1000 resultados para Rilke, Rainer Maria, 1875-1926 - Crítica e interpretação
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Ps-graduao em Cincias Sociais - FCLAR
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Ps-graduao em Educao - FFC
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No ano de 1970 houve a publicao da obra pstuma Ave, palavra de Guimares Rosa (1908-1967) que rene alguns textos do autor, desta coletnea de textos se faz a escolha das crnicas O mau humor de Wotan, A velha e A senhora dos segredos, que giram em torno do contexto do Nazismo alemo e expem uma posio contraria ao Nacional Socialismo. Num primeiro momento o trabalho busca mostrar como Benedito Nunes (1929-2011) se guiou por uma tendncia interpretativa concebida por comentadores heideggerianos antes das obras completas [Gesamtausgabe] (2001), tal tendncia postula que no h na Filosofia de Martin Heidegger (1889-1976) um vnculo entre o pensamento poltico e o filosfico. O passo seguinte expe a noo heideggeriana em Ser e Verdade (2001) em que o filsofo alemo prope uma fundamentao ideolgica para o Nazismo, sendo favorvel a este com certas ressalvas. Assim, mostra-se como as obras completas expem argumentos que apontam uma limitao em relao aos comentadores que produziram antes de sua publicao sobre a Poltica e a Filosofia em Heidegger. No subcaptulo sobre O local da diferena (2005), trata-se do trauma e do testemunho como conceitos centrais que o autor coloca para teorizar as Literaturas do sculo XX nos contextos de guerra e de regimes autoritrios. Aps, faz-se uma leitura crítica com base na premissa do pensamento poltico filosfico em Heidegger nas crnicas rosianas, pois estas expem imagens do perodo da Alemanha nazista que o escritor mineiro esteve como diplomata. A segunda crítica das crnicas de guerra ser feita com base nos conceitos de trauma e de testemunho formulados por Seligmann-Silva (1964), pois, as obras rosianas tratadas demonstram o teor de autoritarismo do partido nazista. Por fim, ser feita uma definio do conceito de recepo de Hans Robert Jauss (1921-1997) para em seguida discutir os autores que fizeram a recepo críticas das crnicas rosianas.
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Esta dissertao tem como objetivo geral investigar a recepo crítica americana de Grande serto: veredas (1956), logo aps a publicao desta, em 1963, e ler as opes tradutrias da primeira traduo de Harriet de Ons (1869-1968) e de James Taylor (1892-1982), e em seguida trechos da segunda traduo americana mais recente, Grand serto: veredas (2013), de Felipe W. Martinez. Como mtodo utilizado para analisar a recepo crítica americana, destacam-se os estudos hermenuticos literrios de Hans Robert Jauss (1921-1997). Dessa forma, prioriza-se uma discusso com a traduo americana de Grande serto: veredas, pois pontuam-se alguns trechos da traduo americana que serviro como objeto de anlise da traduo, tendo como critrio para as escolhas dos trechos relativos ao serto (backlands), e ao encontro de Riobaldo e Diadorim em O-de-janeiro. Os parmetros analisados na primeira traduo sero: a perda da poeticidade, os apagamentos, a alternncia de nomes e palavras e alguns neologismos. Aps a comparaes a partir dos parmetros entre Grande serto: veredas e The devil to pay in the backlands, visa-se constatar o distanciamento do projeto dos tradutores e do projeto potico de Joo Guimares Rosa. Com isso, embasamo-nos nos estudos de traduo de Antoine Berman (1942-1991), Lawrence Venuti (1953) e Andr Lefevere (1945-1996). Berman considera que a traduo uma relao, um dilogo e uma abertura para o estrangeiro. Alm dos parmetros que comprovam uma traduo americana etnocntrica, utilizam-se alguns recortes de peridicos cedidos pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de So Paulo (IEB) num total de 10 textos sobre Guimares Rosa. Esses recortes de jornais foram escritos em 1963. Por fim, nesta dissertao abordar sobre os posicionamentos dos jornalistas americanos diante da publicao da traduo rosiana de 1963 e a recepo crítica atual da traduo americana segundo Perrone (2000), Armstrong (2001), e Krause (2013).
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As dcadas de 1940 e 1950 so significativas quanto ao processo de difuso cultural nos jornais brasileiros, com destaque para atuaes de escritores, poetas e literatos nos diversos peridicos dessa poca, o que fez do jornal um ambiente moderno e criativo em prol da cultura e da literatura. Em Belm, nesse perodo, h dois jornais que contribuem para o movimento cultural na cidade paraense, por meio dos respectivos suplementos literrios: Arte Literatura, da Folha do Norte e Arte e Literatura, de A Provncia do Par. Nesse ambiente, Mrio Faustino inicia a vida literria publicando crnicas em jornais e, sobretudo, atua como tradutor de poesia. Com apenas 16 anos, Faustino comea a traduzir um grande rol de escritores da literatura internacional, do espanhol, francs e ingls. Este trabalho de anlise pretende mapear o percurso de formao de Mrio Faustino enquanto tradutor, a partir de seus primeiros poemas traduzidos. Para tanto, abordaremos a noo de traduo vinculada como processo de formao e desdobramento crtico.
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Temos como principal objetivo nesse estudo analisar, enquanto narrativas de resistncia, os romances Tristessa do escritor norte americano Jack Kerouac e Nove Noites do brasileiro Bernardo Carvalho. Partimos da hiptese que ambos constituem narrativas de resistncia inerente escrita (BOSI, 2012), quando a resistncia no tema da obra, mas manifesta-se na construo das personagens e no desenrolar da trama. Neste caso, o elemento utilizado como meio de manifestar a resistncia a melancolia. Pretendeu-se verificar por meio de um estudo de caso, como ambos os romances trabalham representaes do sujeito em sua relao com a morte com base em processos melanclicos e como a melancolia se encontra ligada a uma atitude de resistncia predominante na escrita. Assim, examina-se a melancolia enquanto patologia (FREUD, 2005) e elemento esttico, assim como o processo da narrativa de resistncia ao mesclar tica e esttica. Para tanto foram considerados os contextos sociais nos quais as narrativas foram escritas, e como estes indicam que cada romance faz uma crítica social a uma fora opressora contempornea a sua publicao. Durante nosso estudo, por meio de anlise comparativa, constatamos que temas com a perda, a morte, a runa, o afastamento melanclico, a marginalizao social e a transitoriedade do real so comuns aos dois romances.
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Trabalho pela pluralidade do texto de Dalcdio Jurandir, Chove nos campos de Cachoeira (1941). O trabalho uma prtica semiolgica, principalmente com R. B. par lui-mme (1975) de Roland Barthes, a sua teoria do texto plural. Assim, persigo a teoria do texto de Dalcdio Jurandir, a que a sua prpria, a que nasce da sua prpria prtica significante, Dalcdio Jurandir por Dalcdio Jurandir. Nesse passo, Dalcdio Jurandir com Augusto e Haroldo de Campos, com Roman Jakobson, Dalcdio Jurandir um poeta na prosa; com Maurice Blanchot, com a tradio de inveno, Dalcdio Jurandir produtor de metalinguagem; com a antropologia e a geopotica, Dalcdio Jurandir das paisagens do arquiplago do Maraj. Tudo em funo da abertura dos sentidos do seu texto. O texto de Dalcdio Jurandir contradiz todo empreendimento ledor que o submete determinao referencial e ao fechamento dos seus sentidos. O texto de Dalcdio Jurandir est sempre para ganhar novos campos de experincia. O texto de Dalcdio Jurandir solicita que se continue a escrev-lo.
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A pesquisa busca uma abertura para compreender o sentido da obra literria imbricada no mistrio da criao artstica a partir das suas figuraes em Avalovara (1973), de Osman Lins. Em meio interpretação do romance, pretende-se percorrer questes fundamentais que subjazem no revestimento conceitual instaurado ao longo da modernidade literria. Em Avalovara, o leitor encaminhado a um pensamento originrio que resgata a instncia potica da narrativa, projetando o fazer artstico em uma dimenso mtica que Linguagem acontecendo em seu silncio. Isso s possvel pela elaborao de uma narrativa que j no representa, mas encena questes, realizando-as na tessitura de seus elementos. O romance se pe procura de sentido para realidade, questionando a tradio mimtica corolrio de uma metafsica essencialista e subjetivista , e, em seu procurar desvela-se o seu sentido de ser, o seu ser-obra de arte. Neste sentido, reaviva-se a referncia essencial entre arte e verdade, em que esta, a prpria dinmica de re-velao do real retraindo sua realidade em tudo o que se manifesta. A obra de arte corresponde a essa dinmica de ser das coisas. Nelas e por elas a procura se d, passo a passo, revelando-se aos poucos em cada palavra, obra e verdade. Procurando pela verdade, o homem, coisas entre coisas, pode se reintegrar com a realidade de ser; Abel, o humano, o artista, o escritor pode reingressar no paraso pelo exerccio do amor pleno que h no cuidado para com as coisas em seu silncio, silncio da Linguagem que acolhe no s o poder criativo da literatura, mas tambm da prpria existncia humana.
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Este estudo tem por finalidade apresentar as imagens de leituras praticadas por personagens-leitores, no livro Chove nos campos de Cachoeira (1941), de Dalcdio Jurandir (1909-1979). O intuito da pesquisa trazer um novo olhar sobre a produo ficcional do escritor, a partir das leituras de personagens e conhecer, por meio da fico, o complexo cultural existente na regio marajoara. A obra que abre o ciclo do Extremo Norte apresenta vrios personagens que representam diferentes tipos de leitores: desde o leitor de obras eruditas ao leitor intensivo de folhetins. Dessa forma, o escritor paraense, ao lado da denncia social, prpria desse romance e de todo o ciclo, figura no complexo processo de aquisio da cultura letrada na regio. Assim, a pesquisa foi dividida em cinco captulos: o primeiro captulo compreende a parte introdutria da pesquisa; o segundo, aborda A fico dalcidiana no espao amaznico, composto pelos tpicos Dalcdio: o leitor da Amaznia e O espao amaznico redimensionado, que tratam da leitura do escritor e da projeo do cenrio marajoara de maneira real e imaginria, apontando os problemas sociais, comuns ao Brasil e ao resto do mundo. No terceiro, ser focalizada a teoria sobre leitura, leitor e personagem, apontando os principais tericos utilizados na pesquisa. O quarto captulo tratar dos leitores da famlia do Major Alberto, com os tpicos O gabinete de leitura do Major Alberto, Eutanzio: a falncia do ser e a eternizao da palavra e Alfredo: um menino leitor. O quinto e ltimo captulo abordar as diferenas paradoxais entre leituras e leitores, mostrando um leitor comum ao lado de um erudito, nos tpicos Os contrassensos do Dr. Campos e Salu, leitor e contador de histrias.
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Neste trabalho, investiga-se qual a relao entre arte, formao e poltica na obra Repblica, de Plato, e estuda-se de que modo os pressupostos gnosiolgicos platnicos esclarecem as tenses nessa relao. Busca-se reconstruir os argumentos centrais de Plato que sustentam a sua crítica educao mitopotica. Defende-se a hiptese de que Plato, na Repblica, reconhece o potencial formativo da arte, especialmente da poesia, embora, por razes de fundamentao ontolgica e gnosiolgica, tenha de subordin- -lo filosofia. A natureza dos questionamentos e os objetivos da pesquisa exigiram a consulta de fontes bibliogrficas, sendo que para anlise e interpretação foram utilizadas tcnicas hermenuticas de leitura de textos, com destaque para a apreenso dos sentidos dos conceitos essenciais na sua provenincia grega. Procedeu-se explicao e ao comentrio da obra Repblica, mas tambm de on e Hpias Maior e da literatura crítica, que foram selecionadas como mais significativas entre as fontes levantadas, tendo em vista o problema de pesquisa. A anlise conceitual e reflexiva mostrou ser a cultura mitopotica um componente indispensvel formao na obra platnica analisada, embora insuficiente, por si, para atingir o ideal de educao que se expressa pelos conceitos de verdade, bondade e beleza. Conclui-se que somente a filosofia, por superar os encantos da linguagem, da sensibilidade e do mundo sensvel, poder entender os limites e possibilidades da arte, especialmente daquela que usa a palavra. Assim como a cidade justa s seria possvel pelo equacionamento do rei e do filsofo, no admissvel um verdadeiro poeta que no seja filsofo.
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A primeira parte deste trabalho apresenta um estudo dos ensaios Introduo aos escritos estticos de Marx e Engels, de Georg Lukcs, e Posio do narrador no romance contemporneo, de Theodor W. Adorno, em que procuramos analisar suas respectivas concepes de realismo em literatura, considerando seus critrios de valorao esttica da obra literria. A segunda parte corresponde anlise do romance Em cmara lenta (1977), de Renato Tapajs, em que examinamos de sua constitui-o formal luz das noes de realismo em questo, procurando apontar uma plausvel base terica para leitura de romances que, a exemplo do de Tapajs, so elaborados a partir de uma negatividade constitutiva.
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Este trabalho tem por objetivo explorar as relaes entre diferentes linguagens artsticas literatura, cinema, artes plsticas e desenho , investigando o funcionamento das tcnicas de colagem (termo originrio das artes plsticas) e montagem (tcnica cinematogrfica) e de que forma foram transpostas para a literatura. Para tal, tomaremos como objeto de anlise os romances Galvez imperador do Acre ([1977] 1983) e A resistvel ascenso do Boto Tucuxi (1982), do escritor amazonense Mrcio Souza.
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Este trabalho estabelece um dilogo entre o poema O Nativo de Cncer, do paraense Ruy Paranatinga Barata, e o conceito de transculturao de Angel Rama. A Anlise ser a estilstica proposta por Carlos Reis (1976), segundo a qual tanto os aspectos formais lingsticos quanto a transgresso deles no texto contribuem para seu significado, dialogando inclusive com o contexto. O poema ser abordado sob o pressuposto de ser ele uma epopia moderna da Amaznia, na qual lrico e pico se amalgamam, conforme Emil Staiger (1977) relaciona-se idia de modernidade, segundo Baudelaire. Assim, apresentaremos o poema e seu contexto histrico-literrio relacionando sua forma e contedo poticos aos conceitos de transculturao, modernidade, epopia, mediao, autonomia e engajamento. Veremos que na sua estrutura os elementos externos, como sociedade, histria e biografia se tornam internos, principalmente pelo recurso da imagem, passando a integrar a estrutura do texto, conforme postula Antonio Candido (2006).
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Nesta tese, pretendemos analisar comparativamente a reconstruo histrica da Cabanagem e da Guerra Civil Moambicana nos romances Lealdade (1997), de Mrcio Souza e As duas sombras do rio (2003), de Joo Paulo Borges Coelho. Para tanto, apresentaremos um breve percurso histrico da colonizao brasileira e moambicana, bem como o perodo da independncia e ps-independncia, alm do percurso terico sobre o romance histrico, resistncia, memria, bem como a teoria sobre o espao, nesse caso o rio, que utilizamos como ferramenta de anlise. Utilizando o rio como fio condutor de nossa anlise. Na obra de Borges Coelho, a anlise foi feita a partir das travessias das personagens pelos rios que foram desencadeadas pela chegada da guerra civil. Fixamos nossa leitura em Lenidas Ntsato personagem que metaforiza Moambique dividido em dois pela guerra civil e destacamos o papel do narrador neste romance. Na narrativa de Mrcio Souza acompanhamos as viagens de Fernando, narrador do romance, que tem sua biografia entrelaada aos acontecimentos que desencadearo a Cabanagem anos mais tarde. Cada um com seu estilo, os dois romancistas revisitam as agruras das duas guerras que tem como palco o Norte do Brasil e de Moambique que so espaos perifricos desde os tempos coloniais.
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Os estudos sobre a cultura vm, desde a dcada de 60 do ltimo sculo, tornando-se cada vez mais explorados como ferramenta de observao em diversas reas. A cultura, neste sentido, , ento, muito mais complexificada por ela ser resultante de um contato entre diversos grupos sociais e, portanto, necessitar de um estudo aprofundado no que diz respeito sua formao. A literatura, inserida neste contexto, reflete essa complexificao cultural. Nesse aspecto, utilizada como forma da histria e da cultura, a literatura uma rica fonte de informaes que pode desvendar muitos mistrios acerca da formao cultural em diferentes nveis, do local ao global. A conjuntura de um maior contato intercultural atinge a regio amaznica, sendo refletida, principalmente, por meio do aspecto migratrio aps os pices da comercializao da borracha, o chamado boom da borracha, na regio durante a segunda metade do sculo XIX e primeira metade do sculo XX. A literatura de Bruno de Menezes, em Candunga, faz referncias a esta realidade ligada aos deslocamentos humanos, mais precisamente dando enfoque Estrada de Ferro Belm-Bragana. Nesse sentido, nosso foco de estudo ser a relao cultural estabelecida entre os migrantes nordestinos recm-chegados e o caboclo amaznico, este ltimo representado no romance pela voz do narrador de Candunga, detentor de um discurso cultural em prol do homem amaznico da zona bragantina. Perceberemos que h um conflito identitrio e cultural em partes vrias de Candunga por conta da emergncia das diferenas entre caboclos e nordestinos. Notaremos um discurso de afirmao, por meio do narrador, da cultura amaznica em detrimento da nordestina, agregando, inclusive, juzo de valor, em que a cultura do caboclo seria superior cultura do migrante. No entanto, no se deixar de ressaltar a relao de hibridao, observando como se d o processo de hibridao cultural existente no romance.