997 resultados para Ictiofauna Neotropical
Resumo:
Uma síntese das espécies de peixes de cabeceiras do rio Tietê é apresentada com base em material de coleções zoológicas e novas coletas realizadas. São referidas para região 56 espécies pertencentes a sete ordens e 16 famílias, aumentando significativamente números anteriores. Os resultados mostram que as cabeceiras do rio Tietê possuem uma composição ictiofaunistica bastante peculiar, distinta daquela encontrada no restante do Alto rio Paraná, mostrando acentuado grau de endemismo e grande similaridade com bacias hidrográficas litorâneas, corroborando a hipótese de captura de rios da região por drenagens costeiras e vice e versa no passado. Dentre as espécies encontradas na região, oito são endêmicas (14,3%), 13 são encontradas nas cabeceiras do rio Tietê e drenagens litorâneas da região sudeste do Brasil (23,2%), dez ocorrem em todo Alto rio Paraná (17,9%), cinco são encontradas no Alto rio Paraná e drenagens litorâneas da região sudeste do Brasil (8,9%), enquanto 13 espécies mostram uma ampla distribuição na América do Sul (23,2%), das quais parte ainda precisa ter a identidade confirmada. A diversidade de espécies é acrescida de pelo menos cinco espécies novas pertencentes aos gêneros Cyphocharax, Characidium, Astyanax, Pareiorhina e Australoheros e quatro novos registros são feitos para Characidium cf. zebra, Scleromystax barbatus, Crenicicla britskii e Synbranchus cf. marmoratus. Pelo menos sete espécies introduzidas estão estabelecidas na região, enquanto outras dez espécies são relacionadas em listas de espécies ameaçadas.
Resumo:
Os cromossomos e a variação de conteúdo de DNA nuclear foram estudados em sete amostras de Synbranchus marmoratus das bacias dos rios Paraguai e Paraná com o objetivo de avaliar se diferenças no cariótipo e no conteúdo de DNA nuclear poderiam fornecer informações para a caracterização de linhagens evolutivas independentes no gênero e para a elaboração de hipóteses evolutivas e biogeográficas. A ocorrência de diferentes cariótipos já foi descrita para essa espécie, entretanto, um novo citótipo foi encontrado no rio Miranda. O conteúdo de DNA nuclear mostrou uma ampla variação entre as amostras e indivíduos, com valores entre 5,2 a 9,1 pg de DNA/núcleo. Uma análise de variância confirmou a ocorrência de diferenças significativas entre as amostras. em uma série de análises, um padrão multimodal foi encontrado na distribuição do conteúdo de DNA nuclear, pelo qual várias unidades, mais ou menos discretas, foram identificadas. Combinando a fórmula cariotípica com o conteúdo de DNA nuclear, uma relação complexa entre os rios foi observada. Com base nos dados disponíveis, sugerimos que existem várias linhagens evolutivas independentes de Synbranchus marmoratus nos rios amostrados. Hipóteses biogeográficas são propostas e discutidas.
Resumo:
As drenagens costeiras do leste do Brasil correspondem a áreas de grande significado biogeográfico, apresentando um alto grau de endemismo em sua fauna de peixes. Padrões filogenéticos sugerem uma relação próxima entre os rios que correm para o Atlântico a os adjacentes das terras altas do escudo cristalino. Entretanto, pouco tem sido dito sobre a dinâmica dos processos geológicos relacionados aos eventos cladogenéticos entre estas áreas. Padrões de distribuição e filogenéticos sugerem uma íntima associação com a história geológica da margem continental passiva da América do Sul, desde o Cretáceo aos dias atuais. Soerguimentos macrodômicos, rifteamento, movimentos verticais entre blocos falhados e o recuo erosivo da margem leste sul-americana são considerados como as principais forças geológicas atuando sobre a distribuição da ictiofauna de água doce nestas áreas. A atividade tectônica associada à ruptura do Gondwana e separação da América do Sul e África criou seis megadomos que são responsáveis por configurar a maior parte do atual curso das principais bacias hidrográficas do escudo cristalino. Com exceção das bacias localizadas às margens de tais megadomos, estes rios desenvolveram longos e sinuosos circuitos sobre o antigo escudo cristalino brasileiro antes de desaguarem no então recentemente aberto Oceano Atlântico. Eventos cladogenéticos iniciais entre drenagens de terras altas do escudo cristalino e tributários do Atlântico podem estar associados com processos vicariantes desta fase inicial, e alguns táxons antigos, basais, grupos-irmão de táxons muito inclusivos e de ampla distribuição são encontrados nestas bacias hidrográficas. Mais tarde, a denudação erosiva generalizada resultou em um ajuste isostático da margem leste da plataforma. Tal ajuste, concomitantemente a reativações de antigas zonas de falha, resultou em movimentos verticais entre blocos falhados, dando origem, no sudeste do Brasil, a bacias tafrogênicas. Tais bacias, como a de Taubaté, São Paulo, Curitiba e Volta Redonda, entre outras, capturaram drenagens e fauna de terras altas adjacentes. Os peixes fósseis da Formação Tremembé (Eoceno-Oligoceno da Bacia de Taubaté) exemplificam este processo. Outros sistemas tafrogênicos de idade Terciária foram também identificados em outros segmentos da margem continental Atlântica, como na Província Borborema, no NE do Brasil, com marcada influência sobre o padrão de drenagem. Ao mesmo tempo, o recuo erosivo da margem leste da plataforma capturou sucessivamente rios de planalto, os quais se tornaram tributários atlânticos, evoluindo associados aos principais sistemas de falha. A natureza continuada destes processos explica os padrões filogenéticos e de distribuição miscigenados entre os tributários atlânticos e as terras altas do escudo cristalino adjacente, especialmente na margem sudeste do continente, representados por sucessivos, cada vez menos inclusivos, grupos irmãos, associados a eventos cladogenéticos desde o final do Cretáceo ao presente.
Resumo:
Com o objetivo de identificar os padrões de organização das comunidades de peixes dos rios Jogui e Iguatemi nós amostramos peixes através de redes de espera trimestralmente entre Novembro/1999 e Agosto/2000. Hypostomus ancistroides e Parauchenipterus galeatus foram as espécies de peixes mais abundantes nos rios Jogui e Iguatemi, respectivamente. A variação longitudinal foi mais importante que a sazonal na determinação da composição de espécies em ambos os rios e a diferença entre estações não foi significativa. A altitude foi o fator mais importante na determinação da distribuição das espécies.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Anacanthorus penilabiatus n. sp. is described from the serrasalmid fish, Piaractus mesopotamicus (Holmberg, 1887), cultivated in the Centro de Aqüicultura, Universidade Estadual Paulista. The new species is characterized by having a relatively straight copulatory organ with a long lip on the distal margin and a median longitudinal flap, and a copulatory ligament. The large size of the infrapopulations of this species of parasite indicates that it should be considered a potential agent causing losses in aquaculture of the fish host.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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This study examined the location and distribution of O-2 chemoreceptors involved in cardio-respiratory responses to hypoxia in the neotropical teleost, the pacu (Piaractus mesopotamicus). Intact fish and fish experiencing progressive gill denervation by selective transection of cranial nerves IX and X were exposed to gradual hypoxia and submitted to intrabuccal and intravenous injections of NaCN while their heart rate, ventilation rate and ventilation amplitude were measured. The chemoreceptors producing reflex bradycardia were confined to, but distributed along all gill arches, and were sensitive to O-2 levels in the water and the blood. Ventilatory responses to all stimuli, though modified, continued following gill denervation, however, indicating the presence of internally and externally oriented receptors along all gill arches and either in the pseudobranch or at extra-branchial sites. Chemoreceptors located on the first pair of gill arches and innervated by the glossopharyngeal nerve appeared to attenuate the cardiac and respiratory responses to hypoxia. The data indicate that the location and distribution of cardio-respiratory O-2 receptors are not identical to those in tambaqui (Colossoma macropomum) despite their similar habitats and close phylogenetic lineage, although the differences between the two species could reduce to nothing more than the presence or absence of the pseudobranch.
Resumo:
The present study examined the role of branchial and orobranchial O-2 chemoreceptors in the cardiorespiratory responses, aquatic surface respiration (ASR), and the development of inferior lip swelling in tambaqui during prolonged (6 h) exposure to hypoxia. Intact fish (control) and three groups of denervated fish (bilateral denervation of cranial nerves IX+X (to the gills), of cranial nerves V+VII (to the orobranchial cavity) or of cranial nerves V alone), were exposed to severe hypoxia (Pw(O2) = 10 mmHg) for 360 min. Respiratory frequency (fR) and heart rate (fH) were recorded simultaneously with ASR. Intact (control) fish increased fR, ventilation amplitude (V-AMP) and developed hypoxic bradycardia in the first 60 min of hypoxia. The bradycardia, however, abated progressively and had returned to normoxic levels by the last hour of exposure to hypoxia. The changes in respiratory frequency and the hypoxic bradycardia were eliminated by denervation of cranial nerves IX and X but were not affected by denervation of cranial nerves V or V+VII. The VAMP was not abolished by the various denervation protocols. The fH in fish with denervation of cranial nerves V or V+VII, however, did not recover to control values as in intact fish. After 360 min of exposure to hypoxia only the intact and IX+X denervated fish performed ASR. Denervation of cranial nerve V abolished the ASR behavior. However, all (control and denervated (IX+X, V and V+VII) fish developed inferior lip swelling. These results indicate that ASR is triggered by O-2 chemoreceptors innervated by cranial nerve V but that other mechanisms, such as a direct effect of hypoxia on the lip tissue, trigger lip swelling.
Resumo:
The male genitalia of Pseudopolybia vespiceps are described and compared to congeners. Characters of the male genitalia are combined with morphological characters of the females and nests and used in a phylogenetic analysis. The single cladogram resulting supports monophyly of the genus Pseudopolybia and interrelationships among the species as: P. langi + (P. difficilis + (P. compressa + P. vespiceps)). A new, illustrated identification key is presented.