952 resultados para PATRIMÓNIO MUSEOLÓGICO
Resumo:
David Santos é cara conhecida de muitos de nós, tendo feito notícia a sua demissão do Museu do Chiado em Julho de 2015, cargo que ocupava desde 2013. Foi ainda director do Museu do Neo-Realismo (Vila Franca de Xira). É Historiador de arte e curador de arte moderna e contemporânea, sendo doutorado em Arte Contemporânea pela Universidade de Coimbra, mestre em História Política e Social, pela Universidade Lusófona, pós-graduado em História da Arte e licenciado em História, na variante de História de Arte, pela Universidade Nova de Lisboa. Mas é como subdirector da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), com responsabilidades atribuídas na área dos museus, cargo que ocupa desde Fevereiro de 2016, que nos concedeu esta entrevista. Ainda sem uma estratégia tornada pública que estabeleça orientações e metas para a política museológica a ser seguida, David Santos destaca, no entanto, uma das prioridades da DGPC para o campo dos museus e do património: uma “verdadeira” democratização do acesso. Como? No investimento na comunicação das colecções através do digital, na valorização das actividades por via de maior divulgação, nomeadamente publicidade, no estímulo às parcerias e na procura de mais apoios mecenáticos. É de realçar um dado positivo para 2017: a possibilidade de entrarem 37 assistentes técnicos para os museus, palácios e monumentos tutelados pela DGPC, com a abertura prevista de novos concursos públicos.
Resumo:
Um dos pilares estruturantes da gastronomia portuguesa é a conhecida trilogia do Pão, Azeite e Vinho, alimentos no quotidiano do mediterrâneo e muito presentes no Alentejo. Entender a gastronomia como património alimentário de uma região ou lugar pressupõe uma visão alargada, transversal e integradora de diferentes atributos que se cruzam com tradições culturais alimentares e que é mais do que do domínio culinário. A exploração das características do turismo cultural e de destino (lugar) bem como dos atributos endógenos da açorda Alentejana em contextos gastronómico, permite também avaliar que a promoção de festivais gastronómicos e/ou de produtos regionais insere-se num paradigma de sustentabilidade, sendo que a oferta de produtos regionais de qualidade deverá constituir elemento potenciador do desenvolvimento socioeconómico à escala local e regional e, consequentemente, atrair e fidelizar novos públicos. Com o presente artigo pretende-se avaliar as expectativas e o grau de satisfação dos visitantes do 9º Congresso das Açordas realizado em Portel, a partir da análise multivariada de um questionário adaptado do modelo SERVQUAL. Os resultados mostram que as perceções dos visitantes relativamente à qualidade do produto oferecido são satisfatórias e estão de acordo com as expectativas.
Resumo:
«O diabo foge da Cruz», diz-se. E diz-se também: «Cruzes canhoto!»; «Cruz, credo!» e noutras aflições que se está «entre a Cruz e a espada», ou «entre a Cruz e a caldeirinha». Para mostrar o valor da perseverança emprega-se a expressão «levar a Cruz ao Calvário» e em desespero máximo e personalizado: «és a minha Cruz»… Vivemos num tempo em que há pouco espaço para a espiritualidade, as indústrias do entretenimento tudo varrem, o que exige esforço surge como aterrador e o que se relaciona com sacrifício quase não tem lugar. À partida a Cruz não é um sinal sedutor para esta época a não ser transformada numa bela joia que se põe ao pescoço. Convém ir um pouco mais atrás para entender esta marca.Quando se transforma um objecto sacro num objecto museológico a função estética prevalece sobre a catequética, torna-se sobretudo um “objecto de consumo visual” que se protege do tempo e do tacto. É uma outra forma de separar e interditar, perpetuando um estatuto exclusivo ao objecto.Centrei-me em catorze cruzes que se encontram na Diocese do Funchal, o número canónico das estações da Via Sacra, antes de se acrescentar uma décima quinta que corresponde à Ressureição. Veremos peças que se encontram muito bem estudadas e de que existe já abundante bibliografia. A minha intenção é que o nosso olhar repouse sobre a Cruz e se assemelhe ao olhar terno de Cristo, como aquele que dirigiu ao jovem rico «Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele» (Mc 10, 21).
Resumo:
Continua a faltar em Portugal um trabalho sistemático de levantamento exaustivo de fontes musicais relativas a repertórios, sobretudo posteriores a meados do século XVII. O investimento tem privilegiado o Livro Antigo e no que se refere aos fundos musicais portugueses concentra-se no período entre a Idade Média até cerca de 1600. Importa citar a este propósito a base de dados online PEM (Portuguese Early Music Database) que disponibiliza uma série de manuscritos musicais oriundos das principais instituições arquivísticas portuguesas, entre as quais se incluem as sés. Esta plataforma informática encontra-se em construção, tendo vindo a ser gradualmente enriquecida com novas digitalizações acompanhadas das respectivas descrições técnicas e codicológicas, encontrando-se ainda muito por fazer no que respeita à abrangência dos fundos musicais catedralícios. Importa todavia salientar que entre antifonários, santorais, graduais e livros de coro com polifonia, para citar apenas algumas espécies, dispomos já para estudo na PEM de uma série de digitalizações de manuscritos do Arquivo da Sé de Braga (Ms. 28, 32 e 34), um Antifonário dos finais do século XII na Sé de Lamego e dois Livros de Coro em polifonia dos séculos XVII e XVIII oriundos do Fundo Musical da Sé de Évora. Para além das existências na PEM, ressalvam-se vários trabalhos, muitos deles relacionados com essa plataforma informática, resultantes da investigação em musicologia histórica. Mencione-se, a título de exemplo, os Próprios polifónicos quinhentistas produzidos para a Sé de Braga (d´ Alvarenga, 2002: pp. 35-87).
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El Jadida. A fortaleza abaluartada de Mazagão
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El Jadida/ Cidade de Mazagão. A Igreja de Nª Sª da Assunção, o Palácio do Governador, a arquitectura religiosa e a arquitectura civil.
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A indústria do mármore do Alentejo, é por si mesma um património da região que pode ser dinamizado em termos culturais, em prol das comunidades através da diversificação do usufruto, partindo da indústria da extracção e transformação, para alcançar o turismo cultural e a preservação das memórias e identidades.
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Esta dissertação visa dar a conhecer a rede de agentes da Inquisição no concelho de Arraiolos, entre 1570 e 1773. Apresenta uma caracterização dos comissários e dos familiares do ponto de vista socioeconómico e analisa a respectiva actuação. Por fim, são apresentadas duas propostas para fruição e valorização do património histórico local a partir dos dados recolhidos e analisados: por um lado, uma exposição temporária e por outro a criação de um percurso pedestre pelo centro histórico de Arraiolos, que permitirá aos visitantes conhecerem a localidade sob outro ponto de vista: o da Inquisição.
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O artigo realiza análise sobre processo de privatização e a produção do espaço com a implantação de Unidades de Conservação, foi delimitado para esta reflexão um tipo de Unidade de Conservação - Parque Nacional ‑ especificamente o Parque Nacional da Serra da Bodoquena no Mato Grosso do Sul esta sendo utilizado como área de reflexão buscando discutir no concreto o processo de desapropriação de áreas privadas para a implantação de Unidade de Conservação e, contraditoriamente, a privatização do patrimônio natural, que é um processo universal e que localmente aparece como alternativa ao desenvolvimento centrado na agropecuária. A passagem do privado para o público aparentemente é um avanço em relação ao processo geral de mercantilização da natureza. Mas, no caso especifico das Unidades de Conservação o circulo se completa com o retorno ao ponto inicial, a privatização do patrimônio natural, agora não mais da propriedade da terra, mas ao uso da terra e da paisagem enquanto atrativo turístico.
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A cidade do Recife concentra um patrimônio material e imaterial com valores seculares e intangíveis. Estes bens fazem parte de um acervo histórico construído ou iniciado nos séculos XVI, XVII e XVIII com uma arquitetura barroca de características bem pernambucanas. Com o crescimento da cidade e intervenção humana nesta área, os bens patrimoniais religiosos têm necessitado de cuidados para que seus valores não se percam com o tempo. E na expectativa de contribuir para a conservação e preservação desses, aplica-se a estereoscopia, uma técnica fotogramétrica de obter dados tridimensionais a partir de instrumentos óticos com o propósito de observação e obtenção de dados dignos de confiança. Neste caso, a técnica utilizada foi o anaglifo que faz uso de fotografias terrestres processadas em softwares especializados que resultam no registro impresso e digital de imagens tridimensionais, seja para a promoção do turismo cultural ou para um planejamento do tombamento, conservação e preservação de bens patrimoniais, como os templos católicos pesquisados no Recife.
Resumo:
Na atualidade, verifica-se que em muitas cidades, especialmente nas mais antigas, existe a mercantilização do patrimônio histórico-cultural pela atividade turística. Diante desta realidade, o artigo tem como objetivo discutir a apropriação dos bens patrimoniais em Londrina-PR que, nos últimos anos, vem investindo no turismo de eventos e negócios na cidade e que, apesar do importante acervo histórico-cultural que possui, e da ampla divulgação, este ainda não é valorizado pela população local e pelos turistas. Através de pesquisa bibliográfica e trabalho de campo levantaram-se alguns bens materiais e imateriais, buscando-se analisar a importância dos bens patrimoniais como referenciais identitários para a população, ao mesmo tempo em que possuem um valor econômico, quando apropriados pelo turismo. Em seguida, buscou-se destacar a importância crescente do turismo de eventos e negócios em Londrina e como se dá a utilização do patrimônio da cidade, visto que a cidade não desenvolve o turismo cultural. Por fim, foram sugeridas algumas alternativas de conservação do patrimônio através do desenvolvimento do turismo de eventos e negócios.
Resumo:
O presente artigo se baseia na alteração da paisagem provocada pela construção das barragens, tendo em vista a paisagem analisada de uma forma holística. O objetivo principal é relatar a perda do patrimônio material e principalmente patrimônio imaterial atrelado ao traço cultural das comunidades atingidas pelas barragens, para geração de energia elétrica. Para tal utilizaremos da paisagem cultural, aqui entendida como as interações dos povos que vivem com seu ambiente, ao qual o homem e a vida reproduzam marcas e atribuem valores de sua cultura, memória, religiosidade que nela estão caracterizadas no cotidiano dessas pessoas, a qual possui suas formas tradicionais de se ocuparem no território.A construção de grandes barragens provoca impactos sociais, ambientais e em patrimônios materiais e imateriais, onde os deslocamentos compulsórios dos povos que habitam as margens do rio provocam impactos nas populações, onde esses povos possuem um pertencimento com aquela localidade, que compartilham de uma recíproca sacralidade com o lugar ao qual vivem. No que diz respeito aos modos de criar, fazer e viver, se expressando nas suas práticas, representações, conhecimentos e técnicas, ou seja, os componentes dos processos genuínos na arte e ciência, contribuindo para desenvolver a diversidade cultural e à criatividade humana.
Resumo:
O Barroco compreende amplo fenômeno associado à arte, à vida e à história dos séculos XVII e XVIII. No Brasil, mais especificamente no estado de Minas Gerais, o barroco assumiu características próprias, passando a constituir não somente um estilo artístico e arquitetônico, mas uma forma de enxergar e compreender o mundo, diretamente associado à origem da cultura mineira. Diamantina, cidade colonial mineira reúne significativo acervo histórico e cultural barroco, o que justificou seu reconhecimento, em 1999, como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Inspirado nas reflexões sobre paisagem, patrimônio e identidade, este trabalho visa investigar o sentimento da população local em relação ao patrimônio da cidade de Diamantina. Para cumprir tal objetivo, foi realizada pesquisa teórica sobre barroco, paisagem, mineiridade, topofilia e topofobia e, pesquisa empírica, através de entrevistas semi-estruturadas com 40 moradores de diferentes regiões da cidade. De maneira geral, a população manifesta sentimento topofílico em relação à cidade, mas demonstra certo distanciamento em relação ao patrimônio. Apesar de reconhecerem sua importância, os entrevistados expressam ressentimento em relação à valorização do centro histórico para o uso turístico em detrimento a iniciativas que aproximem o patrimônio da população, estimulando sua capacidade em valorizá-lo.
Resumo:
O texto que aqui apresentamos refere-se a uma análise feita do conceito de espaço público baseada nas concepções de Hannah Arendt, Jürgen Habermas e Richard Sennett. Tal análise tem por finalidade fornecer um suporte à compreensão das transformações pelas quais vêm passando as cidades parcial ou totalmente tombadas por instituições de proteção ao patrimônio histórico. Recorremos aos autores acima citados por entendermos que eles, mesmo com formações intelectuais distintas, entendem o espaço público como o local da visibilidade e do encontro entre os cidadãos, isto é, da sociabilidade. Assim também o entendemos e, além disso, vemos a sua materialidade como fundamental para o exercício da cidadania. Dessa forma, analisamos a concepção de cada um desses autores buscando pontos de convergência e meios para compreendermos a condição cidadã nas atuais cidades patrimonializadas que convivem com a atividade turística ou que têm nesta sua principal fonte de renda. Portanto, neste artigo, o que se pretende é estabelecer a relação espaço público-patrimônio histórico-turismo a fim de fornecer uma contribuição geográfica à análise das cidades tombadas a partir do diálogo com outros campos científicos.
Resumo:
Esta pesquisa teve por objetivo analisar o perfil topoclimático considerando a variação da temperatura do ar com a altitude em pontos distribuídos na trilha da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Pousada das Araras. Os dados de temperatura do ar foram coletados dos termohigrometros instalados, em cotas altimétricas distintas e com características diferentes de paisagem, (nascente, vegetação arbórea e campo aberto), na estação de inverno de 2010. O estudo do perfil topoclimático na RPPN nos permite inferir que há uma significativa correlação da temperatura com a topografia local e com a presença ou ausência de cobertura vegetal do solo. Embora a área de estudo apresenta uma amplitude altimétrica em torno de apenas 76 m, verificou-se, às 15h, um gradiente térmico de -0,08 a -0,11ºC/m, ou seja uma redução na temperatura com o aumento da altitude. Também foi observado que a cobertura vegetal afeta o gradiente térmico.