1000 resultados para Hipertensão Tratamento alternativo - Teses


Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A radioterapia para tratamento das neoplasias malignas em regio de cabea e pescoo acompanhada de diversas complicaes, decorrentes do comprometimento dos tecidos radiossensveis localizados prximos ao tumor. Entre essas complicaes a mucosite a que merece maior destaque. A mucosite uma reao txica inflamatria da mucosa oral causada pelo tratamento citorredutivo induzido pela radioterapia (RT) ou pela quimioterapia (QT). Ela manifesta-se com sinais de edema, eritema, lcera e formao pseudomembrana, resultando em sintomas de ardncia, que pode progredir para dor intensa e consequente prejuzo na alimentao e comunicao verbal. Infeces bacterianas, fngicas ou virais podem acometer a mucosa bucal irradiada e exacerbar a manifestao da mucosite oral por meio da ativao de fatores de transcrio da resposta inflamatria. Existem poucos dados na literatura sobre a participao dos herpesvirus humanos na mucosite oral induzida pela radioterapia. A proposta desse trabalho foi avaliar a excreo oral dos herpesvirus humanos (HSV-1, HSV-2, EBV, CMV, VZV, HHV6, HHV7 e HHV8) e sua possvel associao com o desenvolvimento e agravamento da mucosite oral, em pacientes diagnosticados com carcinoma epidermoide (CEC) de boca e orofaringe, submetidos radioterapia associado quimioterapia. Nesse estudo foram analisadas 158 amostras de lavado bucal, de 20 pacientes, submetidos radioterapia para CEC em regio de cabea e pescoo, coletadas semanalmente, durante todo o tratamento. Foi realizada a extrao do DNA dessas amostras e em seguida sua amplificao atravs da PCR utilizando dois conjuntos de primers: HSVP1/P2 para os subtipos HSV-1, HSV-2, EBV, CMV e HHV-8 e o VZVP1/P2 para os subtipos VZV, HHV-6 e HHV-7. As amostras positivas foram submetidas digesto enzimtica com enzimas de restrio BamHI e BstUI para determinao especfica de cada um dos oito herpesvirus. Foi tambm avaliada clinicamente, a mucosite oral, em cada uma das coletas, seguindo os critrios da OMS e NCIC. As anlises da amostra mostraram a excreo do EBV, HHV-6 e HHV-7, em todas as semanas de tratamento radioterpico, enquanto que a excreo do HSV1 no pode ser observada no momento da triagem. Considerando-se todos os perodos em conjunto (Triagem, semanas de radioterapia e Controle), a maior frequncia foi de pacientes que excretaram EBV (55,0%), seguida daqueles que excretaram HHV-7 (20,5%). A frequncia de excreo de EBV foi significativamente maior do que a dos demais vrus (Teste ?2, p<0.001 para todos os cruzamentos). A frequncia de excreo de HHV-7 foi significativamente maior do que a de HSV-1 (5,9%) e HHV-6 (5,5%) (Teste ?2, p=0.001 para ambos os cruzamentos). No houve diferenas estatsticas significantes entre as frequncias de HSV-1 e HHV-6. Como concluso, verificou-se uma correlao positiva entre a excreo oral do EBV e a presena de mucosite induzida pela associao de radioterapia e quimioterapia com graus >=2, sobretudo se considerarmos as trs ltimas semanas de radioterapia, perodo este em que a severidade da mucosite foi estatisticamente maior. Esses achados nos possibilitam inferir que o ambiente inflamatrio local de mucosites com grau >=2 seja mais favorvel para excreo oral do EBV.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A concentrao demogrfica e de sistemas coletivos de esgotamento sanitrio dentro do permetro urbano da maioria dos municpios brasileiros, dificulta a viabilizao do fornecimento de servios de tratamento de esgotos domsticos habitaes e ncleos habitacionais isolados situados em reas periurbanas e rurais, intensificando os danos provocados pela poluio de origem antrpica ao meio ambiente e preservao da sade pblica. Para contribuir no equacionamento deste problema, o presente estudo teve por finalidade avaliar uma wetland construda hbrida em escala real, composta por uma unidade com fluxo contnuo subsuperficial vertical seguida por uma unidade de fluxo contnuo subsuperficial horizontal, cultivadas com capim Vetiver, para o tratamento de efluente proveniente de tanque sptico. A presente configurao experimental busca uma soluo de baixo custo e simplificada para o tratamento descentralizado de esgotos domsticos. A estao experimental de tratamento de esgotos, parte integrante e um dos produtos da Rede Nacional de Tratamento de Esgotos Descentralizados RENTED, foi construda no Centro Tecnolgico de Hidrulica CTH / Escola Politcnica EPUSP, campus Butant da USP, em So Paulo. O esgoto bruto foi proveniente do Conjunto Residencial da USP e do restaurante central da Cidade Universitria. As vazes mdia e mxima de esgoto bruto, respectivamente, de 640L.d-1 e 1600L.d-1, foram aplicadas entrada do TS de 5.000L e deste escoaram por gravidade entrada da wetland construda hbrida, com TDH total de 2,8d e 1,1d, respectivamente, sob aplicao das vazes mdia e mxima de projeto. O monitoramento do experimento em campo, incluindo o perodo inicial de partida, durou 6 meses consecutivos. Foram avaliados os parmetros fsico-qumicos e microbiolgicos do esgoto bruto e do efluente do tanque sptico e das cmaras da wetland construda hbrida durante 97 dias consecutivos. Os resultados indicaram que tanto as mudas jovens quanto as adultas de capim Vetiver adaptaram-se bem s condies ambientais. As eficincias mdias de remoo no efluente tratado final quanto matria orgnica carboncea foram de 96 por cento para DBO5,20 e 90 por cento para DQO, 40 por cento para N-total, 23 por cento para N-amoniacal total, 60 por cento para P-total, 52 por cento para P-PO4, 74 por cento para SST, 96 por cento para SSV, 75 por cento para slidos sedimentveis, 44 por cento para SDV, 88 por cento para sulfeto total, e 97 por cento para leos e graxas totais, variando entre 73 por cento a 100 por cento . Cerca de 80 por cento da frao orgnica da matria nitrogenada presente no esgoto bruto foi removida. A remoo de coliformes termotolerantes foi, em mdia, de 2 e 3 unidades log, e de Escherichia Coli, mdia de 1 e 3 unidades log, respectivamente, sob aplicao das vazes mxima e mdia, Giardia sp, mdia de 99,995 por cento , Cryptosporidium sp, mdia de 98,7 por cento , Enterovrus, mdia de 99,6 por cento , e Ascaris sp, mdia de 0,10 ovo/L. A remoo de sulfetos propiciou a gerao de efluente tratado sem odores desagradveis. A diminuio da vazo aplicada e a elevao do TDH influenciaram positivamente no desempenho do sistema com relao s remoes dos parmetros fsico-qumicos e microbiolgicos. Com base no presente estudo, ficou evidente o benefcio da associao de wetlands construdas com fluxo vertical e horizontal no tratamento de efluente de tanque sptico. O capim Vetiver apresentou bom potencial de utilizao em wetlands 8 construdas para tratamento de esgotos domsticos. O sistema experimental de tratamento apresentou flexibilidade operacional, mantendo bom desempenho inclusive nos perodos de sobrecarga. A qualidade do efluente tratado final obtido no presente estudo atende s exigncias de lanamento e aos padres de emisso de efluentes lquidos em corpos dgua e em sistemas pblicos de esgotamento sanitrio definidos na legislao ambiental federal e do Estado de So Paulo. A tecnologia de wetlands construdas hbridas associada ao tratamento de efluentes de tanque sptico apresentou bom potencial para o tratamento descentralizado de esgotos domsticos, inclusive em regies com pouca disponibilidade de rea livre.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Introduo. Apesar das evidncias dos efeitos imunomodulatrios da morfina, no h na literatura estudos que tenham comparado a interao entre citocinas, imunidade celular (linfcitos T, B e NK) e a administrao prolongada de morfina administrada pelas vias oral ou intratecal em doentes com dor crnica neuroptica no relacionada ao cncer. Foram avaliados de forma transversal e comparativa 50 doentes com diagnstico de dor lombar crnica e com presena de radiculopatia (dor neuroptica) previamente operados para tratar hrnia discal lombar (Sndrome Dolorosa Ps- Laminectomia), sendo 18 doentes tratados prolongadamente com infuso de morfina pela via intratecal com uso de sistema implantvel no compartimento subaracnideo (grupo intratecal); 17 doentes tratados prolongadamente com morfina pela via oral (n=17) e 15 doentes tratados com frmacos mas sem opiides (grupo sem opioide). Foram analisadas as concentrao das citocinas IL-2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 e IL-1beta no plasma e no lquido cefalorraquidiano; imunofenotipagem de linfcitos T, B e clulas NK e avaliados os ndice de Escalonamento de Opiide (em percentagem de opiide utilizada e em mg), dose cumulativa de morfina (mg), durao do tratamento em meses, dose final de morfina utilizada (em mg), e equivalente de morfina por via oral (em mg). Resultados. No houve diferena estatisticamente significativa entre o nmero de linfcitos T, B e NK nos doentes com morfina administrada pelas vias IT, VO e os no usurios de morfina. Houve correlao positiva entre as concentraes de linfcitos T CD4 e o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlao negativa entre as concentraes de clulas NK (CD56+) e o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlao positiva entre o nmero de clulas NK (CD56+) e a dose cumulativa de morfina (em mg) administrada pelas vias intratecal e oral. Houve correlao positiva entre as concentraes de linfcitos T CD8 e a durao do tratamento em meses nos doentes tratados com morfina pela via oral. As concentraes de IL-8 e IL-1beta foram maiores no LCR do que no plasma em todos os doentes da amostra analisada. As concentraes de IFNy no LCR foram maiores nos doentes que utilizavam morfina pela via oral e nos no usurios de morfina do que nos que a utilizavam pela via intratecal. As concentraes de plasmticas de IL-5 foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos que no a utilizavam. A concentrao de IL-5 no LCR correlacionou-se negativamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal. Nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal, a concentrao de IL-2 no LCR correlacionou-se positivamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA e negativamente com o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) e a dose cumulativa de morfina (em mg). As concentraes plasmticas de GMCSF foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos no a utilizavam. A concentrao de TNFalfa no LCR nos doentes tratados com morfina pela via intratecal correlacionou-se negativamente com o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg), a dose cumulativa de morfina (em mg) e dose equivalente por via oral (em mg) de morfina. A concentrao plasmtica das citocinas IL-6 e IL-10 correlacionou-se negativamente com a durao do tratamento (em meses) nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. O ndice de Escalonamento de Opiide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentraes no LCR de IL-2 e TNFalfa nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. O ndice de Escalonamento de Opiide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentraes no LCR de IL-2 e IL-5 nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes de IL-5 e IL-2 no LCR nos doentes tratados com morfina administrada pelas vias oral e intratecal. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes plasmticas de IL-4 nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes plasmticas de IL-1beta nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Concluses: Os resultados sugerem associaes entre citocinas e imunidade celular (clulas T , B e NK) e o tratamento prolongado com morfina administrada pela via oral ou intratecal. Estes resultados podem contribuir para a compreenso da imunomodulao da morfina administrada por diferentes vias em doentes com dor neuroptica crnica no oncolgica . So necessrios mais estudos sobre os efeitos da morfina sobre o sistema imunolgico

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho apresenta e discute os resultados de um estudo amplo e aprofundado sobre os principais parmetros operacionais da flotao por ar dissolvido, utilizada no ps-tratamento de efluentes de um reator anaerbio de leito expandido (RALEx), tratando 10 m3/hora de esgoto sanitrio. Foram realizados preliminarmente ensaios utilizando o flotateste, unidade de flotao em escala de laboratrio, para identificar as melhores dosagens de coagulante (cloreto frrico), o polmero mais adequado, dentre os 26 testados, e sua respectiva dosagem, o pH de coagulao adequado, o tempo (Tf) e o gradiente de velocidade (Gf) de floculao mais apropriados e a quantidade de ar (S*) requerida. Para obteno das condies operacionais adequadas para a unidade piloto de flotao, os valores de Tf e de Gf foram variados de zero a 24 minutos e de 40 a 100 s-1, respectivamente. As concentraes de cloreto frrico e de polmero sinttico variaram de 15 a 92 mg/L e de 0,25 a 7,0 mg/L, respectivamente. S* variou de 2.85 a 28.5 gramas de ar por metro cbico de efluente e a taxa de aplicao superficial na unidade de flotao abrangeu de 180 a 250 m3/m2/d. O desempenho da flotao durante a partida do reator anaerbio tambm foi investigado. O uso de 50 mg/L de cloreto frrico, de Tf igual a 20 min e Gf de 80 s-1, de S* de 19,7 g de ar por m3 de efluente e taxa de 180 m3/m2/d produziu excelentes resultados nos ensaios com a instalao piloto de flotao, com elevadas remoes de carga de DQO (80,6%), de fsforo total (90,1%) e de slidos suspensos totais (92,1%) e com turbidez entre 1,6 e 15,4 uT e residuais de ferro de 0,5 mg/L, com remoo estimada, na forma de lodo, de 77 gramas de SST por m3 de efluente tratado. Nestas mesmas condies, no sistema RALEx+FAD, foram observadas remoes globais de 91,6% de carga de DQO, de 90,1% de carga de fsforo e de 96,6% de carga de SST. O emprego da flotao por ar dissolvido (FAD) mostrou-se alternativa bastante atraente para o ps-tratamento de efluentes de reatores anaerbios. Se a coagulao estiver bem ajustada, o sistema composto de reator anaerbio seguido de unidade de flotao consegue alcanar excelente remoo de matria orgnica, reduo significativa da concentrao de fsforo e de slidos suspensos, alm de precipitao dos sulfetos dissolvidos, gerados no reator anaerbio. Bons resultados foram alcanados mesmo quando o reator RALEx produziu efluentes de baixa qualidade durante seu perodo de partida. Nesse perodo, o sistema de flotao atuou como barreira eficaz, evitando a emisso de efluente de baixa qualidade do sistema.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O emprego da flotao por ar dissolvido (FAD) para o ps-tratamento de efluentes de reatores anaerbios aparenta ser atraente considerando algumas caractersticas desse processo fsico-qumico. A FAD reconhecidamente um processo de alta taxa, particularmente eficiente na remoo de material particulado em suspenso e de flocos produzidos pela coagulao qumica de guas residurias. Alm disso, h produo de lodo espesso e provavelmente arraste de parcela de gases e de compostos volteis, presentes nos efluentes anaerbios. Entretanto, a concepo de sistemas de FAD deve ser precedida por ensaios em unidades de flotao em escala de laboratrio, permitindo a determinao dos principais parmetros do processo. Neste trabalho, so apresentados e discutidos os resultados obtidos em laboratrio e em instalao piloto de flotao com escoamento contnuo recebendo efluente de reator anaerbio de manta de lodo (UASB), com 18 m3 de volume, tratando esgoto sanitrio. Os ensaios em unidade em escala de laboratrio foram realizados utilizando diferentes dosagens de cloreto frrico (entre 30 e 110 mg/L) ou de polmero catinico (entre 1,0 e 16,0 mg/L), atuando como coagulantes. Alm disso, foram estudadas as condies de floculao (tempo de 15 e de 25 min, e gradiente mdio de velocidade de floculao entre 30 e 100 s-1) e diferentes valores de quantidade de ar fornecido ao processo (S*, entre 4,7 e 28,5 g de ar por m3 de efluente). Com a instalao piloto de FAD foram realizados apenas ensaios preliminares variando-se a taxa de aplicao superficial (140 e 210 m3/m2/d) para diferentes valores de S* (14,8 a 29,5 g de ar por m3 de efluente). Com o emprego de dosagem de 65 mg/L de cloreto frrico, de tempo de 15 min e gradiente mdio de velocidade de floculao de 80 s-1 e de 19 g de ar por m3 de efluente, foram observados excelentes resultados em laboratrio, com elevadas remoes de DQO (89%), de fosfato total (96%), de slidos suspensos totais (96%), de turbidez (98%), de cor aparente (91%), de sulfetos (no detectado) e NTK (47%). Considerando o sistema UASB e FAD, nos testes em laboratrio, foram observadas remoes globais de 97,7% de DQO, de 98,0% de fosfato total, de 98,9% de SST, de 99,5% de turbidez, de 97,8% de cor aparente e de 59,0% de NTK. Nos ensaios com a instalao piloto de FAD, o sistema apresentou remoes de 93,6% de DQO, de 87,1% de SST, de 90% de sulfetos e de 30% de NTK.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Avaliou-se o desempenho do reator anaerbio em batelada seqencial com biomassa imobilizada (ASBBR) no tratamento de soro de queijo quanto submetido a diferentes estratgias de alimentao e cargas orgnicas volumtricas (COV). O reator operou com agitao mecnica atravs de impelidor do tipo hlice na rotao de 500 rpm. Um volume de 2 litros foi alimentado por ciclo com 1 litro de volume residual, totalizando 3 litros. O substrato utilizado foi soro de queijo desidratado reconstitudo. Suplementou-se o sistema com NaHCO3 na razo de 50% NaHCO3/DQO. Foram testadas as seguintes COVs: 2, 4, 8 e 12 gDQO/l.d. Para ciclos de 8 horas e em cada COV, trs estratgias de alimentao foram testadas: (a) operao em batelada com ciclo de 8 horas, (b) batelada alimentada de 2 horas (c) batelada alimentada de 4 horas. Na COV de 2 gDQO/l.d, a converso de matria orgnica como DQO em amostras filtradas foi de 92, 96 e 91% para as estratgias de alimentao (a), (b) e (c), respectivamente. Para a COV de 4 gDQO/l.d, o desempenho foi de 94, 97 e 93%, respectivamente. Para a COV de 8 gDQO/l.d houve reduo nas eficincias de converso a 83, 85 e 86%, respectivamente. O aumento da COV para 12 gDQO/l.d, resultou na reduo em eficincias de 72, 73 e 81%, respectivamente. Os perfis durante os ciclos da concentrao de cidos volteis totais mostraram que, apesar do aumento gradual com o tempo de enchimento aumentando, nenhuma diferena significativa foi detectada em termos dos seus valores mximos. Foi observada a reduo de cido propinico como conseqncia do aumento do tempo de enchimento. Assim, para COV de 2 e 4 gDQO/l.d, a estratgia de alimentao (b) proporcionou maiores eficincias de converso e estabilidade operacional, enquanto que este comportamento foi observado na estratgia de alimentao (c) para os valores de COV de 8 e 12 gDQO/l.d.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Os mtodos de ondas superficiais com nfase nas ondas Rayleigh foram utilizados como o ncleo desse trabalho de Doutorado. Inicialmente, as ondas Rayleigh foram modeladas permitindo o estudo de sensibilidade de suas curvas de disperso sob diferentes configuraes de parmetros fsicos representando diversos modelos de camadas, em que pde ser observado parmetros com maior e menor sensibilidade e tambm alguns efeitos provocados por baixas razes de Poisson. Alm disso, na fase de inverso dos dados a modelagem das ondas Rayleigh foi utilizada para a construo da funo objeto, que agregada ao mtodo de mnimos quadrados, a partir do mtodo de Levenberg-Marquardt, permitiu a implementao de um algoritmo de busca local responsvel pela inverso de dados das ondas superficiais. Por se tratar de um procedimento de busca local, o algoritmo de inverso foi complementado por uma etapa de pr-inverso com a gerao de um modelo inicial para que o procedimento de inverso fosse mais rpido e eficiente. Visando uma eficincia ainda maior do procedimento de inverso, principalmente em modelos de camadas com inverso de velocidades, foi implementado um algoritmo de ps-inverso baseado em um procedimento de tentativa e erro minimizando os valores relativos da raiz quadrada do erro quadrtico mdio (REQMr) da inverso dos dados. Mais de 50 modelos de camadas foram utilizados para testar a modelagem, a pr-inverso, inverso e ps-inverso dos dados permitindo o ajuste preciso de parmetros matemticos e fsicos presentes nos diversos scripts implementados em Matlab. Antes de inverter os dados adquiridos em campo, os mesmos precisaram ser tratados na etapa de processamento de dados, cujo objetivo principal a extrao da curva de disperso originada devido s ondas superficiais. Para isso, foram implementadas, tambm em Matlab, trs metodologias de processamento com abordagens matemticas distintas. Essas metodologias foram testadas e avaliadas com dados sintticos e reais em que foi possvel constatar as virtudes e deficincias de cada metodologia estudada, bem como as limitaes provocadas pela discretizao dos dados de campo. Por ltimo, as etapas de processamento, pr-inverso, inverso e ps-inverso dos dados foram unificadas para formar um programa de tratamento de dados de ondas superficiais (Rayleigh). Ele foi utilizado em dados reais originados pelo estudo de um problema geolgico na Bacia de Taubat em que foi possvel mapear os contatos geolgicos ao longo dos pontos de aquisio ssmica e compar-los a um modelo inicial existente baseado em observaes geomorfolgicas da rea de estudos, mapa geolgico da regio e informaes geolgicas globais e locais dos movimentos tectnicos na regio. As informaes geofsicas associadas s geolgicas permitiram a gerao de um perfil analtico da regio de estudos com duas interpretaes geolgicas confirmando a suspeita de neotectnica na regio em que os contatos geolgicos entre os depsitos Tercirios e Quaternrios foram identificados e se encaixaram no modelo inicial de hemi-graben com mergulho para Sudeste.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O presente trabalho foi realizado em duas fases. Na primeira, foram estimados os efeitos produzidos nos decantadores primrios de uma ETE, aps receber resduo da ETA-SC, que utiliza sulfato de alumnio como coagulante. Foram realizados ensaios em colunas de sedimentao, onde os parmetros SST, SSV, cor, turbidez, DQO, coliformes totais, Escherichia coli e parasitas, pesquisados no sobrenadante, diminuram com o aumento da quantidade de resduo adicionado. Com relao aos sedimentos obtidos nas colunas de sedimentao, foi encontrada maior quantidade de ST e menor resistncia especfica nos lodos provenientes das colunas que receberam os resduos da ETA-SC. No teste de atividade metanognica, a concentrao molar de metano foi reduzida nos sistemas que receberam resduo da ETA-SC, influenciando negativamente no desenvolvimento dos microrganismos metanognicas. As espcies de microrganismos do gnero Methanothrix sp foram inibidas, sendo encontradas em maior nmero no frasco-reator controle e em menor quantidade a medida que se aumentou a quantidade do resduo adicionado. Nesta etapa foi constatado que o resduo da ETA-SC poder apresentar interferncias negativas sobre a digesto anaerbia do lodo produzido em decantadores primrios de uma ETE. Na segunda fase, na estao piloto, composta de lagoa de aerao seguida de lagoa de sedimentao, que recebeu resduo da ETA-Fonte, que utiliza cloreto frrico como coagulante, foi verificado que tal resduo melhorou a qualidade do efluente em termos de DQO, DBO, SST, turbidez, cor, amnio, nitrato, NTK e fosfato total. Os parmetros ST, SDT, cloreto, nitrito, condutividade e pH no apresentaram diferenas significativas. Em relao ao exame microscpico no houve influncias negativas no licor misto das lagoas de aerao. O lodo formado nas lagoas de sedimentao piloto apresentou-se em maior quantidade na lagoa que recebeu resduo da ETA-Fonte. Neste lodo a resistncia especfica a filtrao foi menor em comparao ao lodo da lagoa que no recebeu resduo da ETA-Fonte. A desidratao deste lodo por centrifugao necessitou menor quantidade de polieletrlito. Baseado neste estudo no foi verificado interferncias que possa impedir o lanamento do resduo da ETA-Fonte na ETE-Araraquara.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A obteno de uma lavoura com populao adequada de plantas depende da utilizao de diferentes prticas agronmicas, estando o sucesso condicionado ao uso de sementes de boa qualidade. No entanto, a semeadura dificilmente realizada em condies ideais o que resulta em problemas na emergncia das plantas. Grande a procura por alternativas que melhorem a germinao e o desenvolvimento inicial dos cultivos resultando em uniformidade de emergncia, garantindo o estande e culminando em produo. O tratamento de sementes com agroqumicos fitossanitrios uma soluo parcial no combate de agentes fitopatolgicos e pragas, mas poucas so as solues adotadas para melhorar o desenvolvimento vegetal inicial, que pode levar a desuniformidade e falhas no estande gerando prejuzos econmicos. Os extratos de algas j demonstraram em diversos estudos sua eficincia no desenvolvimento vegetal quando aplicados em plantas. Porm poucos so os estudos voltados para os efeitos dos extratos de algas na germinao e emergncia. Assim, o intuito deste trabalho foi testar o extrato comercial de Ascophyllum nodosum, e diferentes fracionamentos do mesmo, no tratamento de sementes de soja e milho. Avaliou-se o efeito de diferentes doses no desenvolvimento das plntulas e as doses de melhor resposta foram utilizadas no tratamento de sementes de soja a fim de associar as respostas obtidas expresso gnica de 9 genes relacionados ao processo germinativo em 24 e 48h de embebio. Sementes de soja tratadas com o extrato comercial resultaram em plntulas menos desenvolvidas o que pode estar relacionado ao alto teor de sais contidos no produto. O tratamento com as demais fraes favoreceu o desenvolvimento das plntulas, principalmente o desenvolvimento radicular. Sementes de milho tratadas no apresentaram desenvolvimento to satisfatrio quanto as sementes de soja tratadas. A anlise da expresso gnica relativa demonstrou que o tratamento com fraes do extrato comercial capaz de regular algumas vias do metabolismo hormonal, como a isopentenil transferase e a GA20 oxidase 2, e do catabolismo de reservas, como a acil-CoA oxidase. Em condies timas, o tratamento de sementes de soja com fraes do extrato comercial de A. nodosum favoreceu o desenvolvimento inicial das plntulas de soja, no entanto no ocasionou grandes alteraes no desenvolvimento de milho. Este estudo demonstrou a possibilidade de utilizao de fraes do extrato de A. nodosum no favorecimento do desenvolvimento inicial de plntulas de soja. Maiores estudos so necessrios quanto s respostas em campo e na atenuao de estresses para viabilizar seu uso como um bioestimulante em sementes.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Introduo: Demonstramos previamente que em modelo experimental de enfisema pulmonar induzido por instilao de elastase, o inibidor de serinoprotease rBmTI-A promoveu a melhora da destruio tecidual em camundongos. Considerando que o tabagismo o principal fator de risco para o desenvolvimento da Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica (DPOC) e que o modelo de exposio fumaa de cigarro considerado o que melhor mimetiza esta doena em humanos, este estudo teve por objetivo verificar a ao do inibidor para serinoproteases rBmTI-A sobre os processos fisiopatolgicos envolvidos no desenvolvimento do enfisema pulmonar, em modelo de exposio ao tabaco. Mtodos: Para a induo do enfisema pulmonar, os animais foram expostos fumaa de cigarro (duas vezes ao dia/ 30 minutos/ 5 dias por semana/ durante 12 semanas), e os animais controle permaneceram expostos ao ar ambiente. Dois protocolos de tratamento com o inibidor rBmTI-A foram realizados. No primeiro, os animais receberam duas administraes do inibidor rBmTI-A ou de seu veculo (Soluo Salina 0,9%) por via intranasal, sendo a primeira aps 24h do trmino das exposies ao cigarro e outra, 7 dias aps primeira instilao do inibidor. No segundo protocolo, os animais receberam 3 administraes do inibidor rBmTI-A, durante o tempo de exposio (1 dose: 24h antes do incio da exposio fumaa de cigarro; 2 dose: um ms aps o incio da exposio; 3 dose: dois meses aps o incio). Aps o trmino dos protocolos de exposio e tratamento, os animais foram submetidos aos procedimentos para coleta dos dados de mecnica respiratria e avaliao do Intercepto Linear Mdio (Lm). Para o segundo protocolo, realizamos tambm as medidas para quantificao de fibras de colgeno e elstica, da densidade de clulas positivas para MAC-2, MMP-12 e 9, TIMP-1, Gp91phox e TNFalfa; no parnquima atravs de imunohistoqumica, contagem de clulas polimorfonucleares alm da expresso gnica de MMP-12 e 9 no pulmo atravs de RT-qPCR. Resultados e Discusso: O tratamento com o inibidor para serinoprotease rBmTI-A atenuou o desenvolvimento do enfisema pulmonar apenas no segundo protocolo, quando foi administrado durante a exposio fumaa de cigarro. Embora os grupos Fumo-rBmTIA e Fumo-VE apresentem aumento de Lm comparados aos grupos controles, houve uma reduo deste ndice no grupo Fumo-rBmTIA comparado ao grupo Fumo-VE. O mesmo comportamento foi observado para as anlises de proporo em volume de fibras de elstica e colgeno no parnquima. Alm disto, observamos aumento de macrfagos, MMP-12, MMP-9 e TNFalfa; nos grupos expostos fumaa de cigarro, mas o tratamento com o inibidor rBmTI-A diminuiu apenas a quantidade de clulas positivas para MMP-12. Na avaliao da expresso gnica para MMP-12 e 9, no observamos diferena entre os grupos experimentais e o mesmo comportamento foi observado para a quantidade de clulas polimorfonucleares no parnquima. Alm disso, observamos aumento de GP91phox e TIMP-1 nos grupos tratados com rBmTIA. Concluses: Tais resultados sugerem que o inibidor rBmTI-A no foi efetivo como tratamento da leso aps a doena instalada. Entretanto, atenuou o desenvolvimento da doena quando administrado durante a induo do enfisema, possivelmente atravs do aumento de GP91phox e TIMP-1, acompanhados pela diminuio de MMP-12.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Pouco se sabe sobre o efeito do substrato e a interao entre as leveduras selvagens e bactrias do gnero Lactobacillus na fermentao alcolica, pois os estudos tem se concentrado na avaliao dos efeitos da contaminao por um ou outro contaminante separadamente. Diante disso, este trabalho teve como objetivos estudar o efeito do substrato e das condies de tratamento do fermento sobre as fermentaes contaminadas com ambos os micro-organismos, leveduras S. cerevisiae selvagens (trs linhagens apresentando colnias rugosas e clulas dispostas em pseudohifas) e Lactobacillus fermentum, tendo a linhagem industrial de S. cerevisiae PE-2 como levedura do processo. Foram realizadas fermentaes em batelada em mosto de caldo e de melao, sem reciclo e com reciclo celular, utilizando tanto a cultura pura da linhagem PE-2 quanto as culturas mistas com as linhagens rugosas e ou L. fermentum. Foram avaliadas modificaes no tratamento cido do fermento, visando o controle do crescimento dos contaminantes sem afetar a levedura do processo. Em seguida, foram conduzidas fermentaes contaminadas e no contaminadas submetidas ao tratamento cido combinado com adio de etanol, tanto em caldo quanto em melao, utilizando-se PE-2, uma das linhagens rugosas e L. fermentum. A atividade da invertase extracelular foi tambm avaliada em ambos os substratos para os micro-organismos estudados, em condies de crescimento. Concluiu-se que o tipo de substrato de fermentao, caldo de cana ou melao, influenciou o desempenho da linhagem industrial PE-2 assim como afetou o desenvolvimento das contaminaes com as leveduras rugosas S. cerevisiae na presena ou ausncia da bactria L. fermentum, em fermentaes sem reciclo celular. O efeito da contaminao foi mais evidente quando se utilizou caldo de cana do que melao como substrato, no caso da contaminao com leveduras rugosas, e o inverso no caso da contaminao com L. fermentum. O efeito da contaminao sobre a eficincia fermentativa foi maior na presena da levedura rugosa do que com a bactria, e a contaminao dupla (tanto com a levedura rugosa quanto com a bactria) no teve efeito maior sobre a eficincia fermentativa do que a contaminao simples, por um ou por outro micro-organismo isoladamente, especialmente na fermentao em batelada com reciclo celular, independentemente do substrato. Nas fermentaes com reciclo de clulas, o efeito do substrato foi menos evidente. O controle do crescimento das linhagens rugosas pode ser realizado modificando o tratamento cido normalmente realizado na indstria, seja pela adio de etanol soluo cida ou pelo abaixamento do pH, dependendo da linhagem rugosa. O tratamento combinado baixo pH (2,0) + 13% etanol afetou a fisiologia da linhagem industrial, trazendo prejuzos fermentao com reciclo celular, com pequeno controle sobre o crescimento da levedura rugosa e causando morte celular L. fermentum. A diferena na atividade invertsica entre as linhagens rugosas e industrial de S. cerevisiae pode ser a responsvel pela fermentao lenta apresentada pelas linhagens rugosas quando presentes na fermentao, sendo no significativa a influncia do substrato sobre a atividade dessa enzima.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O cncer uma das maiores causas de mortalidade no Brasil e no mundo, com potencial de crescimento nas prximas dcadas. Um tipo de tratamento promissor a hipertermia magntica, procedimento no qual as clulas tumorais morrem pelo efeito do calor gerado por partculas magnticas aps a aplicao de campo magntico alternado em frequncias adequadas. Tais partculas tambm so capazes de atuar como agentes de contraste para imageamento por ressonncia magntica, um poderoso mtodo de diagnstico para identificao de clulas neoplsicas, formando a combinao conhecida como theranostics (terapia e diagnstico). Neste trabalho foram sintetizadas nanopartculas de xido de ferro por mtodo de coprecipitao com posterior encapsulao por tcnica de nano spray drying, visando sua aplicao no tratamento de cncer por hipertermia e como agente de contraste para imageamento por ressonncia magntica. Para a encapsulao foram utilizadas matrizes polimricas de Maltodextrina com Polissorbato 80, Pluronic F68, Eudragit S100 e PCL com Pluronic F68, escolhidos com o intuito de formar partculas que dispersem bem em meio aquoso e que consigam atingir alvo tumoral aps administrao no corpo do paciente. Parmetros de secagem pelo equipamento Nano Spray Dryer, como temperatura, solvente e concentrao de reagentes, foram avaliados. As partculas formadas foram caracterizadas por Microscopia Eletrnica de Varredura, Difrao de Raios-X, Anlise Termogravimtrica, Espalhamento de Luz Dinmico, Espectroscopia de Infravermelho, magnetismo quanto a magnetizao de saturao e temperatura, citotoxicidade e potencial de aquecimento. Tais procedimentos indicaram que o mtodo de coprecipitao produziu nanopartculas de magnetita de tamanho em torno 20 nm, superparamagnticas a temperatura ambiente, sem potencial citotxico. A tcnica de nano spray drying foi eficiente para a formao de partculas com tamanho em torno de 1 &#956m, tambm superparamagnticas, biocompatveis e com propriedades magnticas adequadas e para aplicaes pretendidas. Destaca-se a amostra com Pluronic, OF-10/15-1P, que apresentou magnetizao de saturao de 68,7 emu/g e interao especfica com clulas tumorais.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Neste trabalho de doutorado utilizou-se um reator anaerbio em batelada seqencial contendo biomassa imobilizada em matrizes cbicas de espuma de poliuretano e agitao mecnica, com volume total de 5.5 L e volume til de 4.5 L. A agitao do meio lquido foi realizada com quatro tipos de impelidores (turbina tipo hlice, lminas planas, lminas planas inclinadas e lminas curvas, testados individualmente, sempre em nmero de 3), com 6 cm de dimetro. A pesquisa foi realizada em quatro etapas experimentais. A etapa 1 objetivou determinar o tempo de mistura no reator para cada tipo de impelidor, ou seja, o tempo necessrio para que o meio lquido ficasse totalmente homogneo. A etapa 2 objetivou selecionar o tipo de impelidor e a respectiva intensidade de agitao que garantisse a minimizao da resistncia transferncia de massa externa no sistema. As intensidades de agitao testadas variaram de 200 a 1100 rpm, dependendo do tipo de impelidor. A etapa 3 foi realizada com tipo de impelidor e intensidade de agitao definidos na etapa 2, mas variando-se o tamanho da biopartcula (0,5, 1,0, 2,0 e 3,0 cm de aresta). O objetivo desta etapa foi selecionar o tamanho de biopartcula que minimizasse a resistncia transferncia de massa interna. De posse das condies operacionais otimizadas (tipo de impelidor, intensidade de agitao e tamanho de partcula de suporte), a etapa 4 constituiu na aplicao das mesmas para o tratamento de um resduo real, sendo escolhida gua residuria de suinocultura. Na etapa 1, os resultados mostraram que os tempos de mistura para todos os tipos de impelidores foram desprezveis em relao ao tempo total de ciclo. A etapa 2 revelou tempos de partida muito curtos (cerca de 20 dias), em todas as condies testadas, sendo atingidas remoes de DQO prximas de 70%. Alm disso, o tipo de impelidor exerceu grande influncia na qualidade final do efluente, fato este claramente constatado quando as fraes de DQO foram consideradas separadamente (filtrada e suspensa). De acordo com os resultados obtidos na etapa 3, o tamanho da biopartcula teve influncia decisiva no desempenho do sistema, nas condies testadas. As velocidades de dissoluo foram aparentemente influenciadas pelo empacotamento do leito de espuma, enquanto que o consumo da frao de DQO correspondente s amostras filtradas foi provavelmente influenciado por fatores mais complexos. Finalmente, o teste realizado com resduo diludo de suinocultura demonstrou que a operao do reator em estudo para o tratamento deste tipo de gua residuria possvel. Os dados operacionais mostraram que o reator permaneceu estvel durante o perodo testado. A agitao mecnica provou ser eficiente para melhorar a degradao da DQO suspensa, um dos maiores problemas no tratamento deste tipo de gua residuria. Sendo assim, de acordo com os dados experimentais obtidos ao longo do trabalho, pode-se afirmar que a agitao em reatores em batelada mostrou-se importante no somente para proporcionar boas condies de mistura ou melhorar a transferncia de massa na fase lquida, mas tambm para melhorar a solubilizao da matria orgnica particulada, melhorando as velocidades de consumo de matria orgnica.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A cincia na qual se estuda a deformao de um fluido no qual aplicada uma tenso de cisalhamento conhecida como reologia e o equipamento utilizado para a realizao dos ensaios chamado de remetro. Devido a impraticabilidade de uso de remetros comerciais, diversos pesquisadores desenvolveram remetros capazes de analisar suspenses de macropartculas, baseados nos mesmos princpios de funcionamento dos equipamentos j existentes. Em alguns casos, a medio do torque do motor realizada pela aquisio da tenso, uma vez que esta proporcional ao torque. Entretanto, para melhor compreenso do resultado e para evitar a possibilidade de concluses precipitadas, v-se necessria correta interpretao do sinal eltrico, precisando avaliar qual frequncia do sinal relevante para o ensaio e, tambm, qual a melhor taxa de amostragem. Alm da aquisio, para que o ensaio reolgico seja realizado com preciso, indispensvel timo controle da taxa ou tenso do motor e uma alternativa a utilizao de um servomotor e um servoconversor. No caso desse ser comercial essencial saber configur-lo. Para facilitar o usurio leigo, alguns pesquisadores desenvolveram softwares para controle do equipamento e anlise dos dados. Assim, o presente trabalho tem como objetivo propor uma metodologia para compreender o sinal aquisitado de um remetro servo controlado e desenvolvimento do software de anlise para o tratamento dos dados obtidos a partir de ensaios reolgicos. Verificou-se a melhor configurao do servocontrolador, a melhor taxa de amostragem, de no mnimo 20 amostras/segundo, e, tambm, desenvolveu-se um filtro digital passa-baixa do tipo FIR para remover a frequncia indesejada. Alm disso, foi desenvolvido um software utilizando uma rotina em Matlab e uma interface grfica do usurio (Graphical User Interface - GUI), para o ps-processamento dos dados para auxiliar o usurio leigo no tratamento e interpretao do resultado, que se mostrou eficaz.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A proposta busca reduzir a absoro de gua dos agregados reciclados de Resduos de Construo e Demolio (RCD), atravs do tratamento de sua superfcie com hidrofugante, de maneira que estes no aumentem o consumo de gua tampouco reduzam a resistncia mecnica. Os agregados reciclados de RCD foram caracterizados quanto granulometria, morfologia, porosidade, ngulo de contato aparente, absoro de gua, anlise de imagem e rugosidade superficial. Em seguida, os mesmos foram tratados superficialmente com dois tipos de hidrofugante: soluo de silano e parafina. Todos os tratamentos permitiram reduzir a absoro de gua dos agregados reciclados de RCD. O tratamento por imerso foi aquele que permitiu obter os melhores resultados e a menor variabilidade entre as tcnicas. Os tratamentos hidrofugam a superfcie, apesar da parafina apresentar maior molhabilidade. O tratamento com parafina apresentou, em termos de absoro de gua, resultados inferiores e menos variveis que o silano. Os parmetros de rugosidade constataram que, ambos os materiais perdem seu perfil topogrfico original quando tratados com parafina. Os diferentes agregados reciclados com cada hidrofugante foram aplicados em materiais cimentcios analisados no estado fresco e no estado endurecido. Os tratamentos reduziram a absoro e o consumo de gua de mistura, porm afetaram negativamente as propriedades mecnicas, devido nova interface gerada (no caso especfica de parafina) e falta de molhabilidade nas superfcies.