nível nacional, na Região do Grande ABC e na cidade de São Bernardo do Campo, bem como na Igreja Metodista, no final da década de 1970 e início da década de 1980. O estudo apoia-se em pesquisa documental e em entrevistas com lideranças religiosas, agentes de pastoral e pessoas que foram atendidas pelo PMMR.
Resumo:
A inserção das novas religiões japonesas no Brasil, entre elas a Seicho-No-Ie, está diretamente ligada à imigração japonesa, iniciada em 1908. Esses imigrantes trouxeram com eles cosmovisões e práticas religiosas, que faziam parte de um antigo e rico legado cultural. No Japão, o surgimento dessas novas religiões se deu, principalmente, em decorrência da Restauração Meiji (1868-1912), um período de modernização daquele país. Nessa época apareceram a Oomoto, Tenrikyô, Soka Gakkai, Igreja Messiânica Mundial e a Seicho-No-Ie. Masaharu Taniguchi (1893-1985) fundou a Seicho-No-Ie em 1930, um movimento filosófico-religioso, cujo nome significa lar do progredir infinito . A sua base doutrinária está fundamentada nas tradições budistas e xintoístas mescladas, posteriormente, com preceitos do cristianismo. O fato fundante dessa nova religião são as revelações que Taniguchi afirma ter recebido de uma divindade xintoísta. Foi, no entanto, a divulgação de seus ensinamentos, por meio de uma revista, que deu início à sua expansão no Japão e depois em várias partes do mundo. Taniguchi foi um líder profético e carismático, que instaurou um sistema de dominação simbólica peculiar, mas passível de ser analisada à luz das teorias de Max Weber e Pierre Bourdieu. O processo de institucionalização tomou a família Taniguchi como o modelo ideal, articulando-se a partir dela um sistema de dominação misto de patriarcal, carismático e burocrático. Assim se formou um legado, inicialmente inspirado na tradição imperial japonesa, em que o papel feminino está subordinado à ordem androcêntrica. Esse fator privilegiou a sucessão do Mestre Taniguchi por seu genro, Seicho Arachi, que adotou o sobrenome do sogro e, anos mais tarde, se reproduziu na ascensão do primogênito do casal Seicho e Emiko, Masanobu Taniguchi. No Brasil, os imigrantes japoneses, já no início dos anos 30, descobriram a Seicho-No-Ie, graças ao recebimento do mensário editado no Japão por Taniguchi. Foi, entretanto, o trabalho missionário dos irmãos Daijiro e Miyoshi Matsuda, imigrantes japoneses no Brasil, que a Seicho-No-Ie aqui se estabeleceu e se desenvolveu, obtendo o seu reconhecimento oficial como filial da sede japonesa, em 30/05/51. Inicialmente a Seicho-No-Ie se restringiu às fronteiras étnicas e culturais da colônia japonesa, porém, a partir de 1960, passou a atrair brasileiros, enquanto buscava aculturar as suas atividades doutrinárias. Busca-se neste estudo descrever a organização assumida no Brasil pela Seicho-No-Ie, a sua estrutura doutrinária e administrativa, apresentando-as como uma reprodução da Sede Internacional situada no Japão. Procuramos valorizar o discurso religioso da Seicho-No-Ie contido nos livros e revistas publicados, e atualmente, em programas de televisão. Acreditamos serem esses meios, ao lado dos ensinamentos transmitidos por um seleto corpo de preletores, as principais formas de reprodução desse legado que Masaharu Taniguchi deixou aos seus seguidores, japoneses, brasileiros e de outras nacionalidades.
Resumo:
A questão relacional na área da saúde envolve o imaginário sociocultural. Nos casos de mulheres com câncer de mama, denota um caráter emergencial em virtude do elevado número de ocorrências ou pela falta de percepção feminina da doença, o que dificulta a prevenção e o tratamento em tempo hábil. Este estudo pretende analisar como e de que maneira ocorrem e repercutem as práticas discursivas entre os profissionais da saúde e as pacientes com câncer de mama. Para isso, delineamos como pressupostos teóricos as barreiras da comunicação, seja interpessoal, intrapessoal e não verbal. A metodologia foi com base na Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici e no Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) de Ana Maria Cavalcanti Lefévre e Fernando Lefévre. Nas análises dos relatos das mulheres com câncer de mama, identificamos conflitos de ordem sociocultural, como crenças, valores pessoais, estereótipos, enfim, distorções provenientes do senso comum e do imaginário coletivo, disseminadas nas representações da doença levadas a público pela mídia em geral. Nas considerações finais, constatamos que tais representações (estigmas sociais) interferem na relação com os profissionais de saúde, influenciando, assim, a adesão ao tratamento da doença. Os aspectos comunicacionais são aqui apontados de maneira tácita.
Resumo:
Este estudo investiga as convergências e as divergências na comunicação primária e na comunicação secundária do câncer de mama. Nós usamos um esquema interpretativo fornecido pela Análise de Enquadramento, Agenda Setting, Teoria do Aprendizado Social, Difusão de Inovações, Semiótica e conceito de Novidade na Ciência e no Jornalismo, para argumentar que cientistas e jornalistas comunicam as novidades da Ciência de modos diversos. Também tivemos como uma proposta secundária traçar um panorama histórico da Comunicação da Saúde, e sua evolução, considerando que a Comunicação empreendeu um esforço para legitimar um espaço de encontro com a Saúde, afirmando uma área de aplicação de teorias, princípios e técnicas comunicacionais, com o objetivo preciso de difundir e compartilhar informação, conhecimentos e práticas que contribuam para melhorar os sistemas de saúde e o bem-estar das populações. Através da análise dos dados de periódicos científicos e jornalísticos que divulgam o câncer de mama, nós encontramos apoio significante para nossas predições. As implicações destas diferenças entre a comunicação primária (interpares) e a comunicação secundária (público leigo) para a comunicação da saúde são discutidas, às vezes apresentando-se como convergências, às vezes como divergências. Quando bem esclarecidas e compreendidas, fazem avançar a Comunicação da Saúde, obtendo resultados positivos no bem-estar das populações, considerando que a origem das doen ças está, fundamentalmente, onde se entrelaçam o biológico e o social.(AU)
Resumo:
Pesquisa a respeito das influências da indústria cultural sobre a formação da identidade nas Escolas de Samba em Juiz de Fora, as transformações introduzidas nestas agremiações através dos meios de comunicação de massa ao longo dos anos e o modo pelo qual os sambistas de Juiz de Fora reinterpretam e assimilam as informações da indústria cultural. O papel dos meios de comunicação locais frente ao carnaval. O trabalho dividiu-se em três etapas: pesquisa bibliográfica; realização de um diagnóstico a partir de entrevistas semi-estruturadas com as pessoas envolvidas com as Escolas de Samba ou historicamente relevantes para os desfiles oficiais de carnaval em Juiz de Fora; e a análise qualitativa dos dados coletados. Levantou-se a trajetória histórica das Escolas de Samba de Juiz de Fora e seus pontos de contato com as Escolas de Samba do Rio de Janeiro, além de se buscar compreender qual é a percepção que os juizforanos têm sobre o desfile local. As informações foram trabalhadas sob o ponto de vista da Teoria Crítica, das propostas filosóficas de Michel Foucault, das considerações sobre a sociedade do espetáculo. O trabalho demonstra que a preocupação principal das Escolas de Samba de Juiz de Fora é com a realização de um desfile que se enquadre nos padrões exigidos pela indústria cultural, conseqüentemente o espetáculo em torno da festa transformou-se em uma forma de controle social, eliminando a espontaneidade e a transgressão que tradicionalmente estão associadas ao carnaval.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa buscou analisar como os professores universitários formados bacharéis e não possuidores da formação pedagógica, interpretam suas práticas docentes e o seu percurso formador. O objetivo foi identificar as representações das práticas destes professores e o impacto do habitus e do campo no seu processo formativo. Foi considerado inicialmente que estes profissionais, que ministram aulas de disciplinas técnicas, não apresentam formação específica (pedagógica) para a condução de tais aulas, porém podem possuir práticas docentes inventivas que foram apreendidas ao longo de sua trajetória acadêmica e profissional e, que por meio delas, mediam o aprendizado. A opção metodológica para o desenvolvimento deste trabalho foi o de realização de pesquisa qualitativa por meio de aplicação de questionário de perfil e entrevista semi-estruturada com os professores sem a formação pedagógica de duas Instituições de Ensino Superior. Estas ferramentas objetivaram captar a representação de um grupo de professores da área de Humanas e de Exatas sobre suas práticas pedagógicas, de sua formação docente e trajetória profissional. O referencial teórico apresenta autores que problematizam as questões relacionadas à formação docente no âmbito do Ensino Superior com destaque para: Cunha (2007); Perrenoud (2002), Tardif (2002), Pimenta e Anastasiou (2002) e Nóvoa (1997). Para a análise das entrevistas, com a perspectiva de compreender a representação e as práticas docentes, foi utilizada parte do corpo teórico desenvolvido por Pierre Bourdieu e, ainda, a discussão sobre a visão instrumental da Didática e da formação pedagógica. O estudo possibilitou demonstrar que os professores do Ensino Superior que participaram desta pesquisa utilizam um conjunto de técnicas, práticas, conhecimentos e formas de conduta que não aprenderam em cursos específicos de formação de docentes. Seu desenvolvimento como professores ocorre, em grande medida, a partir de seu passado escolar e da sua convivência profissional.