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Resumo:
Os peixes de uma estação de cultivo de tambaquis pararam de se alimentar e começaram a morrer. Um total de 72 peixes foi examinado. Todos os peixes estavam com uma alta infestação intestinal por acantocéfalos. A espécie parasita foi identificada como Neoechinorhynchus buttnerae Golvan, 1956. A prevalência foi de 100%, a intensidade por hospedeiro variou de 30 a 406 e a intensidade média e densidade relativa (abundância) foram de 125, 26. Ocorreu oclusão total do trato intestinal nas altas infestações.
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Paspalum fasciculatum é uma robusta gramínea C4, perene, de ocorrência nas várzeas da Amazônia Central. Para estabelecer a ecologia e o ciclo de vida da espécie em relação as flutuações anuais do nível do rio, vinte plantas foram marcadas ao acaso e acompanhadas mensalmente, de setembro/95 a agosto /96, em duas áreas entre 23 e 27 m (s.n.m.). Registrou-se o comprimento do talo, o número de folhas verdes e mortas, brotos, e a presença de inflorescências. Paspalum fasciculatum sincroniza seu crescimento com a fase terrestre do ciclo hidrológico, tendo atingido no período de estudo o comprimento máximo de 4,53 m. A dormência e grande tolerância dos talos a anos subsequentes de inundação e a capacidade de suportar mudanças bruscas do ambiente físico, permitem classificar a espécie como estrategista "r", altamente adaptada e representativa dos primeiros estágios de colonização das margens sedimentares de rios e lagos de várzea.
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Este trabalho trata do comportamento das exportações brasileiras de madeiras tropicais por espécie, no período de 1980-98. O desenvolvimento de modelos de tendência foi utilizado para estimar a taxa de crescimento e explicar o comportamento das exportações. As principais espécies tropicais exportadas nesse período foram, em ordem decrescente, mogno, jatobá, virola, cedro, angelim, ipê, andiroba, sucupira, tatajuba, cedrorana, assacu, cerejeira, pau-marfim, freijó e jacarandá. Apenas seis espécies representaram 40% do volume e do valor total exportado. As espécies classificadas como outras aumentaram suas exportações na década de 90. Espécies como mogno, virola, andiroba, sucupira e freijó apresentaram taxas decrescentes, ao passo que jatobá, cedro, ipê e cerejeira expandiram sua participação no mercado internacional de madeiras tropicais. O preço de todas as espécies mostra uma tendência positiva ao longo do período estudado e valores relativamente baixos, quando comparados ao preço do mogno.
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Aproximadamente 2500 alevinos de matrinchã com comprimento padrão de 0,8 a 5,0cm foram coletados no lago Catalão, margem direita do rio Negro e no rio Solimões, próximo a ilha da Marchantaria, Estado do Amazonas. Uma subamostra de 136 peixes foi retirada para exames parasitológicos e o restante foi colocado em tanques em uma estação de piscicultura, durante 30 dias. Após esse período uma segunda amostra foi retirada e examinada. Dos 136 peixes: 49 (36%) estavam parasitados com metacercárias de trematódeos; 32 (23,5%) com nematóides Spirocamallanus inopinatus; 26 (19%) com monogenóideos Jainus amazonensis; 3 (2%) com protozoários Trichodina sp.; 1 (0,7%) com acantocéfalo Echinorhynchus sp. e 2 (1,5%) com estágios larvais de cestóides. Dos peixes mantidos nos tanques, após 30 dias foi examinada uma subamostra de 60 peixes: 42 (70%) estavam parasitados com J. amazonensis; 14 (23%) com S. inopinatus; 9 (15%) com metacercárias de trematódeos e 2 (3%) com Echinorhynchus sp. A intensidade média e abundância média foram maiores em J. amazonensis (342 e 65), seguido por cestóides (70 e 1), Trichodina sp. (13 e 0,3), trematódeos (5 e 2), S. inopinatus (1 e 0,3) e Echinorhynchus sp. (1 e 0,007). Na estação de piscicultura a intensidade média e abundância média também foram maiores para o J. amazonensis (222 e 115) em relação aos demais grupos. A espécie J. amazonensis apresentou maior intensidade média e menor prevalência na natureza. Houve variação na composição da fauna parasitógica e nos índices de infestação, após 30 dias de permanência na estação de piscicultura.
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo analisar alguns aspectos do manejo da criação do pirarucu, nos itens relativos à reprodução, alevinagem, alimentação, crescimento rusticidade e aspectos econômicos. Mesmo havendo medidas de proteção, a pesca é predatória e com graves prejuízos aos estoques naturais. O cultivo é viável, em razão do extraordinário desenvolvimento ponderal, chegando a alcançar em torno de 10 kg, com apenas um ano de criação. Desova naturalmente a partir do quinto ano de idade, com peso em torno de 40 a 45 kg e de forma parcelada. Excetuando-se o período de reprodução, não apresenta caracteres sexuais secundários extragenitais. No ambiente natural, a idade e o período da primeira maturação sexual, não estão perfeitamente definidos. Usa-se a densidade de um indivíduo para cada 200m2 de área inundada, quando são utilizados os açudes como locais de reprodução. O processo empregado na obtenção de alevinos dessa espécie consiste na captura no próprio açude onde ocorre a reprodução. O arraçoamento dos alevinos deve ser feito em quantidade equivalente a 8-10% do seu peso vivo de carne de peixe. Embora sejam ictiófagos, os alevinos dessa espécie apresentam excelentes taxas de sobrevivência chegando a 100%, devido não fazerem canibalismo. Além da respiração branquial, os pirarucus utilizam a bexiga vascularizada como órgão de respiração acessória. A produção de pirarucu na bacia amazônica baseia-se na captura em ambientes naturais. Em sistema extensivo de criação, foram obtidas 199,7 toneladas de pirarucu, no ano de 1962, nos açudes do Nordeste brasileiro.
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Avaliou-se a reação de dez clones de seringueira (Hevea benthamiana Muell. Arg.) frente a três isolados de Microcyclus ulei (P. Henn.) v. Arx, pertencentes aos grupos de patogenicidade I e II, quanto aos parâmetros monocíclicos: período de incubação, período latente, diâmetro da lesão e tipo de reação. Inoculou-se uma suspensão de 2 χ 105 conídios/ml na superfície abaxial de folíolos nos estádios B1/B2, deixou-se por 24 horas em câmara úmida a 24 ± lºC e transferiu-se para câmara de crescimento à mesma temperatura até a última avaliação aos 15 dias. A maioria dos clones testados apresentou resistência aos três isolados. Verificou-se ausência de interação entre clones e isolados com relação ao período de incubação, mas verificou-se interação altamente significativa entre clones e isolados em relação ao diâmetro de lesão. Os clones CNSAM 8218 e CNSAM 8219 foram altamente resistentes e apresentaram os menores diâmetros médios de lesão quando confrontados com o isolado EB1, diferindo significativamente dos demais. CNSAM 8212 também apresentou menor diâmetro de lesão frente ao isolado EB2. O CNSAM 8205, por sua vez, apresentou o maior diâmetro médio de lesão quando inoculado com o isolado EB1 e reação semelhante ao CNSAM 8204 quando inoculado com os isolados EB2 e MB1 e ao CNSAM 8201 quando inoculado com o isolado EB2. Concluiu-se que os clones avaliados apresentaram resistência vertical, o que os torna impróprios para um programa de melhoramento genético de seringueira que vise a obtenção de materiais com resistência horizontal ao M. ulei.
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Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. (Fabaceae) é popularmente conhecida como cumaru. Suas sementes são utilizadas pela população, por seus efeitos terapêuticos, dados pela cumarina, hoje comercializada para distúrbios vasculares e linfáticos e pela produção de óleo. Realizou-se um estudo morfo-anatômico de sementes de seis indivíduos desta espécie através da caracterização morfológica, determinação do peso da matéria fresca e das dimensões de 100 sementes, além de cortes histológicos transversais e longitudinais, considerando-se o tegumento e o embrião. A semente é oblonga, levemente comprimida na região do hilo. O tegumento seminal apresenta cutícula delgada e lisa, macroesclereídeos, osteoesclereídeos, mesofilo interno e membrana basal. O embrião constitui-se de dois cotilédones e o eixo embrionário retilíneo, formado por plúmula, epicótilo e radícula.
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Este trabalho avalia a importância da pesca do tambaqui (Colossoma macropomum) nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco e, mais especificamente, na região do médio Solimões. As análises foram baseadas em dados de literatura e da pesca praticada pela frota de Tefé no médio Solimões, coletados no mercado de Tefé, entre 1991 e 1995, e a bordo de embarcações da frota pesqueira comercial, entre 1994 e 1995. A importância relativa da espécie pode alcançar 21% da produção de pescado em alguns centros urbanos da bacia do Orinoco, na Venezuela; 8% da Amazônia peruana; e 35% da Amazônia boliviana. No Brasil, na região do rio Madeira, a importância relativa do tambaqui subiu de 10% em 1977 para 32% entre 1984 e 1989. Em Manaus, a espécie já respondeu por 44% do pescado desembarcado. Porém, a proporção de tambaqui desembarcado nesta cidade sofreu uma grande diminuição nos anos 80 e 90, chegando a representar apenas 2,5% do total desembarcado. No médio Solimões, região apontada como a principal área de pesca para esta espécie, são utilizados diversos tipos de aparelhos e explorados diferentes habitats, de acordo com a flutuação do nível da água dos rios. A pesca do tambaqui nesta região é realizada principalmente em lagos, através de malhadeira e rede de cerco, incidindo sobre peixes jovens (<55 cm). O ambiente formado pela caída de terras nos meandros do rio ("enseada-pausada") é importante para a captura de indivíduos de maior porte.
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Foram estudados a dieta, a composição corporal e o valor de energia bruta do conteúdo estomacal, filé e fígado, bem como alguns frutos e sementes que fazem parte da dieta do matrinxã, relacionando-se estes parâmetros com as flutuações do nível da água durante um ciclo anual. Observou-se que a espécie se alimenta de sementes, frutos, flores, restos de vegetais e insetos, apresentando hábito alimentar onívoro. Estômagos vazios foram frequentes (68,5%) nos diferentes períodos hidrológicos. As análises proximais e valor da energia bruta do filé e fígado dos peixes analisados não apresentaram diferenças significativas entre os sexos (P>0,05). No entanto, observou-se diferenças entre os períodos de águas baixas e altas. As médias das composições centesimais e os valores de energia bruta do conteúdo estomacal, expressos com base na matéria seca revelaram, na enchente, um baixo teor de proteína (8,9%) e cinza (1,3%), alto valor de lipídios (70,2%) e energia (775 Kcal EB/100g). Na seca, o teor de proteína (24,9%) e cinza (6,3%) foram maiores, porém os teores de lipídios (13,2%) e de energia (416,9 Kcal EB 100g) foram mais baixos que na cheia. Foi verificado abundante depósito de gordura cavitária o ano todo, diminuindo em janeiro, mês em que o matrinxã realiza a desova.
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No presente estudo foi avaliada a tratabilidade da espécie madeireira Brosimum rubescens Taub., Moraceae (pau-rainha), da região amazônica. Os testes foram feitos em três diferentes alturas (base, meio e ápice do fuste), com preservante CCA, tipo A, a 2% de concentração, utilizando-se o processo de impregnação sob pressão, através do método de célula cheia "Bethell". Os dados mostraram que o grau de tratabilidade do alburno é "moderadamente difícil" enquanto que o cerne é "refratário". Os resultados de absorção das toras estudadas nas diferentes alturas da árvore não apresentaram diferença significativa. Houve diferença significativa entre cerne e alburno, com intervalos de retenção de 7,95 a 8,84 kg/m3 para o alburno e de 0,13 a 0,27 kg/m3 para o cerne. Embora os vasos sejam considerados estruturas de maior importância em relação a condução, as fibras obtiveram papel relevante no processo de distribuição do preservante. O raio e o parênquima axial, mesmo no alburno, apresentaram-se ineficientes quanto a condução, devido a deposições de extrativos presentes nesses elementos. Os resultados sugerem que a refratabilidade do cerne, bem como a permeabilidade limitada do alburno desta espécie está relacionada com o conteúdo de extrativos presentes na madeira e, em especial, devido à presença de tiloses nos vasos.
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O jambeiro (Syzygium malaccensis Merr. & Perry, Myrtaceae) é uma fruteira originária do sudeste da Ásia, hoje muito comum e apreciada na América do Sul e Central. O conhecimento de sua fenologia pode contribuir para o planejamento e o manejo do plantio, e a comercialização dos frutos. Num estudo realizado de janeiro de 1980 a dezembro de 1982 com árvores de cinco anos de idade, plantadas como ornamental em Manaus, AM, Brasil, constatou-se que a floração e a frutificação do jambeiro ocorreram duas vezes ao ano: em meado da estação chuvosa (março) e durante o período de estiagem (julho-agosto). Ambos eventos foram rápidos, com duração de sete a 15 dias, levando cerca de um mês entre a floração e a safra. O estímulo climático à floração não foi evidente. O jambeiro apresentou vingamento moderado (4 a 10%), como ocorre com a maioria das fruteiras da Amazônia. Um grande número de abelhas visitou as flores, sugerindo uma síndrome de polinização, em lugar de co-evolução com uma espécie ou gênero. A produtividade foi relativamente baixa, variando de 17,7 a 69.7 kg/planta, equivalente a 4 a 14 t/ha, sendo conveniente lembrar que essas árvores nunca foram adubadas.
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A busca de alternativas econômicas ao extrativismo tradicional na Amazônia é importante e a exploração de populações naturais de plantas da família Piperaceae, abundantes no Acre, pode se constituir em uma atividade rentável. O objetivo deste trabalho foi determinar algumas características demográficas, ecológicas e produtivas da espécie pimenta longa (Piper hispidinervum C.DC) e avaliar a possibilidade de seu manejo para a produção de óleo essencial com alto teor de safrol. O estudo foi desenvolvido no Projeto de Assentamento Extrativista Chico Mendes, em Xapuri, AC, em uma área de capoeira com aproximadamente dez anos, onde a pimenta longa era dominante. A população foi avaliada por meio de amostragem aleatória simples, com intensidade de 12%, tendo como unidades amostrais parcelas de 10 χ 10 m. Constatou-se uma densidade média de 15 indivíduos/100 m2, variando de zero a 71 indivíduos. Esta população apresentou uma média de 92% de teor de safrol no óleo essencial, com CV de 2,38%. O rendimento médio de óleo da biomassa seca, foi de 3,5%, com CV de 28,57%. A produção de óleo foi estimada em 12,11 kg/ha, com um corte por ano, que representa apenas 15,1% da produtividade obtida em áreas de cultivo. Portanto, a viabilidade da exploração dessas populações depende do desenvolvimento de técnicas que permitam aumentar a densidade de indivíduos. Ademais, na escolha de populações para o manejo, deve-se considerar características como: tamanho, densidade e idade da população.
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Com o objetivo de quantificar a contribuição que quatro espécies, Cassia leiandra Benth., Crescentia amazonica Ducke, Macrolobium acaciifolium (Benth.) Benth. e Vitex cymosa Bert. ex Spreng., oferecem através de seus frutos à alimentação dos peixes, foram marcados, aleatoriamente, dez indivíduos adultos destas quatro espécies da floresta de várzea na ilha da Marchantaria - Amazônia Central. O período de maior produção de frutos dá-se no período do alto nível das águas, entre janeiro e maio. A espécie Cassia leiandra apresentou a maior produção com 1.836 kg/ha e amplo consumo pela população local. Os principais peixes consumidores de frutos são tambaqui (Colossoma macropomum), matrinxã (Brycon cephalus), pirapitinga (Piaractus brachypomus), pirarara, (Phractocephalus hemioliopterus), bacu (Lithodoras dorsalis, Megalodoras sp.), pacu (Mylossoma sp., Myleus sp., Metynnis sp., Mylesinus sp.) e sardinha (Triportheus elongatus). As espécies de plantas estudadas apresentam potencial de aproveitamento como fonte de alimento para peixes.
Resumo:
Devido aos danos dos ataques de Urbanus acawoios (Williams, 1926) (Lepidoptera: Hesperiidae) em palheteiras (Clitoria racemosa) (Leguminosae) em Manaus, AM e a total ausência de qualquer informação a respeito desta espécie, o presente trabalho foi desenvolvido visando a obtenção de conhecimentos que facilitem a identificação de métodos seguros e eficientes para o seu controle. Os estudos biológicos revelaram que este inseto é multivoltino, tendo duração média de 41,89 ± 0,98 dias por geração. As condições climáticas na cidade de Manaus, a disponibilidade de alimentos, e possivelmente a ausência de inimigos naturais eficientes, parecem ser os fatores principais responsáveis pela ocorrência de erupções populacionais desta espécie. Enquanto o estágio larval consiste de 5 fases (ínstares) e dura em média 18,46 ± 1,28 dias, o da pupa necessita 9,96 ± 1,05, e o adulto 13,47 ± 0,27 dias, sob condições de 30°C e 85% UR. Estudos morfológicos foram incluídos.
Resumo:
Apresenta-se os resultados do levantamento de formigas que infestam residências na cidade de Manaus, Amazonas. Comparou-se duas estações do ano (seca e chuvosa), dois períodos de atividade (diurno e noturno) e quatro diferentes cômodos da casa (sala, quarto, cozinha e banheiro). Todas residências estavam infestadas por pelo menos uma espécie de formiga; 21 espécies foram coletadas, sete delas consideradas características de habitats humanos e dessas, três são exóticas. Observou-se maior diversidade durante a época chuvosa e no período noturno. A cozinha foi o cômodo com maior ocorrência e a diversidade foi semelhante entre os cômodos; nenhuma espécie dominante foi observada; Tapinoma melanocephalum foi a espécie mais comum e quase sempre encontrada com outras espécies.