981 resultados para Eskander, Saad
Resumo:
OBJETIVO: Descrever as características clínicas, laboratoriais e de desfecho de uma série de casos com diagnóstico definido de síndrome antifosfolípide (SAF) pediátrica. MÉTODOS: Estudo observacional-retrospectivo de referência pediátrica terciária, que identificou os casos por meio de evento vascular, trombose venosa ou oclusão arterial, determinação de anticorpos anticardiolipina (IgG e IgM) e teste do anticoagulante lúpico. RESULTADOS: Foram identificados cinco casos atendidos nos últimos cinco anos, sendo dois meninos e três meninas. A trombose venosa ocorreu em seios venosos cerebrais (2), fibular (2), poplítea (1), femoral (1), intestinal (1), renal (1), acompanhados por oclusão arterial intestinal (1), de artéria renal (1) e artéria digital (1), esta resultando gangrena periférica como evento recorrente durante anticoagulação com warfarina. Um abortamento espontâneo ocorreu em uma adolescente em vigência de púrpura trombocitopênica, evoluindo com anemia hemolítica (síndrome de Evans) e desfecho fatal por hemorragia. A investigação laboratorial em todos os casos resultou, pelo menos, uma determinação positiva de anticardiolipina IgG e/ou IgM, sendo considerados como SAF primária. Três dos casos estão em seguimento com anticoagulação oral. CONLUSÃO: A trombose venosa cerebral e de extremidades foram os eventos mais freqüentes. A presente série alerta para a investigação e o diagnóstico precoces, com abordagem multidisciplinar para o tratamento.
Resumo:
Crianças e adolescentes com doenças reumatológicas apresentam maior prevalência de doenças infecciosas quando comparados com a população em geral, em decorrência de atividade da doença, possível deficiência imunológica secundária à própria doença, ou uso de terapia imunossupressora. A vacinação é uma medida eficaz para a redução da morbidade e mortalidade nesses pacientes. O objetivo deste artigo foi realizar um consenso de eficácia e segurança das vacinas em crianças e adolescentes com doenças reumatológicas infantis baseadas em níveis de evidência científica. Imunização passiva para os pacientes e orientações para as pessoas que convivem com doentes imunodeprimidos também foram incluídas. Os 32 pediatras reumatologistas membros do Departamento de Reumatologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e/ou da Comissão de Reumatologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Reumatologia elaboraram o consenso, sendo que alguns desses profissionais estão envolvidos em pesquisas e publicações científicas nesta área. A pesquisa dos termos eficácia e/ou segurança das diferentes vacinas em crianças e adolescentes com doenças reumatológicas foi realizada nas bases de Medline e Scielo, de 1966 até março de 2009, incluindo revisões, estudos controlados e relatos de casos. O grau de recomendação e o nível científico de evidências dos estudos foram classificados em quatro níveis para cada vacina. de um modo geral, as vacinas inativadas e de componentes são seguras nos pacientes com doenças reumatológicas, mesmo em uso de terapias imunossupressoras. Entretanto, vacinas com agentes vivos atenuados são, em geral, contraindicadas para os pacientes imunossuprimidos.
Resumo:
INTRODUÇÃO/OBJETIVOS: Avaliar a prática clínica com relação à verificação do cartão vacinal e à indicação de vacinas específicas em pacientes com doenças reumáticas pediátricas em uso de diferentes drogas, e evidenciar a possível associação entre frequência de vacinação e tempo de prática clínica dos reumatologistas pediátricos do estado de São Paulo. MATERIAL E MÉTODOS: Um questionário foi enviado para os reumatologistas pediátricos do Departamento de Reumatologia da Sociedade de Pediatra de São Paulo. Esse instrumento incluiu questões sobre tempo de prática em Reumatologia Pediátrica, vacinação de pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ), artrite idiopática juvenil (AIJ), dermatomiosite juvenil (DMJ) e imunização de acordo com os tratamentos utilizados. RESULTADOS: Cartão de vacinação foi visto por 100% dos profissionais na primeira consulta e por 36% anualmente. Vacinas de agentes vivos não foram recomendadas para pacientes com LESJ, AIJ e DMJ em 44%, 64% e 48%, respectivamente. Os profissionais foram divididos em dois grupos: A (< 15 anos de prática, n = 12) e B (> 16 anos, n = 13). Nenhuma diferença estatística foi observada no uso de vacinas de agentes vivos e vacinas de agentes inativos ou componentes proteicos em relação ao tratamento nos dois grupos (P > 0,05). Além disso, os grupos foram similares em relação à opinião sobre a gravidade de imunossupressão em pacientes com LESJ, AIJ e DMJ com ou sem atividade e a terapêutica utilizada (P > 0,05). CONCLUSÕES: A frequência de vacinação por reumatologistas pediátricos de São Paulo é baixa, especialmente após a primeira consulta, e não é influenciada pelo tempo de prática profissional.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Após considerações gerais sobre a ética na pesquisa envolvendo seres humanos, focaliza-se a possibilidade de ocorrências de injustiças, sob a égide de diversas formas de poder. Exemplificam-se situações concretas. Enfatiza-se a análise das possíveis injustiças à luz da Bioética, com destaque para multi e transdisciplinaridade. O autor se posiciona quanto às características atuais da Bioética, cuja ótica levou à elaboração das Diretrizes éticas para a pesquisa envolvendo seres humanos, no Brasil (Resolução 196/96 e complementares do Conselho Nacional de Saúde). Descreve-se a sistemática das atividades do Grupo Executivo de Trabalho - GET, designado pelo Conselho Nacional de Saúde (órgão de controle social na área da saúde), para elaborar as Diretrizes. É dado destaque à participação dos diversos segmentos da sociedade, evidenciando multi e transdiciplinaridade, sob a coordenação do GET, do qual o autor foi Presidente. Comentam-se os principais tópicos das Diretrizes brasileiras, enfocando-se a sua relação com o tema de poder e injustiça. Salienta-se o papel dos Comitês de Ética em Pesquisa - CEP e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
We investigated the effects of ramipril, an angiotensin I-converting enzyme (ACE) inhibitor, on water intake by male Holtzman rats (250-300 g) with cannulae implanted into the lateral ventricle. Intracerebroventricular (icv) injection of ramipril (1 mu g/mu l) significantly reduced drinking in response to subcutaneous (sc) injection of isoprenaline (100 mu g/kg) from 8.49 +/- 0.69 to 2.96 +/- 0.36 ml/2 h, polyethyleneglycol (PEG) (30% w/v, 10 ml/kg) from 9.51 +/- 2.20 to 1.6 +/- 0.34 ml/2 h or water deprivation for 24 h from 12.61 +/- 0.83 to 5.10 +/- 1.37 ml/2 h. Ramipril had no effect on water intake induced by cellular dehydration produced by sc injection of hypertonic saline (2 M NaCl). These results are consistent with the hypothesis that ramipril acts as an ACE-blocking agent in the brain. The possibility that ramipril is transformed to ramiprilat, the active drug, by the brain is suggested.
Resumo:
1. The effect of lisinopril, a potent inhibitor of angiotensin converting enzyme (ACE), injected into the medial preoptic area (MPOA) on water intake was investigated in male Holtzman rats (200-250 g).2. Injection of lisinopril (2 mug/mul) into the MPOA abolished the water intake induced by subcutaneous (sc) injection of isoprenaline (100%) and water deprivation (90%) and drastically reduced the water intake induced by sc injection of polyethyleneglycol (60%). A small reduction of water intake induced by lisinopril was also observed 90 and 120 min after sc hypertonic saline (N = 10 for each group).3. These results suggest that central ACE activation, particularly in the MPOA, plays an important role in the dipsogenic responses induced by the agents studied.
Resumo:
In the present study, we investigated the effect of previous injection of either prazosin (alpha 1-adrenergic antagonist) or atropine (muscarinic cholinergic antagonist) into the medial septal area (MSA) on the presser and dipsogenic responses induced by intracerebroventricular (ICV) injection of carbachol (cholinergic agonist) and angiotensin II (ANGII) in rats. The presser and dipsogenic responses to ICV carbachol (7 nmol) were reduced after previous treatment of the MSA with atropine (0.5 to 5 nmol), but not prazosin (20 and 40 nmol). The dipsogenic response to ICV ANGII (25 ng) was reduced after prazosin (40 nmol) into the MSA. The presser response to ICV ANGII was not changed either by previous treatment of the MSA with prazosin or atropine. The present results suggest a dissociation among the pathways subserving the control of dipsogenic and presser responses to central cholinergic or angiotensinergic activation.
Resumo:
This article presents an analysis of facies of sedimentary sequences that occur as discontinuous bodies in the Jundiai region, west of the main Tertiary continental basins of the southeastern Brazil continental rift. Nine identified sedimentary facies, grouped into four associations, suggest the existence of an ancient alluvial fan system whose source area was the Japi mountain range (Serra do Japi). The deposits are considered Tertiary in age and chronocorrelated with those identified in the Atibaia region and at other sites up to 100 km east and northeast of Jundiai. The depositional model adopted to explain the filling of the basin proposes that the alluvial fans, which directly derive from the source area, terminated in a braided channel longitudinal to the basin axis that flowed to northwest, in a similar configuration to that of the present day. This basin may have extended to the Atibaia region or formed a set of small basins laterally contiguous to the faults associated with the rift. Such occurrences show that the formation of rift basins was broader than the area presently occupied by the main deposits. (c) 2005 Elsevier Ltd. All rights reserved.
Resumo:
Objective. To use the Pediatric Rheumatology International Trials Organization (PRINTO) core set of outcome measures to develop a validated definition of improvement for the evaluation of response to therapy in juvenile systemic lupus erythematosus (SLE).Methods. Thirty-seven experienced pediatric rheumatologists from 27 countries, each of whom had specific experience in the assessment of juvenile SLE patients, achieved consensus on 128 patient profiles as being clinically improved or not improved. Using the physicians' consensus ratings as the gold standard measure, the chi-square, sensitivity, specificity, false-positive and false-negative rates, area under the receiver operating characteristic curve, and kappa level of agreement for 597 candidate definitions of improvement were calculated. Only definitions with a kappa value greater than 0.7 were retained. The top definitions were selected based on the product of the content validity score multiplied by its kappa statistic.Results. The definition of improvement with the highest final score was at least 50% improvement from baseline in any 2 of the 5 core set measures, with no more than 1 of the remaining worsening by more than 30%.Conclusion. PRINTO proposes a valid and reproducible definition of improvement that reflects well the consensus rating of experienced clinicians and that incorporates clinically meaningful change in core set measures in a composite end point for the evaluation of global response to therapy in patients with juvenile SLE. The definition is now proposed for use in juvenile SLE clinical trials and may help physicians to decide whether a child with SLE responded adequately to therapy.